Mostrando postagens com marcador carência afetiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador carência afetiva. Mostrar todas as postagens

Refletindo sobre a carência …




Kássia Luana

Estamos vivendo um período de carência coletiva. Todos querem ser ouvidos, mas não querem ouvir. Todos querem receber atenção, mas se negam a dar. Virou uma guerra de quem tem mais curtidas, mais seguidores.

Raramente alguém escuta o outro realmente. Geralmente estão apenas esperando seu momento de falar.

Nos sites de notícias ou redes sociais, olham as imagens e o título, ignoram todo o restante e criam uma opinião “ Pra lacrar ”.

Se não concorda com a sua opinião, rotulam, te expõem, e seguem em frente com o peito cheio e cantando vitória.

Roubam ideias, projetos, sonhos… A era do copiar e colar pra ganhar curtidas. Passam por cima de qualquer pessoa.

Brigam por política, artistas, opinam sobre fofocas de outras pessoas. O importante é a quantidade de like.

Durante 11 meses do ano é assim.

Mas note que essas mesmas pessoas, nas festas de final de ano, estão nas mesmas redes sociais em que “ lacraram ”  durante o ano inteiro, reclamando de carência, abandono da família, solidão, falta de relacionamento, de trabalho, dinheiro…

A culpa é da crise, da incompreensão das pessoas, do governo, do ex patrão, do ex marido, da amiga “ falsa ”, do colega de trabalho… sempre tem um culpado. Já reparou?

Durante 11 meses a pessoa vibra na raiva, inveja, cobiça, ira. Magoa e fere a si e aos outros. Engana, trai… E no final do ano culpa aos outros pela solidão que passou um ano plantando, regando, cuidando.

Se você quer que o seu 2020 seja diferente, comece agora a plantar o perdão, o amor, a gratidão e, inevitavelmente, é isso que vai colher. Dê atenção a si mesmo e as pessoas. Respeite-se e todos respeitarão você.

Pare de buscar fora o que só você pode se dar. E eu garanto que nunca mais você vai culpar ninguém pela forma como anda sua vida. Você estará muito ocupado sendo feliz !

Pense nisso !




Alguém que cuide da gente : homens também são frágeis


Resultado de imagem para homem carente


Faz tempo que ninguém me segura pela mão e me olha nos olhos com vontade, e isso não é mi mi mi, isso é carência de afeto, de gente, de carinho, é falta de cuidado.



Ronaldo Magella


Ainda há pouco senti falta de receber um cheiro na cabeça, falta de alguém que me tire o perfume e me envolva num abraço.

Sinto falta de alguém de quem eu goste.

Faz tempo que ninguém me segura pela mão e me olha nos olhos com vontade, e isso não é mi mi mi, isso é carência de afeto, de gente, de carinho, é falta de cuidado.

Não é solidão ou ausência de pessoas, é falta de atenção, de cumplicidade, afinidade. Estamos sempre cheio de pessoas, mas vazios de sentimentos.

Um dia vivi isso, tive alguém que tinha vontade de mim, como ela mesmo me dizia, “tenho dias de você, quando tudo que eu quero é apenas estar com você, seja como for e isso me basta”.

Sinto falta disso, de alguém que me tenha, me queira, me deseje, me possua, e que receba também de mim o mesmo sentimento com a mesma intensidade.

Sim, homens também são frágeis, mesmo com todo machismo, com toda grosseria, depois de toda rudeza, no fim a gente só quer alguém que cuide da gente, alguém que se preocupe com a gente, que nos dê colo e nos olhe com ternura e paz.

No fundo a gente só sente falta de alguém, que pergunte como estamos, se já tomamos o nosso remédio ou se estamos bem depois de um dia trabalho, que nos pergunte bobagens e nos beije nos lábios de forma leve e simples, mas com paixão e desejo.

Toda casca grossa é só cortina de fumaça, nós homens somos como bebês grandes, crianças adultas, somos gente esperando cuidado e proteção, pois homem também chora, sofre, morre, cansa, fica desanimado, confuso, em dúvidas, também é carente, também é gente, quer gente, precisa de gente.

Desconfio dos machos pegadores, no fundo são pessoas inseguras em busca de afirmação, são pessoas atormentadas querendo mostrar a si e aos outros que são capazes, são vulneráveis e sofrem com suas próprias angustias e com seus imensos conflitos interiores.

Gente bem resolvida não fica variando, busca o equilíbrio, a qualidade, não a quantidade, gente bem resolvida não se mostra, permanece.

A gente também tem medo de ser usado, se sente objeto, não suporta mentira, odeia traição, perde a autoestima, desaba, se perde, mas séculos de machismo e de superioridade infantil nos fizeram criar uma crosta na pele, uma parede, um muro, mas já não suportamos mais, não nos seguramos mais em pé, estamos amolecendo e nos deixando descortinar.

“Um homem também chora, menina, morena, também precisa de colo e palavras amenas”, como canto Gonzaguinha.


Postado em Conti Outra