Mostrando postagens com marcador esperança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador esperança. Mostrar todas as postagens

Da calamidade de Bolsonaro à esperança de Lula


Brasil foi submetido ao maior desafio havido em nossa história. Temos esperança de que o novo presidente pode refazer o que foi destruído, avalia Leonardo Boff

Leonardo Boff

Durante os quatro anos da administração do presidente Jair Bolsonaro, o país viveu afetado por todas as pragas do Egito. Das muitas opções possíveis para algum problema, o presidente geralmente escolhia a pior. Psicótico, era apático face às desgraças infligidas ao povo, particularmente aos mais vulneráveis. O auge de seu orgasmo psicótico foi atingido quando proibiu água, vacinas e remédios aos indígenas, tidos por ele como sub-humanos. Por isso, provavelmente, deverá enfrentar um processo de genocídio, já encaminhado pelos próprios indígenas, junto ao Tribunal Penal de Crimes contra a Humanidade em Haia. Foi o presidente mais corrupto de nossa história, não só em termos monetários, mas em termos da corrupção da mente e do coração dos brasileiros para o ódio e o desprezo.

É de todos conhecida a lista das omissões, dos crimes comuns e contra a humanidade, das violações das leis e da Constituição perpetradas por esta figura dia-bolica (que separa contrariamente a sim-bólica que une) de forma continuada e sem qualquer escrúpulo. De passo, cabe reconhecer que, a nossa democracia por ser de baixa intensidade junto com a maioria de suas instituições, não se revelou à altura do desafio antidemocrático e antinacional para enfrentar tais desvarios. Deixemos de lado as atrocidades cometidas por este presidente, cujo nome deve constar no livro dos crimes cometidos contra o seu próprio povo.

A gravidade do desastre produzido em todos os campos é de tal magnitude que talvez somente uma reflexão histórica e sociológica não sejam suficientes para decifrá-lo. Demanda uma indagação filosofante, coisa que tentei em alguns artigos anteriores. Utilizei-me de duas categorias, uma ocidental, a da sombra, e outra oriental a do karma, dialogando entre elas.

Talvez se faça necessária uma pequena referência aos pressupostos teóricos desta leitura: à física quântica e ao pensamento ecológico moderno nos ajudem a entender este sinistro fenômeno.

Sabemos hoje que todos os seres estão inter-retro-conectados, todos estão envolvidos em redes de relações. Cada relação deixa uma marca entre os seres relacionados e assim surge uma história, a cosmogênese. Experiências dramáticas deixam marcas que, não raro, procuramos recalcar, mas que permanecem no inconsciente coletivo. Jung chama a isso de sombra. Algo parecido ocorre com o karma. Cada ação deixa uma marca que provoca uma correspondente reação. Tanto Jung quanto o filósofo japonês Daisaku Ikeda convergem nesta acepção. Em outras palavras, não há apenas a sombra e o karma individual. Elas podem assumir um caráter coletivo presente no substrato e no inconsciente de cada povo.

Voltando ao nosso tema: somos herdeiros de uma tormentosa história de sombras: a do genocídio indígena, a colonização que nos impedia possuir um projeto próprio, a escravidão, a mais grave, que reduziu pessoas humanas a escravos e usados como animais na produção, sombra de nossa república e democracia frágeis que nunca foram includentes, pois a conciliação das classes endinheiradas nunca fizeram um projeto nacional para todos, apenas entre elas com a exclusão das grandes maiorias de negros, pobres, indígenas e outros.

Essas sombras desumanas trabalharam no inconsciente coletivo, provocando quilombos e revoltas, todas elas exterminadas a ferro e fogo para manter as vantagens “de elite do atraso” (Jessé Souza). Elas trabalharam também no inconsciente das minorias endinheiradas, geralmente na forma de medo e insegurança. Ao dar-se conta de que as sombras das classes humilhadas começaram a ganhar força história a ponto de terem eleito um dos seus representantes à presidência, Lula, logo foram por todos os meios rebaixadas, reprimidas, combatidas até lhe cortar o caminho por um golpe civil-militar em 1964 de sob outra forma, repetido em 2016 com o impeachment de Dilma Rousseff. As motivações eram as mesmas: garantir o seu poder e fortunas.

Na pessoa medíocre, sem projeto pessoal nenhum e manipulável estas classes encontraram o representante ideal que precisavam. Elegeram o ex-presidente, sempre sustentado por elas, pois, com sua economia ultraneoliberal, aliada a uma política de extrema-direita, acumularam, apesar da pandemia do Covid-19, como nunca antes na história. Fizeram de tudo para garantir-lhe a reeeleição (figurativamente, fizeram-lhe comprar a arena de futebol, comprar o time, comprar gandulas, comprar o juiz, e ainda assim perderam). Há uma força maior que a maldade arquitetada.

A força kármica (abstraindo as muitas reencarnações) segundo Ikeda impregna com sua sombra a história e as instituições, positiva ou negativamente. Arnold Toynbee que entreve um longo diálogo com Ikeda, prefere outra categoria e não a kármica, ao dizer que a história carrega um próprio peso que são os fracassos e sucesso de um povo. Ele gera também uma sombra no inconsciente coletivo que se projeta nas redes sociais e conforma o destino de um povo.

