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Istoé defende o assassinato de Lula






Miguel do Rosário

Caso tenham preguiça, ou falta de tempo, para ler o texto abaixo, assistam pelo menos o vídeo:





Queridas historiadoras do futuro, continuo com grandes esperanças em vocês.


Espero que, um dia, vocês possam ler estes posts e eles lhes sirvam ao menos como registro das coisas que aconteciam no Brasil em nossa época.

No dia 10 de novembro de 2017, uma das principais revistas brasileiras, a Istoé, publicou uma coluna em que se pede, sem meias palavras, a morte da principal liderança popular do país, o homem que aparece à frente, com quase 40% das intenções de voto, em todas as pesquisas.

Naturalmente, é um crime. Espera-se que o Ministério Público Federal, além de nossas polícias, tão pressurosos em investigar a morte do velho cão da presidenta Dilma, se interessem em punir esse crime sórdido contra a paz e a segurança do nosso país.

A razão alegada pelo colunista da Istoé para dizer que “Lula precisa morrer” é a mais sórdida do mundo. Lula tem de morrer exatamente por causa do carinho e respeito que milhões de brasileiros, inclusive este blogueiro, insistem em lhe dedicar.

Ou seja, se a gente respeita o presidente Lula, então é justamente por isso que ele deve morrer.

A Istoé deixa bem claro que nós, os brasileiros que pretendemos votar em Lula, não merecemos nenhum respeito.

Nossa liderança política deve morrer.

É um crime hediondo e uma declaração de guerra civil.

Para vocês, historiadores, entenderem o contexto político e midiático desta barbaridade, eu fiz uma pequena crônica sobre a Istoé.

Em dezembro de 2016, a revista organizou um evento para homenagear personalidades que ela considerava os “brasileiros do ano”.

Como primeiro homenageado, vinha Michel Temer, cujo discurso de agradecimento terminou com essas belas palavras:

“Vamos alcançar o crescimento e o pleno emprego. O prêmio serve de mobilizador e motivador para que nós salvemos o País”.

O segundo homenageado foi Sergio Moro, que usou seu discurso para fazer um agradecimento especial ao Supremo Tribunal Federal:

Moro também destacou o trabalho do Judiciário e elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal. “Recebo este prêmio não como um reconhecimento pessoal, mas como o reconhecimento de um trabalho institucional, que envolve a primeira instância, as cortes de apelação, o Superior Tribunal de Justiça e o STF. O cidadão pode confiar na Justiça brasileira essa confiança é essencial. Recebo este prêmio muito humildemente”.

Na matéria sobre o evento, a revista não poupa elogios ao juiz:

Ovacionado pela plateia, o juiz federal Sergio Moro recebeu prêmio na categoria Justiça (…)

Seu trabalho tem lhe rendido o título de ‘herói brasileiro’, que ele rejeita, mas que beira à celebridade, sendo aplaudido aonde vai, seja no mercado, no restaurante ou no cinema.

Apesar dos apelos da população, o juiz não pretende entrar na carreira política (…)

Outros homenageados daquela noite: os atores Grassi Massafera e Antonio Fagundes, e o autor de novelas Benedito Ruy Barbosa, todos da Globo.

Além de Michel Temer, dois outros políticos receberam prêmios de “brasileiros do ano”: o então prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o recém-eleito João Dória.

A disposição dos convidados para as imagens principais da cerimônia tinha sido meticulosamente calculada. O presidente Michel Temer ficaria em primeiro plano, ao lado do governador Geraldo Alckmin. Logo atrás, o público poderia ver Aécio Neves e Sergio Moro. Os dois últimos não resistiram à atração mútua e trocaram afagos e sorrisos que iriam provocar bastante polêmica nos dias seguintes.

Em reportagens anteriores, o Cafezinho já identificou que a Editora Três, que publica a Istoé, foi umas das que registrou aumentos mais espetaculares no recebimento de verbas de publicidade federal.

Mas isso não vem ao caso.

A revista conseguiu reunir, naquelas imagens, a nata do golpe.

Pedro Parente, presidente da Petrobrás, Flavio Rocha, dono da Riachuelo, e Aécio Neves, proprietário do aeroporto de Claudio, também foram “premiados”, ou pelo menos aparecem, em vídeo, recebendo algum tipo de homenagem.

