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A gente até estranha quando o amor é calmo, mas não deveria



Amor é esteio, acalanto, é calmaria. Amor é colo.


Marcel Camargo

Recentemente, a Bruna Marquezine disse que não sabia que o amor pudesse ser calmo e tranquilo, como o que ela está vivendo atualmente. Foi esclarecedor, porque muitas pessoas ficam tateando na escuridão de um relacionamento turbulento, em vez de procurarem por águas tranquilas, como deve ser o amor. Apenas momentos de chuva, instantes passageiros.

Na verdade, muitos de nós parecemos não ficar muito à vontade com o que está dando certo. Quem nunca estranhou quando as coisas estão tranquilas, quando estamos felizes, como se ficássemos desconfiados, esperando algo dar errado? É como se não nos achássemos no direito de estar nos sentindo bem. É como se não fôssemos merecedores daquela felicidade toda.

Crescemos sob conceitos que envolvem culpa e pecado, sob o olhar julgador da religião e isso vem conosco a vida toda. Vivemos em meio a uma diarreia de regras impostas por gente que se acha capaz de ditar o que é certo e errado. Condenam o que vestimos, comemos, a forma como amamos, o que escolhemos, o que não queremos. Dentre tantas formas possíveis de estarmos errados, como podemos nos julgar merecedores de felicidade plena?

E isso influencia diretamente a nossa maneira de encarar o amor. Se não há desconfianças, receios, hesitações e discussões, a gente chega a estranhar. Questionamos até se o outro nos ama realmente, quando ele não fica invocando por ciúmes. Logicamente, todo relacionamento requer ajustes e passa por algumas tempestades, mas são passageiras e servem para fortalecer os sentimentos. Brigas frequentes e infelicidade constante são sinais de que algo está muito errado.

A gente não pode se acostumar com as tempestades, com a infelicidade, com o vazio, com a dúvida, com o medo, com as inseguranças. A gente não pode normalizar o que machuca, o que fere. O amor tem que ser nosso porto seguro, em meio a esse mundo doido e violento. Amor é esteio, acalanto, é calmaria. Amor é colo.













A gente até estranha quando o amor é calmo, mas não deveria



Amor é esteio, acalanto, é calmaria. Amor é colo.


Marcel Camargo

Recentemente, a Bruna Marquezine disse que não sabia que o amor pudesse ser calmo e tranquilo, como o que ela está vivendo atualmente. Foi esclarecedor, porque muitas pessoas ficam tateando na escuridão de um relacionamento turbulento, em vez de procurarem por águas tranquilas, como deve ser o amor. Apenas momentos de chuva, instantes passageiros.

Na verdade, muitos de nós parecemos não ficar muito à vontade com o que está dando certo. Quem nunca estranhou quando as coisas estão tranquilas, quando estamos felizes, como se ficássemos desconfiados, esperando algo dar errado? É como se não nos achássemos no direito de estar nos sentindo bem. É como se não fôssemos merecedores daquela felicidade toda.

Crescemos sob conceitos que envolvem culpa e pecado, sob o olhar julgador da religião e isso vem conosco a vida toda. Vivemos em meio a uma diarreia de regras impostas por gente que se acha capaz de ditar o que é certo e errado. Condenam o que vestimos, comemos, a forma como amamos, o que escolhemos, o que não queremos. Dentre tantas formas possíveis de estarmos errados, como podemos nos julgar merecedores de felicidade plena?

O poder da gentileza e empatia : Centauro oferece emprego a garoto após um desconhecido comprar par de calças para ele



centauro oferece emprego garoto após cliente comprar calça



Centauro oferece emprego a garoto após um desconhecido 
compra par de calças para ele 


Mais do que um par de calças, Sidmar acabou ganhando um

 emprego na loja !


Jéssica Souza


Quem imaginaria que um par de calças mudaria a vida de um garoto de 16 anos? Conheça a história do professor universitário Murilo Matos Mendonça, 50 anos, de Florianópolis (SC), que comprou um par de calças na loja Centauro para o garoto Sidmar, que vendia doces na porta de um restaurante e tinha o desejo de ter uma calça para ir à escola. Além da calça, Sidmar ganhou um emprego na própria Centauro !

No dia 20 de maio, Murilo publicou em seu Facebook a sua história com o garoto. Na publicação, ele mostra o desfecho maravilhoso que a compra de um par de calças teve na vida deles. A intenção era ajudar o Sidmar a não passar o inverno sem uma calça.
Conversamos com o professor e descobrimos como muitas pessoas foram importantes para transformar essa compra em algo maior, do SAC da Centauro ao gerente da loja. 

Hoje, finalmente, conseguimos compreender o quanto vale um par de calças“, diz um trecho da publicação. 



Legenda: Print da publicação do Murilo




Como tudo começou


No dia 23 de março, num sábado, Murilo foi almoçar num restaurante de um bairro nobre de Florianópolis. Como de costume, à porta do restaurante estava o garoto Sidmar com o seu tabuleiro de doces.


