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Carlos Harmitt avisou que aconteceriam pânico e morte coletiva por "tirania política"
O espetáculo assassino
É a velha fórmula do espetáculo bélico que rende manchetes, mas não resultados.
Oliveiros Marques
O que vimos hoje no Rio de Janeiro não foi política de segurança: foi encenação com sangue. O governador Cláudio Castro mobilizou cerca de 2.500 agentes para uma incursão que terminou do pior modo possível: quatro policiais não voltarão para suas famílias. Em troca dessa tragédia, o que se obteve? Nem um centímetro a menos de território sob domínio criminoso, nenhuma alteração estrutural na economia do crime, nenhuma garantia de que amanhã a rotina de medo não recomece. É a velha fórmula do espetáculo bélico que rende manchetes, mas não resultados.
Não é preciso ser especialista para entender por que essas ações fracassam. A topografia das comunidades, o adensamento urbano e o potencial bélico das facções tornam qualquer operação desse tipo um convite ao desastre: alto risco para moradores e policiais, baixíssima chance de captura qualificada de lideranças, e nula capacidade de desarticular o caixa das organizações. “Enxugar gelo” é pouco: trata-se de triturar vidas numa engrenagem que o próprio Estado alimenta quando escolhe o confronto vistoso em vez da inteligência silenciosa.
Segurança pública que funciona estrangula a economia do crime e quebra suas cadeias de suprimento. Isso significa rastrear armas e munições, sufocar o fluxo de dinheiro ilícito, controlar portos e fronteiras estaduais, perseguir brokers logísticos, integrar inteligência penitenciária, padronizar protocolos e compartilhar dados em tempo real. Nada disso se faz com improviso, cada estado por si, em operações midiáticas. Faz-se com governança federativa, metas, interoperabilidade e financiamento estável. É exatamente isso que propõe a PEC da Segurança Pública defendida pelo governo federal e sabotada pelo Palácio Guanabara.
A PEC estabelece um sistema nacional integrado de segurança: comandos cooperativos entre União, estados e municípios; bancos de dados unificados; padronização de procedimentos operacionais; metas e indicadores auditáveis; financiamento vinculado a desempenho; e prioridade a ações de inteligência e investigação financeira, em parceria com Receita, Coaf, Ministério Público e Judiciário. Prevê ainda diretrizes para pós-ocupação de territórios - porque sem escola, iluminação, urbanismo, saúde e presença permanente do Estado, cada operação vira ocupação efêmera seguida de recuo e retaliação.
Quem teme a PEC teme perder o controle político do espetáculo. Com metas comuns e transparência, acaba o marketing de helicóptero e surge a cobrança por resultados mensuráveis: redução de homicídios, queda de roubos, apreensão rastreável de armas, prisões com lastro probatório, confisco de patrimônio, desmonte de milícias. A sociedade deixa de ser plateia e volta a ser cidadã, com direito a segurança baseada em evidências - não em bravatas.
Hoje, o Rio de Janeiro pagou caro por uma escolha errada. Quatro agentes tombaram; milhares de moradores reviveram o pânico; o crime reorganiza seu turno como quem fecha o caixa no fim do dia. Basta. A saída não está em mais tiros, e sim em mais Estado qualificado. A aprovação da PEC da Segurança é o passo concreto para tirar o país das mãos das organizações criminosas: coordenação, inteligência, tecnologia, rastreabilidade, prevenção e presença social.
Cabe ao Congresso escolher entre perpetuar o ciclo de luto e manchete ou inaugurar um ciclo de tranquilidade com resultados. Aprovar a PEC é dizer aos brasileiros - sobretudo aos do Rio - que a vida de policiais e de moradores vale mais do que qualquer palanque.
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Medalhas de Prata para o Brasil !
Hoje recebemos as nossas leoas da ginástica rítmica. 🦁
— Lula (@LulaOficial) August 29, 2025
Pela primeira vez na história, o Brasil subiu ao pódio em um mundial da modalidade. Foram duas medalhas de prata conquistadas com talento, dedicação e muita garra.
