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A Grande Farsa



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Um dos maiores ...




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O DCM apresenta seu novo documentário : a Lista de Furnas



Kiko Nogueira

O DCM apresenta o documentário sobre a Lista de Furnas que prometemos entregar em mais um projeto de crowdfunding.

Com direção do talentoso documentarista e produtor Max Alvim, ele é baseado nas matérias de Joaquim de Carvalho, um dos melhores repórteres do Brasil, colaborador dileto do Diário.

Está ali toda a gênese e as imbricações de um dos grandes escândalos do país — e um dos que mais sofreram tentativas de ser abafado.

O momento do lançamento é oportuno. No sábado, 27 de fevereiro, ficou-se sabendo que o ex-deputado federal Roberto Jefferson e mais seis pessoas foram indiciados pela Delegacia Fazendária (Delfaz) por crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro na estatal mineira.

O Ministério Público Estadual (MPE) levou dez anos para se mexer. Entre os envolvidos estão empresários, lobistas e políticos. Ficou faltando muita gente. Entre as ausências, a de Dimas Toledo, ex-presidente da empresa indicado por Aécio. Dimas não foi indiciado por ter mais de 70 anos e, portanto, contar com o benefício da prescrição.

O que o documentário do DCM traz:

- O que é, para que servia e quem produziu a relação de 156 políticos e os respectivos valores recebidos na campanha eleitoral de 2002 do caixa 2 de empresas que prestaram serviços para Furnas.

- Os principais nomes do esquema: gente como José Serra, então candidato a presidente, Geraldo Alckmin, candidato a governador de São Paulo, Aécio Neves, candidato a governador de Minas Gerais, e Sérgio Cabral, candidato a senador pelo Rio de Janeiro, além de candidatos a deputado, como, Alberto Goldman, Walter Feldman e Gilberto Kassab por São Paulo; Eduardo Paes, Francisco Dornelles e Eduardo Cunha pelo Rio de Janeiro; Dimas Fabiano, Danilo de Castro e Anderson Adauto por Minas Gerais.

- O protagonismo de Aécio: além de receber diretamente para sua campanha R$ 5,5 milhões (13,1 milhões em valores corrigidos pelo IGP-M), há outros dados que confirmam seu papel central no caso.

São antigas as relações de sua família com as empresas públicas na área de energia. O pai, Aécio Cunha, depois de integrar durante seis anos a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, se tornou conselheiro de Furnas, ao mesmo tempo em que era conselheiro da Cemig, a estatal de energia de Minas Gerais.

“Furnas sempre foi território de Minas no governo federal”, afirma José Pedro Rodrigues de Oliveira, ex-coordenador do Programa Luz para Todos.

O doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, falou de Aécio. O lobista Fernando Moura detalhou que era “um terço (PT) São Paulo, um terço nacional, um terço Aécio”.

A batalha para desacreditar a Lista de Furnas: quem divulgou que ela poderia ser falsa foi o PSDB de Minas Gerais, com base em pareces de peritos contratos e num laudo da Polícia Federal feitos em cima de uma das cópias divulgadas por Nilton Monteiro, o homem que confessou atuar como operador do caixa 2.

Uma matéria na Veja, plantada por Aécio, deu força para a ideia da falsidade. Quando essa tese prosperava, o lobista Nílton Monteiro entregou à Polícia Federal o documento original, que foi periciado. A conclusão foi a de que se tratava de um documento autêntico, assinado por Dimas Toledo e sem indício de montagem.

Esperamos, com esse documentário, ter conseguido jogar luzes sobre uma história que caminhava para o esquecimento. Agradecemos a todos os leitores que contribuíram para que ele pudesse ser realizado.






Postado no DCM em 27/02/2016



Um blogueiro brasileiro em Cuba







Tereza Cruvinel : " A pauta da mídia é pegar o Lula "




Uma das mais bem informadas jornalistas de Brasília, Tereza Cruvinel, colunista do 247, acredita que a radicalização política desatada por setores intolerantes inconformados com o jogo democrático só está começando; "Ainda não chegamos ao ponto crítico desta escalada do confronto político. Começou agora quando colocaram o ex-presidente Lula no alvo. É uma nova cruzada", diz a FC Leite Filho, do blog cafenapolitica.com.br

Blog Café na Política - Tereza Cruvinel, uma das mais bem informadas colunistas da República, acredita que a radicalização política desatada por setores intolerantes inconformados com o jogo democrático só está começando. Muita coisa ainda vem por aí.

Nesta entrevista a FC Leite Filho, do blog cafenapolitica.com.br, ela constata: "Ainda não chegamos ao ponto crítico desta escalada do confronto político. Começou agora quando colocaram o ex-presidente Lula no alvo. É uma nova cruzada".

Tereza, que já atuou no colunismo político do Globo e da Globonews e foi encarregada pelo presidente Lula para fundar a TV Pública, hoje TV Brasil, e agora é blogueira no brasil247, o blog independente mais acessado do país, ainda foi mais precisa quando afirmou:

"A pauta da mídia é pegar o Lula", diz, ao referir-se à última manipulação midiática sobre o financiamento do Instituto Lula, utilizando-se de uma contribuição legal da construtora Camargo Correa, que também financiou o Instituto FHC, do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

A jornalista cobrou mais empenho do governo em reforçar a comunicação oficial, que, a seu ver, sofreu uma inflexão no primeiro governo Dilma. Tereza sustenta que, sem um sistema comunicacional eficiente, o povo vai continuar botando na conta do Planalto e do PT as ações do Eduardo Cunha contra o trabalhador e a democracia.

A jornalista ainda falou de sua transição do jornalismo analógico para o digital e as perspectivas da internet, mas adverte: "Os jornais impressos não vão morrer amanhã. Vão morrer um dia". 

Ela admite contudo que a internet, com seus blogs e redes sociais, é uma forma eficiente para quebrar o monopólio do pensamento único e a hegemonia da mídia corporativa sobre nossas instituições.





Postado no Contraponto em 17/06/2015


Assista a entrevista do ministro Miguel Rossetto com blogueiros da mídia alternativa e saiba tudo que a Globo não mostra !








