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Já deu, Pandemia ! Traz minha a vida de volta ? !


Olhar pela janela: um maravilhoso exercício de reflexão e introspecção


Simone Guerra

Entrando na quarta semana da quarentena e com um ranço de ficar em casa. Uma tristeza me abraçou, me senti triste por estar tão longe da minha família e do meu filho. Tento driblar os dias com o computador conectado na empresa e uma xícara de chá quente a cada meia hora. A tv fica ligada ao acaso juntamente com o rádio. Tudo para me dar aquela sensação de que há vida no mundo.

O pior dessa quarentena não é ficar em casa, mas sim nos isolarmos de tudo que gostamos. Estou cansada de tantas notícias ruins, de tantas realidades assombradas e de tantos desesperos. Eu sei que existe uma luz no fim do túnel, mas quando conseguirei avistá-la? Também estou consciente que não estou nesse barco sozinha, e que tem pessoas sofrendo com as mesmas ansiedades que eu.

Já fiz de tudo: faxinei a casa várias vezes, arrumei as gavetas, tirei o lodo que estava no chão da varanda, separei algumas roupas que não uso para doação, verifiquei todas as datas dos remédios e dos alimentos, minhas panelas estão impecáveis e mesmo assim parece que tudo isso é uma eternidade.
TUDO PARECE UM PESADELO. 
Há males que vem para o bem. O Covid-19 veio para nos aproximarmos mais das pessoas, para deixar claro que sem união não existe nação e que sem estender as mãos não existe sentido nenhum nessa vida. 

De uma hora para outra as pessoas começaram a se colocarem prontas para comprarem alimentos e remédios para pessoas idosas ou do grupo de risco. Profissionais deixaram suas clínicas e consultórios para darem assistência online gratuita com a intenção de ajudar pessoas ansiosas como eu, com problemas de depressão, síndrome do pânico e outros. Apareceram vários vídeos maravilhosos falando de esperança, amor e paz. Artistas famosos começaram a fazer lives para distrair os outros. O mundo começou a entender o sentido das palavras doação e gratidão.

De uma hora para outra começamos a entender a importância da educação primária e passamos a valorizar os professores. Vimos com exatidão que o trabalho em sala de aula não é tão fácil assim e, que os educadores, deveriam ter um salário mais digno por conseguirem ensinar crianças que não sabem o que é ter limite e disciplina.

De uma hora para a outra começamos a apreciar mais as mensagens recebidas pelo Whatsapp e também passamos a gostar de conversar sem pressa alguma com familiares e amigos pelo telefone ou pela câmera. De uma hora para outra a vida começou a desacelerar e o confinamento trouxe para nós medo, insegurança e desequilíbrio emocional, mas ao mesmo tempo começamos a orar mais e conversar com Deus se tornou rotina.

De uma hora para outra percebemos que é difícil se trancar diante da beleza que é a vida, que precisamos uns dos outros, que não nascemos para sermos suficientemente sozinhos, que nada acontece ou tem graça se não há liberdade, que fingir que tudo está tranquilo só serve para nos deixarmos mais doentes ainda. De uma hora para outra paramos para aplaudir os profissionais da saúde que muitas vezes passam despercebidos no nosso dia a dia. Apareceram cientistas e médicos no mundo todo em prol de encontrar uma cura para a humanidade que nunca ouvimos falar antes.

De uma hora para outra a igreja veio através da internet para encher nossas casas de benção e paz. Os padres saíram do aconchego das comunidades para trazerem para nós o sacramento da eucaristia através dos nossos celulares ou computadores. De uma hora para outra começamos a trocar nossas vaidades por roupas confortáveis. Deixamos a maquiagem para ficarmos de cara lavada em casa. Percebemos que podemos sobreviver com muito pouco, e não precisamos de tantos eventos para encher a vida.

De uma hora para outra paramos para pensar na vida. E temos tanto tempo para pensarmos que nos perdemos. Ficou claro que não sabemos lidar com nossos vazios e o barulho incessante dos nossos pensamentos. 

