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A entrega do nosso petróleo do Pré-Sal
Ildo Sauer: nas entranhas do pré-sal
Doutor em Energia pelo MIT, professor da USP e ex-diretor da Petrobras, Ildo Sauer fez um longo discurso explicativo e crítico à mudança de regras na exploração do pré-sal pelo governo Temer e por José Serra ao site Nocaute; segundo ele, a nova regra "está abrindo nossas fronteiras, nossas entranhas, para que os grupos que não têm mais acesso ao petróleo em lugar nenhum do mundo tenham aqui. Em nome de migalhas para as elites políticas"; para ele, "o pré-sal poderia de fato significar a emancipação e a autonomia do povo brasileiro" e o "processo de subserviência [da Petrobras] a interesses internacionais precisa ser parado"; "É preciso que se tomem medidas judiciais, mas acima de tudo que a população vá às ruas para reivindicar a sua riqueza", defende; assista aos vídeos.
247 – Em um discurso explicativo e crítico à mudança de regras na exploração do pré-sal, publicado em texto e em vídeos no site Nocaute, de Fernando Morais, o doutor em Energia pelo MIT, professor da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer afirma que a nova regra "está abrindo nossas fronteiras, nossas entranhas, para que os grupos que não têm mais acesso ao petróleo em lugar nenhum do mundo tenham aqui. Em nome de migalhas para as elites políticas".
"Sobre o impacto econômico desta iniciativa recente do governo e particularmente do senador José Serra em relação ao pré-sal, é importante reconhecer que possivelmente a ideia em torno da piora no marco regulatório do pré-sal está na base de grande parte das articulações econômicas recentes. De abertura de espaço maior à apropriação por grupos internacionais dos recursos naturais do país", diz ele.
Para Sauer, "o pré-sal poderia de fato significar a emancipação e a autonomia do povo brasileiro" e o "processo de subserviência [da Petrobras] a interesses internacionais precisa ser parado". O pré-sal, segundo ele, poderia "financiar educação pública para todos, financiar a saúde pública para todos. A reforma urbana, a reforma agrária, a mudança do paradigma tecnológico através da infraestrutura do transporte e da mobilidade, a ciência e tecnologia da proteção ambiental. Isto não está sendo feito. Pode ser feito, mas depende de uma decisão política".
"A Petrobrás é reconhecida mundialmente como a empresa de maior competência na área de exploração de recursos em alto mar e em águas ultra-profundas. E é por isso que todo mundo quer ser sócio da Petrobrás. E é por isso que a Shell comprou a British Gas só porque ela era sócia da Petrobrás e vai nos campos de petróleo. É por isso que os noruegueses, através da Statoil recentemente pagaram somente 2,5 bilhões de dólares por cerca de um bilhão de barris de reservas. É por isso que a Petrobrás, gerida agora em nome da usurpação do poder político comandado pelo senhor Temer, está num processo de subserviência a interesses internacionais. Isso precisa ser parado. É preciso que se tomem medidas judiciais, mas acima de tudo que a população vá às ruas para reivindicar a sua riqueza. Porque o debate não está sendo feito na dimensão e nas questões essenciais do problema", afirma.
Postado em Brasil 247 em 12/10/2016
Marilena Chauí diz que Sergio Moro foi treinado pelo FBI e serve aos EUA
247 - A filosofa Marilena Chauí, 74, afirmou em vídeo publicado pelo Nocaute TV que o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato, foi treinado pelo FBI —o equivalente à Polícia Federal nos EUA— para conduzir o caso.
"Ele recebeu um treinamento que é característico do que o FBI fez no Macarthismo [política de perseguição anticomunista adotada pelos EUA nos anos 1950] e fez depois do 11 de setembro que é a intimidação e a delação", afirma a professora da USP.
Segundo ela, os Estados Unidos teriam o objetivo de desestabilizar o Brasil para retirar do país sobre o pré-sal.
"A Operação Lava Jato é, vamos dizer, o prelúdio da grande sinfonia de destruição da soberania brasileira para o século 21 e 22."
Chauí disse ainda que a gestão interina de Michel Temer está "destruindo a economia brasileira".
Assista ao vídeo:
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Estrella, o geólogo que descobriu o futuro do Brasil ! E é este futuro que a Direita quer interromper com o Golpe em andamento !
Guilherme Estrella
"Vocês acham que vamos compartilhar essa riqueza incomensurável com estrangeiros?"
Paulo Henrique Amorim
O ansioso blogueiro foi lançar “O Quarto Poder” em emocionante solenidade em Nova Friburgo, RJ, organizada pelo jovem Rodrigo Garcia.
O “emocionante” ficou por conta do depoimento informal que o ansioso blogueiro colheu do grande brasileiro Guilherme Estrella, o geólogo que, na Petrobras, chefiou a equipe que descobriu o pré-sal!