Liquidar a fatura no primeiro turno







Izaías Almada

Quem teve a oportunidade e a satisfação de assistir a entrevista da presidente Dilma Roussef concedida aos blogueiros progressistas pode constatar, sem a selvagem e deselegante interrupção com que a brindam os jornalistas inquisidores do PIG [ Partido da Imprensa Golpista ], a segurança e a convicção com que a candidata trata os problemas nacionais. 

Além, é claro, do conhecimento que demonstra em cada um dos problemas tratados. E mesmo a humildade em reconhecer numa ou noutra questão não dispor de uma opinião mais segura sobre aquele tema específico.

Mais do que isso, sobrou a impressão de que sua vitória garantirá ao país um segundo mandato mais duro no tratamento de alguns itens como a regulação da Lei de Meios, o combate à corrupção sem olhar a quem, a possibilidade de se convocar uma Assembleia Nacional Constituinte com vistas a uma reforma política merecedora do crédito e da confiança dos brasileiros, a garantia de usar a riqueza do pré sal para avançar na saúde e na educação, a continuidade de investir na infraestrutura produtiva do Brasil e uma política externa soberana e independente, como bem demonstrou seu recente discurso na ONU.

Sua expressão alegre e comunicativa é de alguém que acredita naquilo que fala ao contrário de seus dois principais adversários que, normalmente, se apresentam com a máscara da dissimulação.

Ao terminar a entrevista e ao tomar conhecimento das mais recentes pesquisas eleitorais, fico com a impressão de que um esforço de cada um de nós que quer a reeleição de Dilma Roussef nessa última semana que antecede o pleito pode garantir a vitória no primeiro turno.

Se cada um batalhar a sério para conseguir mais um, dois, três votos que sejam nessa semana decisiva, quem sabe?

Todos nós temos uma padaria ou um bar de nossa preferência onde tomamos o nosso cafezinho ou uma cervejinha, o restaurante dos finais de semana, os amigos e colegas de trabalho, os parentes que moram em outras cidades espalhadas pelo país, os colegas de faculdade, os smartfones, as redes sociais. Há sempre a possibilidade de se ganhar aí uns dois votinhos a mais que, multiplicados pela convicção de milhares de nós poderá fazer significativa diferença no dia 05 de outubro.

Porque Dilma é, sem dúvida, a melhor candidata.

Garantia de emprego, garantia de usar o pré sal em favor do Brasil e sua gente, garantia de política externa soberana e independente, garantia de apoio à indústria nacional, garantia (assumida na entrevista citada) de revisão da Lei de Meios, garantia de modernização das Forças Armadas, garantia de respeitar a diversidade cultural e racial, o que significa respeitar os direitos de negros, nordestinos, mulheres, homossexuais, deficientes, garantia de manutenção dos programas sociais do governo, alguns deles reconhecidos e elogiados mundialmente.

Se o Brasil quer continuar a mudar com segurança, sem aventureirismos, essa mudança tem em Dilma Roussef sua principal força.

E bom seria que essa fatura pudesse ser liquidada já no primeiro turno. É uma questão de mais trabalho e confiança nos dias que faltam.

Fica aqui o apelo e a sugestão para que espalhem a ideia.


Postado no Blog do Miro em 27/09/2014


Por que a regulação da mídia é uma boa notícia para a sociedade


Os bastidores


Paulo Nogueira

Vai começar a choradeira.

“Querem calar a imprensa livre” e outras coisas do gênero.

Isso porque, na entrevista a blogueiros nesta sexta, ela [Dilma] defendeu energicamente a regulamentação econômica da mídia.

Ela fez questão de dizer que não se trata de controle de conteúdo, mas de regras que coíbam a formação de monopólios e oligopólios.

Todas as sociedades avançadas têm mecanismos para evitar a concentração de poder na mídia por razões óbvias.

O Brasil não.

É um problema antigo, e jamais resolvido. Até a ditadura militar, a certa altura, se incomodou com o excesso de voz da Globo, como mostra um livro produzido com documentos pessoais do general Geisel.

Mas nunca nada foi feito para estimular a pluralidade de opiniões e promover a competição num mercado francamente oligopolizado.

Por um motivo: sucessivos governos tiveram em comum o medo pânico de incorrer na ira dos proprietários das empresas de jornalismo.

Quem perdeu, com isso, foi a sociedade, privada do acesso a ideias diversas que poderiam ajudar as pessoas a formar sua própria opinião.

Dilma disse aos blogueiros – entre os quais Kiko Nogueira, do DCM – que a sociedade agora está demandando a regulação econômica da mídia.


Kiko na entrevista com Dilma

Esta tarefa, afirmou ela, estará em seu segundo mandato, caso seja reeleita. 

As circunstâncias, hoje, são mais favoráveis a mexer num assunto tão complicado, dada a fúria com que a mídia se atira contra coisas que ameacem seus privilégios.

A internet tirou muito do poder dos donos da chamada mídia tradicional. Jornais e revistas são cada vez menos lidos, e telejornais menos vistos.

Com isso, o poder de intimidação e de represálias vai minguando.

Uma coisa é você ser alvo de uma campanha do Jornal Nacional com 60 pontos de audiência, e sem a internet para servir de contraponto.

Outra coisa é uma campanha do JN com 20 pontos de audiência, e com a internet dando voz a quem não tinha.

Muda tudo.

Uma regulação econômica é um primeiro e essencial passo. Mas há mais coisas por fazer.

A legislação que vigora no Brasil é amplamente favorável às empresas de mídia e desfavorável para os cidadãos.

Multas irrisórias e processos intermináveis dificultam qualquer tipo de reparação quando você é vítima de um assassinato de reputação.

O modelo dinamarquês é uma referência mundial. Os ingleses o estão estudando na reforma que promovem na sua mídia depois que eclodiu o escândalo de invasão de celulares feito por um tabloide de Murdoch.

Na Dinamarca, um conselho formado por pessoas de reputação ilibada – parte nomeada pela própria mídia — toma decisões rápidas em situações em que alguém se julga prejudicado por uma matéria de jornal ou coisa parecida.