Estou com tantas saudades de ir até ali, na padaria, e sentar para tomar um cafezinho fresco com uma fatia de bolo. Que saudades do cinema (já cansei de Netflix no sofá). Sinto falta de pegar o trem para ir trabalhar. Quero encontrar meus colegas de trabalho para conversarmos sobre família e filhos. Não vejo a hora de comer pizza quentinha ao lado da estação do trem. Estou com fome da minha rotina e de me bater perna por aí nos fins de semanas. Já deu, Pandemia! Traz a minha vida de volta?

DE UMA HORA PARA A OUTRA IREMOS VOLTAR PARA AS NOSSAS VIDAS DE ANTES, MAS TUDO SERÁ DIFERENTE PORQUE MUDAMOS DURANTE ESSE PERÍODO DE CLAUSURA IMPOSTA.

Seremos melhores, certamente. Fique em casa! Fique em casa para se proteger e proteger os outros.






Já deu, Pandemia ! Traz minha a vida de volta ? !


Olhar pela janela: um maravilhoso exercício de reflexão e introspecção


Simone Guerra

Entrando na quarta semana da quarentena e com um ranço de ficar em casa. Uma tristeza me abraçou, me senti triste por estar tão longe da minha família e do meu filho. Tento driblar os dias com o computador conectado na empresa e uma xícara de chá quente a cada meia hora. A tv fica ligada ao acaso juntamente com o rádio. Tudo para me dar aquela sensação de que há vida no mundo.

O pior dessa quarentena não é ficar em casa, mas sim nos isolarmos de tudo que gostamos. Estou cansada de tantas notícias ruins, de tantas realidades assombradas e de tantos desesperos. Eu sei que existe uma luz no fim do túnel, mas quando conseguirei avistá-la? Também estou consciente que não estou nesse barco sozinha, e que tem pessoas sofrendo com as mesmas ansiedades que eu.

Já fiz de tudo: faxinei a casa várias vezes, arrumei as gavetas, tirei o lodo que estava no chão da varanda, separei algumas roupas que não uso para doação, verifiquei todas as datas dos remédios e dos alimentos, minhas panelas estão impecáveis e mesmo assim parece que tudo isso é uma eternidade.
TUDO PARECE UM PESADELO. 
Há males que vem para o bem. O Covid-19 veio para nos aproximarmos mais das pessoas, para deixar claro que sem união não existe nação e que sem estender as mãos não existe sentido nenhum nessa vida. 

De uma hora para outra as pessoas começaram a se colocarem prontas para comprarem alimentos e remédios para pessoas idosas ou do grupo de risco. Profissionais deixaram suas clínicas e consultórios para darem assistência online gratuita com a intenção de ajudar pessoas ansiosas como eu, com problemas de depressão, síndrome do pânico e outros. Apareceram vários vídeos maravilhosos falando de esperança, amor e paz. Artistas famosos começaram a fazer lives para distrair os outros. O mundo começou a entender o sentido das palavras doação e gratidão.

De uma hora para outra começamos a entender a importância da educação primária e passamos a valorizar os professores. Vimos com exatidão que o trabalho em sala de aula não é tão fácil assim e, que os educadores, deveriam ter um salário mais digno por conseguirem ensinar crianças que não sabem o que é ter limite e disciplina.

De uma hora para a outra começamos a apreciar mais as mensagens recebidas pelo Whatsapp e também passamos a gostar de conversar sem pressa alguma com familiares e amigos pelo telefone ou pela câmera. De uma hora para outra a vida começou a desacelerar e o confinamento trouxe para nós medo, insegurança e desequilíbrio emocional, mas ao mesmo tempo começamos a orar mais e conversar com Deus se tornou rotina.

De uma hora para outra percebemos que é difícil se trancar diante da beleza que é a vida, que precisamos uns dos outros, que não nascemos para sermos suficientemente sozinhos, que nada acontece ou tem graça se não há liberdade, que fingir que tudo está tranquilo só serve para nos deixarmos mais doentes ainda. De uma hora para outra paramos para aplaudir os profissionais da saúde que muitas vezes passam despercebidos no nosso dia a dia. Apareceram cientistas e médicos no mundo todo em prol de encontrar uma cura para a humanidade que nunca ouvimos falar antes.

