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Netflix responde – quais as séries mais assistidas em 24 horas ?



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Aurélio Araújo



A Netflix gosta de estimular os ‘binge watchers‘, pessoas que sentam diante da TV e assistem a um episódio atrás do outro – no nosso português, os ‘maratonistas de séries‘. Nao é surpresa, portanto, que a empresa tenha divulgado nesta semana uma lista das 20 séries mais assistidas por seus fãs dentro do prazo de 24 horas. Ou seja, aquelas mais viciantes, das quais o público praticamente nao desgrudou o dia inteiro até terminar de assistir a temporada. Segundo a Netflix, 8,4 milhoes de assinantes já assistiram temporadas completas num único dia. Veja abaixo a lista das séries originais do canal mais assistidas num único dia.




1. ‘Gilmore Girls: A Year in the Life‘


2. ‘Fuller House‘

3. ‘Os Defensores‘

4. ‘The Seven Deadly Sins‘

5. ‘The Ranch‘

6. ‘Santa Clarita Diet‘

7. ‘Trailer Park Boys’

8. ‘F is for Family’


9. ‘Orange Is the New Black’

10. ‘Stranger Things‘

11. ‘Friends from College’

12. ‘Atypical’

13. ‘Grace and Frankie’

14. ‘Wet Hot American Summer’

15. ‘Unbreakable Kimmy Schmidt’

16. ‘House of Cards’

17. ‘Love’

18. ‘Glow’

19. ‘Chewing Gum’

20. ‘Master of None’



Postado em Blue Bus em 19/10/2017


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Lula para termos a Democracia, a Soberania, nossas Riquezas Naturais e os nossos Direitos de volta !



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VAMOS JUNTOS DEFENDER O BRASIL !

Assista e compartilhe o programa político do PT que foi ao ar em rede nacional de TV 

nesta quinta-feira 12 de outubro ! 






Boris Casoy é condenado por ofender garis



José Domingos e a luta contra a invisibilidade dos garis: "Acreditei no sindicato e na Justiça"



Do site Vermelho:

O apresentador Boris Casoy e a TV Bandeirantes foram condenados a pagar indenização de R$ 60 mil por danos morais ao varredor José Domingos de Melo, que participou de uma vinheta de ano novo veiculada em um dos telejornais do canal, em dezembro de 2009.

José Domingos conta que se sentiu humilhado pelos comentários preconceituosos do apresentador. “Fui abordado pela equipe da Rede Bandeirantes solicitando que desejasse felicitações de ano novo para veiculação na TV, mas não imaginava que minha participação no programa renderia deboche, preconceito e discriminação”, lamentou. 

Na ocasião, após as imagens terem ido ao ar, Casoy – sem saber que o áudio estava sendo transmitido – comentou com colegas de estúdio: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo da escala do trabalho”.

André Filho, diretor do Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes de São Paulo), entidade filiada à UGT, repudiou a postura do apresentador "É lamentável que isso ocorra contra uma categoria que faz um trabalho essencial para a sociedade. Foi de uma irresponsabilidade muito grande", afirmou. 

“Sempre acreditei no Sindicato e na Justiça”

José Domingos ficou emocionado quando o sindicato o procurou para dar a notícia de que a causa havia sido ganha. “Sempre acreditei na justiça. Sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer. Muitos colegas diziam que era para eu desistir, que não ia dar em nada e que nós, trabalhadores, somos invisíveis perante a sociedade. Mas eu insisti, acreditei no sindicato e na justiça”, revelou.

“Nossa profissão é digna e merece respeito como qualquer outra. Acordamos cedo e dormimos muito tarde para sustentarmos nossa família. Não é justo alguém nos tratar com desdém, desmerecendo a atividade que exercemos. Espero que isso sirva de lição”, completou.

Quanto ao dinheiro, José Domingos afirmou que pretende ajudar a mãe de 75 anos, que vive em Pernambuco, reformar sua casa e também oferecer um churrasco para os amigos do trabalho. "Isso precisa ser comemorado com os meus companheiros de jornada", finalizou.