A revista divulgou um vídeo do evento com um pouco mais de 2 minutos, do qual eu recortei as melhores partes: o discurso de Moro e Temer, que você pode assistir abaixo (é apenas 1 minuto, assista, é muito instrutivo):

****

Eu separei também algumas fotos do evento que achei mais interessantes. Gostei especialmente da sequência de apertos de mão entre Sergio Moro e alguns políticos, como Serra, Meirelles, Alckmin e Kassab:



***



Quase um ano e alguns milhões de desempregados depois, as coisas mudaram um pouco. Sergio Moro hoje é rejeitado, segundo pesquisas de institutos pró-Lava Jato, como o Ipsos, por 41% da população. Michel Temer, que falara em seu discurso em “salvar o Brasil”, tem uma rejeição, segundo o mesmo Ipsos, de 95%.

Lula, por sua vez, cresceu em todas as pesquisas, e já tem entre 30% e 40% da preferência dos eleitores.

Nesse mesmo entretempo, a Istoé vem recebendo cada vez mais recursos públicos federais, para defender reformas rejeitadas, segundo pesquisas, por mais de 80% da população.

Esse é o contexto para entendermos o último texto do colunista da Istoé, Mario Vitor Rodrigues: Lula deve morrer, que abre com o seguinte parágrafo.

Pelo bem do País, Lula deve morrer. Eis uma verdade incontestável. Digo, se Luiz Inácio ainda é encarado por boa parte da sociedade como o prócer a ser seguido, se continua sendo capaz de liderar pesquisas e inspirar militantes Brasil afora, então Lula precisa morrer.

Queridos historiadores do futuro, queridas brasileiras do presente, tirem suas conclusões.




Postado em O Cafezinho em 11/11/2017








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A oposição ( a Direita ) na Venezuela não aceita que perdeu as eleições democráticas. Aqui no Brasil, já vimos este filme nas eleições de 2014 ...


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Henrique Capriles, líder da oposição venezuelana, entreguista e capacho do 

Império Americano, o " nosso aécio neves "


Oposição venezuelana é a cara do entreguismo






Berço de ouro, mentalidade autoritária : a “árvore genealógica” da Lava Jato





Publicado no Brasil de Fato

Rafael Braga foi o único brasileiro preso nas manifestações de junho de 2013. Negro, pobre e morador de favela, o ex-catador de material reciclável foi condenado a 11 anos e três meses de prisão pelo suposto porte de maconha, cocaína e material explosivo. Quatro anos depois, não resta comprovado que, naquele dia, Rafael levava consigo algo além de produtos de limpeza. Ele continua preso, à espera de um novo julgamento.

Breno Borges, filho da desembargadora Tânia Borges, teve melhor sorte. Flagrado no dia 8 de abril com 129 quilos de maconha e 270 munições, além de uma arma sem autorização, o jovem branco foi julgado e solto em menos de uma semana. A mãe dele, presidenta do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, é investigada por favorecimento na libertação do filho.

Os vínculos familiares são determinantes para se entender as dinâmicas dos campos político e judiciário no Brasil. Professor do Departamento de Ciência Política e Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Costa de Oliveira afirma que a origem social dos indivíduos está relacionada a uma série de privilégios, hábitos e visões de mundo compartilhadas.

A última pesquisa dele foi publicada esta semana na revista Núcleo de Estudos Paranaenses (NEP). O artigo “Prosopografia familiar da operação Lava Jato e do ministério Temer” foi assinado em conjunto com outros três pesquisadores: José Marciano Monteiro, Mônica Helena Harrich Silva Goulart e Ana Christina Vanali.

De pai para filho

O texto apresenta uma biografia coletiva do juiz de primeira instância Sérgio Moro, dos 14 membros da força-tarefa nomeados pela Procuradoria-Geral da República e de oito delegados da Polícia Federal que atuam no caso, além de ministros indicados pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB).

O aspecto mais relevante do artigo diz respeito aos vínculos da operação Lava Jato com a elite econômica do Paraná. “Este seleto grupo de indivíduos forma parte do 1% mais rico no Brasil, e muitos até mesmo do 0,1% mais rico em termos de rendas”, descrevem os pesquisadores.




Políticos defensores da ditadura civil-militar e indivíduos que atuaram no sistema de justiça durante o regime também aparecem na “árvore genealógica” da Lava Jato. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, por exemplo, é “filho do ex-deputado estadual da ARENA Osvaldo dos Santos Lima, promotor, vice-prefeito em Apucarana e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, em 1973, no auge da ditadura, quando as pessoas não podiam votar e nem debater livremente”, segundo o texto. O pai de Carlos Fernando, assim como os irmãos, Luiz José e Paulo Ovídio, também atuaram como procuradores no Paraná.