De uma hora para outra a igreja veio através da internet para encher nossas casas de benção e paz. Os padres saíram do aconchego das comunidades para trazerem para nós o sacramento da eucaristia através dos nossos celulares ou computadores. De uma hora para outra começamos a trocar nossas vaidades por roupas confortáveis. Deixamos a maquiagem para ficarmos de cara lavada em casa. Percebemos que podemos sobreviver com muito pouco, e não precisamos de tantos eventos para encher a vida.

De uma hora para outra paramos para pensar na vida. E temos tanto tempo para pensarmos que nos perdemos. Ficou claro que não sabemos lidar com nossos vazios e o barulho incessante dos nossos pensamentos. 

Estou com tantas saudades de ir até ali, na padaria, e sentar para tomar um cafezinho fresco com uma fatia de bolo. Que saudades do cinema (já cansei de Netflix no sofá). Sinto falta de pegar o trem para ir trabalhar. Quero encontrar meus colegas de trabalho para conversarmos sobre família e filhos. Não vejo a hora de comer pizza quentinha ao lado da estação do trem. Estou com fome da minha rotina e de me bater perna por aí nos fins de semanas. Já deu, Pandemia! Traz a minha vida de volta?

DE UMA HORA PARA A OUTRA IREMOS VOLTAR PARA AS NOSSAS VIDAS DE ANTES, MAS TUDO SERÁ DIFERENTE PORQUE MUDAMOS DURANTE ESSE PERÍODO DE CLAUSURA IMPOSTA.

Seremos melhores, certamente. Fique em casa! Fique em casa para se proteger e proteger os outros.






Vídeo : Desembargador do Rio faz música para incentivar brasileiros a não abandonar isolamento neste momento crítico



Isolamento social: dicas para ficar em casa com crianças e para ...

Joaquim de Carvalho

Desembargador há 12 anos, Wagner Cinelli de Paula Freitas, o tecladista do grupo, tem assento efetivo na 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Na horas vagas, se dedica à promoção da arte e da cultura.

Sua grande preocupação agora é colaborar para conter o avanço da pandemia da covid-19.


A canção, interpretada por Vinny, é de autoria do magistrado e da filha, Gabriela Zimmer.

Na descrição do vídeo, explicam que são integrantes da banda Urca Bossa Jazz e convidaram amigos para participar do clipe e reforçar a corrente daqueles que acreditam que o distanciamento social no momento crítico da pandemia contribui para evitar o colapso do sistema de saúde e salvar vidas.

Além de Vinny, de Wagner e Gabriela, participam Rodrigo Sha, Fernando Mendes e Rebeca Sauwen, dentre outros.

O clipe foi gravado em casa por cada participante.








Coronavírus: Ficar em casa, ato de solidariedade. - YouTube

Prefeitura de São Joaquim da Barra - Administração Pública ...



Vídeo : Desembargador do Rio faz música para incentivar brasileiros a não abandonar isolamento neste momento crítico



Isolamento social: dicas para ficar em casa com crianças e para ...

Joaquim de Carvalho

Desembargador há 12 anos, Wagner Cinelli de Paula Freitas, o tecladista do grupo, tem assento efetivo na 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Na horas vagas, se dedica à promoção da arte e da cultura.

Sua grande preocupação agora é colaborar para conter o avanço da pandemia da covid-19.


A canção, interpretada por Vinny, é de autoria do magistrado e da filha, Gabriela Zimmer.

Na descrição do vídeo, explicam que são integrantes da banda Urca Bossa Jazz e convidaram amigos para participar do clipe e reforçar a corrente daqueles que acreditam que o distanciamento social no momento crítico da pandemia contribui para evitar o colapso do sistema de saúde e salvar vidas.

Além de Vinny, de Wagner e Gabriela, participam Rodrigo Sha, Fernando Mendes e Rebeca Sauwen, dentre outros.

O clipe foi gravado em casa por cada participante.








Coronavírus: Ficar em casa, ato de solidariedade. - YouTube

Prefeitura de São Joaquim da Barra - Administração Pública ...



Não aguento mais !

Cemitério Parque Taruma em Manaus


"Assistir as pessoas aglomeradas nas ruas, ou por necessidade de sobrevivência ou mesmo por ignorância alimentada pela omissão do presidente da república em relação ao isolamento, traz um sentimento de revolta incontrolável."



