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É preciso parar de atribuir loucura a quem é perverso


AS SEQUELAS NEUROLÓGICAS DOS SOBREVIVENTES DOS HOLOCAUSTO - Canal ...

Não existe remédio que aplaque a maldade do coração de uma pessoa, ou seja, só nos resta ignorar pessoas perversas e afastá-las de nossas vidas.

Marcel Camargo

Vivemos tempos difíceis. Estamos todos inseguros e cheio de incertezas, sem saber qual rumo tomar. Crises econômicas, políticas, dentre outras, somam-se às crises individuais e que fragilizam o emocional das pessoas. Nunca antes houve tantas pessoas com sintomas depressivos e tristeza generalizada.

Basta conversar numa roda de amigos, para perceber que calmantes e ansiolíticos fazem parte da rotina de muitos, assim como terapias e idas ao psiquiatra. O consumo de álcool aumenta, o que nos dá uma ideia do quanto as válvulas de escape estão se tornando a saída para que amorteçamos os sentidos, diante de uma realidade que desagrada.

Não bastassem as conjunturas econômicas e políticas, também assistimos ao meio ambiente ser degradado, via extinção de espécies, temperatura do planeta em subida, desmatamentos impunes e lixo poluindo fauna, flora, terras, rios e mares. O mundo pede socorro, com fenômenos climáticos inesperados e o calor cada vez mais forte. O verde está sumindo das cidades, dos campos, das florestas. Agonizam os animais, agoniza o planeta Terra.

Além de termos que amargar essas constatações, ainda ficamos estarrecidos com o comportamento de certas pessoas. Além de lidar com o que fazem com a vida lá fora, também temos que lidar com o que fazem com as nossas vidas. Tem muita gente maldosa, ruim, agindo de forma covarde e violenta, abusando, assediando, espalhando fofoca e destilando preconceitos de todo tipo por aí. E, uma hora ou outra, acabamos nós sendo alvo do veneno dessas pessoas sem coração, sem empatia, sem piedade.

Pessoas que abusam do poder e humilham seus subordinados, pessoas que espalham discursos de ódios contra segmentos sociais, pessoas que julgam com crueldade quem pensa diferente, pessoas que difamam os outros, destruindo vidas sem remorso. Pessoas que gritam, que agridem, que não sabem ser contrariadas. Parecem loucas, mas, na verdade, são perversas.

Não podemos normalizar comportamentos nocivos, dizendo que se trata de pessoas loucas. Loucura é um comportamento em que a pessoa possui alteração mental, fugindo ao controle da razão. As pessoas maldosas são perversas, porque suas faculdades mentais estão em ordem, mas são movidas pelo prazer em machucar as pessoas, em maldizer, em ferir, em espalhar discórdia e tristeza.

É preciso parar de ficar aturando pessoas ruins com a desculpa de que são loucas. Loucura tem tratamento, loucura pode ser medicada, já a perversidade implica desvio de caráter. Não existe remédio que aplaque a maldade do coração de uma pessoa, ou seja, só nos resta ignorar pessoas perversas e afastá-las de nossas vidas, porque já temos problemas demais para ainda ter que aturar quem é um problema ambulante. Fique longe delas e seja feliz. Não tem outro jeito.





O Brasil, último país a acabar com a... Darcy Ribeiro

Não há homem que, chegando a certo grau de perversidade, não...

A perversidade está dominando a... Elias Torres



É preciso parar de atribuir loucura a quem é perverso


AS SEQUELAS NEUROLÓGICAS DOS SOBREVIVENTES DOS HOLOCAUSTO - Canal ...

Não existe remédio que aplaque a maldade do coração de uma pessoa, ou seja, só nos resta ignorar pessoas perversas e afastá-las de nossas vidas.

Marcel Camargo

Vivemos tempos difíceis. Estamos todos inseguros e cheio de incertezas, sem saber qual rumo tomar. Crises econômicas, políticas, dentre outras, somam-se às crises individuais e que fragilizam o emocional das pessoas. Nunca antes houve tantas pessoas com sintomas depressivos e tristeza generalizada.

Basta conversar numa roda de amigos, para perceber que calmantes e ansiolíticos fazem parte da rotina de muitos, assim como terapias e idas ao psiquiatra. O consumo de álcool aumenta, o que nos dá uma ideia do quanto as válvulas de escape estão se tornando a saída para que amorteçamos os sentidos, diante de uma realidade que desagrada.

Não bastassem as conjunturas econômicas e políticas, também assistimos ao meio ambiente ser degradado, via extinção de espécies, temperatura do planeta em subida, desmatamentos impunes e lixo poluindo fauna, flora, terras, rios e mares. O mundo pede socorro, com fenômenos climáticos inesperados e o calor cada vez mais forte. O verde está sumindo das cidades, dos campos, das florestas. Agonizam os animais, agoniza o planeta Terra.

