O povo sabe . . .



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Dos apequenados e dos micróbios: uma digressão sobre o Judiciário



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Marcos Danhoni, professor titular da Universidade Estadual de Maringá

“O orgulho dos pequenos consiste em falar sempre de si próprios; o dos grandes em nunca falar de si”. Voltaire

Voltaire em seu excelente conto MICRÔMEGAS nos relata a curiosa visita de Micrômegas, o Gigante de Sírio, e do Anão de Saturno (ambos seres excepcionalmente gigantes para os habitantes da Terra) em visita ao nosso nada amável planeta. Enquanto passeiam por um dos oceanos terrestres, as duas criaturas colossais encontram um navio cheio de supostos filósofos.

Os dois seres gigantescos, com o auxílio de um diamante, usam-no como um microscópio e, ajustando os sentidos visuais e auditivos, começam a estabelecer um diálogo com os insetos filosóficos. De início tiveram dificuldade em compreender que naquele corpo tão minúsculo pudesse caber uma alma.

Voltaire, em seu conto, eleva à altura dos dois gigantes a soberba pseudo-intelectual daqueles insetos dito pensantes. Pergunta-lhes acerca do conhecimento científico da natureza, da astronomia, da física e todos respondem como num jogral. Perplexos por saberes tão partilhados, pergunta-lhes sobre o que conhece do que tem dentro de si:

Dizei-me o que é a vossa alma e como formais as vossas idéias. Os filósofos falaram todos ao mesmo tempo, como antes, mas foram de diferentes opiniões. O mais velho citava Aristóteles, outro pronunciava o nome de Descartes, este o de Malebranche, aquele o de Leibnitz, aqueloutros o de Locke. Um velho peripatético disse em voz alta com toda a segurança: A alma é uma enteléquia, razão pela qual tem o poder de ser o que é. É o que declara expressamente Aristóteles, página 633 da edição do Louvre: “entelequia esti” etc.

Não entendo muito bem o grego – disse o gigante.

Nem eu tampouco – replicou o inseto filosófico.

— Por que então – tornou o siriano – citais um certo Aristóteles em grego?

É que – replicou o sábio – cumpre citar aquilo de que não se compreende nada na língua que menos se entende.

A soberba pseudo-filosófica dos insetos no navio atinge níveis tão estratosféricos que espanta o siriano e o anão de Saturno. O delicioso conto se encerra assim:

O siriano retomou os pequenos insetos; falou-lhes de novo com muita bondade, embora no íntimo se achasse um tanto agastado de ver que os infinitamente pequenos tivessem um orgulho quase infinitamente grande. Prometeu-lhes que redigiria um belo livro de filosofia, escrito bem miudinho, para seu uso, e que, nesse livro, veriam eles o fim de todas as coisas. Com efeito, entregou-lhes esse volume, que foi levado para a Academia de Ciências de Paris. Mas, quando o secretário o abriu, viu apenas um livro em branco. – Ah! bem que eu desconfiava… – disse ele.

Ao analisarmos este conto, nada como comparar a crítica voltairiana ao julgamento do TRF4 com a soberba de três juízes que, ao final combinaram veredictos e a matemática dosimétrica da pena para que não caísse na prescrição e, assim, pudesse corrigir o “erro de Moro” que perderia a chance de prender Lula.

Os três insetos deste Tribunal de Exceção, com nomes que nos lembram lugares tenebrosos da Europa de 1930 a 1945 (Itália fascista e Alemanha nazista), agiram com a soberba de um juridiquês que não se sustenta na razão e nos argumentos da prova, uma vez que prova nunca houve.

Não bastasse o acachapante 3 X 0, num julgamento não contra Lula, mas contra o que ele representa, o Povo, o STJ acaba de negar um habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula, tudo dentro de um script previamente elaborado com o Supremo e com tudo dentro, segundo o inseto político, Romero Jucá.

No mesmo dia, impulsionada por um Editorial do orwelliano jornal O GLOBO que pede a prisão imediata de Lula, a Presidente do STF, disse que é contra uma revisional da prisão em 2ª instância. Segundo ela, o “STF não pode se apequenar”.

Esta fala conduz a Ministra e todo o putrefato sistema judicial para o navio dos pseudo-filósofos de Voltaire folheando um livro em que a Lei deveria estar escrita, mas encontra-se em branco para eles a escreverem da forma que bem entendem. A Ministra sabe que o STF se apequenou ao conceder a condição de Ministro a um acusado como Moreira Franco ou restituir direitos políticos àquele que hoje é considerado o político mais corrupto do Brasil: Aécio Neves.