Miguel Paiva para o Jornalistas pela Democracia


Quando até o Jornal Nacional te sensibiliza com um discurso sobre as mortes no Brasil é porque a coisa chegou a um ponto insustentável. Assistir as pessoas aglomeradas nas ruas, ou por necessidade de sobrevivência ou mesmo por ignorância alimentada pela omissão do presidente da república em relação ao isolamento, traz um sentimento de revolta incontrolável. Hoje me deprimi com toda a situação. Tomar ciência do quadro da doença no Brasil , assistir as cenas dramáticas das mortes nos hospitais, das pessoas que não conseguem ser atendidas e das vidas encerradas assim, por conta de um vírus e de um presidente me deixou bem desanimado. 

Não vou parar de fazer a minha parte. Foi isso que me fez sentar aqui no computador e colocar essa raiva toda pra fora. Não dá para ficar calado quando no meio desta farra dos bois do governo Bolsonaro, onde os que não se locupletam ameaçam endurecer o regime, onde os apoiadores vão para as ruas ou para frente do palácio da Alvorada para gritar mito e concordar com o suicídio coletivo, repito, no meio disso tudo escuto que o TRF-4 recusou o pedido de recurso do presidente Lula no processo do Sítio de Atibaia. 

Mesmo diante de toda a sujeira que não conseguiu ficar escondida debaixo do tapete com as relações tóxicas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores ao processar o Lula, eles continuam com essa farsa e ignoram ou menosprezam todos os crimes cometidos pelo governo Bolsonaro. O presidente do Supremo precisou de 3 dias para emitir mais uma nota de repúdio à agressão aos jornalistas em Brasília numa manifestação contra a democracia. Sérgio Moro ameaçou e acabou soltando somente um pum de palhaço nas suas denúncias contra o presidente.

O Brasil segue adiante e "reina a tranquilidade em todo o território nacional" como se costumava ouvir na época da ditadura. Agora é evidente que não reina coisa nenhuma e é ainda pior porque mesmo sabendo que o bicho tá pegando as pessoas lá do alto de suas tribunas reagem como se estivesse tudo normal. A imprensa anda castigando o governo Bolsonaro porque também ficou impossível não castigar. Passamos a assistir o Jornal Nacional com a ilusão de que ele poderia ter sido sempre assim. Vemos as notícias na internet torcendo para que alguém das instituições renomadas do país tome alguma atitude porque nem sair à rua podemos.

Os números da Covid 19 são assustadores mas parece que as pessoas só se assustam quando a doença chega em você, ou na sua família. Com um governo que alimenta essa ida silenciosa para o matadouro e que a morte realmente não mete medo, ou melhor, ajuda nas contas é aterrador ter que acordar todos as manhãs sem perspectiva de mudança, seja no quadro da pandemia, seja no futuro do país. Se uma das duas coisas fosse mais leve e no caso uma está ligada à outra, usaríamos a flexibilização de uma para atacar a outra. Se o governo fosse melhor combateríamos com mais eficácia a pandemia e se a pandemia fosse menor combateríamos com mais eficácia o governo. 

Este é o nosso dilema e a direita não tem pudor nem senso de sobrevivência para ficar em casa. Vão para as ruas como um bando de Kamikazes loucos para atingir com seus aviões os navios inimigos, no caso, o sistema de saúde brasileiro. Espero que entre mortos e contaminados escapemos em número suficiente para reconstruir esse país que merece muito mais do que essas autoridades de quinta decidem estabelecendo nosso destino enquanto nação. Não admito que além dos velhos, os pobres, os negros, as crianças e os desempregados sejam jogados na vala comum deste desgoverno.



   Miguel Paiva - Cartunista, ilustrador, diretor de arte,                                         roteirista e criador da Radical Chic e Gatão de Meia Idade.






O mundo pós-pandemia


No mundo pós-pandemia, haverá espaço para escritórios não digitais?








10 Tendências para o Mundo Pós-Pandemia


Confira as 10 tendências para o mundo
 pós-pandemia


Consumir por consumir sai de moda, trabalho remoto, atuar mais no coletivo com colegas de empresas, ou vizinhos do bairro. A Covid-19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade.