Caso se conclua que houve mesmo um erro, o jornal é obrigado a publicar, rapidamente, uma reparação no mesmo espaço em que fez a acusação considerada infundada.

As multas também são altas o bastante para que os editores pensem muito antes de publicar acusações sem provas.

A informação de Dilma de que vai mexer na regulação da mídia caso vença as eleições é uma boa notícia para a sociedade – por mais que os beneficiários da presente situação tentem convencer as pessoas de que é uma má notícia.


Postado no site DCM em 26/09/2014


600 mil assistiram ao vivo a entrevista da Presidente Dilma com blogueiros !




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Em entrevista a blogueiros, Dilma diz que Brasil está “maduro” para regulação econômica da mídia ; 600 mil acessaram.



Luiz Carlos Azenha

Em entrevista esta tarde a blogueiros, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff defendeu o cumprimento do parágrafo quinto do capítulo 220 da Constituição de 1988.

Ele diz: “§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.

“No Brasil se confunde regulação com controle de conteúdo, que é coisa de país ditatorial”, afirmou Dilma ao responder ao blogueiro Altamiro Borges.

Ela lembrou que a existência de oligopólio ou monopólio em qualquer setor da economia cria uma “assimetria” não só entre os cidadãos, mas entre as instituições. Disse também que estimula a “prepotência”.

A candidata à reeleição disse que a regulação econômica já existe em outras áreas fundamentais, como os portos, o setor elétrico e o do petróleo.

“Não há porque ser ser diferente. O Brasil tem de regular”, afirmou. Outros objetivos de um eventual segundo mandato serão o de promover a regionalização da produção de conteúdo e a diversidade cultural na mídia.

“Eu acho que está maduro para fazer a regulação econômica” da mídia, disse a presidente.

Em resposta à blogueira Conceição Lemes, editora do Viomundo, Dilma disse que pretende promover a integração dos sistemas público e privado de saúde para garantir o atendimento de especialistas a usuários do SUS, numa rede integrada por clínicas públicas, privadas e filantrópicas.

Lembrou que desde que a CPMF — o imposto do cheque que arrecadava dinheiro para a Saúde — foi derrubada por ação do PSDB no Congresso, com a ajuda de aliados, o governo federal deixou de arrecadar R$ 470 bilhões.

Ainda assim, segundo Dilma, não houve recuo nos investimentos federais na Saúde, como tem dito José Serra, candidato ao Senado pelo PSDB em São Paulo e ex-ministro da Saúde. Segundo a candidata, os números indicam aumento de 77,4% nos investimentos em Saúde desde o início do governo Lula, em 2002.

Ao longo de duas horas de entrevista, a candidata petista usou suas respostas para alguns disparos contra adversários políticos e a própria mídia:

– “Meu discurso na ONU foi integralmente distorcido”, disse Dilma, sobre as acusações de que teria fraquejado no combate ao terrorismo.

Segundo ela, os ataques ao Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria já demonstraram que a ação militar não é o caminho para resolver questões políticas.

Dilma condenou as ações bárbaras do Estado Islâmico do Iraque, mas lembrou também que a fragilidade do governo iraquiano, dividido entre sunitas e xiitas, foi um dos fatores que determinaram o crescimento do Isis. A coalizão que governa o Iraque chegou ao poder depois da invasão promovida pelos Estados Unidos para derrubar Saddam Hussein.



– Dilma definiu como “discussão estarrecedora” o embate que teve com a jornalista Miriam Leitão, durante entrevista ao Bom Dia Brasil, sobre o crescimento econômico da Alemanha.

Na ocasião, a jornalista global disse que o Brasil crescia a taxa de 0,3%, contra 1,5% da Alemanha. “Não, a Alemanha não está crescendo 1,5%. A Alemanha está crescendo 0,8%, e há dúvidas a respeito da continuidade. Tanto é que o índice, aquele Zeus, que mede a confiança do empresariado na economia cai pelo nono mês consecutivo”, disse a presidente na ocasião.

– “Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima, eu não. Eu não posso dar ao Brasil esta demonstração”, afirmou a petista, numa referência óbvia à candidata Marina Silva, que tem se queixado das críticas que recebe do PT ao longo da campanha.

Sobre reforma política, Dilma definiu como melhor caminho um plebiscito para perguntar aos cidadãos se eles aprovam ou não o financiamento público de campanhas. Segundo ela, nem uma Assembleia Constituinte ficaria livre da influência do poder econômico. “Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar”, disse.

– “Ninguém desmonta uma empresa como a Petrobras”, afirmou. Lembrou que a petrolífera brasileira, a sexta maior do mundo, valia R$ 15,5 bilhões em 2002 e hoje vale R$ 110 bilhões.

A candidata afirmou que por trás dos ataques à empresa estão interesses dos que pretendem mudar o sistema de exploração para beneficiar empresas estrangeiras.

Dilma disse que num segundo mandato seu foco será em usar a renda do pré-sal para investimentos na educação. Seria um novo passo, depois da ênfase do ex-presidente Lula em programas sociais e em garantir renda e emprego para a maioria dos brasileiros. Também prometeu a expansão da rede de banda larga. 

Disse aos blogueiros que, ganhando a eleição, fará um segundo mandato politicamente “mais combativo” e que as entrevistas como a de hoje passarão a ser feitas “de forma sistemática”.

PS do Viomundo: Segundo o site Muda Mais, que providenciou a transmissão pela internet, a entrevista teve 600 mil acessos.



Postado no blog Viomundo em 26/09/2014



Homenagem aos 66 tuiteiros perseguidos e processados !






Passaredo 

 ( Chico Buarque )


Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira 
Engole-vento 
Saíra, inhambu 
Foge, asa-branca 
Vai, patativa 
Tordo, tuju, tuim 
Xô, tié-sangue 
Xô, tié-fogo 
Xô, rouxinol, sem-fim 
Some, coleiro 
Anda, trigueiro 
Te esconde, colibri 
Voa, macuco 
Voa, viúva 
Utiariti 
Bico calado 
Toma cuidado 
Que o homem vem aí 
O homem vem aí 
O homem vem aí 

Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí


Dear readers : Queridos leitores




Feeling rewarded , come thank the many rave to this blog and my work as a producer and manager comments .