Confira o vídeo em que o apresentador ofende os garis :






Postado em Blog do Miro em 18/09/2017


 

A vergonha dos interesses acima da Inclusão !


fotos abertura dos Jogos Paralímpicos

É uma vergonha e um absurdo que os Jogos Paralímpicos Rio 2016 não estejam sendo transmitidos, ao vivo, pelas TVs abertas ou pela Internet. Apenas pela TV Paga ! 

E a Cerimônia de Abertura não passou nem na TV paga. É um evento sediado aqui no Brasil !


TV Brasil na Internet :






O que mais se fala hoje é na Inclusão da Pessoa com Deficiência, mas o que estamos vendo é um Espetáculo da Exclusão.


Nos estudos sociológicos teóricos é tudo muito lindo, mas na prática é muito diferente.

Os problemas e obstáculos diários que as pessoas com deficiência enfrentam, neste país, são inúmeros, desde os causados pela falta de iniciativas públicas, como a melhoria de calçadas, por exemplo, até preconceitos das pessoas em geral.

Não transmitir na Tv aberta, a Paralimpíada Rio 2016 é absurdo. É odioso que se faça isso com um evento que tem tantas características de humanidade, mostrando, essencialmente, um desrespeito à igualdade de tratamento, à diversidade dos seres humanos e à inclusão.

Os interesses das TVs comerciais e seus patrocinadores predominam sobre os interesses do povo mais humilde, que neste país é a maioria, visto que só está podendo assistir, ao vivo, os Jogos Paralímpicos, quem pode pagar por canais da TV paga.

Não podemos estranhar muito que isto aconteça, pois nosso país passa por mudança drástica na ordem política, saindo de uma democracia onde o povo tinha espaço, direitos e voz, para um regime político dominado pelos interesses do Capital. 






Rosa Maria - Editora do Por Dentro ... em Rosa



Por que você não pode acreditar em tudo o que vê na TV [e o filme Jogo do Dinheiro que está estreando nos cinemas brasileiros]





Redação Hypeness


Apesar da internet e sua impressionante velocidade para transmitir conteúdo, a televisão continua sendo uma relevante fonte de informação popular. A credibilidade das notícias propagadas pela TV é ainda sólida aos olhos do expectador, e seu poder de centralizar e influenciar milhões ao mesmo tempo não tem precedentes.

Porém, nem tudo que a TV noticia como fato é realmente verdade. Ainda assim, diariamente somos seduzidos, conduzidos, manipulados a confiar cegamente no que nos dizem os apresentadores e jornalistas na televisão.




Esse é o ponto de partida do filme Jogo do Dinheiro, da Sony Pictures, que estreia no Brasil dia 26 de maio. Estrelado por ninguém menos que os vencedores do Oscar e superestrelas Julia Roberts e George Clooney, Jogo do Dinheiro realiza uma crítica à toda espetacularização do jornalismo através desse cenário: um espectador que acreditou e seguiu uma dica de investimento oferecida por um apresentador – interpretado por Clooney – perde seu dinheiro e, desesperado, invade o estúdio e mantém o apresentador como refém. Tudo isso acontece ao vivo.






A personagem de Julia Roberts, que dirige o programa, se vê então em um impasse: ao mesmo tempo em que deseja salvar sua equipe, ela vê na situação a oportunidade de alavancar sua audiência – um sequestro real e exclusivo, expondo também as entranhas do que de fato é o mercado financeiro, e do quanto justamente a televisão nos diz o que quereremos ouvir, mas que nem sempre é a realidade.




Jodie Foster no set, dirigindo o ator Jack O’Connell


Dirigido pela também vencedora do Oscar Jodie Foster, o filme Jogo do Dinheiro oferece um interessante e incomum olhar crítico sobre tais temas, como a mídia e o mercado financeiro, e a irresponsabilidade dessas “dicas” de investimento. 

Recém lançado no festival de Cannes, o filme foi bastante bem recebido, e traz ainda o ator Jack O’Connell, famoso pela série Skins, no papel do sequestrador do apresentador que o engana.

No Brasil, a força da televisão ainda é enorme, especialmente considerando que uma fatia grande da população simplesmente não tem internet. E assim, somos mantidos à deriva, confusos e alienados no meio de crises, denúncias, recomendações, polarizações, dicas e histórias que nem sempre nos mostram as coisas como de fato elas são. O fato é que o grande público acredita em tudo que vê na TV.