1. Revisão de crenças e valores

A crise de saúde pública é definida por alguns pesquisadores como um reset, uma espécie de um divisor de águas capaz de provocar mudanças profundas no comportamento das pessoas. “Uma crise como essa pode mudar valores”, diz Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental da Trinity College Dublin, em entrevista ao Newsday.

“As crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja o que for… E isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período —assim como ocorre com as gerações que viveram guerras”.

Já estamos começando a ver esses sinais no Brasil — e no centro de São Paulo, com vários exemplos de pessoas que se unem para ajudar idosos, por exemplo.

2. Menos é mais

A crise financeira decorrente da pandemia por si só será um motivo para que as pessoas economizem mais e revejam seus hábitos de consumo. Como diz o Copenhagen Institute for Futures Studies, a ideia de “menos é mais” vai guiar os consumidores daqui para frente.

Mas a falta de dinheiro no momento não será o único motivo. As pessoas devem rever sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’”, escreve no site O Futuro das Coisas Sabina Deweik, mestre em comunicação semiótica pela PUC e pesquisadora de comportamento e tendências.

O outro lado desse processo é um questionamento maior do modelo de capitalismo baseado pura e simplesmente na maximização dos lucros para os acionistas. “O coronavírus trouxe para o contexto dos negócios e para o contexto pessoal a necessidade de revisitar as prioridades. O que antes em uma organização gerava resultados financeiros, persuadindo, incentivando o consumo, aumentando a produção e as vendas, hoje não funciona mais”, diz Sabina.

“Hoje, faz-se necessário pensar no valor concedido às pessoas, no impacto ambiental, na geração de um impacto positivo na sociedade ou no engajamento com uma causa. Faz-se necessário olhar definitivamente com confiança para os colaboradores já que o home office deixou de ser uma alternativa para ser uma necessidade. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial.”

3. Reconfiguração dos espaços do comércio

A pandemia vai acentuar o medo e a ansiedade das pessoas e estimular novos hábitos. Assim, os cuidados com a saúde e o bem-estar, que estarão em alta, devem se estender aos locais públicos, especialmente os fechados, pois o receio de locais com aglomeração deve permanecer.

“Quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um relatório da WGSN, um dos maiores bureaus de pesquisas de tendências do mundo.

Eis um ponto de atenção para bares, restaurantes, cafeterias, academias e coworkings, que devem redesenhar seus espaços para reduzir a aglomeração e facilitar o acesso a produtos de higiene, como álcool em gel. Os espaços compartilhados, como coworkings, têm um grande desafio nesse novo cenário.

4. Novos modelos de negócios para restaurantes

Uma das dez tendências apontadas pelo futurista Rohit Bhatgava é o que ele chama de “restaurantes fantasmas”, termo usado para descrever os estabelecimentos que funcionam só com delivery. Como a possibilidade de novas ondas da pandemia num futuro próximo, o setor de restaurantes deve ficar atento a mudanças no seu modelo de negócios, e o serviço de entrega vai continuar em alta e pode se tornar a principal fonte de receita em muitos casos.

5. Experiências culturais imersivas

Como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais passaram a apostar em shows e espetáculos online, assim como os tours virtuais a museus ganharam mais destaque. Esse comportamento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.

De acordo com o estudo Hype Cycle, da consultoria internacional Gartner, as experiências imersivas são uma das três grandes tendências da tecnologia. Destacamos aqui a área cultural, mas isso também se estende a outros setores, como esportes, viagens a varejo, conforme indica o relatório A Post-Corona World, produzido pela Trend Watching, plataforma global de tendências.

6. Trabalho remoto

O home office já era uma realidade para muita gente, de freelancers e profissionais liberais a funcionários de companhias que já adotavam o modelo. Mas essa modalidade vai crescer ainda mais. Com a pandemia, mais empresas — de diferentes portes — passaram a se organizar para trabalhar com esse modelo. Além disso, o trabalho remoto evita a necessidade de estar em espaços com grande aglomeração, como ônibus e metrôs, especialmente em horários de pico.

7. Morar perto do trabalho

Essa já era uma tendência, e morar no centro de São Paulo se tornou um objeto de desejo para muitas pessoas justamente por conta disso, entre outros motivos. Mas, com o receio de novas ondas de contágio, morar perto do trabalho, a ponto de ir a pé e não usar transporte público, deve se tornar um ativo ainda mais valorizado.

