Cinema é tudo de bom ! Mamma Mia !






Mamma Mia!, musical com Merryl Streep."

É engraçado: apenas com a frase acima, podemos classificar o filme como imperdível, só pelo nome de Merryl Streep em uma produção. A atriz não erra uma: qualquer produção que ela apareça, sempre camaleônica, é obrigatória de assistir. E no divertido 'Mamma Mia! O Filme' não é diferente.




Por ser um musical, provavelmente o filme não irá agradar a todos. Os personagens vivem dançando, cantando, felizes e sorrindo. Isso funciona em um filme? Sim, e contagia.
Em 1999, na bela ilha grega de Kalokairi, a menina Sophie está prestes a se casar quando resolve enviar três convites da cerimônia para três homens – Sam Carmichael, Bill Anderson e Harry Bright –, acreditando que um deles é seu pai.
De diferentes partes do mundo, os três resolvem voltar à ilha e à mulher por quem se apaixonaram vinte anos atrás. Quando chegam, a mãe de Sophie, Donna, se surpreende ao ficar cara-a-cara com os ex-namorados que nunca conseguiu esquecer. E, enquanto eles inventam desculpas por estar ali, ela se pergunta qual deles é, realmente, o pai de Sophie.




Streep domina o elenco: em todas as cenas que a atriz aparece, a produção ganha mais vida e diversão, e a atriz demonstra que não só entrou na personagem, como também se divertiu bastante durante as filmagens. Amanda Seyfried ('Meninas Malvadas') também surpreende e nos entrega uma ótima atuação. O elenco masculino também ganha destaque com as ótimas atuações, mesmo que em segundo plano, de Stellan Skarsgård, Pierce Brosnan e Colin Firth.
Com um belíssimo visual e as animadas músicas de Abba, 'Mamma Mia! O Filme' não é uma obra-prima, mas definitivamente vai deixar você todo risonho e cantando as músicas quando o filme acabar. Afinal, a alegria é contagiante.


Ficha Técnica

título original:Mamma Mia!
gênero:Musical
duração:1 hr 48 min
ano de lançamento: 2008
distribuidora: Universal Pictures / UIP
direção: Phyllida Lloyd






Postado no Blog Cine Pop

Professor mostra como se deve enfrentar jornalismo manipulativo da Globo


 



Este é um vídeo emblemático, que mostra como a "grande imprensa" gosta (e se acha no direito) de impingir suas "verdades" goela abaixo de todos.

Para que você entre no clima da época da entrevista: Logo após o atentado às Torres Gêmeas do 11 de setembro a mídia americana ficou absurdamente governista e patriótica.

Mas aí alguns malucos, desses caras que gostam de remar contra a maré, começaram a perceber que a história toda tinha um lado B que estava escondido e – pior – que não devia ser mostrado e – pior ainda – que as pessoas não estavam querendo ver nem saber.

Entre esses malucos, o professor Barret, da Universidade de Winsconsin. O professor simplesmente tentava fazer com que seus alunos pensassem, refletissem, investigassem. Isso nos EUA de Bush.

Aí a Fox – a mais bushista das emissoras – convidou o professor Barret para uma entrevista, pensando em estraçalhá-lo ao vivo e em cores.

Pensavam que seria fácil a tarefa. Mas se esqueceram de um detalhe: como professor, Kevin está habituado a enfrentar situações muito mais constrangedoras, que são criadas por seus próprios alunos. Agora, solte um entrevistador almofadinha desses numa turma de 16 a 21 anos, para eles sentirem o que é pressão. Você, professor que me lê, sabe do que estou falando.

Reparem na agressividade, nas ofensas, na tentativa constante de desqualificação do entrevistado. Que, no entanto, não se intimida e os enfrenta.

Confira o que tentaram fazer com Barrett e o que Barrett fez com eles. Lava a alma.

E serve como lição aos que se submetem ao constrangimento de entrevistas manipuladas na Globo e seus canais filhotes.