O professor Ricardo Costa de Oliveira conversou com a reportagem do Brasil de Fato e debateu os resultados da pesquisa. Confira os melhores momentos da entrevista:

Brasil de Fato – O que há em comum na biografia de todos os personagens da operação Lava Jato analisados no artigo?

Ricardo Costa de Oliveira – Todos eles pertencem à alta burocracia estatal. Há alguns, da magistratura ou do Ministério Público, que ganham acima do teto [salarial do funcionalismo público, equivalente a R$ 33,7 mil por mês]. Com suas esposas e companheiras, eles estão situados no 0,1% mais ricos do país.

Quase todos são casados com operadores políticos, ou do Direito. Você só entende os nomes entendendo a família. É uma unidade familiar que opera juridicamente, opera politicamente.

O juiz de primeira instância Sérgio Moro é um desses exemplos?

O juiz Moro é filho de um professor universitário, mas também é parente de um desembargador já falecido, o Hildebrando Moro. A mulher do Moro, a Rosângela [Wolff], é advogada e prima do Rafael Greca de Macedo [prefeito de Curitiba]. Ela pertence a essa importante família política e jurídica do Paraná, que é o grande clã Macedo, e também é parente de dois desembargadores.

O artigo ressalta as coincidências entre a Lava Jato e o caso Banestado [que investigou o envio ilegal de 28 bilhões de dólares ao exterior]. Como isso ajuda a entender o papel da força-tarefa e do Judiciário nas investigações sobre os contratos da Petrobras?

Boa parte deles também estiveram no [caso] Banestado. Foi uma operação que desviou muito dinheiro e apresentou uma grande impunidade, ao contrário de outros momentos. Até porque era outra conjuntura, outros atores políticos que foram investigados.




O [procurador] Celso Tres era um dos maiores especialistas nessas questões. Por que ele não foi convidado para entrar na Lava Jato? Porque ele não tinha a homogeneidade político-ideológica que essa equipe tem. É uma equipe que foi preparada para essa tarefa, não apenas jurídica, mas também política – que na nossa leitura, é a perseguição, lawfare [“guerra jurídica”] à esquerda, ao Partido dos Trabalhadores, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em relação aos vínculos com a ditadura civil-militar [1964-1985], quais foram as constatações mais relevantes da pesquisa?

Os operadores da Lava Jato, bem como os jovens ministros do governo Temer, são de famílias políticas. E os pais trabalharam, defenderam, reproduziram e atuaram na ditadura militar. Os filhos herdam a mesma mentalidade autoritária, o elitismo, o ódio de classe contra o PT.

Como pertencem ao 1% mais rico, eles sempre tiveram uma vida muito luxuosa e beneficiada [pelas condições econômicas]. Estudaram em escolas de elite, vivem em ambientes luxuosos, estudaram Direito, depois fizeram concursos, com muito sucesso. Quando você tem pais no sistema, você tem facilidades.

Por que incluir na mesma pesquisa os operadores da Lava Jato e os ministros nomeados por Michel Temer?

Há uma conexão, no sentido de que é a mesma ação política da classe dominante. Eles operam em rede. Há uma coordenação.

Por isso que é uma prosopografia [biografia coletiva]. Eles são originários da mesma classe social, do mesmo círculo social, e eles transitam nos mesmos ambientes empresariais, elitizados.

O juiz Sérgio Moro, por exemplo: onde é que ele atua quando está em público? Em grandes publicações da mídia dominante burguesa, quando ele está muitas vezes abraçado, cumprimentando efusivamente os membros do golpe [de 2016]. Você vai ver um juiz ou um membro da Lava Jato num acampamento sem-terra? Ou num órgão alternativo da mídia, num sindicato de trabalhadores de categorias braçais e manuais? Jamais.

Tudo em família

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol é filho de outro procurador de Justiça, Agenor Dallagnol. O procurador Andrey Borges de Mendonça, que também atua na operação, é irmão do procurador Yuri Borges de Mendonça. Outro membro da força-tarefa, Diogo Castor de Mattos, é filho de um ex-procurador de Justiça, Delivar Tadeu de Mattos. O tio de Diogo, Belmiro Jobim Castor, foi secretário de Estado várias vezes no Paraná nos anos 1970 e 1980.

O escritório de advocacia Delivar de Mattos & Castor é dos mais conhecidos do Paraná. Nele também atuam os irmãos Rodrigo Castor de Mattos e Analice Castor de Mattos.

Os vínculos familiares de Gebran Neto

Amigo e admirador confesso de Sérgio Moro, João Pedro Gebran Neto é um dos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele será o relator do processo conhecido como “caso triplex”, em segunda instância, cujo réu é o ex-presidente Lula (PT).

