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Sem Chão esbanja eloquência ao condensar décadas de luta palestina em 1h30



Vencedor do Oscar de Melhor Documentário, produção se revela emblemática do tema


“Eu comecei a filmar quando começamos a desaparecer”, diz a narração em off de Basel Adra logo nos primeiros minutos de Sem Chão. O documentário, que venceu a estatueta da categoria no Oscar 2025, estabelece já nesse início a sua relação fluída com o tempo cronológico - codirigido por Adra com Hamden Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor (todos, com exceção de Szor, também aparecem diante das câmeras), o longa começa por volta de 2009, com filmagens rudimentares de demolições coordenadas pelo exército israelense na comunidade de Masafer Yatta, no Sul da Cisjordânia, um conjunto de pequenas aldeias palestinas que sofrem pressão violenta das forças ocupadoras para deixar o local, onde muitas das famílias dos moradores vivem há mais de século.

2009, no entanto, é mais um marcador imagético do que uma baliza narrativa para Sem Chão. É quando Adra começou a filmar as demolições e expulsões em massa, e portanto quando o filme consegue personalizar os relatos que inclui, mas isso não impede o quarteto de cineastas de incluir gravações anteriores, feitas pelo pai ativista de Adra ou por equipes de TV estrangeiras, que estendem a luta por Masafer Yatta por pelo menos algumas décadas a mais, até meados dos anos 1990 (palco de uma sequência bem oportuna envolvendo o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair). 30 anos de tentativa de apagamento étnico, 30 anos de resistência, 30 anos de apelo à opinião pública, 30 anos de lutar contra uma maré de superioridade militar intransponível, 30 anos de câmeras e solidariedade encolhendo diante de tanques e crueldade.

E é assim que Sem Chão se impõe como mais do que um relato pessoal: ele é o condensamento simbólico de um processo histórico que tem acontecido durante boa parte do século XX (mais até do que as três décadas abraçadas pelo filme), e que ganha aqui - através, sim, da história íntima de Adra, sua família e sua comunidade - uma dimensão pessoal que só o cinema pode proporcionar. Melhor ainda do que isso é perceber que, como cineastas, ele e seus colegas de Sem Chão entendem brilhantemente como transformar os relatos e registros fragmentados que definem o esforço documental em uma zona de conflito em um filme que nunca aliena pela sua crueza ou se aproxima do amadorismo.

Pelo contrário, aliás. Quando Sem Chão recorre à câmera caótica do jornalista que foge da repressão militar, ou perde o fio da meada de uma de suas histórias, conforme pessoas e família são derrotadas pela crueldade da ocupação, ele o faz com a intenção calculada de nos revelar o extremo da história que está contando. Até porque o filme também esbanja clareza quando quer e pode, especialmente em como desenha cuidadosa e carinhosamente a amizade inesperada que nasce entre Adra e Abraham, um jornalista israelense famoso por defender a causa palestina que se envolveu profundamente com a luta de Masafer Yatta durante os anos retratados no longa.

A relação entre os dois brilha no filme, servindo para colorir o lado humano desses ativistas (com idades semelhantes, Adra e Abraham não demoram para achar motivos para rir e sair juntos), mas também como faísca para os diálogos mais complicados sobre solidariedade e união de povos que surgem a partir da causa palestina. Que Abraham possa voltar para casa todas as noites após testemunhar a demolição de uma comunidade, uma casa de cada vez, ou a repressão violenta de um protesto perfeitamente legal, é uma fonte de conflito entre eles, mesmo que o israelense não trate a coisa toda como uma aventura - ele pode estar abundantemente comprometido com aquela luta, mas a luta ainda não é dele, e não é ele que sofre as consequências de lutá-la.

Esse é o tipo de eloquência que o documentário vai tirando, incansavelmente, de uma estrutura que parece rudimentar (justificadamente) à primeira vista. Impossível negar que a urgência do tema pesou muito para que Sem Chão se tornasse o favorito ao Oscar, mas a fluência e inteligência com a qual ele se aproxima desse tema é o que o transforma em um grande exemplar de cinema documental.









Obs : O documentário Sem Chão está disponível no Prime Vídeo.


Uma guerreira e o Oscar para o Brasil


 Dilma Rousseff em 1970, presa pela Ditadura Militar, em frente a seus inquisidores 


 

Como fazer os penteados do Oscar 2020



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Penélope Cruz no Oscar 2020






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" Parasita " ganha o Oscar de melhor filme e termina sendo o mais premiado da noite


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Dilma comemora documentário sobre o golpe no Oscar: “ A verdade não está enterrada ”





DILMA ROUSSEFF, em seu site


A história do Golpe de 2016, que me tirou da Presidência da República por meio de um impeachment fraudulento, ganha o mundo pelas lentes de Petra Costa no documentário “Democracia em Vertigem”. E, para surpresa de alguns, ganhou hoje indicação ao Oscar.

O filme mostra o meu afastamento do poder e como a mídia venal, a elite política e econômica brasileira atentaram contra a democracia no país, resultando na ascensão de um candidato da extrema-direita em 2018.

Parabéns a Petra e à equipe do filme pela indicação ao Oscar. A verdade não está enterrada. A história segue implacável contra os golpistas.









Na Netflix tem o documentário completo. Vale a pena ser visto !






Looks Oscar 2019 : Erros e acertos


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Oscar : foi uma Glória !





Glória Pires vira piada nas redes após comentar premiação do Oscar na Globo

Redação Pragmatismo


Comentários de Glória Pires fizeram a internet "chorar de rir" durante a cerimônia de premiação do Oscar, transmitida na Rede Globo. Indisposição e gafes da atriz renderam uma série de memes. 


Glória mostrou não ter conhecimento cinematográfico e, pior, a menor disposição para comentar os filmes e prêmios. “Achei interessante”, disse sobre um Oscar para “Mad Max”. “Curti, sim. Foi merecido”, falou sobre outro. “Bacana”, sintetizou. 


Se os espectadores estavam com a impressão de que a atriz não viu vários filmes em disputa, a dúvida logo foi esclarecida. Assim que o Oscar de melhor filme de animação foi anunciado, Maria Beltrão perguntou: “Glória, você gostou de ‘Divertida Mente’?” E a atriz, sem titubear, respondeu: “Não assisti”. 


Maria Beltrão fez várias tentativas de envolver Glória Pires nas conversas. Quase sempre sem sucesso: “Você acha que Lady Gaga leva essa?”, quis saber sobre o Oscar de canção original. “Não sou capaz de opinar”, respondeu a atriz, com estonteante sinceridade. “O que achou do Oscar a ‘O Filho de Saul’?” “Não assisti”. 








Postado no Pragmatismo Político em 29/02/2016