O vídeo foi postado aqui no blog pela primeira vez em 31 de agosto de 2007.

Postado no Blog do Mello em 28/01/2012


Importante:   Estou chegando à conclusão que alguns vídeos, que podem trazer assuntos polêmicos e que mexem com interesses poderosos, não abrem no Navegador Internet Explorer. Censura?...
Sempre testo e com o vídeo acima aconteceu, como já ocorreu com outro vídeo que postei.
Então se quiser ver o vídeo acima navegue com o Google Chrome ou Mozilla!

Mônica Waldvogel põe jornalismo “entre aspas”


Por Weden
Mônica Waldvogel passou por um dos momentos mais constrangedores na história da GoboNews. Pautada para defender as ações da PM paulista, da Prefeitura de São José dos Campos e do Governo Alckimin no caso do massacre de Pinheirinho, por várias vezes, ela passou por cima dos entrevistados e tentou impor o ponto de vista da casa.
A própria chamada do programa já mostrava a tendência imposta pelos editores da GloboNews: “Interesse eleitoral pode comprometer ações sociais (referência à Cracolândia) e da Justiça (referência a Pinheirinho)”.
Ou seja, a disposição já era de dizer que as ações eram corretas e as críticas, eleitoreiras. O vídeo de abertura do programa insistiu nesta tecla, mas Mônica, por conta própria, foi ainda além.
Chamou a ação de expulsão dos moradores de “republicana”, disse que as críticas todas têm fundo eleitoral, afirmou que os moradores só reagiram por terem sido motivados por líderes partidários, e chegou a criar um falso dilema: “o governo deveria desrespeitar ou cumprir a lei?”
Para piorar, ao referir-se ao tema conexo da Cracolândia, comparou os dependentes (que ela chama de viciados) aos traficantes do Rio de Janeiro.
Mônica não aceitou qualquer dos argumentos dos entrevistados, passou por cima da palavra daqueles que deveriam ser ouvidos, duvidou dos analistas, atribuindo, indiretamente, as posições deles a interesses eleitorais, e ofereceu um exemplo grave do que não deve fazer o jornalista: impor seu ponto de vista, a todo custo, a entrevistados, ainda mais num programa que tem como título uma alusão ao direito de opinião.
Tensa, mostrou dificuldade em articular suas indagações e questionamentos, gaguejou mais do que de costume, e ainda fez intervenções esdrúxulas, com problemas de sintaxe, e escolhas semânticas infelizes.
Aqui o ligação do programa, com o vexame de Mônica e a atuação digna e independente dos dois entrevistados: Humberto Dantas, cientista político do Insper, e Aldo Fornazieri, sociólogo da Fesp.
Uma dica importante para Mônica Waldvogel, que ainda tem nome a zelar no jornalismo: deixa os editores fazerem o que quiserem; mas deixa os entrevistados contribuírem com seus pontos de vista. Seu papel no programa é mais simples do que parece.
Assista o vídeo aqui.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/monica-waldvogel-poe-jornalismo-entre-aspas”
Postado no Blog Combate ao Racismo Ambiental em 27/01/2012

O mundo se reúne em Porto Alegre




Em debate na Casa de Cultura Mário Quintana nesta quinta-feira à tarde (26), Marcelo Branco lembrou que no Fórum Social Mundial de 2001, o primeiro, foi feita uma conexão para que um participante europeu entrasse ao vivo na programação. Hoje uma conversa por Skype transmitida num telão não é nada absurdo, mas naquela época era uma fortuna e extremamente complicado. Provando que a tecnologia pode ser usada para nos conectar, aproximar movimentos, fortalecer lutas, o Conexões Globais 2.0, uma atividade que integra o Fórum Social Temático e que está sendo promovida pela Associação Software Livre e as Secretarias de Cultura e de Comunicação e Inclusão Digital do estado, trouxe ativistas digitais de diversas partes do mundo para o debate. Eles entraram virtualmente e possibilitaram uma troca que provavelmente tivesse sido inviável de acontecer de forma presencial. Marcelo, um dos idealizadores do evento e ativista do software livre, estava todo faceiro diante do sucesso da ideia.