Sim, Sra. Carmem Lúcia, vocês se apequenam todas as vezes que interpretam a Lei segundo o nome que consta na capa dos processos. Vocês se reduziram a micróbios e, como todos sabemos, pela microbiologia, seres ínfimos e deletérios assim são suficientes para destruir um organismo sadio e levá-lo à morte lenta, mas inexorável e dolorosa!

Delenda microbium!!!



Postado em DCM em 31/01/2018



Está acontecendo algo de muito podre no Brasil !



Tio Sam agora dá Golpe dentro da Lei
Sérgio Moro trabalha há 3 anos a favor dos interesses americanos e para destruir o Ex-Presidente Lula.

" Não tem Golpe nos EUA porque lá não tem embaixada americana "
 J. Assange





























Unhas no Verão 2018






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Estudos mostram que tudo na praia nos faz bem : a água, a brisa, a areia e o som das ondas ...





Adriana Helena

Oi gente querida, é alto verão, onde as temperaturas estão bem elevadas! Mas você pode dar um refresco neste calorão e de quebra cuidar de sua saúde: é só ir à praia! Sim, é bem mais fácil cuidar de sua saúde do que você imagina. Se você sempre experimenta tranquilidade, paz e bem-estar quando vai à praia, saiba que as sensações positivas não estão exatamente relacionadas a férias ou descanso, mas sim ao próprio ambiente.

Conheça estudos científicos que comprovam que tudo na praia faz bem, desde o mar até as cores e os sons... 


Enquanto lê o artigo, ouça essa linda canção e veja como o mar é maravilhoso e traz toda a paz do mundo...






Benefícios da praia para a saúde

1. Mesmo quem não gosta da água fria do mar pode tirar proveito das águas através da sua cor. Um estudo da Nova Zelândia afirma que o azul do oceano tem poder de reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida. Maravilhoso todo o azul desse mar com o barquinho ao longe a navegar...





2. O ar que você respira no litoral, geralmente salgado, é espalhado pelas ondas do mar e, de acordo com estudos, promove melhoras ao sistema respiratório. Pessoas que sofrem de asma e bronquite, por exemplo, apresentam diminuição dos sintomas quando estão na praia.


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3. O mesmo ar que melhora a respiração também contribui para o descanso noturno. Isso porque os íons de hidrogênio carregados negativamente que ajudam a absorver oxigênio e equilibrar os níveis de serotonina, resultando significativa melhora do sono. Nada como o anoitecer perto do mar!




4. O contato físico com a água salgada do mar também é conhecido pela ciência por promover bem-estar físico. Estudos indicam que ela fortalece o sistema imunológico, hidrata a pele e aumenta a circulação. Não tem nada melhor do que um relaxante banho de mar...


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5. Os sons do mar já são famosos por trazer relaxamento, mas saiba que os benefícios dos barulhinhos vão muito além. Um estudo feito pela Universidade de Exeter, Inglaterra, os sons do oceano ativam o córtex pré-frontal do cérebro, área associada a emoções e autorreflexões, fazendo com que a capacidade de bem-estar e autoconhecimento seja ampliada. Ouça como é maravilhoso:





Ciência explica por que o mar ajuda a relaxar

De acordo com o estudo, os sons do mar ativam o córtex pré-frontal do cérebro, área associada a emoções e autorreflexões, fazendo com que a capacidade de bem-estar e autoconhecimento seja ampliada.

As ondas dos oceanos, segundo a pesquisa, geram íons negativos que, absorvidos, promovem alterações moleculares no corpo, gerando sensação de paz e equilíbrio. Eles ainda são capazes de regular os níveis de serotonina, substância química produzida pelo organismo responsável pela melhora do humor e pela redução da ansiedade.


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Foi constatado também que o cortisol, o hormônio do estresse, também tem seus níveis reduzidos no organismo com o barulho das ondas do mar, que tem padrões de volume e frequência harmônicos e relaxantes.


Além disso, o som gerado pelo mar pode nos remeter aos ruídos que ouvimos quando estamos na barriga de nossas mães, o que provocaria grande impacto emocional inconsciente no que diz respeito a proteção e segurança.

Até mesmo visualmente o mar é capaz de transmitir calma e sensação de segurança, uma vez que sua superfície plana transmite estabilidade, afastando a preocupação e o estresse causados pela imprevisibilidade do ambiente. Então amigos, nada melhor do que ficar com Todo o Azul do Mar! Linda semana para você!










Tragédia da Boate Kiss em 27-01-2013 completa 5 anos de impunidade !



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Jéssica e Bruno namoravam havia 5 anos. Ele não sobreviveu |



Jéssica perdeu o namorado na tragédia e teve 45% do corpo queimado



Na noite da tragédia da boate Kiss, Jéssica Duarte da Rosa, 20 anos, e seu namorado, Bruno Portella Fricks, não iam sair. Ela já tinha até ligado para pedir a bênção aos pais, mas o casal mudou de ideia e resolveu ir a um barzinho. Sem conseguir entrar, foram para a Kiss. Entraram às 2 horas. Pouco mais de uma hora depois, o fogo tomou conta do local.