E como podemos saber o que é ou não é verdade nesses casos, se é justamente a mídia, e principalmente a TV, que teria a função de nos dizer? Quem noticia que a notícia é falsa? 

Aqui no Brasil é fácil sentir e perceber o quão complexo e profundo é esse buraco – basta notar o quanto as emissoras e jornais mudam de lado e parecem tendenciosas quando se trata do noticiário político, ou o quão pouco acertam as previsões econômicas ou mesmo as previsões do tempo.


Charge ilustrando a manipulação feita pela TV


A disputa incessante pela audiência, colocada quase sempre acima de preocupações éticas, qualitativas ou mesmo da veracidade dos fatos, faz com que toda e qualquer oportunidade de transformar uma notícia em um espetáculo seja aproveitada com sede pelos canais e seus jornalistas. 

Programas policiais escatológicos, escândalos políticos duvidosos, celebridades cirurgicamente expostas, qualquer coisa será explorada e mantida no ar enquanto a audiência estiver alta.


O apresentador Datena, símbolo da espetacularização do jornalismo policial no Brasil


Programas policias são é um exemplo claro e evidente desse jornalismo que transforma fatos em espetáculos, como se qualquer crime tivesse o potencial dramático de uma novela. Basta acontecer um crime com força popular para que as emissoras de televisão o mantenham no ar a todo custo, a fim de sustentar essa mórbida atração do público – e com isso, sua audiência.


OJ Simpson e as Torres Gêmeas no 11 de Setembro




O caso do menino João Hélio, da menina Isabela Nardoni, do goleiro Bruno ou, no passado, do sequestro do ônibus 174, do maníaco do parque, a morte de Tim Lopes, o julgamento do jogador de futebol americano OJ Simpson, nos EUA (que virou série dramática), além, é claro, do atentado às torres gêmeas, são exemplos extremos dessa exploração. 

Todos foram grandes notícias, que evidentemente precisavam ser bastante noticiadas, mas que traziam também um forte componente apelativo e excessivo nessa propagação – uma corrida pela audiência que transformava o fato, muitas vezes sério ou trágico, em um produto de entretenimento como outro qualquer.



O caso do ônibus 174, o goleiro Bruno e o jornalista Tim Lopes


Não por acaso, um dos gritos mais comuns em manifestações populares no Brasil é o que nos lembra do apoio do maior canal de TV do país à ditadura militar. Mas o que aconteceria se o público, o espectador comum, ao se sentir enganado pela TV, se manifestasse realmente contra ela? Como seria se essas reações deixassem de ser simbólicas, e se tornassem atos de fato, contra as mentiras ou meias-verdades que a televisão nos faz engolir?




George Clooney em cena de Jogo do Dinheiro


Por isso o personagem do sequestrador, interpretado por O’Connel no filme, ocupa uma função importante nessa crítica à espetacularização e às responsabilidades da mídia, ao expor, diante dos olhos do mundo, a verdade sobre o que o mercado financeiro pode fazer com a vida de um desavisado investidor comum – e o papel da mídia nesse jogo. 

O filme acaba por olhar também para essa faceta do capitalismo, localizada no mercado financeiro, tratada como ciência mas praticada como um jogo de azar.






Se nem tudo que a TV nos diz é verdade, e se sabemos que devemos desconfiar das recomendações que a mídia diariamente nos faz, por outro lado não temos dúvidas de que Hollywood é uma fábrica de fantasias, em que nada, mesmo o mais realista dos filmes, pode retratar a realidade.

Assim, é surpreendente e refrescante ver um blockbuster como Jogo do Dinheiro mostrando um pouco da verdade, e nos lembrando, através da ficção, da vida como de fato ela é.





Postado em Hypeness



O espanto com o impeachment brasileiro na tela da CNN


mídia internacional Glen Greenwald impeachment golpe dilma corrupção



Na CNN, jornalistas falam sobre a crise política no Brasil e o impeachment de Dilma Rousseff. A mídia estrangeira vem realizando uma ampla cobertura do caso e os correspondentes internacionais não escondem seu assombro. 


O jornalista Glenn Greenwald falou à CNN sobre a crise política brasileira e a tentativa (até agora bem sucedida) de políticos corruptos derrubarem uma presidente honesta e democraticamente eleita. 