Garcia se prepara para escrever um livro indispensável com depoimentos e documentos que registrem a patriótica carreira de Estrella.
Aposentado, ele mora em Friburgo.
No evento propriamente dito, em breve pronunciamento, Estrella denunciou aqueles que praticam o que chamou de “terrorismo de Estado” - os transgressores que usam os direitos constitucionais e, dentro do aparelho de Estado, engendram a crise e o Golpe!
E sugeriu que os jovens da plateia usassem a internet, maciçamente, para enfrentar esses “selvagens”.
Porque a “grande mídia”, aqui chamada de PiG [ Partido da Imprensa Golpista ], o PiG defende os totalitários!, disse ele!
Nos camarins, antes do evento, o ansioso blogueiro recolheu esse vídeo - “Estrella, por que o pré-sal é nosso?”.
Depois, num jantar, cercado de jovens – e outros nem tanto, como o ansioso blogueiro – Estrella abriu o baú da memória prodigiosa.
E contou o episódio de Majnoon, um dos maiores poços de petróleo do mundo, que os geólogos da Petrobras descobriram no Iraque.
A narrativa ilustra o caráter mau-caráter, traidor, do Cerra, que luta furiosamente para cumprir o que prometeu à Chevron: entregar o pré-sal, como demonstra o WikiLeaks.
Contou o Estrella.
Em 1963, militares da corrente baathista assumiram o poder no Iraque, que era uma construção artificial dos ingleses, quando desmoronou o Império Otomano – assistir a Lawrence de Arábia.
A certa altura, os jovens militares nacionalizaram o petróleo e criaram a INOC, Irak National Oil Company.
As petrolíferas a quem, hoje, o Cerra quer entregar o pré-sal recorreram, então, à Corte Internacional de Haia e, inacreditavelmente, venceram.
E se montou um embargo, de âmbito mundial, ao petróleo iraquiano.
O Iraque não podia mais vender petróleo, como aconteceu, recentemente, com o Irã, até fazer o acordo com os Estados Unidos.
Como se sabe, naquela altura, o Brasil importava 2/3 do petróleo que consumia e o Iraque era um de seus maiores fornecedores.
O Governo Geisel não teve duvida.
Desrespeitou o embargo e continuou a comprar petróleo do Iraque.
O tempo passou e o Governo do Iraque, agradecido, comprou Volkswagens brasileiros, pediu à empreiteira Mendes Junior – hoje destruída pelo Moro – para construir uma ferrovia lá, e chamou geólogos da Petrobras para tentar achar petróleo numa área promissora, mas inexplorada.
E a Braspetro, – hoje quase destruída pelo Moro - , sob a liderança de Bolivar Montenegro Guerra, descobriu um “super-gigante” poço.
O jovem Estrella estava lá, na equipe da Braspetro.
Segundo o contrato original, a Braspetro teria uma fatia gorda no que achasse, porque ela, sozinha, assumiu os riscos materiais e empregou a sua tecnologia para fazer a incrível descoberta!
Uma certa manhã, a equipe da Petrobras – que o Moro não descansa enquanto não destruir – foi convocada, em Bagdá, à direção da INOC.
Os dirigentes iraquianos disseram, em bom português:
- Parabéns, vocês são formidáveis, mas esse petróleo é nosso! Não faz nenhum sentido o Iraque compartilhar essa riqueza incomensurável com estrangeiros. O nosso futuro está aqui, em Majnoon. Então, nós agradecemos muito, vamos ressarcir sua empresa de todos os gastos feitos aqui, mas, passem bem!
E a Braspetro voltou para o Brasil de mãos abanando.
Abanando, não!
Com mais conhecimento, com um acervo tecnológico mais amplo, o que faz dela uma das melhores companhias petrolíferas do mundo.
Que o Cerra quer vender a preço de Vale – ou seja, a preço de banana!
(O Estrella é uma pessoa sensata e jamais pensaria nisso. Mas, o ansioso blogueiro imaginou que, se o Cerra fosse senador iraquiano e sugerisse entregar Majnoon à Shell, poderia ser vítima de um método de persuasão muito empregado pelos militares baathistas: o fuzilamento!)
O Conversa Afiada oferece essa narrativa e o vídeo do Estrella a todos aqueles que não puderam ir a Nova Friburgo.
Mas, que, nas ruas, na Câmara e no Senado, impedirão o Cerra de entregar Majnoon à Shell!
Em tempo: o Conversa Afiada publica nota da Petrobras:
Novo poço em Libra confirma presença de óleo de boa qualidade
A Petrobras informa que o Consórcio de Libra concluiu a perfuração e a avaliação do poço 3-BRSA-1322-RJS (3-RJS-741), localizado na área noroeste do bloco, no pré-sal da Bacia de Santos, confirmando a descoberta de óleo de elevada qualidade (28º API) em reservatórios de excelente produtividade.