Não precisa muito para entender por que a coisa funcionou tão bem. O objetivo era discutir os movimentos sociais que vêm agitando o mundo nos últimos meses – Egito, Tunísia, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra… – e o papel da internet nesse processo de democratização. Daí trouxeram participantes diretos desses movimentos, que podem falar melhor do que ninguém sobre o que aconteceu. E fizeram isso usando a ferramenta que está sendo debatida. A internet se torna, também aqui, um instrumento de aproximação.

A internet como direito humano

Tudo começou quarta à tarde. Com outras atividades desde as 14h, o Conexões apresentou o primeiro Diálogos Globais às 16h, conectando com o advogado espanhol Javier de La Cueva. Por aqui, os debatedores eram de peso. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, aproveitou para fazer o link com a Comissão da Verdade e, principalmente, a Lei Geral de Acesso à Informação, ambas sancionadas no ano passado pela presidenta Dilma, afirmando que o governo é público e que tem que estar preparado para prestar contas de cada ação. E perguntou: “Que direito à educação e à cultura pode existir se não há direito à informação e acesso à internet? Muitos defendem que também na rede o regulador seja o mercado. Nós defendemos que seja a sociedade livre”. A opinião foi compartilhada por Rogério Santanna, ex-presidente da Telebras, que defendeu a necessidade de interferência do Estado na distribuição da banda larga com o argumento de que hoje, regulada pelo mercado, a banda larga e concentrada nas regiões mais ricas do país. O cientista político Giuseppe Cocco completou a mesa.

Da Primavera Árabe à internet na construção da democracia 2.0
 
Mas a Casa de Cultura lotou mesmo no diálogo seguinte, quando o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, o chefe de gabinete do governador do RS e coordenador do Gabinete Digital, Vinícius Wu, e o jornalista criador do Le Monde Diplomatique Brasil, Antônio Martins, fizeram o debate com base na fala da jornalista Olga Rodríguez, especialista em Oriente Médio. A webconferência tratou da Primavera Árabe e versou sobre a internet como um instrumento de “construção da democracia”, nas palavras de Gil. Uma das intervenções mais aplaudidas foi a de Martins, ao defender a utilização da internet de forma propositiva e ativa.

Ferramentas sociais para ativismo e militância política

Os diálogos de quinta trouxeram uma surpresa. Um dos articuladores do 15-M, na Espanha, Javier Toret, aparecia como webconferencista na programação, mas optou por ser menos virtual dessa vez e deu as graças no Mário Quintana. O participante, agora presencial, contou sobre as questões técnicas e políticas envolvidas na comunicação do movimento, com os limites impostos pelas companhias privadas responsáveis por Facebook e Twitter, entre outros, com a manipulação de informações (como os trending topics) e a falta de privacidade. Ele encantou o pessoal ao colocar no telão o mapa do fluxo de informações que tomou conta do 15-M, mostrando como ele se intensifica à medida que o movimento ganha força. O papel das empresas de redes sociais e outras ferramentas foi destacado também pelo sociólogo Sergio Amadeu, um entusiasta do hackerismo, que ele definiu como “levar ao limite, inverter, fazer aquilo que não se imaginava” e comparou com as greves de trabalhadores, que também eram criminalizadas quando começaram a ser feitas. Pablo Capilé, do coletivo Fora do Eixo, fez uma fala afirmativa, argumentando que o principal agora é saber como conectar as redes e as ações para potencilizar a luta. “O combate pelo combate (só dizer que a universidade não serve, que o governo não serve, que os partidos não servem) é uma lógica rancorosa, ultrapassada.” Para ele, quem não percebeu isso ainda, não entendeu a sociedade em que vivemos, que já passou dessa fase.