8. Shopstreaming

Com o isolamento social, as lives explodiram, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o shopstreaming é isso. Uma versão Instagram do antigo ShopTime.

Considerado por diferentes futuristas como uma tendência já há alguns anos, agora esse recurso deve ganhar impulso, segundo a Trend Watching. “A recente crise fez o mercado chinês de transmissão ao vivo crescer ainda mais, e esse mix de entretenimento, comunidade e comércio eletrônico aumentará no mundo todo”, diz a consultoria. Fica a dica para os lojistas do Centro de São Paulo!

9. Busca por novos conhecimentos

Num mundo em constante e rápida transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado (além de ser um prazer, né?). Mas a era de incertezas aberta pela pandemia aguçou esse sentimento nas pessoas, que passam, nesse primeiro momento, a ter mais contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas, se divertir e/ou se preparar para o mundo pós-pandemia. Afinal, muitos empregos estão sendo fechados, algumas atividades perdem espaço enquanto outros serviços ganham mercado.

10. Educação a distância

Se a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a educação a distância, cuja expansão vai se acelerar. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena: os mentores virtuais. A Trend Watching aposta que devem surgir novas plataformas ou serviços que conectam mentores e professores a pessoas que querem aprender sobre diferentes assuntos.


Por Clayton Melo é jornalista e analista de tendências e curador cultural em A Vida no Centro | Instagram @claytonmelo | Twitter @clayton_melo




O mundo pós-pandemia


No mundo pós-pandemia, haverá espaço para escritórios não digitais?








10 Tendências para o Mundo Pós-Pandemia


Confira as 10 tendências para o mundo
 pós-pandemia


Consumir por consumir sai de moda, trabalho remoto, atuar mais no coletivo com colegas de empresas, ou vizinhos do bairro. A Covid-19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade.


1. Revisão de crenças e valores

A crise de saúde pública é definida por alguns pesquisadores como um reset, uma espécie de um divisor de águas capaz de provocar mudanças profundas no comportamento das pessoas. “Uma crise como essa pode mudar valores”, diz Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental da Trinity College Dublin, em entrevista ao Newsday.

“As crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja o que for… E isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período —assim como ocorre com as gerações que viveram guerras”.

Já estamos começando a ver esses sinais no Brasil — e no centro de São Paulo, com vários exemplos de pessoas que se unem para ajudar idosos, por exemplo.

Quarentena voluntária : considere essa atitude e salve vidas


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A maior arma que temos agora em mãos é EVITAR O CONTATO SOCIAL !


Ana Macarini

SENSATEZ, de acordo com a definição do dicionário, significa: característica ou particularidade daquele que é sensato; ser humano equilibrado; aquele que age com bom-senso.

Verdade seja dita, sensatez faz parte do conjunto de elementos que anda em falta neste mundo; poderia, por exemplo, entrar na mesma lista do álcool gel e das máscaras descartáveis, tão procuradas nestes tempos estranhos em que, de repente, estamos às voltas com um quase desconhecido chamado coronavírus, ou para usar um termo mais técnico o COVID – 19.

Voltando ao significado das palavras, observemos o efeito de uma outra, uma que anda bem na moda, quando aparece escrita em textos ou ditas em discursos; mas que, na prática mesmo, é tão ou mais difícil de se colocar em prática do que a “sensatez”. A palavrinha famosa atende pelo nome de “EMPATIA”: capacidade de se colocar no lugar do outro.

Em poucas semanas, a comunidade científica ao redor de todo o planeta, vem se debruçando em busca de respostas acerca do COVID-19. As perguntas são incontáveis, e as respostas dependem de recursos, humanos e financeiros; aplicação de conhecimento; compartilhamento desse conhecimento entre médicos, cientistas e todos os profissionais de saúde envolvidos.

Enquanto isso, tivemos um aumento de 121 para 176 casos de coronavírus no Brasil, segundo novo balanço do Ministério da Saúde divulgado na tarde deste domingo, 15 de março, e ainda há 1.961 pacientes com suspeita da doença.