O poço encontrou a maior coluna de óleo descoberta pelo Consórcio em Libra até o momento, medindo 301 metros de espessura. Os dados coletados confirmaram que as características dos reservatórios e a qualidade do óleo são semelhantes àquelas encontradas nos demais poços da área noroeste, indicando haver possível conexão entre eles.
O poço, conhecido informalmente como NW5, está 8 km a nordeste do poço descobridor, 2-ANP-2A-RJS, e a 200 km da costa do estado do Rio de Janeiro e faz parte do compromisso firmado no Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), aprovado pela ANP em 26/02/2016.
Até o momento, foram concluídas as perfurações de seis poços em Libra (cinco pelo Consórcio) e o sétimo (3-RJS-742), também na área noroeste, se encontra em perfuração.
O Consórcio de Libra é formado pela Petrobras (operadora com 40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), tendo como gestora do Contrato de Partilha da Produção a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
Postado no Conversa Afiada em 25/03/2016
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A rearticulação da IV Frota da Marinha estadunidense, o PL 131/15 de José Serra e a ameaça de golpe no Brasil
Hildo Montysuma
Em fevereiro de 2007 a Petrobras anunciou que estava pronta para extrair petróleo abaixo da camada de sal que fica a 7 mil metros de profundidade, o mundo todo ficou perplexo. O espanto foi maior ainda, quando em novembro do mesmo ano, anunciou-se que a bacia de Tupi em Santos tratava-se de uma mega jazida, que podia estar interligada em um só bloco, e se estendia do litoral norte do Espirito Santo até Santa Catarina, cobrindo uma área 160 mil quilômetros quadrados, com capacidade para produzir de 70 a 100 bilhões de barris de petróleo.
No atual panorama de produção petrolífera, o Brasil é o 24º do ranking dos países produtores de petróleo, com a efetivação da extração do óleo que se encontra abaixo da camada de sal, o país passará a ocupar a 8ª posição, ao lado da Venezuela e Nigéria. Em valores monetários, tomando como base o barril a US$ 100, haveria sob o sal um tesouro de US$ 9 trilhões, quase o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.
Nessa mesma época, em que o Brasil sob o comando de Lula descobre reservas petrolíferas sob a camada de sal e Cuba aprimora a sua opção socialista e que Daniel Ortega volta a presidir a Nicarágua, forma-se um cinturão anti-imperialista nas principais nações da América do Sul que são governadas por pessoas como Hugo Chávez na Venezuela, Rafael Correa no Equador, Cristina Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia e Fernando Lugo no Paraguai.
O fato é que, diante dessa conjuntura política amplamente desfavorável aos interesses estadunidense, o anúncio do Governo brasileiro do domínio do petróleo da camada pré-sal, representou a “gota d’agua” e um ano depois desse anuncio, levou ao Governo George W. Bush, por meio do Departamento de Estado dos EUA, a reativar a IV Frota para patrulhar os Mares do Sul.
A reativação da IV Frota foi celebrada no sábado (12) de julho de 2008, durante uma cerimônia militar realizada no Estado da Flórida. Segundo a Revista Carta Maior: “Apesar de a Marinha dos EUA afirmar que comunicou com antecedência a reativação da IV Frota a todas as Marinhas da região, a maioria dos governos da América Latina e do Caribe demonstrou surpresa com a notícia. O primeiro contato oficial do governo norte-americano com o governo brasileiro aconteceu somente na terça-feira (15), três dias após a cerimônia na Flórida, através de um telefonema da secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim”.
Os Governos da região protestaram, o que levou o chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, almirante Gary Roughead, dizer não entender a preocupação dos latino-americanos, e afirmou que “o objetivo dos EUA é promover uma parceria para proteger os mares da região”. Todavia, no fogo da emoção, durante a cerimônia de lançamento, o Almirante Roughead, se deixou trair pelas palavras e revelou as verdadeiras intenções dos EUA: “O foco da IV Frota estará nas ações humanitárias, mas que ninguém se engane: ela estará pronta para qualquer tipo de ação, em qualquer lugar e a qualquer momento”, disse.
A crise política que vive o Brasil inicia-se pouco depois de o Governo do Brasil ter descoberto que o sistema de inteligências estadunidense estava realizando escutas telefônicas da Presidenta Dilma e espionagem nos computadores da Petrobrás. Tudo isso foi confirmado, o que gerou retratação do Presidente Obama e pedidos de desculpas formais. Está claro para a Marinha e o Governo do Brasil, que todas essas intromissões nos negócios nacionais partem da IV Frota, isto somado as ações de espionagem, segue-se uma ação no plano econômico para inundar o mercado internacional de Petróleo, visando derrubar os preços internacionais e enfraquecer a Petrobras e a economia da Venezuela, que se constituiu em ponta de lança da resistência na América do Sul.