Voltando ao tema em tela: com o atual governo tivemos que penar sob o peso de nossas muitas sombras sombrias que se expressavam pelo ódio, pela mentira, pelas fake news, pela distorção da realidade. Ganhou corpo na figura sinistra do ex-presidente, cuja megasomba tinha o poder de suscitar e animar a sombra coletiva de um povo já fragilizado. Criou um campo kármico ou forjou o gabinete do ódio e todas as formas de obscenidades políticas e éticas.

O destino quis que essa insensatez, cujo projeto era levar-nos ao mundo do pré-iluminismo, pois esse promovia a escola para todos, os direitos humanos e as liberdades modernas, avanços civilizatórios, que foram sistematicamente negados pelo bolsonarismo.

O Brasil foi submetido ao seu maior desafio havido em nossa história. Foi humilhado internamente e envergonhado externamente. Mas nunca esmoreceu esperança, aquele motor interior, maior que a virtude, que nos faz nunca desistir, que nos sustenta nos enfrentamentos e nos faz levantar quando caídos. Esse princípio-esperança nunca morre porque é ele o vigor secreto de toda vida que recusa morrer e sempre reafirma a força intrínseca da vida, nos força a rasgar caminhos novos e mundos “ainda não experimentados” (Fernando Pessoa). O esperançar de Paulo Freire e a esperança esperante, que nunca desistem, sempre insistem e criam a condições histórica para que a utopia viável se torne realidade. Passamos pela prova.

A magna calamidade de Bolsonaro foi vencida pela esperança esperante de Lula. Temos esperança de que o novo presidente com a equipe de excelência que articulou, pode refazer o que foi destruído e, muito mais, abrir rumos novos, bons para nós e para o mundo, pois, pelo Brasil passará, seguramente, futuro ecológico da vida e da humanidade. 







Vídeo acima gentilmente cedido por Rolando Malvásio.



Podemos enfeitar a alma e o coração do brilho da alegria





Podemos decorar a nossa alma e o nosso coração com a suavidade do benquerer.

Podemos ser esperança, podemos ser fé, podemos nos renovar totalmente nessas festas de fim de ano.

É possível acreditarmos, buscarmos e querermos dias melhores e mais harmoniosos.

É possível ser feliz sem precisar de tantas coisas…

É possível buscar a transformação, a renovação nos corações, desejando o melhor para si e para todos, em comunhão para um mundo melhor.

Podemos colocar em nossa mente – e em nosso coração – sentimentos transformadores e muito benquerer.

Viver, sofrer, esperançar






Viver traz o risco de sofrer. Mas viver também traz esperança, fé e encontros inesquecíveis. Sempre valerá a pena.


Marcel Camargo

Hoje eu escreverei um pouco sobre a dor. Viver traz essa dor, porque a gente não sente sozinho, não depende somente do que é nosso ser feliz. Eu vou além de mim e, quanto mais eu vivo, mais pessoas fazem parte de mim. Minha corrente afetiva se estende além do que eu quero, sinto, pretendo. Eu olho para as vidas que não são minhas e não consigo ser indiferente. E lá tem dor também.

Eu olho para as vidas de quem amo e lá tem dor também. Eu queria ser mais egoísta, mais positivo, daquele tipo que se coloca sempre como prioridade, mas não consigo. Desde criança, eu sou assim, uma pessoa que fica prestando atenção nas dores que não são minhas, porque eu sempre senti demais o mundo, o que se passa, o amor de minha mãe. A intensidade sempre fez parte de minha afetividade, por isso acho que fui uma criança diferente, estranha.

Eu sei exatamente o que me machuca e quais são meus pontos fracos. Infelizmente, outras pessoas também sabem isso sobre mim e, às vezes, resolvem estacionar bem ali nos meus espaços vulneráveis. Porque muitas pessoas não conseguem sentir intensamente, vivem no raso, ao redor de si mesmas e, por isso, não se importam com o estrago que fazem nas vidas alheias. E esse é um de meus maiores medos: a maldade humana.

Li que poucos são os psicopatas que matam, a maioria deles apenas devastam as vidas por onde passam. Isso assusta. Eu não temo mostrar fraqueza ou derramar lágrimas por toda a fragilidade que me define. Isso não deveria ser um problema, mas é. Tem gente que usa contra nós o nosso melhor. Tem gente que inveja nossas conquistas, sem perceber o tanto que lutamos até chegar ali. E eu, lotado de sensibilidade que sou, acabo por me molhar em tempestades que não criei.

Eu já me conscientizei de que sentir a dor que não dói em mim pode ser doloroso demais. Mas assim sou e sempre serei. E é por essa razão que alguns dias doem bem fundo. Tem saudade, rompimento, tem perda, arrependimento. Tem tombo. É o preço que pagamos por sentir, por doar, por acreditar, por amar. Viver traz o risco de sofrer. Mas viver também traz esperança, fé e encontros inesquecíveis. Sempre valerá a pena.











Viver, sofrer, esperançar






Viver traz o risco de sofrer. Mas viver também traz esperança, fé e encontros inesquecíveis. Sempre valerá a pena.