Parabéns às nossas atletas. O Brasil se orgulha de vocês… pic.twitter.com/NCGsl3Hz17
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Lula aos blogs : “ Lutem o bom combate ”

Lula com jornalistas e blogueiros progressistas
Fernando Brito
O ex-presidente Lula enviou, ontem à noite, carta aos blogueiros. Nela, além de repassar toda a longa história de perseguição midiática que sofreu e sofre, destaca o papel da “blogosfera” na luta ”contra o pensamento único que a elite econômica tenta impor ao povo brasileiro”.
Ao gesto gentil de Lula, sem procuração de meus companheiros para fazê-lo, digo apenas que não é favor, nem virtude.
São apenas, surrupiando a frase de outro jornalista, Samuel Wainer, as nossa razões de viver.
Eis a carta, na íntegra:
A história ensina que numa guerra, a primeira vítima é a verdade.
Encontro-me há mais de 100 dias na condição de preso político, sem qualquer crime cometido, pois nem na sentença o juiz consegue apontar qual ato eu fiz de errado. Isso porque setores da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário, com apoio maciço da grande mídia, decidiram tratar-me como um inimigo a ser vencido a qualquer custo.
A guerra que travam não é contra a minha pessoa, mas contra a inclusão social que aconteceu nos meus mandatos, contra a soberania nacional exercida pelos meus governos. E a principal arma dos meus adversários sempre foi e continuará sendo a mentira, repetida mil vezes por suas poderosas antenas de transmissão.
Tenho sobrevivido a isso que encaro como uma provação, graças à boa memória, à solidariedade e ao carinho do povo brasileiro em geral.
Dentre as muitas manifestações de solidariedade, quero agradecer o espírito de luta dos homens e mulheres que fazem do jornalismo independente na internet uma trincheira de debate e verdade.
Desde que deixei a Presidência, com 87% de aprovação popular, a maior da história deste país, tenho sido vítima de uma campanha de difamação também sem paralelo na nossa história.
Trata-se, sabemos todos, da tentativa de apagar da memória do povo brasileiro a ideia de que é possível governar para todos, cuidando com especial carinho de quem mais precisa, e fazer o Brasil crescer, combatendo sem tréguas as desigualdades sociais e regionais históricas.
Foram dezenas de horas de Jornal Nacional e incontáveis manchetes dedicadas a espalhar mentiras – ou, para usar a linguagem da moda, fake news – contra mim, contra minha família e contra a ideia de que o Brasil poderia ser um país grande, soberano e justo.
Com base numa dessas mentiras, contada pelo jornal O Globo e transformada num processo sem pé nem cabeça, um juiz fez com que eu fosse condenado à prisão, por “ato indeterminado”, usando como pretexto a suposta posse de um imóvel “atribuído” a mim, do qual nunca fui dono.
Contra essa aliança espúria entre alguns procuradores e juízes e a mídia corporativa, a blogosfera progressista ousou insurgir-se. Sem poder contar com uma ínfima parcela dos recursos e dos meios à disposição dos grandes veículos alinhados ao golpe, esses homens e mulheres fazem Jornalismo. Questionam, debatem e apresentam diariamente ao povo brasileiro um poderoso contraponto à indústria da mentira.
Lutaram e continuam a lutar o bom combate, tendo muitas vezes apenas o apoio do próprio povo brasileiro, por meio de campanhas de financiamento coletivo (R$ 10 reais de uma pessoa, R$ 50 reais de outra).
Foram eles, por exemplo, que enfrentaram o silêncio da mídia e desvendaram as ligações da Globo com os paraísos fiscais, empresas de lavagem de dinheiro e a máfia da Fifa. Que demonstraram a cumplicidade de Sérgio Moro com a indústria das delações. Que denunciaram a entrega das riquezas do país aos interesses estrangeiros. Tudo com números e argumentos que sempre são censurados pela imprensa dos poderosos.
Por isso mesmo a imprensa independente é perseguida por setores do judiciário, por meio de sentenças arbitrárias, como vem ocorrendo com tantos blogueiros, que não têm meios materiais de defesa. Enfrentam toda sorte de perseguições: tentativa de censura prévia, conduções coercitivas e condenações milionárias, entre outras formas de violência institucional.