Segundo pesquisa do professor Ricardo Costa de Oliveira, o desembargador que atua no Rio Grande do Sul é filho de Antonio Sebastião da Cunha Gebran e neto de João Pedro Gebran, ex-diretores-gerais da Assembleia Legislativa do Paraná nos anos 1950 e 1970.

O casamento de João Pedro Gebran, em 1924, foi o acontecimento que abriu as portas da família junto à classe dominante paranaense. Foi quando eles passaram a ter relações com a antiga rede social e política de sua esposa, Francisca Cunha, filha do coronel Francisco Cunha, prefeito da Lapa na República Velha.

O avô do coronel Cunha era o comendador Manuel Antonio da Cunha, primeiro prefeito da Lapa, em 1833, casado com a filha do 1º capitão-mor da Lapa, o português Francisco Teixeira Coelho. Todas, famílias com origens históricas no latifúndio escravista, aparentadas entre si – tais como a família Braga, do ex-governador Ney Braga, e a família Lacerda, do ex-reitor e ministro da Educação do início da ditadura, Flávio Suplicy de Lacerda.



Postado em DCM em 11/08/2017



Lula deve sempre agir pelos modos e costumes da " casa grande " ?



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Lula nunca sabe o seu lugar 


Wilson Gomes no Facebook



Primeiro apareceram os que acusaram Lula de pecado futuro: vai usar a morte da esposa para se fazer de vítima. Acusar alguém de pecados ainda não cometidos é uma tentativa de fechar ao acusado uma alternativa, de desqualificá-la de antemão: "vai doer, mas chorar você não pode; tente, então, ficar quietinho". "Fazer-se de vítima" é uma dessas expressões curiosas da alma brasileira, vez que quem acusa o interlocutor de se fazer de vítima geralmente está fazendo o papel de verdugo. O carrasco está barbarizando, mas, por favor, tenha compostura, "não se faça de vítima".

Depois apareceram as condenações pelo "uso político do velório". Como pode um sindicalista e político enterrar a própria esposa com um coração de político e sindicalista? Tinha que ter havido discrição, silêncio. Como pode um sujeito enterrar a sua companheira de vida, cuja morte foi, no mínimo, acelerada pelo desgosto e por acusações que, segundo ele, são injustas, berrando, esperneando, acusando? Não, o certo era ficar quietinho ou, se fosse mesmo para fazer drama, que se cobrisse de cinzas, batesse no peito, em lágrimas, e gritasse "mea culpa, mea maxima culpa!".

Fosse apenas questão de ser sommelier do luto alheio, até me pareceria razoável. Afinal, o Facebook é principalmente uma comunidade de tias velhas desaprovando as saias curtas e os comportamentos assanhados dos outros. Mas, é mais que isso. Pode haver um aluvião público de insultos, augúrios de morte e dor, e difamação à sua esposa, durante duas semanas, mas Lula não pode mostrar-se ultrajado ou ofendido, não pode desabafar do jeito que pode e sabe, não pode espernear. Em vez do "j'accuse", o certo seria a aceitação bovina do garrote, da dor, da perda. Em vez do sindicalista e político, em um ambiente privado do sindicato, velando entre amigos a mãe dos seus filhos, havia de ser um moço composto e calado. Todo mundo tem direito de velar os seus mortos como pode e sabe, exceto Lula.

Uma parte da sociedade brasileira nunca se cansa de mostrar a Lula o seu lugar. E de reclamar, histérica, quando ele, impertinente, não faz o que ela quer. Tem sido assim. Lula já foi insultado de analfabeto, nordestino, cachaceiro, ignorante e aleijado, muito antes de ser chamado de corrupto e criminoso. A cada doutorado honoris causa de Lula choviam ofensas e impropérios porque ele não tinha todos os dedos, porque era uma apedeuta, porque era um peão. Qualquer motivo para odiá-lo sempre foi bom o bastante para uma parte da sociedade.

Agora, estamos autorizados a odiá-lo por mais uma razão: o modo como acompanhou a agonia e como velou sua companheira. Que os cultivados me perdoem a analogia, mas isso me lembra a acusação feita em O Estrangeiro, de Albert Camus, ao sujeito que não conseguiu chorar e sofrer, como aos demais parecia conveniente e apropriado, no funeral da própria mãe: "J'accuse cet homme d'avoir enterré sa mère avec un cœur de criminel". "Eu acuso este homem de ter enterrado a sua mãe com um coração de criminoso".