#Occupy Wall Street: Uma economia a serviço das pessoas

Terminando o dia – antes do show do músico Serraria -, entrou no telão a jornalista Vanessa Zettler, de Nova York. Ela foi uma das primeiras pessoas a chegar na praça em que foi feito o acampamento do Occupy Wall Street e contou um pouco de como a coisa funcionava – e ainda funciona – no movimento. Mesmo depois de obrigados a deixar o local, os participantes ainda se reúnem em assembleias diárias, segundo ela. Uma matéria de Vanessa sobre o Occupy foi capa da revista Fórum, que nasceu no primeiro Fórum Social Mundial. Então, para debater a webconferência, veio a Porto Alegre Renato Rovai, o editor da revista, que se sentou ao lado de jornalista italiano Emiliano Bos, que realiza coberturas de conflitos, e de Wilhelmina Trout, da Marcha Mundial das Mulheres na África do Sul. Apesar da combinação aparentemente inusitada, o debate fluiu super bem. Renato fez uma retomada histórica de diversos movimentos que utilizaram a rede como plataforma de mobiliação, desde os zapatistas no México, em 1994, passando por Seattle em 1999, o próprio Fórum Social Mundial, em 2001, até chegar aos indignados e aos Occupy, com seu slogan dos 99% contra 1%. Wilhelmina focou na necessidade de as mulheres tomarem a rede e fazerem uma luta contra o patriarcado, no que Marcelo Branco respondeu que nós já somos maioria dos internautas.







Pudim Sorvete






Ingredientes

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite  (sem o soro)
2 latas de leite  ( usar a latinha do leite condensado )
6 ovos
2 xícaras de açúcar
6 colheres sopa de açúcar
1 colher sopa de maisena
1 colher chá de essência de baunilha

Preparo

Caramelize uma forma de pudim com 2 xícaras de açúcar e ½  xícara de água. Reserve.

Misture o leite condensado, o leite, as gemas, a essência de baunilha e a maisena.
Leve ao fogo até que fique cremoso. Reserve para esfriar.
Bata as claras em neve bem firme e coloque 6 colheres de açúcar.
Misture ao creme frio, sem bater, o creme de leite e as claras.
Coloque na forma e leve ao congelador.

Para retirar da forma, coloque no fogo baixo até que o caramelo comece a soltar.
Virar no prato que vai ficar o doce e conserve no congelador.

Opcional:

1/2 xícara (chá) de água

3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de manteiga sem sal

Misture numa panela os ingredientes da calda de chocolate, leve ao fogo e deixe ferver até obter ponto de calda. Deixe esfriar, distribua sobre o caramelo já frio e reserve.

Alimentos que fazem bem !




Compulsão por comer -  Alimentos ricos em fibras, como frutas dão sensação de saciedade   Foto: Getty Images




Ressaca: pesquisadores descobriram uma proteína chamada cisteína, presente em ovos, que corta o efeito do acetaldeído, que causa dores de cabeça, náusea e ressaca. Dê preferência ao ovo pochê ou cozido e veja como funciona.

Pele brilhante: vitamina C protege a pele do envelhecimento e ajuda na síntese de colágeno. Inclua frutas cítricas, morangos, kiwis, tomates e brócolis na dieta.

Pança: alimentos ricos em ômega-3 ajudam a detonar as gordurinhas da barriga e evitam o sobrepeso, já que proteínas levam mais tempo para serem digeridas. Boas fontes de ômega-3 são peixes gordos como salmão, atum e sardinha e frutas oleaginosas.

Acne: alimentos com altas doses de açúcares refinados são os vilões da acne, porque levam a um pico de glicose e a uma superestimulação das glândulas sebáceas. Frutas frescas, vegetais, grãos integrais, iogurte desnatado, nozes e legumes são antídotos para o mal.

Acelerar metabolismo: cientistas descobriram que a pimenta chilli doce proporciona o mesmo efeito da picante no metabolismo, aumentando os níveis de adrenalina e ajudando a queimar mais calorias.