I created the blog with the the goal to pass interesting information and entertainment.

But as there is a good deal of subjectivity , since what is interesting to me may not be for someone else , was surprised and very pleased to find that many people love and praise my posts .

I read all the reviews, and to the extent possible answer , striving to meet the doubts of readers ones .

Take this opportunity to ask your pardon , because not speaking english and counting , alone, with the services of Free Online Translation often do not quite understand what the reader is asking for or needing .

But you can be sure that whenever I can well determine what is the reader's request , I try to respond as soon as possible.

Wishing much happiness and health to leave my dear readers

 Thank you !

Rosa Maria 

( administradora do Blog )



Sentindo-me recompensada, venho agradecer os vários comentários elogiosos a este Blog e ao meu trabalho como produtora e administradora.

Criei o Blog com o o objetivo de repassar informações interessantes e entretenimento.

Mas como há uma boa dose de subjetividade, uma vez que aquilo que é interessante para mim, pode não ser para outra pessoa, foi com surpresa e muita satisfação que verifiquei que muitas pessoas gostam e elogiam minhas postagens.

Leio todos os comentários, e na medida do possível respondo, procurando atender as dúvidas dos queridos leitores.

Aproveito para pedir mil desculpas, pois não falando inglês e contando, apenas, com os serviços de Tradução Online gratuitos, muitas vezes não entendo bem o que o leitor está solicitando ou precisando. 

Mas podem ter a certeza que sempre que consigo determinar bem qual é a solicitação do leitor, procuro responder o mais breve possível.

Desejando muita felicidade e saúde aos queridos leitores deixo meu

Muito Obrigado !

Rosa Maria 

( administradora do Blog )



A Globo quer derrubar Dilma Rousseff





Paulo Henrique Amorim nasceu no Rio de Janeiro em 1942. Formado em jornalismo, entrou logo para a carreira e teve lugar de destaque nos lugares em que trabalhou. 

Em 1961, fez uma grande cobertura quando o então presidente Jânio Quadros renunciou à presidência e o governador Leonel Brizola mobilizou soldados, para garantir a posse do vice João Goulart. Esses dias, que marcaram fortemente a história moderna do Brasil, foram acompanhados e divulgados pelo renomado jornalista.

Nos anos 70, o jornalista fazia muitas coberturas internacionais, como o Escândalo Watergate, a Crise dos Mísseis de Cuba, o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim, os conflitos de Kosovo e Sarajevo. Por muitos anos ele foi um dos apresentadores mais importantes da Rede Globo de Televisão. E também colaborador da Revista Veja. Paulo Henrique abriu sucursais, para esses dois veículos, em Nova Iorque e Londres.

Entre os anos de 1997 e 1999, ele esteve na TV Bandeirantes, apresentando o “Jornal da Band” e o programa “Fogo Cruzado”. Entre 2001 e 2003, esteve na TV Cultura, onde apresentou o “Conversa Afiada”. Em 2003 mudou-se para a TV Record, onde apresentou os programas ”Edição de Notícias” e “Tudo a Ver”.

Em fevereiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônica “Domingo Espetacular”, onde ainda está. PHA (como é conhecido nas rodas jornalísticas) tem um blog de sucesso de público e crítica na internet chamado “Conversa Afiada”. 

Nele o carro-chefe são os comentários originais sobre política. Figuras como ex-governador de São Paulo José Serra, apelidado de Padim Pade Cerra pelo jornalista, são combatidos sem dó e nem piedade pela publicação online. Em 2005, publicou em conjunto com a jornalista Maria Helena Passos o livro:”Plim-Plim: A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, um livro reportagem sobre o Caso Proconsult, uma tentativa de fraudar as eleições para governador do Rio em 1982 .

Na entrevista a seguir, nos chama muita atenção, a reposta de PHA sobre o novo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, quando o mesmo diz que a grande imprensa, apelidada pelo senador do PT de Pernambuco Fernando Ferro, e popularizada por ele de PiG ou Partido da Imprensa Golpista, quer destruir o alagoano de qualquer maneira.

Panorama Mercantil - O senhor é um dos jornalistas mais experientes do país, conhecendo bem o funcionamento de vários veículos de comunicação do Brasil. Com essa bagagem toda, pode afirmar que existe liberdade de imprensa ou isso é uma grande utopia?

Paulo Henrique Amorim - É uma utopia. A liberdade de imprensa é dos donos da imprensa. Liberdade de expressão – que é outra coisa, mais ampla, mais profunda – só na blogosfera.

Panorama - Como enxerga o jornalismo que é feito por aqui comparando com outras nações como por exemplo a Argentina, que muitos consideram ter uma imprensa mais qualificada e diversificada do que a nossa?

Amorim - A imprensa brasileira é sofrível. É a pior das “jovens democracias”, como a Argentina, Portugal, Espanha. Só no Brasil ainda tem “coluna social” ilustrada e em nenhum outro lugar do mundo há mais colunas do que reportagens, como aqui.

Panorama - Todo mundo sabe que a obsessão do líder da Igreja Universal Edir Macedo, é fazer a Rede Record ser a emissora número um do país. O senhor é uma das estrelas da emissora, acha que isso será possível enquanto tempo, já que a Globo ainda é líder com uma margem considerável mesmo perdendo muito da sua audiência nos últimos tempos?

Amorim - A Globo é um tigre de papel (Expressão antiga da cultura chinesa, muito usada pelo líder chinês Mao Tsé-Tung para qualificar o seu rival Chiang Kai-shek. Seria algo que parece ameaçador mas que na verdade é inofensivo). Especialmente o seu jornalismo.

Panorama - O deputado Federal do PT pelo estado de Pernambuco Fernando Ferro, criou a sigla PiG (Partido da Imprensa Golpista) que o senhor popularizou. Claramente quem são os membros do PiG e se eles hoje são a verdadeira oposição política do país?