No surrealismo da narrativa política brasileira, a história se repete: Lula deve ser desprezado porque enterrou a esposa com um coração de político e sindicalista e isso não está direito. Voilà. Lula nunca vai aprender o seu lugar. Tsc.







Bertolino : Piti de Deltan Dallagnol e seus asseclas é para incentivar ódio e acobertar corrupção


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 Deltan Dallagnol comprou 
3 apartamentos destinados ao 
Minha Casa Minha Vida 
para investimento ! 







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13 de Março na Av Paulista provou que quem quer o Golpe ou Impeachement é a elite branca !


André Tambucci/ Fotos Públicas


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nao sabemos perder





Lula é só mais um líder popular massacrado pela direita de sempre




Eduardo Guimarães 

É ocioso lembrar quantos grandes líderes políticos já foram massacrados por essa mesma direita que está aí hoje a bombardear Lula de forma mecânica, metódica, planejada e executada com o timing e a sincronia de um balé bizarro.

Getúlio, Juscelino e Jango que o digam.

Todas essas investidas de grandes grupos corporativos de imprensa, de setores do Judiciário, das polícias militarizadas ou não contra líderes populares marcaram o século XX no Brasil e, agora, preparam-se para marcar, pela primeira vez, o século XXI.

Não passou da segunda década deste século a volta de um golpismo no país cujos efeitos foram sentidos por aqui durante mais da metade do século passado, inclusive no seu estertor.

Este, pois, é um país de tradição golpista – o que não chega a ser uma grande novidade, não é mesmo?

Enfim, Brasil, és um país que, de repente, tropeçaste, endoidaste e perdeste o rumo. E, nesse processo de hipnose coletiva que lembra um daqueles filmes de zumbis em que hordas de seres furiosos saem pelas ruas extravasando seus piores demônios por atos e palavras, irás marcar a segunda década do século XXI com o estigma do retrocesso político, social, cultural, econômico, democrático e institucional.

A história da humanidade é escrita sob a confrontação entre versões e fatos, ainda que alguns tentem dar conotações a esses fatos que não se amparam em razões concretas, passíveis de demonstração.

Todavia, é possível registrar a história com clareza neste tempos de inclusão digital, de um quase apogeu da comunicação e dos meios de armazenamento de todo e qualquer tipo de detalhe sobre qualquer período e qualquer episódio.

Ao longo das últimas duas décadas, cada capítulo da história humana pôde ser registrado de uma forma que jamais fora possível em mais de cinco mil anos de história da civilização. Somos uma sociedade que, no futuro, poderá ser visitada em detalhes ao clicar de um botão.

Não existe nenhuma dúvida de que será possível comprovar como o que fizeram contra Luiz Inácio Lula da Silva nada mais foi do que o mesmo que fizeram contra outros grandes líderes políticos que conseguiram resgatar por algum tempo o orgulho de ser brasileiro, um sentimento que jamais interessou à burguesia local, que sabe como a falta de um espírito coletivo fragiliza comunidades exploradas por interesses isolados.

Você pode olhar o linchamento público de Lula como mais uma derrota da eterna e injusta luta pela igualdade entre os brasileiros, em que uma maioria imensa, esfacelada e desmoralizada praticamente se entrega nas mãos de uma microscópica minoria determinada e abastada. Ou pode olhar o surgimento de Lula como mais um passo nessa luta.

Sim, conseguiram combalir Lula politicamente, ao menos por enquanto. Mas nunca outro líder popular conseguiu aumentar tanto os direitos e as expectativas dos brasileiros.

Ou será que a direita acha que, após voltar ao poder, este povo se conformará em ter menos do que teve durante os melhores anos da era Lula?

Esqueça, baby. As expectativas se inflacionaram. O brasileiro, após Lula, quer mais. E exigirá mais. Podem vir com todo papo neoliberal sobre ser inevitável todo mundo se f… que não adiantará nada. A população vai explodir, se tentarem obrigá-la a aceitar retrocessos.

E na Justiça? E no império da Lei? A era Lula (que compreende Dilma) deixará um marco. Muitos podem achar que a história não registrará que gente graúda só começou a responder por seus atos após Lula chegar ao poder, mas é uma expectativa vã.

Esse será um importante capítulo da história brasileira.

Enfim, homens passam, mas a história fica. É eterna, e ensinará que a impunidade diminuiu de forma inédita neste período histórico enquanto tantos alcançaram um nível muito melhor de desenvolvimento humano.