Marcel Camargo

Hoje eu escreverei um pouco sobre a dor. Viver traz essa dor, porque a gente não sente sozinho, não depende somente do que é nosso ser feliz. Eu vou além de mim e, quanto mais eu vivo, mais pessoas fazem parte de mim. Minha corrente afetiva se estende além do que eu quero, sinto, pretendo. Eu olho para as vidas que não são minhas e não consigo ser indiferente. E lá tem dor também.

Eu olho para as vidas de quem amo e lá tem dor também. Eu queria ser mais egoísta, mais positivo, daquele tipo que se coloca sempre como prioridade, mas não consigo. Desde criança, eu sou assim, uma pessoa que fica prestando atenção nas dores que não são minhas, porque eu sempre senti demais o mundo, o que se passa, o amor de minha mãe. A intensidade sempre fez parte de minha afetividade, por isso acho que fui uma criança diferente, estranha.

Eu sei exatamente o que me machuca e quais são meus pontos fracos. Infelizmente, outras pessoas também sabem isso sobre mim e, às vezes, resolvem estacionar bem ali nos meus espaços vulneráveis. Porque muitas pessoas não conseguem sentir intensamente, vivem no raso, ao redor de si mesmas e, por isso, não se importam com o estrago que fazem nas vidas alheias. E esse é um de meus maiores medos: a maldade humana.

Esperança . . .

 















Esperança . . .

 















Em momentos difíceis como os atuais, abrace a esperança . . .



Todo o céu da esperança acalenta o coração com o azul da paz. Sim, estamos todos a caminhar por momentos difíceis, há alguns meses tudo mudou, sonhos provisoriamente defeitos, outros adiados, outros exterminados…. Vidas que se foram, dor que nos corações ficou, fomos impostos de repente a uma forma diferente de caminhar, e inevitavelmente o desespero acabou por tomar conta de alguns corações. Como somos seres de emoções, uns sentiram mais, outros menos, uns valorizaram mais as circunstâncias e os sofrimentos, outros menos. Uns estão mais serenos, mais tranquilos a fazerem a sua parte, outros menos. Sim, é na diferença que habita a singularidade humana. E cada uma de nossas emoções, no grande laboratório de emoções humanas que é a vida, é o que determina como vamos sentir e como vamos reagir diante de tudo o que está a acontecer. 

E a sugestão que dou a todos é que tente preencher o coração de esperança, de crença positiva, de fé, de certeza de que tudo, tudo a seu tempo reorganizar-se-á. Por que se assim fazermos, se assim seguirmos, inevitavelmente seguimos com uma força que resplandece da alma e capacita-nos a agir rumo a construção. Evitando que a dor dos acontecimentos, o medo do que possa acontecer no futuro limite os nossos passos, ou paralise-os ao ponto de impedir nossa caminhada rumo às nossas aspirações.

A esperança vencerá e o esgoto que se prepare




"O engano dos que pensam que a história está consumada é achar que os oprimidos não se levantam. É desacreditar da capacidade de resistência dos que sofrem", escreve o advogado Marcelo Uchôa


Marcelo Uchôa

A esperança nunca morre. Pode dormitar, mas morrer não morre. Os últimos anos têm sido de catástrofes. Trilhões gerados por especulação, riqueza abjeta que caminha a quilômetros de distância do desenvolvimento econômico e da inclusão social. A pandemia que apareceu de supetão para lembrar à humanidade que se ela não mudar, será extinta. Totalitarismos voltando à tona num mundo cada vez mais cambaleante e órfão de exemplos de amor e generosidade.

No Brasil, o caos completo. Um imoral com faixa de presidente pensando que tudo pode, inclusive tripudiar da dor e do sofrimento de seu povo que voltou a passar fome e ser humilhado como esmoleu na aridez do sertão e nas esquinas sujas e infernizantes das grandes cidades.

Mas a esperança nunca morre. Pode dormitar, mas morrer não morre. O engano dos que pensam que a história está consumada é achar que os oprimidos não se levantam. É desacreditar da capacidade de resistência dos que sofrem. Os infames chegaram ao poder, mas quem disse que levaram junto a obstinação de quem quer viver num mundo fraterno e digno para a maioria das pessoas?

Falta pouco para a malandragem sucumbir. Instituições se movimentam, massas se organizam, de Norte a Sul uma indignação que nem que se tente muito será aplacada com promessas oportunistas, bravatas, ameaças que sejam, chavões para meia dúzia de toscos desmiolados.

O final do enredo é impossível prever. Sócrates, Kant, Hegel, se vivos fossem, não enxergariam saídas para os problemas da humanidade. No Brasil, porém, o cenário parece estar mais claro. Do presidente da República ao presidente do Flamengo voltarão todos para as fossas de onde saíram. A esperança vencerá e o esgoto que se prepare.