“Ofereceu-me. Declinei. Perguntou-me se eu não teria, então, um trocado que ele estava guardando para comprar uma calça. Eu disse que não. Entrei no restaurante, me arrependi, voltei e dei-lhe um trocado. Ele ficou muito agradecido. Almocei e ele ainda estava ali por perto. Resolvi conversar, me interessar por sua história, olhar nos olhos e ouvir”, relatou Murilo.

Solidão. Um sério perigo para a saúde


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Quando ela não é voluntariamente assumida, por livre escolha do indivíduo, a solidão pode dobrar o índice de mortalidade após uma hospitalização por problema de cardiologia. O efeito, segundo pesquisas recentes, é mais sensível em homens do que em mulheres.

Damien Mascret – Le Figaro Santé 

Você vive sozinho? Se o médico lhe faz essa pergunta logo após sua visita a um atendimento de cardiologia, ele não o faz apenas por causa de questões práticas ou por empatia, mas sim porque a solidão, real ou sentida, aumenta consideravelmente o seu risco de morte durante o ano que virá a seguir. O que justifica a pergunta: Um coração fragilizado será mais vulnerável ao isolamento social?

“Pesquisas mostraram que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, afirma Anne Vinggaard Christensen, uma doutoranda em saúde pública no centro de cardiologia da Universidade de Copenhague.

Mas essa cientista esclarece que as coisas acontecem de forma diferente para os homens e as mulheres. Christensen apresentou os surpreendentes resultados de sua pesquisa no dia 9 deste mês de junho no Trinity College de Dublin, na Irlanda, durante o congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (EuroHeartCare).


A pesquisadora se baseou nos dados de todos os pacientes hospitalizados entre abril de 2013 e abril de 2014 em um dos cinco grandes centros de cardiologia da Dinamarca, inclusive aquele onde ela trabalha, perfazendo uma amostragem de mais de 13 mil pessoas, com idade média de 65 anos. A metade tinha sido hospitalizada por infarto do miocárdio e um terço por arritmia cardíaca; as restantes por insuficiência cardíaca ou doenças das válvulas do coração. A maioria (70%) era de homens. 

Mas o que a pesquisadora descobriu é que aqueles que viviam sozinhos apresentavam um risco duas vezes maior de morrer do que os outros durante o ano sucessivo a partir da sua alta hospitalar. Um excesso de risco que não foi encontrado nas pacientes mulheres!

Homens parecem ser mais dependentes

“Pesquisas anteriores já tinham demonstrado que os homens utilizam principalmente suas esposas como primeiro suporte, mas as mulheres com frequência encontram apoio em pessoas que não são seus maridos”, explica Anne Vinggaard Christensen. “Os homens portanto parecem ser bem mais dependentes da pessoa com a qual eles vivem, do que as mulheres. Já sabíamos que existe uma associação entre uma rede social pobre e a saúde, mas a força dessa associação nos deixou realmente surpresos”.


O mais surpreendente é que o sentimento de solidão faz com que dobre a mortalidade durante o ano seguinte a saída do hospital, e isso tanto para os homens quanto para as mulheres.

Nesse estudo dinamarquês, os pacientes deviam simplesmente responder à pergunta: “Acontece com frequência que você esteja sozinho até mesmo quando preferiria estar em companhia de outras pessoas?”. “Com frequência” foi a resposta para 6% dos homens e 10% das mulheres; “às vezes” para 17% dos homens e 21% das mulheres. 

Um desafio para a sociedade

Em seu livro Loneliness, Human nature and the need for social connection (Solidão, natureza humana e a necessidade de relações sociais) o neurocientista John Cacioppo, da Universidade de Chicago – conhecido por ter demonstrado em 2003, com o uso de ressonâncias magnéticas cerebrais, a ativação de zonas dolorosas quando as pessoas são rejeitadas por um grupo no decorrer de alguma partida esportiva – insiste repetidas vezes sobre os impactos provocados pela solidão prolongada.

“A solidão não altera apenas o comportamento mas seus efeitos atuam também quando medimos os hormônios do estresse, a imunologia e a função cardiovascular”, escreve Cacioppo. “À medida que o tempo passa, essas alterações fisiológicas se agravam a ponto de levar para a sepultura milhões de pessoas”. 

O fenômeno é bastante inquietante sobretudo quando consideramos a verdadeira epidemia de solidão que se desenvolve hoje em dia, sobretudo entre os idosos.

Uma pesquisa feita em 2017 encomendada pela organização francesa Les petits frères des pauvres (Os irmãozinhos dos pobres) estima que cerca de 900 mil pessoas com mais de 60 anos, apenas na França, já se encontram em uma situação de isolamento tanto em termos de círculo familiar quanto de roda de amigos. Um desafio que a sociedade moderna deverá enfrentar também em termos de saúde pública.



Postado em Saúde 247