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O medo de ficar solteiro


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Ter um parceiro é fundamental e até necessário para muitas pessoas. De fato, algumas delas, quando estão solteiras, procuram desesperadamente alguém para sair; e quando estão em um relacionamento, fazem o que for possível para mantê-lo, mesmo que isso as machuque. Parece que, atualmente, o medo de ficar solteiro domina as vidas de uma grande parte da população, levando-os a agir de maneiras muito pouco saudáveis.

Agora, ao contrário do que pode parecer, o fato de não ter um parceiro não é tão grave, já que pode ser uma oportunidade para nos conhecermos melhor e uma fase ou situação da vida muito gratificante. No entanto, por que esse medo de ficar solteiro aparece? O que está por trás do desconforto experimentado por não ter um parceiro? Vamos nos aprofundar.

Por que aparece o medo de ficar solteiro?

Na sociedade em que vivemos, o amor romântico adquiriu uma enorme importância. Para muitos, é sobre o que dá sentido à vida. Nós vemos isso em filmes, músicas e romances: se tudo der errado, você só precisa de um parceiro e todos os seus problemas desaparecerão.

Esta mensagem, apesar de estar errada, também pode ser muito persuasiva. Afinal, é muito mais fácil encontrar um parceiro do que começar a trabalhar para mudar o que não gostamos em nossas vidas. Infelizmente, namorar alguém só nos fará mais felizes se já estivermos bem de antemão. Quer dizer, a felicidade não vem de fora nem é outra pessoa que nos fornece, mas vem de dentro de nós e do relacionamento que temos com nós mesmos.

Assim, as pessoas que se sentem mal consigo mesmas muitas vezes acabam em um relacionamento que não as satisfaz com diferentes tipos de problemas, como em um relacionamento tóxico. Precisamente, um dos principais problemas desse tipo de interação é o medo de ficar solteiro. As pessoas que sofrem desse medo buscam o sentido da vida no amor. Assim, são incapazes de terminar um relacionamento com outra pessoa, ainda que se sintam profundamente infelizes.

Por outro lado, esse desejo de estar sempre em casal é reforçado a nível social. Quando vemos uma pessoa com mais de 30 anos que está solteira (e às vezes até mais jovem), olhamos para ela com desconfiança. “Algo de ruim ela deve ter”, dizemos a nós mesmos. Fazemos isso porque nós não concebemos que alguém possa ser feliz na solidão. No entanto, estudos recentes sobre o assunto mostram que, para estar bem em um relacionamento, primeiro é necessário estar confortável consigo mesmo.

Superando o medo da solidão

Um dos maiores paradoxos da nossa sociedade é que as pessoas solteiras tendem a ser mais felizes do que aquelas que estão em um relacionamento tóxico. Portanto, o objetivo não deveria ser procurar alguém a todo custo. Seria muito mais benéfico se concentrar em construir um bom relacionamento ou aprender a ficar sozinho.

Qualquer um desses dois planos de ação pode ajudar a gerenciar o medo de ficar solteiro. Além disso, tendem a se reforçar mutuamente. De fato, um dos segredos de um bom relacionamento é não precisar do nosso parceiro para sermos felizes. Isso não significa que não queremos estar com ele, mas que estamos conscientes de que poderíamos sobreviver sem a outra pessoa.

Mesmo que isso possa parecer contraintuitivo, manter uma certa independência em um relacionamento geralmente o torna mais forte. No momento em que pensamos precisar da outra pessoa para estarmos bem, começamos a realizar todos os tipos de comportamentos que obscurecem o amor. De fato, a dependência emocional é um dos estados que gera mais obstáculos em um relacionamento.

Como posso aprender a ficar bem sozinho?

É claro, dizer que é necessário aprender a ser independente é muito mais fácil do que conseguir. No entanto, se você prestar atenção às seguintes chaves para ir pouco a pouco as internalizando, o medo de ficar solteiro começará a ser parte do seu passado. Preparado?
  • Melhore sua autoestima. Estar realmente confortável com nós mesmos nos ajuda a não precisar de outras pessoas para nos sentirmos bem. Você é uma edição limitada.
  • Descubra tudo que você tem e, acima de tudo, como você pode continuar crescendo.
  • Lembre-se de que você já foi solteiro antes. Houve alguma época em que você estava sem um parceiro e feliz?
  • Use a visualização negativa. Qual seria a pior coisa que poderia lhe acontecer? Se o medo de terminar com seu parceiro for muito grande, imagine em detalhes o que aconteceria. No começo, isso fará com que você se sinta péssimo; mas se perseverar e pensar em como você ficaria depois de alguns meses, perceberá que nem tudo seria tão terrível.
  • Mantenha uma certa independência em seu relacionamento. Fazer as coisas sozinho e ainda ter um parceiro ajudará você a se sentir mais confiante em sua capacidade de estar bem, mesmo se terminar a relação.
Como você pode ver, o medo de ficar solteiro é muito comum, mas pode ser superado. Agora que você tem essas ferramentas, mãos à obra; em pouco tempo, você perceberá como sua segurança em si mesmo e em seu relacionamento vão melhorar.