Marcelo Uchôa   Advogado e professor de Direito






A esperança vencerá e o esgoto que se prepare




"O engano dos que pensam que a história está consumada é achar que os oprimidos não se levantam. É desacreditar da capacidade de resistência dos que sofrem", escreve o advogado Marcelo Uchôa


Marcelo Uchôa

A esperança nunca morre. Pode dormitar, mas morrer não morre. Os últimos anos têm sido de catástrofes. Trilhões gerados por especulação, riqueza abjeta que caminha a quilômetros de distância do desenvolvimento econômico e da inclusão social. A pandemia que apareceu de supetão para lembrar à humanidade que se ela não mudar, será extinta. Totalitarismos voltando à tona num mundo cada vez mais cambaleante e órfão de exemplos de amor e generosidade.

No Brasil, o caos completo. Um imoral com faixa de presidente pensando que tudo pode, inclusive tripudiar da dor e do sofrimento de seu povo que voltou a passar fome e ser humilhado como esmoleu na aridez do sertão e nas esquinas sujas e infernizantes das grandes cidades.

Só lhe desejo uma esperança grande




Patricia Tavares

Só lhe desejo uma esperança grande, a fé infinita; para depois de qualquer queda ou decepção, levantar-se e seguir mais forte e mais potente que antes.

Só lhe desejo um sorriso largo e farto, cheio de amor, de afeto na vida, em si e nas pessoas.

Desejo imensa vitalidade, não somente a do corpo, mas a vitalidade da paixão e encantamento pelas experiências da vida, por descobrir novos mares, por conhecer outras pessoas e por novos acontecimentos que surgem o tempo todo na vida. Que possua a motivação e o entusiasmo da criança, que começa a descobrir as primeiras coisas da vida, as primeiras sensações.

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?



Às vezes, mesmo tendo atingido o limite das nossas forças, nutrimos esperança e motivação para seguir em frente. De onde vem esse empenho, essa força vital? Vamos analisar.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses chamaram de “bura-bura" ou doença do abandono o fenômeno pelo qual alguns prisioneiros eram deixados em estado de letargia até se permitirem morrer. Agora, de onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver? Por que existem pessoas que perdem o ânimo, o desejo e até o instinto de sobrevivência?

Este tópico interessa especialistas e leigos há décadas. Nick Moloney, um dos marinheiros mais famosos do mundo, ressalta que se trata de uma inflexão mental: morrer é fácil, viver é o mais difícil. Ele próprio se viu em situações extremas, aquelas em que a dor era tão intensa que a falta de adrenalina o impedia de continuar navegando.

Uma vez ele ficou preso, ferido e à deriva. Foi então que perdeu completamente a vontade de viver. Esse é o pior cenário psicológico em que uma pessoa pode cair, porque então a esperança desaparece e a pessoa para de lutar. Nesses momentos, o ser humano é obrigado a fazer um último esforço, aquele que vai além do físico e exige o emocional…

Em que consiste este último? Como despertar a motivação quando estamos em situações extremas?

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?

Um dos maiores especialistas em resistência psicológica e sobrevivência foi o Dr. Al Siebert, da Universidade de Michigan. Um dos seus livros mais conhecidos sobre o assunto foi The Survivor Personality: Why Some People are Stronger, Smarter, and More Skillful at Handling Life’s Difficulties. Nesta obra, ele nos apresenta inúmeros exemplos de sobrevivência e também de perdas.

Um dos mais marcantes foi o caso de um avião militar canadense com 18 pessoas que caiu bem próximo a uma base canadense do Ártico. Treze deles sobreviveram, conseguindo por conta própria avançar e caminhar por 4 dias até a base militar. Dos restantes, três morreram no local e dois deles, sem ferimentos, acabaram morrendo de frio. Este último fato foi altamente desconcertante para todos.

Como explicou o Dr. Al Siebert, naquela área, apesar do clima severo, a comunidade nativa vive normalmente e as crianças são criadas felizes. Eles eram militares, estavam equipados e tinham os restos do avião para se proteger do frio. No entanto, como os sobreviventes contaram, dois dos seus companheiros optaram por ficar porque eles haviam desistido.

Al Siebert chamou de morte psicogênica aquele fenômeno pelo qual o ser humano se rende e se deixa morrer. Este é um fato que parece ser mais comum do que pensamos. Isso levanta uma questão óbvia e necessária para nós: de onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?

A dopamina não é tudo

Algo que sempre é dado como certo na neurociência é que a dopamina e o núcleo accumbens são o centro do prazer e da motivação. Este neurotransmissor é o que impulsiona os comportamentos que produzem bem-estar, como comer, socializar, se divertir, fazer sexo, etc. A sobrevivência também é impulsionada por este elemento.

No entanto, estudos como o realizado no departamento de neurociências da Universidade de Colônia (Alemanha) indicam algo importante. Foi constatado em modelos animais (camundongos) que, embora seus níveis de dopamina estejam reduzidos, eles continuam apresentando comportamentos motivacionais que garantem a sua sobrevivência.

Além disso, também sabemos que as pessoas que sofrem de Parkinson (e que têm falta de dopamina no cérebro devido à sua doença) não perdem o interesse em comer, socializar ou praticar aqueles comportamentos que, no final, também garantem a sua sobrevivência. Isso nos mostra que há algo mais do que o aspecto neuroquímico.