E agora, numa investida mais sofisticada – mas não menos violenta – agências de “checagem” controladas pelos grandes grupos de imprensa “carimbam” as notícias independentes como “Fake News”, e dessa forma bloqueiam sua presença nas redes sociais. O nome disso é censura.
Alguns desses homens e mulheres que pagam um alto preço por sua luta são jornalistas veteranos, com passagens brilhantes pela grande imprensa de outrora, outros sem qualquer vínculo anterior com o jornalismo, mas todos movidos por aquela que deveria ser a razão de existir da profissão: a busca pela verdade, a informação baseada em fatos e não em invencionices. Lutaram e lutam contra o pensamento único que a elite econômica tenta impor ao povo brasileiro.
Quantas derrotas nossos valentes Davis já não impuseram aos poderosos Golias? Quantas notícias ignoradas ou bloqueadas nos jornadões saíram pelos blogues, muitos deles com mais audiência que os sites dos jornadões?
Mesmo confinado na cela de uma prisão política, longe de meus filhos e amigos, impedido de abraçar e conversar com o povo brasileiro, tenho hoje aprovação maior e rejeição menor que meus adversários, que fracassaram no maior dos testes: melhorar a vida dos brasileiros.
Eles, que tantos crimes cometeram – grampos clandestinos no escritório de meus advogados, divulgação ilegal de conversas entre mim e a presidenta Dilma, todo o sofrimento imposto à minha família, entre muitos outros –, até hoje não conseguiram contra mim uma única prova de qualquer crime que seja. A cada dia mais e mais pessoas percebem que o golpe não foi contra Lula, contra Dilma ou contra o PT. Foi contra o povo brasileiro.
Mais do que acreditar na minha inocência – porque leram o processo, porque checaram as provas, porque fizeram Jornalismo – os blogueiros e blogueiras progressistas estão contribuindo para trazer de volta o debate público e resgatar o jornalismo da vala comum à qual foi atirado por aqueles que o pretendem não como ferramenta capaz de lançar luz onde haja escuridão, mas apenas e tão somente como arma política dos poderosos.
A democracia brasileira agradece, eu agradeço a vocês, homens e mulheres que fazem da luta pela verdade o seu ideal de vida.
Hoje a (in)justiça brasileira não só me prende como impede sem nenhuma razão que vocês possam vir aqui me entrevistar, fazer as perguntas que quiserem. Não basta me prender, querem me calar, querem nos censurar.
Mas assim como são muitos os que lutam pela democracia nas comunicações e pelo jornalismo independente, e não caberiam aqui onde estou, essa cela também não pode aprisionar nem a verdade nem a liberdade. Elas são muito mais fortes do que as mentiras mil vezes repetidas pelo plim-plim, que quer mandar no Brasil e no povo brasileiro sem jamais ter tido um único voto. A verdade prevalecerá. A liberdade triunfará.
Forte abraço,
Lula.
Postado em Tijolaço em 27/07/2018

NESTE SÁBADO
Festival Lula Livre reúne no Rio gerações e estilos musicais em defesa da democracia
Programação musical terá nomes como Ana Cañas, Beth Carvalho, Noca da Portela, Nelson Sargento, MC Carol e Renegado, além de Chico Buarque, Gilberto Gil, Jards Macalé, Chico César e Odair José.
TVT e RBA, site e rádio, transmitem Festival Lula Livre neste sábado
Além de ato-show com mais de 40 artistas confirmados, evento contará com performances, atividades lúdicas e oficinas
RICARDO STUCKERT
São Paulo – Em parceria com a Fundação Perseu Abramo, a TVT e a Rádio Brasil Atual fazem a transmissão do Festival Lula Livre, direto da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro neste sábado (28), a partir das 17h30. Você poderá acompanhar pelo canal digita 44.1 e pelo FM 98,9 na Grande São Paulo e também pelo site da RBA – e nas páginas dos veículos nas redes sociais (YoutTube, Facebook e Twitter).