Lula poderá ser, ou não, mais um martirizado pela direita, que talvez, como outros, só venha a ser reconhecido no futuro, como JK, Getúlio e, em boa medida, como o próprio Jango. Mas pode ser que não aconteça.

Lula pode se recuperar do golpe. Não é porque outros líderes como ele não se recuperaram do massacre conservador que isso nunca ocorrerá.

Mas é o de menos. Após os golpes anteriores da elite para retardar o progresso social da nação, a sociedade acabou recobrando o juízo e levando líderes progressistas ao poder por períodos cada vez mais longos, quando obtiveram progressos cada vez mais intensos.

O Brasil achará seu rumo. E tudo que está acontecendo servirá para ensinar lições às gerações futuras. Lições que poderão surpreender a todos os que hoje acham que ganharam ou perderam, pois ninguém nunca ganha ou perde nada definitivamente, haja vista que a história certamente não tem um fim possível de ser previsto.

A história começa a ser escrita hoje, neste minuto em que você lê estas palavras. Todo o resto virou passado. Até a frase que você acaba de ler.


Postado no Brasil 247 em 05/02/2016


O que se esconde atrás do ódio ao PT?




Leonardo Boff

Certos grupos prolongam as velhas elites que da Colônia até hoje continuaram antinacionais, reacionárias e achando que o povo não têm direitos.

Há um fato espantoso mas analiticamente explicável: o aumento do ódio e da raiva contra o PT. Esse fato vem revelar o outro lado da “cordialidade” do brasileiro, proposta por Sérgio Buarque de Holanda: do mesmo coração que nasce a acolhida calorosa, vem também a rejeição mais violenta. Ambas são “cordiais”: as duas caras passionais do brasileiro.

Esse ódio é induzido pela mídia conservadora e por aqueles que na eleição não respeitaram rito democrático: ou se ganha ou se perde. Quem perde reconhece elegantemente a derrota e quem ganha mostra magnanimidade face ao derrotado. 

Mas não foi esse comportamento civilizado que triunfou. Ao contrário: os derrotados procuram por todos os modos deslegitimar a vitória e garantir uma reviravolta política que atenda a seu projeto, rejeitado pela maioria dos eleitores.

Para entender, nada melhor que visitar o notório historiador, José Honório Rodrigues que em seu clássico Conciliação e Reforma no Brasil (1965) diz com palavras que parecem atuais:
”Os liberais no império, derrotados nas urnas e afastados do poder, foram se tornando além de indignados, intolerantes; construíram uma concepção conspiratória da história que considerava indispensável a intervenção do ódio, da intriga, da impiedade, do ressentimento, da intolerância, da intransigência, da indignação para o sucesso inesperado e imprevisto de suas forças minoritárias” (p. 11).
Esses grupos prolongam as velhas elites que da Colônia até hoje nunca mudaram seu ethos. Nas palavras do referido autor:
“a maioria foi sempre alienada, antinacional e não contemporânea; nunca se reconciliou com o povo; negou seus direitos, arrasou suas vidas e logo que o viu crescer lhe negou, pouco a pouco, a aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence”(p.14 e 15). 
Hoje as elites econômicas abominam o povo. Só o aceitam fantasiado no carnaval.

Lamentavelmente, não lhes passa pela cabeça que:
“as maiores construções são fruto popular: a mestiçagem racial, que criava um tipo adaptado ao país; a mestiçável cultural que criava uma síntese nova; a tolerância racial que evitou o descaminho dos caminhos; a tolerância religiosa que impossibilitou ou dificultou as perseguições da Inquisição; a expansão territorial, obra de mamelucos, pois o próprio Domingos Jorge Velho, devassador e incorporador do Piaui, não falava português; a integração psico-social pelo desrespeito aos preconceitos e pela criação do sentimento de solidariedade nacional; a integridade territorial; a unidade de língua e finalmente a opulência e a riqueza do Brasil que são fruto do trabalho do povo. E o que fez a liderança colonial (e posterior)? Não deu ao povo sequer os benefícios da saúde e da educação”(p. 31-32).
A que vêm estas citações? Elas reforçam um fato histórico inegável: com o PT, esses que eram considerados carvão no processo produtivo (Darcy Ribeiro), o rebutalho social, conseguiram, numa penosa trajetória, se organizar como poder social que se transformou em poder político no PT e conquistar o Estado com seus aparelhos.

Apearam do poder as classes dominantes; não ocorreu simplesmente uma alternância de poder mas uma troca de classe social, base para um outro tipo de política. Tal saga equivale a uma autêntica revolução social.