A mídia estrangeira vem realizando uma ampla cobertura do caso e os correspondentes internacionais não escondem seu assombro. “É a coisa mais surreal que eu vi em meu tempo como jornalista em qualquer outro lugar, cobrindo política em vários países”, disse Greenwald.


Nazijornalismo




Leandro Fortes

A violência do CQC contra o deputado José Genoíno alcançou, essa semana, um grau de bestialidade que não pode ser dimensionado à luz do humorismo, muito menos no campo do jornalismo. Isso porque o programa apresentado por Marcelo Tas, no comando de uma mesa onde se perfilam três patetas da tristeza a estrebuchar moralismos infantis, não é uma coisa nem outra.

Não é um programa de humor, porque as risadas que eventualmente desperta nos telespectadores não vem do conforto e da alegria da alma, mas dos demônios que cada um esconde em si, do esgoto de bílis negra por onde fluem preconceitos, ódios de classe e sentimentos incompatíveis com o conceito de vida social compartilhada.

Não é jornalismo, porque a missão do jornalista é decodificar o drama humano com nobreza e respeito ao próximo. É da nobre missão do jornalismo equilibrar os fatos de tal maneira que o cidadão comum possa interpretá-los por si só, sem a contaminação perversa da demência alheia, no caso do CQC, manipulada a partir dos interesses de quem vê na execração da política uma forma cínica de garantir audiência.

A utilização de uma criança para esse fim, com a aquiescência do próprio pai, revela o grau de insanidade que esse expediente encerra. 

O que se viu ali não foi apenas a atuação de um farsante travestido de jornalista a fazer graça com a desgraça alheia, mas a perpetuação de um crime contra a dignidade humana, um atentado aos direitos humanos que nos coloca, a todos, reféns de um processo de degradação social liderado por idiotas com um microfone na mão.

A inclusão de um “repórter-mirim” é, talvez, o elemento mais emblemático dessa circunstância, revelador do desrespeito ao ofício do jornalismo, embora seja um expediente comum na imprensa brasileira. 

Por razões de nicho e de mercado, diversos veículos de comunicação brasileiros têm lançado, ao longo do tempo, mão dessa baboseira imprestável, como se fosse possível a uma criança ser repórter, ainda que por brincadeira.

Jornalismo é uma profissão de uma vida toda, a começar da formação acadêmica, a ser percorrida com dificuldade e perseverança. Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime e espero, sinceramente, que alguma medida judicial seja tomada a respeito.

Não existem repórteres-mirins, como não existem médicos-mirins, advogados-mirins e engenheiros-mirins.

Existem, sim, cretinos adultos.

E, a estes, dedico o meu desprezo e a minha repulsa, como cidadão e como jornalista.


Postado no blog O Escrevinhador em 28/03/2013
Imagem inserida por mim


Aqui você encontra maiores detalhes, como o vídeo do cqc



CQC submete Genoino a sessão de tortura psicológica




Eduardo Guimarães


O humor deveria servir para elevar o espírito do homem. Não sei se o humorismo é uma criação divina ou se alguém, algum dia, inventou essa verdadeira forma de arte. Seja quem for que o inventou, porém, não foi pensando em humilhar ou torturar ou em oferecer um instrumento de vingança aos pobres de espírito.

Alguns, como os “humoristas” do programa da TV Bandeirantes CQC, confundem ridicularizar pessoas com fazer humor. Ridicularia e humorismo, porém, não são a mesma coisa. Contudo, antes de abordar a tortura psicológica que eles vêm impondo a um ser humano, farei uma digressão inevitável.

Houve época em que os condenados por aquilo que diziam ser “justiça” – mas que, muitas vezes, não passava de instrumento de tortura usado por um grupo político, social, religioso ou étnico contra outro –, além de ir para o cárcere eram exibidos em praça pública em sessões de humilhação.

No momento em que escrevo, tenho na mente uma canção, “Geni e o Zepelim”, composta e cantada por Chico Buarque. Fez parte do musical Ópera do Malandro, do mesmo autor, lançado em 1978, e do álbum, de 1979, bem como do filme, de 1986 – todos com o mesmo nome.

A Ópera do Malandro conta, entre outras, a história de Geni, um travesti hostilizado na cidade.