Medidas de prevenção seguem sendo divulgadas, na mídia, nas redes sociais, em cartazes no elevador, nas escolas, em todos os lugares por onde passamos há material de alerta disponível. Lavar as mãos várias vezes ao dia, com água corrente e sabão, por no mínimo 30 segundos; usar álcool gel para higienizá-las, se não houver água e sabão; ao tossir ou espirrar, abrigar o rosto no antebraço; usar lenços descartáveis; evitar contato físico, dar a mão, abraçar e beijar, na hora de cumprimentar o outro; caso esteja resfriado, não entrar em contato com outras pessoas; não buscar atendimento nos hospitais desnecessariamente. Todas essas medidas são bem-vindas e indiscutivelmente necessárias.

Entrando no assunto urgente, importante e grave que nos interessa, falemos de qual é a nossa parte na contenção deste vírus que, rapidamente, tornou-se o assunto mais recorrente em qualquer reunião de seres humanos.

O que podemos efetivamente fazer?

Como devemos nos comportar para proteger as pessoas mais vulneráveis: os idosos (pessoas acima de 60 anos); aqueles que tenham rebaixados seus recursos imunológicos (pacientes submetidos à quimioterapia, radioterapia, pessoas com doenças respiratórias, pessoas que necessitam fazer uso de imunossupressores); gestantes? Qual é a nossa responsabilidade, o nosso nível de sensatez, a nossa capacidade de sermos empáticos?

A maior arma que temos agora em mãos é EVITAR O CONTATO SOCIAL! Shows, peças teatrais e eventos estão sendo cancelados. Festas e reuniões familiares estão sendo adiadas. Viagens, ainda que não dependam de transportes coletivos (aviões, trens, ônibus), estão sendo postergadas.

Paremos, um instantinho. Coloquemos a mão na consciência e encontraremos a resposta. A resposta é FICARMOS EM CASA! Se todas as pessoas tiverem consciência do impacto desse gesto na contenção do COVID-19, quanto antes superaremos essa situação, com o menor número possível de vítimas.

Mas, alguns dirão “E a economia? Vai parar?”; “E os prejuízos?”. A economia certamente será impactada; não há alternativa. Não é uma hipótese. O vírus chegou aqui na nossa porta. Na porta do mundo, é uma PANDEMIA. O que estamos falando é sobre preservar VIDAS! A quarentena voluntária é uma arma poderosa para salvar vidas.

Há questões que são inegociáveis! Nada de boteco ou restaurante! Nada de ir à academia! Nada de clube! Nada de reunião de amigos! Nada de festinha! Nada de cinema! Agora, finalmente é um ótimo momento para darmos uma função positiva à nossa dependência dos telefones celulares! Façamos home office, atendimentos e reuniões por skipe, facetime, e todos os recursos que acabamos usando, mesmo quando estamos na mesa de casa na hora da refeição com a nossa família! Agora sim, estará certo substituir o encontro ao vivo pelo encontro virtual!

As escolas, pelo menos as mais conscientes de seu papel de “organização com fins educativos”, suspenderão as aulas a partir de amanhã (16 de março de 2020). Mas outros alguns dirão “Ué! Mas as crianças não fazem parte do grupo de risco! Pra quê suspender aula!”. Acontece que a criança não volta da escola dentro de uma cápsula, né? Ou volta?! Crianças, inclusive, podem ser portadoras do vírus e não ter nenhum sintoma; assim como muitos adultos. Uma pessoa assintomática, contamina outras pessoas do mesmo jeito, no elevador, no hall do prédio, ao colocar a mão no corrimão, na maçaneta.

O único jeito de reduzir danos e evitar a propagação é reduzir o contato social. Estamos num país de proporções continentais, onde pouquíssimas pessoas têm acesso a planos de saúde, medicamentos vendidos em farmácia e hospitais particulares de elite. A maior parte dos brasileiros depende do SUS para se tratar. E sem contenção de propagação do vírus, não haverá leito para todos que precisarem; não haverá respiradores; não haverá máscaras; não haverá luvas; não haverá médicos, nem enfermeiros!

Não é alarmismo! É bom senso! É responsabilidade, empatia e sensatez! Fazer a nossa parte é muito simples: FIQUEMOS EM CASA TANTO QUANTO NOS SEJA POSSÍVEL! Essa atitude é a nossa arma para salvar vidas.