Hábitos, propósitos e uma vida social ativa para manter a vontade de viver

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver? Até pouco tempo atrás pensávamos que tudo dependia desse universo neurológico, da dopamina, da serotonina, das endorfinas. Bom, há algo importante que devemos entender. O cérebro não secreta essas substâncias químicas apenas “porque sim". Elas aparecem na corrente sanguínea porque algo as favorece.

A sobrevivência requer esforços e motivos

Voltemos ao caso dos militares do Ártico canadense. Essas 13 pessoas que foram salvas tinham esperança. Eles sabiam que pedir ajuda era melhor do que ficar parado e desistir. O simples fato de ter um propósito promove a liberação desses neurotransmissores. O marinheiro, ferido e perdido à deriva, tinha pouca força ou motivação para continuar conduzindo seu barco.

Mesmo assim, ele fez isso porque se lembrou da sua família, das pessoas que o amavam. Lembrar das nossas razões para viver acende a motivação para permanecer vivo e lutar pela existência. Os hábitos e os costumes também são importantes. Ninguém tem vontade (motivação) de se levantar às 6 da manhã para praticar esportes. No entanto, ser exigente com a nossa rotina nos permite continuar a desenvolver hábitos saudáveis.

Por último, mas não menos importante, se nos perguntarmos de onde o cérebro tira a sua motivação, há um aspecto que devemos ter em mente. Como bem assinalamos, a motivação precisa de “motivos” para ser acionada, e algo assim nos é oferecido pela vida ativa, pelo convívio social, pelos bons relacionamentos… O desejo de viver não vem de fábrica; devemos encontrá-lo diariamente estabelecendo metas, desfrutando do que nos rodeia e alimentando a esperança.








De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?



Às vezes, mesmo tendo atingido o limite das nossas forças, nutrimos esperança e motivação para seguir em frente. De onde vem esse empenho, essa força vital? Vamos analisar.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses chamaram de “bura-bura" ou doença do abandono o fenômeno pelo qual alguns prisioneiros eram deixados em estado de letargia até se permitirem morrer. Agora, de onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver? Por que existem pessoas que perdem o ânimo, o desejo e até o instinto de sobrevivência?

Este tópico interessa especialistas e leigos há décadas. Nick Moloney, um dos marinheiros mais famosos do mundo, ressalta que se trata de uma inflexão mental: morrer é fácil, viver é o mais difícil. Ele próprio se viu em situações extremas, aquelas em que a dor era tão intensa que a falta de adrenalina o impedia de continuar navegando.

Uma vez ele ficou preso, ferido e à deriva. Foi então que perdeu completamente a vontade de viver. Esse é o pior cenário psicológico em que uma pessoa pode cair, porque então a esperança desaparece e a pessoa para de lutar. Nesses momentos, o ser humano é obrigado a fazer um último esforço, aquele que vai além do físico e exige o emocional…

Em que consiste este último? Como despertar a motivação quando estamos em situações extremas?

De onde o cérebro obtém sua motivação e vontade de viver?

Um dos maiores especialistas em resistência psicológica e sobrevivência foi o Dr. Al Siebert, da Universidade de Michigan. Um dos seus livros mais conhecidos sobre o assunto foi The Survivor Personality: Why Some People are Stronger, Smarter, and More Skillful at Handling Life’s Difficulties. Nesta obra, ele nos apresenta inúmeros exemplos de sobrevivência e também de perdas.

Onde está a minha esperança ?


 



Isaias Costa


"Se eu souber onde mora a minha esperança, terei razões para viver e razões para morrer. E a vida ficará bela mesmo no meio das lutas.

Sei muito bem onde minha esperança não está. Não está também nas elites, sejam ricos ou doutores, intelectuais ou empresários. Não está em partido político algum, de direita ou de esquerda. E nem nos poderes legislativo, executivo, ou judiciário. Também não está nas igrejas nem nos movimentos religiosos.

Não coloco minha esperança em coisa alguma que seja definida por categorias sociais. Olho para todas elas com profundo desinteresse. Jamais comprometeria a minha vida com qualquer delas.

Onde está a minha esperança? A minha esperança está numa multidão de indivíduos, independentemente do seu lugar social ou econômico, que vivem possuídos pelo sonho da vida, da beleza e da bondade. A esperança de Camus estava no mesmo lugar que a minha:

Já se disse que as grandes ideias vêm ao mundo mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvirmos com atenção, escutaremos, em meio ao estrépito de impérios, e nações, um discreto bater de asas, o suave acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que a tal esperança jaz numa nação; outros, num homem. Eu creio, ao contrário, que ela é despertada, revivificada, alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujos atos e trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as implicações mais cruas da história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre ameaçada de cada e todo homem, sobre a base de seus próprios sofrimentos e alegrias, constrói para todos”.

Rubem Alves – do livro  “ Pimentas ”
**********

Essas lindas palavras do grande Rubem Alves nunca foram tão atuais. Estava relendo esse texto e ele me remexeu por dentro, porque o Brasil nesse momento está vivendo o pico do pico da pandemia do coronavírus, com a média de mortes diárias entre 2000 a 3000 pessoas. 

Ver esse verdadeiro massacre tem deixado milhões de pessoas desesperançadas. Eu quero nesse breve texto me unir a você num movimento de resgate da esperança !