Os dois saíam do banheiro quando viram um tumulto e acreditaram ser uma briga. De mãos dadas com a namorada, Bruno foi abrindo espaço. Só então os dois perceberam o fogo e a fumaça, que atrapalhava a respiração. A bagunça fez os dois se separarem. Ela perdeu os sapatos e foi carregada por alguém. Apagou. Acordou do lado de fora, com um bombeiro batendo em seu rosto para ver se ainda estava viva.

Outro apagão. Acordou no hospital. “Só enxergava vultos. Arranquei tudo e comecei a perguntar pelo Bruno. Só me disseram que ele não estava lá”, conta. Nos corredores, médicos e enfermeiros correndo. Com o ce­lular de uma enfermeira, ligou para a sogra, em Santa Maria, para contar o ocorrido. “Não ia ligar para meu pai porque achei que não era muita coisa o que eu estava passando. Quan­do duas meninas passaram por mim e choraram, percebi que era ruim.”

Às 4h35, ligou para o pai, que há três anos mora com sua mãe e seu irmão em Colombo, transferido para uma filial da empre­sa na qual trabalha. A enfermeira tomou o telefone e o alertou que a situação não era boa. Claudio Forgiarini acal­­mou a filha e telefonou para um sobrinho em Porto Alegre. Ele pediu a um médico conhecido de Santa Maria que fosse ver Jéssica.

No corredor, em meio ao caos, Jéssica se levantou da maca e enxergou o médico, que havia visto apenas uma vez em uma festa de família na praia. “Ele tirou meus anéis, brincos, piercing e o vestido. Depois, não lembro de mais nada”, diz. Ele prestou toda assistência e percebeu a dificuldade da menina em respirar. Mandou entubá-la e salvou sua vida.





Diante da injustiça e outras adversidades sempre é bom lembrar que . . .





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3,796 curtidas, 73 comentários - Yla Fernandes (@ylafernandes) no Instagram: “Tudo tem o seu tempo! A maior das árvores um dia foi semente. Não precisa apressar o passo, mas…”




Da condenação canalha de Lula às labaredas da chama que não se apaga !



















Com os fascistas golpistas não tem diálogo : Marcia Tiburi abandona entrevista ao saber que Kataguiri é o outro convidado ...



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Joaquim de Carvalho  do  DCM



Hoje, soube que a filósofa Márcia Tiburi, professora na Universidade Mackenzie, abandonou um programa de rádio quando viu que dividiria a bancada com Kim Kataguiri, líder do MBL, que no vídeo que viralizou na internet aparece com um sorriso amarelo enquanto ela, sem olhar para ele, se dirige ao apresentador:


— Gosto muito de ti (ela é gaúcha), mas você deveria ter me avisado. Tenho vergonha de estar aqui. Que Deus me livre, que as deusas me livrem. Não converso com pessoas indecentes, perigosas — disse, e deu as costas, enquanto alguém gravou tudo.

O Brasil tem claramente dois lados — “ acabou a ilusão ", como disse o senador Lindbergh Farias.

E é justamente por isso que a atitude de Márcia Tiburi foi exemplar. Há um limite para tudo.

Com fascistas, não se dialoga.


Ignorantes podem ser civilizados, como diria Will McAvoy, o âncora e editor do programa News Night, da série The Newsroom (muito boa, por sinal). Mas fascistas não. São convictos.

Dialogar para quê, se a arma deles não são as ideias? Dialogar para quê, se sabem que grande parte do aparato do Estado se move a seu favor, para sufocar as vozes que se levantaram por, ora bolas, essa coisa incômoda chamada justiça social?

Logo depois do impeachment, o professor Vladimir Safatle disse, em entrevista ao programa DCM/TVT, que com uma parte do Brasil — esta que usurpou a camisa da seleção — não formamos uma nação. Dividimos o mesmo território.

Quando se falar, não é para eles que se fala.

A sociedade precisa ouvir a voz daqueles que foram golpeados.


Mas não nos sentemos na mesma bancada que eles.

Deixemos que falem sozinhos.








MARCIA TIBURI : FASCISMO NÃO DEVE SER LEGITIMADO


Em sua coluna na revista Cult, a filósofa Márcia Tiburi explica por que se recusou a debater com Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL; "Ao longo da minha vida me neguei poucas vezes a participar de debates. Sempre que o fiz, foi por uma questão de coerência. Tenho o direito de não legitimar como interlocutor pessoas que agem com má fé contra a inteligência do povo brasileiro ao mesmo tempo em que exploram a ignorância, o racismo, o sexismo e outros preconceitos introjetados em parcela da população", disse.