Dormir melhor: pesquisadores descobriram que cerejas ajudam a melhorar os níveis de melatonina, um poderoso antioxidante que ajuda a regular o ciclo do sono. Funciona melhor quando consumida uma hora antes de dormir.

Fonte: Portal Terra

A inversão moral de nossos tempos !


Baltasar Garzón, a justiça e a corrupção

O julgamento, pelo Tribunal Supremo da Espanha, do juiz Baltasar Garzón, é um exemplo de nossos tempos, nos quais a subversão da lógica e da ética é a mais pavorosa forma de terrorismo. Como no século passado, estamos assistindo aos recados do fascismo, que se reergue, dos subterrâneos da História.

Se alguém, ao ler estas notas, lembrar-se de Montesquieu com suas Cartas Persas, e de Tomás Antonio Gonzaga, que nelas se inspirou, para redigir as Cartas Chilenas, estará fazendo a ilação correta. O assunto nos interessa de perto, assim como o texto do barão de La Brède interessava aos mineiros de Vila Rica daquele tempo. O julgamento, pelo Tribunal Supremo da Espanha, do juiz Baltasar Garzón, é um exemplo de nossos tempos, nos quais a subversão da lógica e da ética é a mais pavorosa forma de terrorismo. Como no século passado, estamos assistindo aos recados do fascismo, que se reergue, dos subterrâneos da História, para retomar a mesma sintaxe de sempre, que faz do crime, virtude; e, da dignidade, delito desprezível. 


No passado, era comum a frase esperançosa de que ainda havia juízes em Berlim. Embora ela viesse de uma obra de ficção, é provável que tenha sido autêntica, porque se referia a Frederico II, cuja preocupação para com a equidade da justiça era conhecida, conforme recomendações a seus ministros. Segundo a obra de François Andrieux (Le meûnier de Sans-Souci) e de Michel Dieulafoy (Le Moulin de Sans-Souci), ambos contemporâneos do grande monarca, essa foi a resposta de um moleiro, vizinho ao castelo famoso, quando o soberano, diante de sua recusa de vender-lhe sua propriedade, ameaçou confiscá-la. O humilde moleiro – talvez confiado na própria conduta habitual de Frederico II, disse-lhe que isso não seria possível, porque ainda havia juízes em Berlim. Havia juízes em Berlim e ainda os há, aqui e ali, mas quando homens como Garzón são submetidos a julgamento – e pelas razões alegadas pelos seus contendores – é de se perguntar se, em alguns lugares, ainda os há. Em alguns lugares, como em Washington, em que a Suprema Corte de vez em quando espanta os cidadãos, com suas decisões. E em outros lugares.

Baltasar Garzón surpreendeu a sociedade espanhola, com sua obstinação na luta contra os que lesam os direitos humanos, o crime organizado, a corrupção no Estado, os delitos dos serviços secretos em suas relações com grupos terroristas. Sua grande vitória, ao obter a prisão, em Londres, do ex-ditador Pinochet e seu posterior julgamento, pela justiça chilena, fizeram dele uma personalidade mundial. É certo que essa obstinação o transformou em magistrado incômodo. Alguns o vêem com a síndrome do justiceiro enlouquecido, espécie de Torquemada de hoje. Mas o pretexto que arranjaram para conduzi-lo ao mais alto tribunal da Espanha é, no mínimo, pífio. Garzón, a pedido das autoridades policiais, autorizou a escuta telefônica de algumas pessoas, detidas e em liberdade, com o propósito de impedir a destruição de provas e a continuação de remessas ilegais de dinheiro obtido do erário, ao exterior, e sua “lavagem”, mediante os métodos já denunciados no Brasil. 