Eu concordo 100% com o Rubem Alves. Esperar que as coisas melhorem a partir do governo, dos partidos políticos ou das igrejas é no mínimo de uma ingenuidade que beira o ridículo! Não meus amigos! A melhora da sociedade e a travessia dessa crise gigantesca do coronavírus se dará através do movimento de cada um de nós como INDIVÍDUOS.

Nesse momento, assim como tem havido milhares e milhares de mortes, também está acontecendo um movimento lindo de ajuda às comunidades carentes através de ONGs e campanhas nas redes sociais. 

Há centenas e centenas de cursos incríveis sendo ofertados gratuitamente para as grandes massas. Há milhares e milhares de pessoas fazendo Lives no Instagram e compartilhando conhecimentos preciosos das mais diversas áreas do conhecimento.

Há inúmeras pessoas gravando podcasts ou escrevendo textos em blogs promovendo ampliação de conhecimentos e consciência (é o que eu venho fazendo com bastante afinco!) e milhares de outras obras magníficas que são desenvolvidas silenciosamente, sem alarde, sem holofotes, sem glamour.

É nessa esperança que eu me firmo todos os dias e quero estimulá-lo a se firmar também. Juntos nessa energia somos mais fortes e podemos ir muito mais longe. Fé em Deus, fé na vida, fé na humanidade…

Quero concluir convidando você a ouvir também um breve podcast que gravei no mesmo dia da escrita desse texto e publiquei no meu canal do Soundcloud e do Spotify. Nele ampliei essas reflexões e também compartilhei uma linda música da banda “Aliados” chamada “Esperança”. Certamente você vai gostar bastante de ouvir! Segue o link abaixo…



Postado em Para Além do Agora


Onde está a minha esperança ?


 



Isaias Costa


"Se eu souber onde mora a minha esperança, terei razões para viver e razões para morrer. E a vida ficará bela mesmo no meio das lutas.

Sei muito bem onde minha esperança não está. Não está também nas elites, sejam ricos ou doutores, intelectuais ou empresários. Não está em partido político algum, de direita ou de esquerda. E nem nos poderes legislativo, executivo, ou judiciário. Também não está nas igrejas nem nos movimentos religiosos.

Não coloco minha esperança em coisa alguma que seja definida por categorias sociais. Olho para todas elas com profundo desinteresse. Jamais comprometeria a minha vida com qualquer delas.

Onde está a minha esperança? A minha esperança está numa multidão de indivíduos, independentemente do seu lugar social ou econômico, que vivem possuídos pelo sonho da vida, da beleza e da bondade. A esperança de Camus estava no mesmo lugar que a minha:

Já se disse que as grandes ideias vêm ao mundo mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvirmos com atenção, escutaremos, em meio ao estrépito de impérios, e nações, um discreto bater de asas, o suave acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que a tal esperança jaz numa nação; outros, num homem. Eu creio, ao contrário, que ela é despertada, revivificada, alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujos atos e trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as implicações mais cruas da história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre ameaçada de cada e todo homem, sobre a base de seus próprios sofrimentos e alegrias, constrói para todos”.

Rubem Alves – do livro  “ Pimentas ”
**********

Essas lindas palavras do grande Rubem Alves nunca foram tão atuais. Estava relendo esse texto e ele me remexeu por dentro, porque o Brasil nesse momento está vivendo o pico do pico da pandemia do coronavírus, com a média de mortes diárias entre 2000 a 3000 pessoas. 

Ver esse verdadeiro massacre tem deixado milhões de pessoas desesperançadas. Eu quero nesse breve texto me unir a você num movimento de resgate da esperança !

Eu concordo 100% com o Rubem Alves. Esperar que as coisas melhorem a partir do governo, dos partidos políticos ou das igrejas é no mínimo de uma ingenuidade que beira o ridículo! Não meus amigos! A melhora da sociedade e a travessia dessa crise gigantesca do coronavírus se dará através do movimento de cada um de nós como INDIVÍDUOS.

Nesse momento, assim como tem havido milhares e milhares de mortes, também está acontecendo um movimento lindo de ajuda às comunidades carentes através de ONGs e campanhas nas redes sociais. 

Há centenas e centenas de cursos incríveis sendo ofertados gratuitamente para as grandes massas. Há milhares e milhares de pessoas fazendo Lives no Instagram e compartilhando conhecimentos preciosos das mais diversas áreas do conhecimento.

Há inúmeras pessoas gravando podcasts ou escrevendo textos em blogs promovendo ampliação de conhecimentos e consciência (é o que eu venho fazendo com bastante afinco!) e milhares de outras obras magníficas que são desenvolvidas silenciosamente, sem alarde, sem holofotes, sem glamour.

É nessa esperança que eu me firmo todos os dias e quero estimulá-lo a se firmar também. Juntos nessa energia somos mais fortes e podemos ir muito mais longe. Fé em Deus, fé na vida, fé na humanidade…

Quero concluir convidando você a ouvir também um breve podcast que gravei no mesmo dia da escrita desse texto e publiquei no meu canal do Soundcloud e do Spotify. Nele ampliei essas reflexões e também compartilhei uma linda música da banda “Aliados” chamada “Esperança”. Certamente você vai gostar bastante de ouvir! Segue o link abaixo…



Postado em Para Além do Agora


Esperança . . .