O comandante de um dirigível (Zepelin) militar investe contra aquela cidade e decide destruí-la. Porém, apaixona-se por Geni. Sabendo disso, a mesma cidade que fustigava o travesti passa a lhe pedir que interceda por ela junto ao agressor.

Geni, então, usa de seu poder recém-adquirido sobre o militar e salva a cidade, que, na volta à rotina, volta a insultar e a humilhar quem a salvou.

A canção de Chico Buarque eclodiu durante a ditadura militar e teve tal relevância que seu refrão “Joga pedra na Geni” passou a ser usado contra pessoas ou ideias que, em determinadas circunstâncias políticas, viram alvo de execração pública.

A civilização, porém, acabou com as torturas (físicas ou morais) contra aqueles que infringem as leis. Em sociedades civilizadas, a pena de restrição de liberdade e de direitos vários se basta.

A tortura psicológica, a execração pública a que está sendo submetido um homem que entregou sua vida à causa da democracia e que por ela foi torturado fisicamente, portanto, não se coaduna com sociedades civilizadas, mas coaduna-se com o juízo farsesco que condenou José Genoino por “corrupção ativa”.

Só em um país em que pessoas são mandadas para a cadeia sem provas uma tortura mental como a do CQC pode ser aceita.

Pobre Genoino. É um homem sem posses. Tudo o que amealhou em termos de bens pessoais em sua vida parlamentar – atividade na qual a quase totalidade de seus pares no Congresso que o detratam, enriqueceram a olhos vistos – foi uma casa modesta num bairro modesto em São Paulo.

Condenado por “corrupção ativa”. Pobre Genoino. É de revirar o estômago.

Mas admiro a coragem dele. Poderia se recolher ao recesso do lar, à espera da execução da pena que poderá ter que cumprir porque, neste país de homens e mulheres avessos a se sacrificarem por uma causa, poucos entre os que enxergam a injustiça que está sendo cometida ao menos dirão publicamente que se recusam a aceita-la.

Sou dos que não aceitam e, mesmo sem ter como fazer alguma coisa, faço questão de dizer, em alto e bom som, que o que está sendo feito contra Genoino é uma ignominia.

E nem me refiro à condenação injusta e revoltante que lhe foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal sob provas “tênues”. Refiro-me à tortura característica de regimes ditatoriais e medievais a que vem sendo submetido por seres amorais como os torturadores da Band.

Solidarizo-me com Genoino pelo linchamento moral que sofreu. Antes de tudo, ele é um ser humano que, mesmo condenado pela justiça, a civilização deveria impedir que fosse torturado, sendo a penalização exclusiva na forma da lei a única admissível. Força, portanto, companheiro. Você não está só.

PS: o CQC usou uma criança para humilhar Genoino. Que grande exemplo de cidadania esse menino recebeu. Aprendeu a tripudiar, a humilhar, a mentir e a ignorar os direitos e os sentimentos de um semelhante. Terá uma longa carreira na mídia que gerou a ditadura anterior, a qual não se limitou a torturar Genoino psicologicamente como fez o CQC.

Se tiver estômago, assista, abaixo, a uma legítima sessão de tortura. A uma punição extrajudicial que se choca com o próprio conceito de civilização. Do contrário, pule o vídeo e, logo abaixo, poderá ouvir a obra imorredoura de Chico Buarque: “Geni e o Zepelin”.


A tortura de Genoino pelo CQC 





Geni e o Zepelin


Postado no blog da Cidadania em 27/03/2013

Luta de raças explícita na mídia brasileira






O vídeo, a produção e a exibição são da TV Band. A jornalista - branca e de cabelo pintado de louro - não se sabe quem é. Só sabemos que é racista, debochada, boçal, covarde e ignorante. Não precisa ler ''Casa-Grande & Senzala'', do Gilberto Freyre. Basta ver esse pequeno vídeo de três minutos. Está tudo ali, e mais Foucault: luta de raças explícita, ao vivo, sem censura, na TV brasileira.


Cabe uma só pergunta: a jornalista agiria assim, ficaria tão à vontade, folgada, se o rapaz fosse branco e filho de papai da classe média ou alta?

Essa é a mídia que temos, e não é essa mídia que queremos. Fica provado que faz falta um marco regulatório na imprensa brasileira, para que lixo como esse não seja exibido como programa de entretenimento e formação. 