247 - A filósofa Márcia Tiburi explicou, em sua coluna na Revista CULT, por que abandonou um programa na Rádio Gauíba, em Porto Alegre, e se recusou a debater com Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL).

Márcia diz não ter sido avisada que Kataguiri seria seu interlocutor no programa, comandado pelo jornalista Juremir Machado da Silva. Para a filósofa, "não se pode debater com quem se notabilizou em violentar a inteligência e a cultura". 

Abaixo, a íntegra da carta de Márcia Tiburi publicada na CULT:

Caro Juremir,

Sempre gostei muito de participar do teu programa. Conversar contigo e com qualquer pessoa que apresente argumentos consistentes. Mais do que um prazer é, para mim, um dever ligado à necessidade de resistir ao pensamento autoritário, superficial e protofascista. Ao meu ver, debates que desvelam divergências teóricas ou ideológicas podem nos ajudar a melhorar nossos olhares sobre o mundo.

Tenho a minha trajetória marcada tanto por uma produção teórica quanto por uma prática de lutar contra o empobrecimento da linguagem, a demonização de pessoas, os discursos vazios, a transformação da informação em mercadoria espetacularizada, os shows de horrores em que se transformaram a grande maioria dos programas nos meios de comunicação de massa. 

Ao longo da minha vida me neguei poucas vezes a participar de debates. Sempre que o fiz, foi por uma questão de coerência. Tenho o direito de não legitimar como interlocutor pessoas que agem com má fé contra a inteligência do povo brasileiro ao mesmo tempo em que exploram a ignorância, o racismo, o sexismo e outros preconceitos introjetados em parcela da população.

Por essa razão, ontem tive de me retirar do teu programa. Confesso que senti medo: medo de que no Brasil, após o golpe midiático-empresarial-judicial, não exista mais espaço para debater ideias. 

Em um dia muito importante para a história brasileira, marcado por mais uma violação explícita da Constituição da República, não me é admissível participar de um programa que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em “A Arte de escrever para idiotas”), que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos; que investe em produzir confusão a partir de ideias vazias, chavões, estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo e outros recursos retóricos que levam ao vazio do pensamento. 

Por isso, ontem tive que me retirar. Não dependo de votos da audiência, nem sinto prazer em demonstrar a ignorância alheia, por isso não vi sentido em participar do teu programa. Demorei um pouco para entender o que estava acontecendo. Fiquei perplexa, mas após refletir melhor cheguei à conclusão de que a ofensa que senti naquele momento era inevitável.

A uma, porque, ao contrário das demais pessoas, não fui avisada de quem participaria do debate. A duas, por você imaginar que eu desejaria participar de um programa em que o risco de ouvir frases vazias, manifestações preconceituosas e ofensas era enorme. Por fim, e principalmente, meu estômago não permitiria, em um dia no qual assistimos a uma profunda injustiça, ouvir qualquer pessoa que faça disso motivo de piada ou de alegria. Não sou obrigada a ouvir quem acredita que justiça é o que está em cabeças vazias e interessa aos grupos econômicos que, ao longo da história do Brasil, sempre atentaram contra a democracia. 

Tu, a quem tenho muita consideração, não me avisou do meu interlocutor. A tua produtora, que conversou comigo desde a semana passada, não me avisou. Eu tenho o direito de escolher o debate do qual quero participar. Entendo que possa ter sido um acaso, que estavas precisando de mais uma debatedor para a performance do programa. Se foi isso, a pressa é inimiga da perfeição. E, se não cheguei a pedir que me avisasse se teria outro participante, também não imaginava que o teu raro programa de rádio, crítico e analítico, com humor bem dosado, mas sempre muito sério, abrisse espaço para representantes do emprobecimento subjetivo do Brasil.

Creio que é importante chamar ao debate e ao diálogo qualquer cidadão que possa contribuir com ideias e reflexões, e para isso não se pode apostar em indivíduos que se notabilizaram por violentar a inteligência e a cultura, sem qualificação alguma, que mistificam a partir de clichês e polarizações sem nenhum fundamento. O discurso que leva ao fascismo precisa ser interrompido. Existem limites intransponíveis, sob pena de, disfarçado de democratização, os meios de comunicação contribuírem ainda mais para destruir o que resta da democracia.

Quando meu livro “Como conversar com um fascista” foi publicado, muitos não perceberam a ironia kirkegaardiana do título. Espero que a tua audiência tenha entendido. O detentor da personalidade autoritária, fechado para o outro e com suas certezas delirantes, chama de diálogo ao que é monólogo. Espero que, sob a tua condução, o programa volte a investir em mais diálogo, que seja capaz de reunir a esquerda e a direita comprometidas com o Estado Democrático de Direito em torno do debate de ideias.