A programação do evento conta com mais de 40 nomes da música brasileira. Entre as presenças confirmadas, estão Chico Buarque, Gilberto Gil, Jards Macalé, Ana Cañas, Beth Carvalho, Gang 90, Chico César, Noca da Portela, Nelson Sargento, Odair José e Manno Góes. Além deles, estarão nomes da nova geração como Filippe Catto, Realidade Negra Rap, Tomaz Miranda, Francisco El Hombre, Cecilia Todd, Marcelo Jeneci, Lyza Milhomem, Marcos Lucenna, Maria Rivero e MC Carol.
Além do ato-show, a partir das 14h terão início atividades lúdicas na praça diante dos Arcos da Lapa e do Circo Voador, com abertura do trombonista Ju Storino e o Palhaço Zé Catimba. Um cortejo vai reunir artistas, poetas, músicos e circenses. Na sequência, haverá apresentação de um bloco carnavalesco, coletivos musicais, performances artísticas, tendas culturais e oficinas de pipa, stencil, bordados, entre outras.
A iniciativa nasceu a partir de um manifesto idealizado por Chico Buarque, Martinho da Vila, Ziraldo, Leonardo Boff e mais de 800 signatários no total. O texto aponta que “todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites”. Segundo o documento, não é possível aceitar que o ex-presidente, líder em todas as pesquisas, não participe das eleições. "Inadmissível é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça.”
Será transmitido, também, no Canal TV 247, no YouTube.
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Brasil acorda mais próximo de uma ditadura militar

Infelizmente ...
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Paulo Henrique Amorim,
Renato Rovai,
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Mudança temporária nas cores no Blog
Entrando no clima das Olimpíadas aqui no Brasil
coloquei um pouco de Verde e Amarelo no blog,
que são as cores de nossa Bandeira !
Abertura das Olimpíadas de 2012 em Londres
Olimpíadas Rio 2016 : Os deuses do Olimpo chegaram !
Os deuses do olimpo chegaram na nossa cidade e caíram na roda de samba pic.twitter.com/ffEjV4kgDh— Eduardo Paes (@eduardopaes_) 3 de agosto de 2016
Vídeo lindo : Rio de Janeiro denuncia o GOLPE no Brasil para o mundo #StopCoupInBRazil

A ação foi puxada por um grupo de ativistas que reúne pessoas de várias cidades do mundo, sua atuação visa colaborar com ações contra o Golpe em curso no Brasil.
o Rio de Janeiro denuncia o GOLPE no Brasil para o mundo.#StopCoupInBRazilhttps://t.co/YEUDe1Mi2s— Midia NINJA (@MidiaNINJA) 2 de maio de 2016
Rio de Janeiro em miniatura
Nós geeks não somos lá muito fãs de carnaval, mas ver o Rio de
Janeiro e seu carnaval em miniatura torna tudo muito mais interessante. O
vídeo em tilt-shift foi produzido por Jarbas Agnelli e Keith Loutit,
que capturaram 167.978 fotos durante 5 dias do carnaval de 2011. O
resultado desse espetáculo miniaturizado ficou incrível! Veja a seguir:
Postado no Blog Rock'n Tech
O fascismo dos "meninos do Rio"
Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior:
O que há em comum entre uma moradora de rua agredida a socos e pontapés no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, por três homens de classe média que a acusam de quebrar o retrovisor do carro e Vítor Suarez da Cunha, jovem estudante brutalmente espancado ao tentar proteger um mendigo que apanhava de cinco delinquentes no bairro Jardim Guanabara, na Ilha do Governador? Ambos foram vítimas de um estrato social que tem como traço ideológico funesto a recusa da cidadania.
Em menos de uma semana, a violência de um segmento incapaz de distinguir o público e o privado, que tem na venalidade uma de suas marcas, que trata a rua como prolongamento da casa e do quintal, desconhece direitos sociais e políticos, menospreza a condição humana dos que não pertencem à sua geografia social, reiterou, em pontos do estado do Rio de Janeiro, o caráter fascista que lhe é inerente.