 





Esperança . . .

 





A miséria humana de um reality show em meio a um genocídio




Gustavo Conde

Um tanto chocado com as pessoas supostamente 'progressistas' assistindo o BBB.

É uma solidão muito grande.

Assistir sociologicamente é uma coisa. Fazer isso com o Jornal Nacional, por exemplo, me parece digno. Mas torcer publicamente por um reality show subdesenvolvido? Elogiar? Sofrer?

É um mico muito grande, me desculpem os que assistem.

Alguns, a gente entende.

Por exemplo, Felipe Neto. É muito contrato de publicidade. É muita grana envolvida. E é um ganha-ganha danado. Neto promove o programa e atiça as redes com engajamento (que a Globo não tem) e a Globo devolve a Neto o tráfego digital conquistado com o milionário marketing do programa.

"Jornalistas-subestrelas-de-redes" que transitam no meio-fio da história também oferecem sua cota de colaboração para o sucesso financeiro do produto global. Pablo Vilaça, Leandro Demori e mais uns tantos parecem viver para o BBB. Torcem, se emocionam, gritam, se animam, comemoram.

Enquanto isso, mais 4 mil pessoas morrem no país.

"Ah, mas que chatice ficar pegando no pé dessas pessoas legais!"

Eu não vivo num concurso de beleza, caras-pálidas. Tenho até medo de agradar - porque se eu "agradar", num país como esse, é porque alguma coisa estará errada comigo.

Para completar a miséria do momento, o engajamento anônimo pelo BBB invade as raias do constrangimento cognitivo.

O usuário de rede vai lá e comenta sobre o programa como se fosse uma subcelebridade do subjornalismo digital. É como tentar participar de uma festa para a qual você nunca foi e nunca será convidado.

"Fulano foi eliminado, yes!". "Que aula de cidadania do Leifert!". "Fulana vai ganhar um milhão, viva!"

É uma incomensurabilidade de clichês.

E para quê tudo isso, do ponto de vista psiquiátrico - com todo o respeito? Para se obter um sentimento de "pertença", para se sentir importante comentando uma coisa que todo mundo comenta porque todo mundo comenta.

Comentar BBB nas redes sociais é o processo cognitivo mais degradante e asqueroso que a tristeza e o azar do testemunho trágico podem oferecer neste momento. É pior que ser bolsonarista.

"Ah, mas você está comentando".

Sim, eu desci ao esgoto para manifestar minha repulsa a esse teatro dos horrores e a toda engrenagem que o permite subsistir.

O programa fetichiza (não "denuncia") todas as chagas contemporâneas da desumanização aplicada: racismo, homofobia, misoginia, machismo e todas as demais fobias trágicas de um tempo trágico.

O BBB é a expressão máxima do bolsonarismo. É um dos vetores midiáticos que permitiu a ascensão de Bolsonaro. É a matriz do cancelamento, a fonte da breguice, a arena das bestialidades, do ódio, da dissimulação.

Muito intelectual nesse país vibra com o BBB - eis a chave para entender porque temos duas cepas de intelectuais: uns que produzem a melhor ciência e a melhor crítica do mundo (pergunte se Miguel Nicolelis assiste ao BBB) e outros que são pura fachada (em geral, os colunistas da Folha, que participam de um clube privê de publicações e favores).

O Brasil já está massacrado demais por essa elite branca da Rede Globo e por esse governo catastrófico de Bolsonaro. O estrago cognitivo que já é imenso, com o BBB ganha ares de dramaticidade tenebrosa.

Seria demais pedir que as pessoas verdadeiramente progressistas largassem um pouco a Globo e olhassem mais para o próprio umbigo e para o próprio país?

Enfim, pedir não custa nada.




Nota

O querido Gustavo Conde, apenas, externou toda a indignação e revolta que, também, nós estamos sentindo com as 340 mil vidas perdidas e a volta da fome, consequências diretas do governo Bolsonaro. A globo e programas como o bbb levam à desinformação, à alienação e às fake news, que resultaram na eleição desta " pessoa " que é presidente do país. ( Rosa Maria - editora do blog )






A miséria humana de um reality show em meio a um genocídio




Gustavo Conde

Um tanto chocado com as pessoas supostamente 'progressistas' assistindo o BBB.

É uma solidão muito grande.

Assistir sociologicamente é uma coisa. Fazer isso com o Jornal Nacional, por exemplo, me parece digno. Mas torcer publicamente por um reality show subdesenvolvido? Elogiar? Sofrer?

É um mico muito grande, me desculpem os que assistem.

Alguns, a gente entende.

Por exemplo, Felipe Neto. É muito contrato de publicidade. É muita grana envolvida. E é um ganha-ganha danado. Neto promove o programa e atiça as redes com engajamento (que a Globo não tem) e a Globo devolve a Neto o tráfego digital conquistado com o milionário marketing do programa.