Amorim - As Organizações Globo, a revista Veja, que chamo de detrito sólido de maré baixa, e os jornais Estadão e Folha de S.Paulo. E seus penduricalhos – portais na internet, revistas, rádios etc. Sim, eles são uma parte importante da oposição.

Panorama - O senhor afirmou em setembro de 2007 que a absolvição do senador alagoano Renan Calheiros, foi a maior derrota da imprensa brasileira depois da reeleição do presidente Lula. Continua com a mesma opinião? E se continua, nos explique porque chegou a tal conclusão?

Amorim - Porque, como agora, em janeiro de 2013, o PiG quer destruir o Renan, pelo fato de ele ser da base da presidenta Dilma Rousseff. Quando era Ministro da Justiça do FHC, Renan era um santinho do pau oco.

Panorama - Quando alguns dizem que o senhor é um jornalista vendido ou melhor, um jornalista governista, não fica ofendido com isso?

Amorim - Quem disse isso foi processado (O ex-colunista polêmico da revista Veja Diogo Mainardi), me deve R$ 300 mil e fugiu para a Itália.

Panorama - Por quê o senhor acredita que grande parte da imprensa, tenta desqualificar o ex-presidente Lula, mesmo ele tendo sido reeleito e saído da presidência com uma aprovação popular elevadíssima?

Amorim - Por preconceito racial e de classe. Porque ele é de origem pobre e nordestino – duas circunstâncias que põem fogo no rabo dos “liberais” brasileiros.

Panorama - O senhor acredita que uma parte da imprensa boicotou o livro ‘A Privataria Tucana’ do jornalista Amaury Ribeiro Jr, para não prejudicar o então candidato à prefeitura de São Paulo José Serra?

Amorim - Sim. O Cerra, Padim Pade Cerra (Aqui trocando o S pelo C como faz intencionalmente em seu blog), devido à sua tardia conversão à Fé, tem o melhor PiG do Brasil. Ele pode fazer qualquer coisa – inclusive chefiar o clã Privateiro – que o PiG perdoa.

Panorama - Dilma Rousseff foi derrotada pela Globo?

Amorim - Ela e o Lula ganharam. Mas, se ficarem quietos, ela pode vir a ser derrubada. A Globo quer derrubá-la, como ajudou a matar Vargas e a derrubar Jango. Só não derrubou o Lula porque foi mais esperto que ela.

Panorama - Qual a real força de um colunista de um veículo impresso atualmente perante aos leitores depois da popularização da internet e sobretudo dos blogs como o famoso e reconhecido Conversa Afiada que lhe pertence?

Amorim - Os colonistas (Não se refere a cólon. Mas, a jornalistas que se prestam ao serviço de serem piores que os patrões, como diz o fundador da revista Carta Capital Mino Carta) do PiG fazem a agenda política. Imprensam o Congresso Nacional contra a parede e amedrontam o Governo. Não ajudam a ganhar eleição, mas ajudam a dar o Golpe.

Panorama - Muita gente diz que a qualidade editorial na era digital piorou, acredita que isso é um fato?

Amorim - Piorar em relação à imprensa escrita é impossível.

Panorama - Muitos jornalistas que já entrevistamos nos dizem que a revista Veja é desonesta. Se ela é isso, porque continua sendo o farol da classe média, e a revista mais vendida do Brasil?

Amorim - A Veja fala a língua de uma facção pré-fascista da classe média brasileira, especialmente a de São Paulo. Eles se entendem. Com a provisória interrupção das atividades do trio sertanejo Caneta-Cachoeira-Demóstenes, a Veja caiu muito – na visão desses Falangistas.

Panorama - Sabemos que foram muitas, mas nos fale de uma matéria em especial que o fez pensar: Puxa, valeu escolher a profissão de jornalista?

Amorim - A que eu vou fazer amanhã.


Postado no Blog do Saraiva em 13/05/2014



Pressão e intimidação das Organizações Globo aos blogueiros progressistas





Conceição Lemes, 33 anos de estrada: Resposta em público ao O Globo



Conceição Lemes


Nessa segunda-feira 14, uma repórter de O Globo enviou-nos um e-mail:

“Estou fazendo uma matéria sobre a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu a blogueiros na semana passada. Gostaria de conversar contigo por telefone”.

Pedi que enviasse as perguntas por e-mail. Hoje, às 12h27 elas foram encaminhadas:


Nada contra a repórter. Embora não a conheça, respeito-a profissionalmente como colega.

Já a empresa para a qual trabalha, não merece a nossa consideração.

Com essas perguntas aos blogueiros, O Globo parece estar com saudades da ditadura, quando apresentava como verdadeira a versão dos órgãos de repressão. Exemplo disso foi a da prisão, tortura e assassinato de Raul Amaro Nin Ferreira, em 1971, no Rio de Janeiro.

Com essas perguntas, O Globo parece querer promover uma caça aos blogueiros progressistas. Um macartismo à brasileira.

O macartismo, como todos sabem, consistiu num movimento que vigorou nos EUA do final da década de 1940 até meados da década de 1950. Caracterizou-se por intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis.

O interrogatório emblemático daqueles tempos nos EUA:

Mr. Willis: Well, are you now, or have you ever been, a member of the Communist Party? (Bem, você é agora ou já foi membro do Partido Comunista?)

A sensação com as perguntas de O Globo é que voltamos à ditadura. Agora, a ditadura midiática das Organizações Globo. É como se estivéssemos sendo colocados numa sala de interrogatório.

Afinal, qual o objetivo de saber se pertencemos a algum partido político?

Será que O Globo faria essa pergunta aos jornalistas de direita, travestidos de neutros, que rezam pela sua cartilha?

E se fossemos nós, blogueiros progressistas, que fizéssemos essas perguntas aos jornalistas de O Globo?

Imediatamente, seríamos tachados de antidemocratas, cerceadores da liberdade de expressão, chavistas e outros mantras do gênero.

Como um grupo empresarial que cresceu graças aos bons serviços prestados à ditadura civil-militar tem moral de questionar ideologicamente os blogueiros que participaram da entrevista coletiva?

Liberdade de imprensa e de expressão vale só para direita e para a esquerda, não?