Para eles, a liberdade se reduz ao ato de escolher entre várias marcas do mesmo produto e a felicidade é o fim de semana em família esvaziando shopping centers, o consumo do Natal e o réveillon em uma boate "superluxo". A protegê-los, vigias, olhos eletrônicos, cães de guarda, grupos de extermínio e a polícia violenta que conhecemos, protetora de “gente de bem”. Quando se lançam em busca das ilusões perdidas, dão início a uma busca feroz, mostrando uma força ideológica assustadora.
Num tempo em que pessoas têm sua condição humana aviltada, morrendo como moscas, fatos como estes não podem, após algum tempo de exposição midiática, provocar, no máximo, bocejos. É preciso deixar de contentarmo-nos em sobreviver, de acreditar que "com a gente não acontece" ou, o que é pior, fazer da vítima o culpado. Recusar a indiferença, persistindo em chamar de acidente uma rotina de mortes e de mutilações, conhecida, anunciada e burocraticamente executada cotidianamente. Nas ruas do Leblon e do Jardim Guanabara, o que aconteceu foi um fato político. E como tal precisa ser combatido.
Como classificar o comportamento dos fascistas de "boa aparência”? Perversão? É pouco. Isto é sordidez, abjeção, cegueira de valores. Mais ainda: é sintoma de uma cultura que faz da sarjeta sua medida moral e que, pouco a pouco, destrói um legado histórico, construído com sacrifício de homens, de povos e de nações. O que está em jogo é a consciência de que a vida é um bem, cuja posse não temos o direito de negar a quem quer que seja. O que estamos esperando? Que a lei da oferta e da procura regule o mercado de massacres e extermínios?
A punição exemplar dos agressores, "gente de boa cepa", é fundamental para que não continuemos a ser uma sociedade moralmente idiotizada. A barbárie não pode continuar satisfazendo o apetite de quem faz do riso cínico a única saída para a impotência e a covardia. Os fascistas têm que saber que já não contam com o "jeitinho brasileiro" de lidar com o direito à vida e a dignidade física e moral de cada um. Do contrário, a certeza da impunidade continuará ampliando a lista de vítimas. Em um país democrático, não se confunde desejo de justiça com direito de vingança.
Vítor Suarez da Cunha, o jovem de 21 anos, que teve 63 pinos implantados no rosto, deu uma magnífica lição de vida, de solidariedade humana. Muitos escreverão sobre sua atitude, mas nenhum texto será capaz de traduzir sua coragem, seu amor ao próximo, sua consciência de cidadania. Ao afirmar que "faria tudo de novo se preciso fosse", torna-se um símbolo de que a luta política não só é possível como conta com bons combatentes.
Postado no Blog do Miro em 10/02/2012
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O mundo precisa de mais pessoas como VITOR !
Vitor Não Pensa em Vingança
por Antero Gomes
Assim que acordou da cirurgia de reconstituição facial, realizada no sábado, o estudante Vítor Suarez Araújo —que foi agredido por cinco jovens ao defender um morador de rua na Ilha do Governador, na última sexta-feira —quis logo saber o que havia acontecido com mendigo que ele ajudou a proteger. Sem demonstrar sentimentos de revolta ou raiva, Vítor se recupera da agressão sofrida com otimismo e só pensa em voltar para casa, segundo a mãe do rapaz.
— Meu filho perguntou se o morador de rua estava bem. E não quer saber de vingança ou revanchismo. Ele só quer melhorar logo para poder retomar sua vida — disse, emocionada, a assistente social Regina Suarez, que também busca informações sobre o paradeiro do morador de rua agredido:
— Gostaria que ele recebesse tratamento médico adequado, já que também foi espancado, e que servisse de testemunha no caso. Seria muito importante para nós!
Vítor teve implantadas oito placas de titânio e 63 parafusos na cabeça. Quando questionada sobre seu sentimento em relação aos jovens agressores que quase mataram seu filho, Regina demonstrou não sentir ódio:
— Quero que a justiça seja feita e que este caso não caia no esquecimento, mas não sinto ódio dos agressores.Tenho pena deles, porque são jovens com futuros promissores, mas que estragaram suas vidas.
Postado no Blog DoLadoDeLá em 08/02/2012
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