Além de termos que amargar essas constatações, ainda ficamos estarrecidos com o comportamento de certas pessoas. Além de lidar com o que fazem com a vida lá fora, também temos que lidar com o que fazem com as nossas vidas. Tem muita gente maldosa, ruim, agindo de forma covarde e violenta, abusando, assediando, espalhando fofoca e destilando preconceitos de todo tipo por aí. E, uma hora ou outra, acabamos nós sendo alvo do veneno dessas pessoas sem coração, sem empatia, sem piedade.

Pessoas que abusam do poder e humilham seus subordinados, pessoas que espalham discursos de ódios contra segmentos sociais, pessoas que julgam com crueldade quem pensa diferente, pessoas que difamam os outros, destruindo vidas sem remorso. Pessoas que gritam, que agridem, que não sabem ser contrariadas. Parecem loucas, mas, na verdade, são perversas.

Não podemos normalizar comportamentos nocivos, dizendo que se trata de pessoas loucas. Loucura é um comportamento em que a pessoa possui alteração mental, fugindo ao controle da razão. As pessoas maldosas são perversas, porque suas faculdades mentais estão em ordem, mas são movidas pelo prazer em machucar as pessoas, em maldizer, em ferir, em espalhar discórdia e tristeza.

É preciso parar de ficar aturando pessoas ruins com a desculpa de que são loucas. Loucura tem tratamento, loucura pode ser medicada, já a perversidade implica desvio de caráter. Não existe remédio que aplaque a maldade do coração de uma pessoa, ou seja, só nos resta ignorar pessoas perversas e afastá-las de nossas vidas, porque já temos problemas demais para ainda ter que aturar quem é um problema ambulante. Fique longe delas e seja feliz. Não tem outro jeito.





O Brasil, último país a acabar com a... Darcy Ribeiro

Não há homem que, chegando a certo grau de perversidade, não...

A perversidade está dominando a... Elias Torres



Doente de Brasil : Como resistir ao adoecimento num país (des)controlado pelo perverso da autoverdade



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Eliane Brum


Jair Bolsonaro é um perverso. Não um louco, nomeação injusta (e preconceituosa) com os efetivamente loucos, grande parte deles incapaz de produzir mal a um outro. O presidente do Brasil é perverso, um tipo de gente que só mantém os dentes (temporariamente, pelo menos) longe de quem é do seu sangue ou de quem abana o rabo para as suas ideias. Enquanto estiver abanando o rabo – se parar, será também mastigado. Um tipo de gente sem limites, que não se preocupa em colocar outras pessoas em risco de morte, mesmo que sejam funcionários públicos a serviço do Estado, como os fiscais do IBAMA, nem se importa em mentir descaradamente sobre os números produzidos pelas próprias instituições governamentais desde que isso lhe convenha, como tem feito com as estatísticas alarmantes do desmatamento da Amazônia. O Brasil está nas mãos deste perverso, que reúne ao seu redor outros perversos e alguns oportunistas. Submetidos a um cotidiano dominado pela autoverdade, fenômeno que converte a verdade numa escolha pessoal, e portanto destrói a possibilidade da verdade, os brasileiros têm adoecido. Adoecimento mental, que resulta também em queda de imunidade e sintomas físicos, já que o corpo é um só.

É desta ordem os relatos que tenho recolhido nos últimos meses junto a psicanalistas e psiquiatras, e também a médicos da clínica geral, medicina interna e cardiologia, onde as pessoas desembarcam queixando-se de taquicardia, tontura e falta de ar. Um destes médicos, cardiologista, confessou-se exausto, porque mais da metade da sua clínica, atualmente, corresponde a queixas sem relação com problemas do coração, o órgão, e, sim, com ansiedade extrema e/ou depressão. Está trabalhando mais, em consultas mais longas, e inseguro sobre como lidar com algo para o qual não se sente preparado.

O fenômeno começou a ser notado nos consultórios nos últimos anos de polarização política, que dividiu famílias, destruiu amizades e corroeu as relações em todos os espaços da vida, ao mesmo tempo em que a crise econômica se agravava, o desemprego aumentava e as condições de trabalho se deterioravam. Acirrou-se enormemente a partir da campanha eleitoral baseada no incitamento à violência produzida por Jair Bolsonaro em 2018. Com um presidente que, desde janeiro, governa a partir da administração do ódio, não dá sinais de arrefecer. Pelo contrário. A percepção é de crescimento do número de pessoas que se dizem “doentes”, sem saber como buscar a cura.

Vou insistir, mais uma vez, neste espaço, que precisamos chamar as coisas pelo nome. Não apenas porque é o mais correto a fazer, mas porque essa é uma forma de resistir ao adoecimento. Não é do “jogo democrático” ter um homem como Jair Bolsonaro na presidência. Tanto como não havia “normalidade” alguma em ter Adolf Hitler no comando da Alemanha. Não dá para tratar o que vivemos como algo que pode ser apenas gerido, porque não há como gerir a perversão. Ou o que mais precisa ser feito ou dito por Bolsonaro para perceber que não há gestão possível de um perverso no poder? Bolsonaro não é “autêntico”. Bolsonaro é um mentiroso.