Isso é intolerável pelas classes poderosas que se acostumaram a fazer do Estado o seu lugar natural e de se apropriar privadamente dos bens públicos pelo famoso patrimonialismo, denunciado por Raymundo Faoro.

Por todos os modos e artimanhas querem ainda hoje voltar a ocupar esse lugar que julgam de direito seu. Seguramente, começam a dar-se conta de que, talvez, nunca mais terão condições históricas de refazer seu projeto de dominação/conciliação. 

Outro tipo de história política dará, finalmente, um destino diferente ao Brasil. 

Para eles, o caminho das urnas se tornou inseguro pelo nível crítico alcançado por amplos estratos do povo que rejeitou seu projeto político de alinhamento neoliberal ao processo de globalização, como sócios dependentes e agregados. 

O caminho militar será hoje impossível dado o quadro mundial mudado. Cogitam com a esdrúxula possibilidade da judicialização da política, contando com aliados na Corte Suprema que nutrem semelhante ódio ao PT e sentem o mesmo desdém pelo povo.

Através deste expediente, poderiam lograr um impeachment da primeira mandatária da nação. É um caminho conflituoso pois a articulação nacional dos movimentos sociais tornaria arriscado este intento e talvez até inviabilizável. 

O ódio contra o PT é menos contra PT do que contra o povo pobre que por causa do PT e de suas políticas sociais de inclusão, foi tirado do inferno da pobreza e da fome e está ocupando os lugares antes reservados às elites abastadas. Estas pensam em apenas fazer caridade, doar coisas, mas nunca fazer justiça social.

Antecipo-me aos críticos e aos moralistas: mas o PT não se corrompeu? Veja o mensalão? Veja a Petrobrás? Não defendo corruptos. Reconheço, lamento e rejeito os malfeitos cometidos por um punhado de dirigentes.

Traíram mais de um milhão de filiados e principalmente botaram a perder os ideais de ética e de transparência. Mas nas bases e nos municípios - posso testemunhá-lo - vive-se um outro modo de fazer política, com participação popular, mostrando que um sonho tão generoso não se mata assim tão facilmente: o de um Brasil menos malvado. 

As classes dirigentes, por 500 anos, no dizer rude de Capistrano de Abreu, “castraram e recastraram, caparam e recaparam” o povo brasileiro. Há maior corrupção histórica do que esta? 


Postado no blog Contraponto em 06/03/2015

 

Princípio e fim da elite brasileira : pilhar e expatriar



Lula Miranda

O princípio do poder imperial, na época do colonialismo, podia ser resumido a essas duas ações: saquear e expatriar. O "direito" ditado pelo chamado poder de guerra e seus consequentes "espólios" é bastante conhecido. 

Você deve saber que a maior parte das obras de arte expostas nos grandes museus da Europa é oriunda de pilhagens e "expropriações" nas guerras. Deve saber também que países desenvolvidos e "civilizados" da Europa, como Holanda, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Portugal fizeram sua acumulação primitiva de capital escravizando povos, extraindo riqueza das "suas" colônias e remetendo para a metrópole. Isso a gente aprende nas aulas de história.

Sociólogos e antropólogos variados já escreveram diversos ensaios e tratados onde analisam e documentam que, depois que as antigas colônias conseguiram sua suposta e só aparente independência, as elites governantes, que ficam e assumem o manietado poder local, curiosamente, ainda mantinham entranhados em seus hábitos e costumes o princípio da subordinação, mas, principalmente, o da pilhagem e da expropriação aprendidos com os colonizadores europeus.

Esse, segundo os estudos e análises desses diversos intelectuais, seria, grosso modo, uma espécie de "determinismo econômico-cultural", de "fatalismo": a grande mazela ou cacoete atávico que acomete nossas elites.

Algo que também poderia ser denominada de "síndrome do Dilúvio" ou "síndrome da arca de Noé. Ou ainda, num linguajar mais popular de nossas áridas paragens, o velho determinismo do ditado "farinha pouca, meu pirão primeiro".

Parece-me nítido que não havia, e, creio, ainda não há, da parte de porção significativa de nossas elites, uma preocupação em construir uma nação lastreada nos mais básicos princípios civilizatórios e comprometida com o bem-estar de seu povo.

Parecem, no fundo, por mais incrível que isso possa soar, movidos pelo mesmo impulso bestial que move populações mais pobres quando diante de uma carga tombada em um acidente na estrada, por exemplo: "quero é garantir o meu e dos meus. O resto não importa".

O "detalhe" é que, em verdade, o aludido "resto" é o que de fato importa.