Como uma empresa que tem no seu histórico o colaboracionismo com a ditadura, o caso pró-Consult, o debate editado do Collor vs Lula, ter sido contra a campanha Pelas Diretas, pode se arvorar em ditar normas de bom Jornalismo e ética?

Como uma empresa que deve R$ 900 milhões ao fisco tem moral para questionar outros brasileiros?

Como um grupo empresarial que recebe, disparadamente, a maior fatia da publicidade do governo federal pode criticar os poucos blogs que recebem alguma propaganda governamental?

O Viomundo, repetimos, não aceita propaganda dos governos federal, estaduais e municipais. É uma opção nossa. Mas respeitamos quem recebe. É um direito.

No Viomundo, não temos nada a esconder. Só não admitimos que as Organizações Globo, incluindo O Globo, com todo o seu histórico, se arvorem no direito de fiscalizar a blogosfera.

Por isso, eu Conceição Lemes, que representei o Viomundo na coletiva, não respondi a O Globo. Preferi responder aos nossos milhares  de leitores. Diretamente. E em público.

Seguem as perguntas de O Globo e as minhas respostas.

Qual a sua formação acadêmica?

Formada em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Qual a sua atuação profissional antes do blog? Já cobriu política por outros veículos?

Sou editora do Viomundo, onde faço política, direitos humanos, movimentos sociais. Toco ainda o nosso Blog da Saúde.

No início da carreira, fiz um pouco de tudo: economia, política, revistas femininas, rádio…

Há 33 anos atuo principalmente como jornalista especializada em saúde, tendo ganho mais de 20 prêmios por reportagens nessa área. Entre eles, o Esso de Informação Científica, o José Reis de Jornalismo Científico, concedido pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), e o Sheila Cortopassi de Direitos Humanos na área de Comunicação, outorgado pela Associação para Prevenção e Tratamento da Aids e Saúde Preventiva (APTA) com apoio do Unicef.

Conquistei também vários prêmios Abril de Jornalismo, a maioria por matérias publicadas na revista Saúde!, da qual foi repórter, editora-assistente, editora e redatora-chefe.

Em 1995, fui premiada pela reportagem “Aids — A Distância entre Intenção e Gesto”, publicada pela revista Playboy. O projeto que desenvolvi para essa matéria foi selecionado para apresentação oral na 10ª Conferência Internacional de Aids, realizada em 1994 no Japão.

Pela primeira vez um jornalista brasileiro teve o seu trabalho aprovado para esse congresso. Concorri com cerca de 5 mil trabalhos enviados por pesquisadores de todo o mundo. Aproximadamente 300 foram escolhidos para apresentação oral, sendo apenas dez de investigadores brasileiros. Entre eles, o meu. Em consequência, fui ao Japão como consultora da Organização Mundial da Saúde.

Tenho oito livros publicados na área.

O mais recente, lançado em 2010, é Saúde – A hora é agora, em parceria com o professor Mílton de Arruda Martins, titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP e o médico Mario Ferreira Júnior, coordenador de Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Em 2003/2004, foi a vez da coleção Urologia Sem Segredos, da Sociedade Brasileira de Urologia, destinada ao público em geral.

Os primeiros livros foram em 1995. Um deles, o Olha a pressão!, em parceira com o médico Artur Beltrame Ribeiro.

O outro foi a adaptação e texto da edição brasileira do livro Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV, do professor John G. Bartlett, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. A tradução e supervisão científica são do médico Drauzio Varella.

Você é filiada a algum partido político?

Não sou nem nunca fui filiada a qualquer partido político.

Mas me estranha muito uma empresa que apoiou a ditadura, cresceu devido a benesses do regime e hoje se alinhe com todos os espectros da direita brasileira, questione a a filiação partidária de um jornalista.

Quer dizer de direita, tudo bem, e de esquerda, não?

Como você definiria os “blogueiros progressistas”? Existe uma linha política?

Somos de esquerda.

Defendemos:

Melhor distribuição da renda no país.

Reforma agrária.

Os movimentos sociais por melhores condições de moradia, trabalho, defesa do meio ambiente, saúde e educação.

Regulamentação dos meios de comunicação.

Valorização do salário mínimo.

Política de cotas raciais nas universidades.

Direitos reprodutivos e sexuais das mulheres brasileiras.

Combate à discriminação e promoção dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais

Imposto sobre grandes fortunas.

Financiamento público de campanha.

Reforma política.

Fortalecimento da Petrobras.

Sistema Único de Saúde.

Como você foi chamada para a entrevista? Recebeu alguma ajuda de custo do instituto?

Por e-mail. Nenhuma ajuda.

O que você achou da seleção de blogueiros para a entrevista? Incluiria, por exemplo, representantes da mídia ninja ou blogueiros “de oposição”, como Reinaldo Azevedo?

O Instituto Lula tem o direito de chamar para entrevistar o ex-presidente quem ele quiser.

Engraçado O Globo perguntar isso. De manhã à madrugada, de domingo a domingo, todos os veículos das Organizações Globo privilegiam, ostensivamente, vozes do conservadorismo brasileiro e internacional. Pior é que travestido de uma falsa neutralidade.

Por que O Globo pode chamar quem quiser e o ex-presidente Lula, não?

Por que as Organizações Globo não dão espaços iguais à esquerda e à direita, garantindo a pluralidade de opiniões?

No dia em que as Organizações Globo garantirem efetivamente a pluralidade de opiniões, respeitando a verdade factual, aí, sim, seus profissionais poderão questionar os nomes escolhidos por Lula.

Qual foi o ponto mais relevante da entrevista para você?

Ter falado três horas e meia com os blogueiros. Uma conversa em que nenhum assunto foi proibido. Tivemos liberdade plena de perguntar o que queríamos. Uma lição de democracia.

O instituto arcou com os seus custos de deslocamento?

Não. Fui de táxi. Paguei do meu próprio bolso.

Por que você acredita ter sido escolhida para a entrevista?

Quantos jornalistas brasileiros têm o meu currículo profissional? Quantos repórteres da mídia tradicional e da blogosfera produziram tantos furos jornalísticos quanto nós no Viomundo nos últimos cinco anos?