Trata-se do famoso caso Gurtel, um entre muitos outros, na Espanha de hoje, em que a presença do franquismo e da Opus dei continua firme. Um grupo de empresários da comunicação e eventos, chefiados por Francisco Correa, intermediava contratos de toda natureza com os governos autônomos e municípios, chefiados pelos homens do Partido Popular, quando este estava à frente do governo nacional, e que agora retornou ao poder. O grupo corrompia as autoridades, com presentes, viagens e, sendo necessário, dinheiro vivo ou depositado na velha Suíça, em nome de políticos e seus laranjas. O dinheiro vinha das empresas candidatas aos bons negócios com o Estado, que “superfaturavam” os contratos. 

Os advogados dos bandidos – nessa inversão moral de nossos tempos – conseguiram processar o juiz Garzon, sob a alegação de que as escutas haviam sido ilegais. Ocorre que um juiz, que substituiu Garzón na causa, manteve as escutas e o próprio tribunal de Madri, de segunda instância, confirmou a autorização das interceptações telefônicas. O fato é que o julgamento de Garzón é de natureza política, seja ele um magistrado incorruptível, como é visto pela opinião pública, ou um deslumbrado pela notoriedade, como dele falam os inimigos. E é a inversão da lógica: ele está sendo processado por ladrões. 

Na segunda metade dos setecentos ainda havia juízes em Berlim, de acordo com o modesto moleiro de Potsdam. Resta saber se ainda os há em Madri. E em outros lugares.



Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.


Postado no Blog Carta Maior em 26/01/2012
Trechos grifados por mim.

A Justiça está enxergando ! E pior está míope !



Diário Gauche:


" Desembargadores de Justiça do Rio ganhando 100 mil, 200 mil, 500 mil reais por mês. Daniel Dantas tendo a reintegração de posse de 27 fazendas na Amazônia. Naji Najas, que deve 7 milhões de reais ao fisco paulistano, ganha reintegração de posse de área ocupada por milhares de miseráveis em São José dos Campos, depois de uma desocupação de über violência policial por parte da PM do governador Alckmin. Maravilha! Justiça ótima essa! "

Curiosidades sobre alguns Ditos Populares


Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro

Minha grande dúvida na infância… Mas que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro?
O correto é Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão

Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele?
O correto é Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão

Cor de burro quando foge

Esse foi o pior de todos! Burro muda de cor quando foge? Qual cor ele fica? Porque ele muda de cor? Eu queria porque queria ver um burro fugindo para ver a cor dele! Sério!
O correto é Corro de burro quando foge

Quem tem boca vai a Roma

Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia! Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar.
O correto é Quem tem boca vaia Roma  (isso mesmo, do verbo vaiar).

Quem não tem cão, caça com gato

Entendia também, errado, mas entendia! Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda! Tudo bem que o gato só faz o que quer, quando quer e se quer, mas vai que o bicho tá de bom humor!
O correto é Quem não tem cão, caça como gato…. ou seja, sozinho!

Agora me diz: Vai dizer que você falava corretamente algum desses?


            por  Professor Pasquale




Mais Ditos Populares


O pior cego é o que não quer ver


Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.

Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.



Água mole em pedra dura tanto bate até que fura



Significado: A expressão louva a persistência como virtude que vence a dificuldade, ou seja, insista que você consegue.

Histórico: Há registro de dois milênios em Ovídio (43 a.C.-18 d.C.), poeta latino, autor de A arte de amar e Metamorfoses: “A água mole cava a pedra dura.” É tradição de várias culturas formar rimas nesse tipo de oração para facilitar a memorização. Foi o que nós, de língua portuguesa, fizemos com o provérbio.



Andar à toa



Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.


Histórico: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama.

Onde judas perdeu as botas



Significado: Lugar longe, distante, inacessível.

Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.


Não entender patavina


Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.

Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.


Dourar a pílula


Significado: Melhorar a aparência de algo.

Histórico: Vem das farmácias que, antigamente, embrulhavam as pílulas em requintados papéis, para dar melhor aparência ao amargo remédio.


Chorar as pitangas


Significado: Chorar muito até os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas.

Histórico: Pitangas são deliciosas frutinhas cultivadas e apreciadas em todo o país, especialmente nas regiões norte e nordeste do país. A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho.