Postado no blog Diário Gauche em 19/05/2012

Obs.: Espera-se que os mais abençoados pela sorte e apoio que conseguem chegar às classes mais favorecidas, tenham mais compreensão e no mínimo não humilhar ao próximo menos favorecido.  Essa moça agiu de maneira vergonhosa! Que Deus a perdoe!

Por um Natal sem neve na TV


Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:


A televisão no Brasil não dita apenas hábitos, costumes e valores, mas também o ritmo de vida da maioria da população. Nos dias úteis com seus horários para “donas de casa”, crianças e adultos e nos fins de semana com uma programação diferenciada, supostamente mais adaptada ao lazer. A TV organiza também as comemorações das efemérides ao longo do ano, das quais o ponto alto é o Natal. Com muita antecedência saltam da tela canções da época e muita propaganda, criando clima para o “espírito natalino”.

As crianças são o alvo principal. Se já são bombardeadas com apelos de compra o ano todo, no Natal a pressão cresce. Apresentadoras joviais e alegres conquistam a confiança dos pequenos telespectadores com seus dotes artísticos para, em seguida, atraí-los para as compras, no mais das vezes, desnecessárias. Da classe média para cima é comum ver crianças com brinquedos pouco ou nada usados, comprados apenas como resposta aos apelos publicitários.

Mas a TV não está só na casa de quem pode comprar. Hoje ela é um bem universalizado no Brasil, advindo daí a sensação de exclusão sofrida por crianças cujas famílias estão impossibilitadas de satisfazer seus desejos. Esse desconforto resulta da crença de que o consumo é um valor em si, substituto da cidadania. Só é cidadão quem consome. 

“O que singulariza a grande corporação da mídia é que ela realiza limpidamente a metamorfose da mercadoria em ideologia, do mercado em democracia, do consumismo em cidadania”, diz o professor Octávio Ianni em “Príncipe eletrônico”, artigo que se tornou referência para a discussão do papel político da comunicação nas sociedade modernas.

No Natal, a metamorfose atinge seu auge e segue até a virada do ano. As mercadorias ganham vida na TV e estão à disposição para satisfazer todos os desejos, o mercado oferece democraticamente a todos os mesmos produtos e, ao consumi-los, exerceríamos nossos direitos de cidadãos. São falácias muito bem embaladas em luz, cores e sons sedutores. As regras do jogo são essas. Quem mantém as TVs comerciais são os anunciantes. Apesar disso, as emissoras poderiam ter um pouco mais de criatividade. Não há Natal na TV brasileira sem a milésima reprise do filme Esqueceram de Mim, com neve em quase todas as cenas, ou sem o indefectível “especial”, sempre com o mesmo cantor.

Nem o jornalismo escapa, com colagens em forma de clipes usadas à exaustão mais para reviver sustos já sofridos pelo telespectador do que para informar. Em determinado ano, que pode ser qualquer um, o apresentador famoso abria a resenha na principal rede de TV exclamando: “Um ano de arrepiar em todo o planeta. Incêndios, terremotos, furacões”. E dá-lhe imagens espetaculares, que de notícia pouco têm.

Podia ser diferente? Claro que sim. Poderíamos ter na TV um Natal mais brasileiro e um final de ano criativo (com a publicidade mais controlada). Realizadores não faltam, o que falta são oportunidades para mostrar seus trabalhos. Mais de 200 deles apresentaram pilotos de programas no Festival Internacional de Televisão, realizado em novembro no Rio. Não haveria ali gente capaz de tirar a televisão da rotina desta época?

Criatividade também não falta na produção audiovisual brasileira. Precisamos é de ousadia para mostrá-la ao público oferecendo bens culturais capazes de enriquecê-lo espiritualmente. Ou como dizia um diretor da BBC, a melhor TV do mundo: “Temos a obrigação de despertar o público para ideias e gostos culturais menos familiares, ampliando mentes e horizontes, e talvez desafiando suposições existentes acerca da vida, da moralidade e da sociedade. A televisão pode, também, elevar a qualidade de vida do telespectador, em vez de meramente puxá-lo para o rotineiro”.

Belo desafio, não? Feliz Natal.



Postado por Miro no Blog do Miro em 20/12/2011