Por isso, deixo essa pergunta para você e os leitores do Viomundo responder.
O que você acha do movimento “Volta Lula”?

Quem tem de achar é a população e os militantes dos partidos da base de apoio do governo.

Sou apenas repórter. Cabe a mim, portanto, retratar o que presencio.

Qual nota você daria ao governo Dilma? Por quê?

O Globo tem fetiche por nota. Quem tem de dar a nota é o eleitorado. Sou repórter e minha opinião neste caso é irrelevante. A não ser que O Globo pretenda usá-la para fazer o que costuma fazer: manipular informação com objetivos políticos, em defesa de interesses da direita brasileira.

PS do Viomundo: Todas as nossas batalhas são financiadas exclusivamente pela contribuição de assinantes, a quem agradecemos por compartilhar conteúdo exclusivo generosamente com outros internautas. Torne-se um deles!




Postado no blog Contraponto em 16/04/2014


Merval e Sardemberg caluniam Blogueiros que entrevistaram Lula


Sardemberg e Merval


Eduardo Guimarães no Blog da Cidadania:


Qualquer pessoa que a natureza tenha dotado de um mísero neurônio ficará intrigada com os textos e comentários que a grande mídia publicou sobre a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu a blogueiros na última terça-feira (8/4). Quem são os blogueiros que essa mídia critica sem dar nomes? Por que não diz quem são? Qual é a razão desse mistério todo?

Além de distorcer as palavras de Lula ou até de inventar coisas que ele não disse, a mídia ainda vem caluniando esses blogueiros. Que calúnias? As de sempre, de que eu, por exemplo, digo aquilo que digo porque sou “financiado” pelo governo federal.

Não há grande jornal ou telejornal que não tenha divulgado algum texto atacando os blogueiros. Em geral, com ironias, dizendo-nos “amigos” de Lula, como no caso da colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde, casada com um marqueteiro com extensa folha de serviços prestados ao PSDB e que, há anos, dedica-se a atacar o PT todo dia.

Antes de prosseguir, um esclarecimento: infelizmente, não sou “amigo” de Lula; sou, apenas, um admirador e eleitor. Defendo o ex-presidente desde 1989. Neste blog, defendo desde 2005, quando criei a página. Nunca escondi isso de ninguém. Mas ser amigo é outra coisa.

Não frequento a casa de Lula, não tomo uma cachacinha ou fumo um havana com ele. Não tenho nem mesmo seu telefone pessoal. Gostaria, mas não tenho esses privilégios.

Aliás, posso garantir que, na entrevista que Lula concedeu a blogueiros, nenhum deles pode se dizer seu “amigo” no sentido literal.

Mais grave, porém, é quando a mídia calunia. A mesma Eliane Cantanhêde e a mesma Folha de São Paulo distorceram a fala de Lula sobre a situação do país.

Ao responder a uma pergunta sobre a razão dos protestos de rua, Lula disse que ainda não foi possível fazer tudo que precisa ser feito, mas que Dilma vai ter que ver como melhorar ainda mais o país. A mídia distorce tudo e diz que Lula criticou o governo Dilma ao dizer que “poderíamos estar melhor”.

A Folha escreveu essa distorção em editorial e a colunista em sua coluna, contígua aos editoriais do patrão.

Poderia ficar citando, um a um, essa extensa fila de colunistas e editoriais da grande mídia que atacaram os blogueiros com ironias ou até com calúnias, mas devido à repercussão da entrevista acho ocioso.

Enfim, direito de criticar todo mundo tem. Até distorcer a fala de Lula aos blogueiros, como fizeram tantos veículos, não requer muito gasto de tempo porque a entrevista pode ser assistida por quem tiver interesse na verdade e, assim, essas distorções terão sido inúteis. Já para quem não se preocupa com os fatos, mas sim com as versões, não adianta dizer nada porque vai acreditar só no que quer.

Mais grave, porém, é o que fizeram os comentaristas da Globo Merval Pereira e Carlos Alberto Sardemberg na rádio CBN. Ambos acusaram os blogueiros que entrevistaram Lula de terem as opiniões que têm por serem financiados pelo governo federal.

Ouça, abaixo, a calúnia sobretudo de Sardemberg.


Epa! Que história é essa? Não posso falar pelos outros companheiros que estiveram comigo na entrevista. Porém, que eu saiba nenhum dos que estavam ali recebe financiamento do governo federal para dizer o que pensa.

Sim, talvez algum dos entrevistadores tenha publicidade oficial em seu site assim como a Globo ou a Folha têm… Mas e daí? A Secom federal tem normas muito claras para anunciar em qualquer veículo. Ter um anúncio do Banco do Brasil ou da Petrobrás quer dizer que aquele blogueiro diz o que diz por causa dessa publicidade?

Ora, o governo de São Paulo gasta uma montanha de dinheiro com a Folha de São Paulo ou com a Globo ou com a Abril ou com o Estadão. E daí? Está comprando esses veículos para que ataquem tão obsessivamente o PT?

Sardemberg e Merval foram longe demais. Mesmo que algum dos blogueiros que entrevistaram Lula receba alguma publicidade oficial, como afirmar que é por isso que tem a opinião que tem sobre o governo federal, sobre Lula, sobre o PT?

Eu, por exemplo, nunca recebi um tostão do governo federal. Nem publicidade. Nadinha. E se recebesse seria legítimo. Ninguém teria o direito de me acusar de dizer o que digo devido àquele contrato de publicidade.

Sei que a grande maioria dos blogueiros que entrevistaram Lula está na mesma situação que eu. Mas, repito, mesmo que alguém daquele grupo tenha alguma publicidade oficial em seu site isso não autoriza ninguém a dizer que essa publicidade é que manda no que diz. Essa acusação é crime de calúnia, de difamação, de injúria. Causa danos morais e materiais.

Não conversei com os amigos blogueiros, mas essa conversinha entre Merval e Sardemberg me parece criminosa.