"Jornalistas-subestrelas-de-redes" que transitam no meio-fio da história também oferecem sua cota de colaboração para o sucesso financeiro do produto global. Pablo Vilaça, Leandro Demori e mais uns tantos parecem viver para o BBB. Torcem, se emocionam, gritam, se animam, comemoram.

Enquanto isso, mais 4 mil pessoas morrem no país.

O poder da esperança




Maria Cristina Tanajura

Para iluminar a sombra reinante, em tempo de mudanças em todos os aspectos da vida neste planeta, existem faróis que a iluminam e que por isso precisam ser mantidos com extremo cuidado por cada um de nós. A fé e a esperança rasgam a escuridão com jatos luminosos de uma força incomensurável.

A fé nos assegura que tudo passa e que a dinâmica da vida é a constante mudança. Se estudarmos a história da humanidade perceberemos o quanto já melhoramos, mesmo que ainda nos falte muito para que cheguemos onde é preciso para vivermos realmente em paz. 

Nossa consciência nos fala de nossa origem e de nosso destino como seres cósmicos que têm uma vivência eterna e que por isso precisa ser cuidada, pois não vai ter um fim e será sempre da maneira que a tivermos construído ao longo dos caminhos. 

Independente da crença que cada um de nós professe, temos sempre uma noção de como fomos criados e da existência de um Ser Superior responsável por toda a maravilhosa harmonia do Universo infinito. Precisamos colocar o nosso contato com esta energia criadora e mantenedora da vida como prioritário em nossos dias, para que nos alimentemos sempre de uma energia vivificadora e pura que nos impedirá de viver em contato muito contínuo com as sombras. Não apenas com as que nos cercam, neste planeta de expiações e provas, mas também com as que ainda perduram em nós, seres em evolução, viajantes no Tempo.

Temos conhecimento de seres humanos que nasceram com muitos impedimentos físicos e que, mesmo assim, com a força da própria essência, de Deus em suas vidas, conseguem superar esses bloqueios, tornando-se verdadeiros farois a iluminarem o nosso caminhar.

A esperança é uma luz infinitamente poderosa e é preciso que não permitamos que a vida de hoje, recheada de notícias tristes e apavorantes a destrua. Sem fé e esperança fica muito difícil conseguir vencer os percalços e decepções que nos alcançam a todo instante.

Saber agradecer por tudo que conseguirmos ser e pelas bênçãos de um céu iluminado, pela beleza das flores, das paisagens deste planeta, pelos amigos que encontramos e que nos ajudam é imprescindível, também. Se fizermos da gratidão um hábito diário, perceberemos tudo de bom e belo que sempre está a nos acontecer.

Caminhando e agradecendo cada instante em que formos agraciados com a saúde, com momentos de paz, com a condição de mantermos o nosso corpo físico nutrido e cuidado, iluminaremos nossas vidas e de alguma forma, a de todos com que entrarmos em contato.

Tudo o que não conquistamos ainda, um dia será nosso, se o merecermos. Importa ser feliz com o que possuímos, tendo esperança num amanhã mais próximo dos nossos sonhos.

Não existe ninguém que tenha tudo que gostaria, que já seja como queria ser. Temos um tempo eterno pela frente para irmos avançando, agradecendo, caindo, recomeçando.

Esperança tem a ver com uma espera. Mas, pra quem tem fé, resta a certeza de que esta nunca será em vão...

Iremos conquistando a nós mesmos, nos autoconhecendo, tendo a humildade de reconhecer os nossos limites e assim galgaremos degraus, a pouco e pouco, em direção à tão sonhada paz que todos merecemos ter, cada dia em maior proporção e intensidade.

Que, no meio deste nevoeiro causado por notícias tão decepcionantes, possamos ser uma luz, mesmo pequenina, pois assim estaremos ajudando toda a Terra a ir se melhorando.

Bom atentar sempre para o fato de que podemos deixar de ouvir o que não nos ajuda em nada, escolher com quem passar nossas horas, que livros ler, que filmes assistir.

Temos uma grande missão junto a cada um de nós. A de nos ajudarmos, de nos amarmos, de nos perdoarmos também, para que dessa forma possamos fazer o mesmo com o outro que se aproximar de nosso caminho!

NÃO PODEMOS PERDER A ESPERANÇA, ou estaremos nos deixando vencer, pois encarnamos para melhorar, para crescer.









O poder da esperança




Maria Cristina Tanajura

Para iluminar a sombra reinante, em tempo de mudanças em todos os aspectos da vida neste planeta, existem faróis que a iluminam e que por isso precisam ser mantidos com extremo cuidado por cada um de nós. A fé e a esperança rasgam a escuridão com jatos luminosos de uma força incomensurável.

A fé nos assegura que tudo passa e que a dinâmica da vida é a constante mudança. Se estudarmos a história da humanidade perceberemos o quanto já melhoramos, mesmo que ainda nos falte muito para que cheguemos onde é preciso para vivermos realmente em paz. 

Nossa consciência nos fala de nossa origem e de nosso destino como seres cósmicos que têm uma vivência eterna e que por isso precisa ser cuidada, pois não vai ter um fim e será sempre da maneira que a tivermos construído ao longo dos caminhos.