Resolvi escrever esse artigo depois que li, em matéria publicada no blog Diário do Centro do Mundo, que a governadora Roseana Sarney teria depositado a soma de 150 milhões de dólares (cerca de R$360 milhões em valores de hoje) nas ilhas Cayman (ou Caimã), segundo informações vazadas pelo Wikileaks lá atrás, em 2009.

Se verídica essa informação, o crime dessa governante se agiganta e se torna ainda mais grave do que já é em si. Pois, sabemos todos, o Maranhão é um dos estados brasileiros que vive afundado na mais aviltante pobreza.

Pilhagem e expatriação

Um ministro do Supremo recentemente comprou um apartamento em Miami. É um direito dele, ninguém questiona isso. Mas a mimese aqui é semelhante a da síndrome dos crioulos colonizados, os brancos nascidos na América, mas descendentes de europeus. 

Veja bem: um cidadão negro, de origem humilde, sobe na vida por seus próprios esforços, méritos e talentos, mas "ao fim e ao cabo" assume a mesma postura da elite branca, brega e rastaquera: assegura a sua "arca de Noé" no "paraíso" de Miami. Afinal, amanhã ou depois poderá advir o grande Dilúvio e é preciso preservar a própria espécie. Não é mesmo?

Essas notícias não trazem em si nenhuma novidade. Paulo Maluf foi acusado de possuir centenas de milhões de dólares em contas em outro paraíso fiscal – o que ele nega peremptoriamente. Inúmeros outros governantes já foram acusados de possuir semelhante "poupança" – já que o velho, bom e honesto "porquinho" tornou-se brincadeira de criança.

Recentemente, foram descobertas somas milionárias escondidas na Suíça. Depósitos que teriam sido feitos a título de propina em nome de operadores ligados a políticos do PSDB e do PPS. Certamente há, nos chamados "paraísos fiscais", também depósitos feitos por operadores do PT, do PMDB, do PSB, do PTB etc. Mas, como se sabe, é tudo "mentira": "intrigas da oposição"; tudo parte integrante do nosso "folclore político".

Quando conhecemos os princípios – ou a falta destes – das nossas elites e dos nossos governantes mais conservadores e reacionários, fica fácil entender porque existe a indigência, a pobreza, a violência, os latifúndios improdutivos ou o flagelo causado pela seca. Podemos aprender alguns "fins" ou os "porquês".

1º: pelo qual motivo os presidiários são tantos e amontoados como se fossem dejetos humanos em diminutos e superlotados catres.

2º: por que surgiram os comandos e o crime organizado que hoje dominam os presídios e favelas, oprimem o cidadão de bem e submetem o próprio Estado.

3º: por que os pobres não recebem um atendimento minimamente digno nos hospitais e postos de saúde.

4º: por que a educação pública é tão ruim.

5º: por que os ônibus e metrôs são tão poucos e superlotados.

6º: por que o déficit habitacional é tão grande (faltam cerca de 7 a 8 milhões de moradias para abrigar a população mais carente); por que os aluguéis são tão caros.

7º: por que os melhores empregos são para os filhos dos brancos.

Todo esse elenco de iniquidades é fruto de séculos de dominação por uma elite inescrupulosa e egoísta.

É fruto da pilhagem, expropriação e expatriação das riquezas da nação. Mas essa sua natureza, inescrupulosa e egoísta, carrega em si o germe da sua própria destruição. Ou seja, os seus princípios espúrios determinarão a sua própria ruína, o seu próprio fim.

O único caminho possível, para muito além do velho proselitismo político e das mentiras e hipocrisia seculares, é procurarmos trilhar uma política cada vez mais progressista e humanista, unindo os melhores talentos da sociedade com esse fim: o da construção de uma sociedade mais justa, e por isso menos desigual.

Assim deve prosseguir caminhando firmemente o Brasil.

Assim caminham os principais países da América Latina – e até mesmo os EUA.

Assim deve caminhar a Humanidade.


Lula Miranda é p
oeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média.


Postado no site Brasil 247 em 10/01/2014



Direita da Venezuela é igual à do Brasil: os pobres não merecem saúde e educação, diz a verdadeira voz da oposição


Saúde e educação gratuitas são “merdas” que os pobres da Venezuela não merecem: é o que pensa Adriana Mendoza Capriles, sobrinha do candidato à presidência da Venezuela Henrique Capriles, musa da direita venezuelana e que mora em Miami. Saiu no sabinabecker, que chamou de a verdadeira voz da oposição.

Postado no blog Educação Política em 02/08/2012