A mídia sempre toma cuidado ao acusar blogueiros. Não lhes dá nomes. Desta vez, porém, dois de seus caluniadores foram imprudentes ao darem nomes, ainda que indiretamente. Só quero ver como irão provar que o Eduardo Guimarães, por exemplo, foi subornado para ter as opiniões políticas que repete todo dia neste blog há quase uma década.



Lula, blogs e mentiras do Zero Hora




Luiz Carlos Azenha
 no blog Viomundo

O Tijolaço nos informa que o diário direitista gaúcho Zero Hora teve o seguinte a dizer sobre a entrevista do ex-presidente Lula a blogueiros: “O ex-presidente sentou-se à mesa com pessoas que não têm como oferecer a neutralidade reclamada. Seus ouvintes eram responsáveis por blogs assumidamente governistas, muitos dos quais sustentados por verbas oficiais.”

O Zero Hora, como se sabe, pertence à família Sirotsky, do Grupo RBS, parceiro comercial e ideológico das Organizações Globo (olhem na lista acima) no Sul do país.

Se tivesse feito o trabalho jornalístico que se requer de uma poderosa empresa jornalística, teria descoberto o óbvio: a grande maioria dos blogueiros que entrevistaram o ex-presidente Lula não recebe um tostão sequer de “verbas oficiais”. Basta consultar as informações divulgadas pela Secom, a Secretaria de Comunicação Social ligada à Presidência da República.

Da entrevista participaram Renato Rovai (Revista Fórum e Blog do Rovai), Altamiro Borges (Blog do Miro), Conceição Lemes (Viomundo), Fernando Brito (Tijolaço), Marco Weissheimer (Sul 21 e Carta Maior), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo) e Miguel do Rosário (O Cafezinho).

Posso estar errado, mas dos veículos acima citados só a Carta Maior constava da listagem mais recente a que tive acesso, numa proporção absolutamente compatível com a importância que o site tem para a esquerda brasileira e para o público de esquerda existente no país.

Portanto, além de mentir neste ponto - “muitos dos quais sustentados por verbas oficiais” -, o Zero Hora sonegou de seus leitores outra informação fundamental, se realmente pretendia debater financiamento oficial da mídia e independência editorial.

Sonegou o fato de que o Grupo RBS certamente está na lista dos maiores receptores de dinheiro público dentre, digamos, os 50 maiores grupos de mídia do Brasil, pois recebe dinheiro do governo federal, de governos estaduais e de prefeituras. Se pretendia debater honestamente o assunto, o Zero Hora deveria contar aos leitores quanto exatamente a RBS recolhe em “verbas oficiais”.

O que levaria os leitores a concluir: se o Zero Hora, com todo o dinheiro oficial recebido pelo Grupo RBS, pode se declarar “independente”, por que blogueiros que não recebem um tostão em dinheiro oficial não podem ser independentes? Teriam sido abduzidos pelo lulismo? Hipnotizados pelo petismo?

Por que sonegar dos leitores que os entrevistadores de Lula representam blogues de esquerda, que se contrapõem ao jornalismo de direita do Zero Hora? Ah, sim, porque na cabeça dos editores do diário gaúcho o Zero Hora paira sobre a sociedade, “neutro”. Não é conservador, nem de direita.

Se eventualmente elogiamos medidas do governo, o que nos custa a pecha de “governistas”, sem receber nada em troca, isso deveria ser elogiável: é demonstração de que colocamos convicções políticas adiante de interesses comerciais, algo muito raro no jornalismo de hoje. As convicções políticas da família Sirotsky, aliás, ficam absolutamente explícitas na linha editorial dos órgãos midiáticos do grupo RBS. Por que, então, deveríamos esconder as nossas? Isso não nos dá, nem a eles, o direito de distorcer, manipular ou mentir. Na entrevista de Lula foram tratados todos os temas importantes da conjuntura política atual, da Petrobras ao caso do deputado André Vargas, de Lula candidato à Copa do Mundo. Sem antipetismo doentio, sem pré-julgamentos e dando ao ex-presidente o direito de se expressar.

O Viomundo, como vocês sabem, tem como política não receber “verbas oficiais”, de governos de todas as esferas ou de empresas públicas.

Por que o Zero Hora não adota a mesma diretriz, que contribuiria para cortar os gastos públicos? Quantas creches e hospitais poderiam ter sido construídos com o dinheiro que o Grupo RBS embolsou até hoje em “verbas oficiais”?

Taí um exercício que os editores do diário gaúcho ficam devendo a seus leitores, assim como aos ouvintes e telespectadores do Grupo RBS: um debate honesto sobre o financiamento da mídia.

É óbvio que sabemos exatamente o motivo da chiadeira da família Sirotsky.

Ela se revolta com a perda do monopólio da informação, que até recentemente permitia ao grupo selecionar as notícias “existentes” ou não, os ângulos e as frases pinçadas de uma longa entrevista que permitiam empacotar a sua “versão” dos fatos.

Desculpem, mas a internet acabou com isso: entrevistas longas, em tempo real, ficam imediatamente disponíveis, na íntegra, em rede, permitindo a leitores/ouvintes/telespectadores que fiscalizem eles próprios as distorções, omissões e manipulações tão comuns na mídia corporativa (na mesma tarde da entrevista a assessoria do ex-presidente denunciou que Folha e O Globo haviam adulterado a fala de Lula).

Desde muito antes de Assis Chateaubriand, empresas jornalísticas brasileiras cresceram explorando a capacidade de extorquir dinheiro sob a ameaça de investigar/denunciar/desconhecer autoridades ou empresários; para os que abriram o cofre, em compensação, ficou o benefício do “espaço controlado” para falar à opinião pública.

Quando um líder como o ex-presidente Lula decide falar sem tal intermediação corporativa, paira no ar forte ameaça ao monopólio da palavra que sustenta o jornalismo chantagista.

A ação de Lula ameaça o bolso dos Sirotsky. É disso que se trata.

(Se o Zero Hora se desse ao trabalho de investigar antes de escrever besteira, encontraria críticas ao governo federal/Lula/PT no Viomundo, bastando clicar dentre dezenas de outros lugares aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui).

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