 

Por que há mais solteiros do que nunca houve na história?



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Ainda não há cifras exatas a respeito, mas há estudos que podem servir para desenharmos um esboço da nova realidade: há mais solteiros do que nunca, ao menos nas sociedades ocidentais. Segundo as projeções, a partir de pesquisas independentes, 1 de cada 4 adultos maiores de 50 anos nunca se casou. Há alguns locais onde as cifras são ainda mais radicais. Em Nova York, por exemplo, um de cada dois adultos mora sozinho.

Por que isto está acontecendo? Não é fácil saber. O fenômeno é tão inédito que ainda não há conclusões que possam ser consideradas definitivas. Ao contrário, diferentes hipóteses são levantadas para explicar este fato. Há também muitos relatos cotidianos de pessoas que falam das uniões permanentes ou do casamento como algo indesejável, como um fardo que não desejam carregar.

“ Não quero alguém que me diga que tudo sempre ficará bem. Prefiro alguém que me olhe nos olhos e me diga: ‘Está tudo ferrado, mas eu vou ficar aqui ”.   Yoha Navarrete

Ao mesmo tempo, o mal-estar emocional e sentimental cresce no mundo, juntamente com os casos de depressão e os transtornos de diversos tipos. Para os enfoques não biologicistas, ou seja, aqueles que não responsabilizam os genes por tudo, o que está acontecendo no mundo está estreitamente associado com vínculos afetivos frágeis ou disfuncionais. Talvez o fato de que existam mais solteiros do que nunca seja outra peça dessa mesma lógica.

Os solteiros e os solitários

Há muitos solteiros que vivem bem e felizes. São os casos onde a solteirice não implica a solidão, ou aqueles em que a solidão não implica isolamento. Geralmente, são pessoas que escolheram conscientemente não formar um casal. É comum também que tenham outros interesses que preencham suas vidas.

A decisão de permanecer solteiro quase sempre é motivada pelo desejo de concentrar todas as energias em um ou vários projetos, como o trabalho, por exemplo. Estas pessoas têm trabalhos que adoram e não querem passar pelo dilema de dedicar menos tempo à carreira para corresponder adequadamente às expectativas de uma família. Ainda assim, costumam ter um parceiro e uma boa rede de amizades e familiares.

Os solitários, ao contrário, não têm muita certeza quanto à razão pela qual não têm um parceiro estável para conviver. Uma resposta frequente é a de que não encontraram a pessoa certa. Entretanto, também não se sentem totalmente confortáveis vivendo sozinhos. Costumam viver numa rotina constante. É comum que predominem sentimentos de apatia ou tristeza.

Também há outros tipos de solitários. São aquelas pessoas que pulam de uma relação para a outra, sem passar muito tempo em nenhuma. Vivem o “aqui e agora”, numa espécie de adolescência eterna na qual não existe futuro.

Por que hoje há mais solteiros do que nunca?

Os sociólogos têm diversas hipóteses para explicar essa presença significativa de solteiros. Alguns apontam para a existência de um entorno que promove o egocentrismo como nunca aconteceu antes. O indivíduo se tornou o centro de tudo. A preocupação central de muitas pessoas é consigo mesmas. Nesse esquema, não há lugar para mais ninguém. Portanto, prestar atenção aos sentimentos e necessidades de outra pessoa é algo que não lhes interessa.

Além disso, foi levantada a ideia de que estamos passando pelo chamado “paradoxo da escolha”. Consiste no seguinte: antes, o número potencial de pessoas que podíamos conhecer era limitado. A internet tornou possível que esse potencial de vínculos seja virtualmente infinito. Da mesma forma, a quantidade potencial de parceiros é incontável. O que acontece então é que o número excessivo de opções paralisa a capacidade de decidir.

Igualmente, quando uma pessoa se decide por algo, sempre sente que saiu perdendo. E sente isto porque sempre terá outras opções com as quais comparar “sua aquisição”. Há uma tendência humana de lamentar o que não se tem, ao invés de apreciar aquilo que se tem.

A solidão e o casal

Parece que atualmente muitas pessoas esqueceram que um casal é uma construção. Não se forma um casal apenas por sair junto ou por fazer sexo. As conversas, os acordos, os conflitos e as experiências são o que vão tornando um casal aquilo que é.

Portanto, formar um casal demanda esforço. Também exige tolerância, generosidade e paciência. Além disso, evidentemente, renúncias. Isto é exatamente aquilo que alguns solteiros não querem: se esforçar ou acomodar outras necessidades que não sejam as suas em seu mundo emocional.

A solidão não escolhida nunca é uma boa opção. Há estudos que indicam que ela chega inclusive a causar dores físicas. Neste caso, seria necessário pensar se realmente não se encontrou a pessoa certa ou se na verdade a pessoa não se adaptou a formar um casal com outra. Realmente vale a pena se perguntar isso.



Postado em A Mente é Maravilhosa em 09/04/2018