Aquela que matou o guarda


Significado: Sinônimo para cachaça, pinga.

Histórico: Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O guarda era seu marido e estaria de caso com Dona Carlota Joaquina. O fato não foi provado. Mas está no livro “Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes.


Postado no Blog Cultura Nordestina



Polícia Militar x Povo Brasileiro. O mesmo comportamento da PM está se repetindo em todo o Brasil. Alguma coisa está muito errada Senhores Governadores !


Protesto de estudantes em Pernambuco desnuda a falácia da democracia brasileira.
Por: André Lucas Fernandes de Recife para o Maria Frô
                       A foto é de André Nery
Eis os fatos: após uma decisão de cúpula formada quase que totalmente por pessoas ligadas aos partidos que apoiam o governo do estado, a situação de uma passeata pacífica, realizada por estudantes no centro do Recife, degringolou. Em meio a excessos dos dois lados – mas que fique claro excesso muito maior por parte do Batalhão de Choque de Pernambuco – o que se viu foram cenas de confronto urbano, estudantes acuados e a máquina repressora do estado usada de forma maléfica contra seus cidadãos.
A confusão encontrou seu ápice em frente à centenária Faculdade de Direito do Recife que já formou grandes nomes que lutaram por um futuro menos nefando para esse país. Em meio à prisão sem sentido, falta de tato com o cidadão e afiamento técnico repressivo por parte da Polícia, até mesmo o território federal da Faculdade de Direito – que abrigou os estudantes que fugiam das bombas e spray de pimenta – foi alvo. Esse relato cru e neutro, extremamente sintético, faz referências aos acontecimentos da sexta-feira última, dia 20 de janeiro de 2012. Com os estudantes sitiados, restou o apelo à OAB e a promotoria de direitos humanos do estado que apareceram para criar um espaço de trégua de forma que cada um pudesse voltar para suas casas sem medo de reprimendas.
A história voltaria a se repetir, e aqui a farsa que existe é a da democracia brasileira, na segunda-feira, 23 de janeiro de 2012. Dessa vez, diante de apelos, estudantes levaram flores e diversas manifestações de “abraço aos PMs” e coisas do tipo foram executadas. Novamente manifestantes que podem se encaixados juntamente com todos aqueles que não sabem exercitar a cidadania jogaram pedras, um cidadão infeliz cuspiu na câmera da Globo dando à platinada o que ela mais gosta, o show de horrores. Prontamente o NETV e, logo após, o Jornal Nacional divulgaram suas versões deturpadas e desequilibradas dos fatos.
Ainda na segunda, o CHOQUE mais uma vez agiu com truculência. Nada justifica a ação de vândalos travestidos de reivindicadores, mas não tem argumento no mundo que possa proteger a polícia de sua inépcia técnica – ou talvez uma técnica perversa e muito bem aplicada para amedrontar o cidadão. Nesse balaio de inescusáveis entram o governador do estado, Eduardo Campos, o prefeito do Recife, João da Costa e os nossos vereadores e deputados, todos em absoluto silêncio (no blog Acerto de Contas, Pierre Lucena chegou a comentar que estavam com celulares desligados).
É de se lamentar o silêncio daqueles que deveriam representar o povo. O que se vê nessa “arena” é a defesa de interesses próprios, e mascaramento da realidade. E o que se discute aqui é uma ação política que abusa da repressão para manter a “ordem” através do medo – bem me parece que os políticos e comandantes do Brasil leram Maquiavel toscamente, daquela leitura pobre que só apreende o aforismo ilegítimo “os fins justificam os meios”.
As declarações via nota oficial da Polícia ferem os olhos de qualquer ser capaz de menor ponderação: “A ação do efetivo policial tem por objetivo garantir a lei e a ordem, bem como o direito de ir e vir dos cidadãos e a própria integridade física dos transeuntes e manifestantes, que no protesto tentaram interditar novamente as principais avenidas do centro do Recife. O efetivo empregado nesse evento possui treinamento especializado nesta ação e tem atuado sempre dentro dos limites da lei vigente”.
O que se desprende da declaração é que não estamos diante de uma polícia mal treinada, mas de uma estrutura repressiva altamente especializada colocada estrategicamente em ação para disseminar o medo e silenciar o cidadão. As ruas onde as manifestações ocorreram são municiadas de câmeras de vigilância da própria Secretaria de Defesa Social do estado – fato alegado pelo próprio corregedor-geral de Justiça, José Sidney Lemos, ao aceitar a representação protocolada pelos alunos de Direito da UFPE e afirmar que através delas seria possível encontrar provas factuais dos abusos cometidos. Mais uma vez a realidade demonstra que estamos diante de uma “policia de rinha”, criada dentro da cultura do ódio e do desrespeito aos direitos basilares da Constituição Federal.
Não é difícil também perceber o ranço histórico e criar o nexo lógico herdado da Doutrina de Segurança Nacional na famigerada ditadura militar, na qual, de forma grosseira, o inimigo da nação estaria dentro do país e seria identificado nos movimentos sociais organizados – a medida buscava atender o alinhamento imediato aos interesses ocidentais representados pelo baluarte liberalista norte-americano.
O protesto da segunda-feira ampliou seu foco, e posso afirmar, o fez de propósito. Iniciou com uma contestação a um aumento de passagem unilateral que segue – graças aos governos de Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho – acima do índice da inflação, como mostrado no gráfico do blog acerto de Contas, ganhou fôlego ao trazer a questão da mobilidade urbana, e por que não, a própria questão urbana para o centro do debate. Os estudantes levantaram também promessa do governador Eduardo Campos que prometeu, durante campanha, abaixar impostos para diminuir o preço das passagens. Por fim, indo além, estudantes portavam cartazes que buscavam a defesa dos próprios direitos de uma categoria policial falida e deixada ao desalento e ao ócio improdutivo de uma estrutura estatal defasada e desumanizada.
Importante notar que boa parte, senão a grande maioria dos policiais não estava com sua identificação em seus coletes. O velcro estava sem nada, no local em que se veria o nome e a patente do policial. Isso não só tem acontecido nos protestos. Hoje, durante a caminhada em direção a Corregedoria, os policias que de lá saiam também trabalhavam no mesmo padrão. Além, ficou nítida a operação de intimidação com um contingente de policiais enorme para um contingente pequeno de alunos em caminhada. Era possível falar em um policial para cada aluno, no mínimo.
Alcançar o equilíbrio em momentos de tensão social não é tarefa fácil. Equacionar os lados em espaços iguais para concluir algo que seja, o mais justo possível, é uma ilusão no Brasil de hoje. Resta esse relato, de um estudante da ciência do Direito que proclama guardar os direitos e deveres do povo e organizar parte da estrutura do Estado.

De Chaplin, para os homens sem alma


               


Os que defendem que, em nome da lei, seis mil pessoas possam ser tangidas de suas casas, como se fossem animais, sem que, ao menos, antes de fazerem isso, se preocupem em ordenar, também, e com maior firmeza,  que fossem tratados com dignidade, com respeito, que suas crianças fossem abrigadas, que suas vidas – arrancadas dos lares de oito anos – não fossem dilaceradas, deveriam ouvir as palavras de Chaplin nas cenas finais do filme “O grande Ditador”.
Um pobre barbeiro judeu, por ser sósia do ditador Hinkel, ditador da Tomânia, vai parar em seu lugar no momento de um grande discurso de guerra.
Chaplin reproduz, no seu primeiro filme falado, um sentimento que, quem dera, estivesse presente no coração dos homens que têm poder sobre a vida de outros homens, mulheres e crianças.
Quem sabe os doutos desembargadores possam ouvir o que diz o genial vagabundo, a quem Carlos Drumonnd disse: velho Chaplin, as crianças do munto te saúdam.

Postado por Fernando Brito no blog Tijolaço em 25/01/2012

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