E o que é a IV Frota da Marinha dos EUA?
De acordo com a Revista Carta Maior, IV Frota, foi fundada para atuar na Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de caçar submarinos nazistas nas águas do Atlântico Sul e foi desmontada em 1950. Sua rearticulação em 12 de julho de 2008, conta com 22 embarcações: treze fragatas com mísseis, 4 cruzadores com mísseis, quatro destroieres com misseis e um navio hospital. Além do poderio bélico, a esquadra traz uma arma potente contra as democracias populares do cone sul das Américas, poderoso aparato cibernético, capaz de realizar escutas telefônicas em solo e rackear computadores.
A crise política do Brasil tem, portanto, um componente de articulação internacional.
Assim como em 1964 o golpe de estado foi arquitetado nos EUA por meio da operação Brother San, atualmente, a crise política que vivem as democracias populares da América Latina tem por trás as garras do imperialismo yank, que manipula a imprensa e age por meio de seus sócios subordinados presentes nos bancos centrais desses países, na superestrutura do judiciário e no parlamento, por meio dos partidos conservadores e de extrema direita.
Aqui no Brasil, a crise no seu componente político se instala logo após a descoberta da espionagem na Petrobras, com a chamada operação “lava jato”, esta operação, “esquentou” as informações conseguidas por meio da espionagem, da violação de tratados internacionais e da violação da soberania do Brasil e cujo o foco principal é derrubar a Presidenta Dilma e impossibilitar a candidatura de Lula em 2018 e, inviabilizar a Petrobras, para que possa ser vendida a preços módicos.
A ação da mídia golpista capitaneada pelas Organizações Globo e o Grupo Abril, somados com as ações de parte do judiciário, da polícia federal, dos especuladores da bolsa de valores, se completa com as do parlamento, que tem como novidade o PL 131/15 que estabelece a participação mínima da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal e a obrigatoriedade de que ela seja responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção”. De autoria do senador do PSDB, José Serra, que aproveita o momento de fragilidade do governo e da Petrobras para entrega-la às “7 irmãs do petróleo” a preço de banana.
Por tudo que foi exposto, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz – CEBRAPAZ, compreende que o momento exige do conjunto dos brasileiros patriotas e democratas, lutar com toda energia para salvaguardar a honra da Presidente Dilma, rechaçar a ameaça de golpe e a tentativa de desmoralização de Lula e seu partido, pois o que está em jogo é a defesa do Brasil.
Abaixo o Golpe!
Fica Dilma!
Lula presidente 2018!
O Petróleo é Nosso!!!!
Viva o Brasil!!!
Go home, yanks! Go home!
Hildo Montysuma
Membro da direção do CEBRAPAZ (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz)
Hildo Montysuma
Membro da direção do CEBRAPAZ (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz)
Postado no Brasil247 em 10/03/2016
Jornalista Paulo Henrique Amorim
Senador Roberto Requião : Entrega da Petrobras às "Sete Irmãs" do Petróleo
Ato em defesa da liberdade de expressão e contra a tentativa da Rede Globo de censurar blogs e mídias alternativas realizado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo em 7 de março de 2016.
Leia o manifesto assinado por dezenas de entidades, jornalistas, blogueiros e ativistas digitais e entenda o caso das notificações da Rede Globo, que busca intimidar e sufocar os que ameaçam – ou expõem – seu império, um ataque frontal à liberdade de expressão e à democracia: http://bit.ly/1LuqKmY
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Serras e Moros querem o fim da soberania brasileira
Chico Vigilante
A aprovação a toque de caixa esta semana pelo Senado do projeto de lei que revoga a participação obrigatória da Petrobras na exploração da camada do pré-sal representa um perigo para o Brasil.
Os brasileiros devem se mobilizar para impedir sua aprovação na Câmara dos Deputados, pra onde será encaminhado.
Devemos dizer não porque o projeto, de autoria do senador Serra, faz parte da estratégia daqueles que querem entregar o petróleo brasileiro para as multinacionais, a Chevron, a Shell e tantas outras. Assim como o petróleo venezuelano, o argentino e outros de países sul-americanos.
No Senado brasileiro, felizmente ainda restam vozes em defesa do país. Em discurso no dia da votação o senador Roberto Requião dirigindo-se a Serra diz:
"Dá uma olhada lá para traz e veja quantos lobistas do petróleo estão frequentando o plenário. Está cheio de lobistas aqui, mas onde estão os trabalhadores, os petroleiros que eu conversei lá fora? Eles não puderam entrar né? Os trabalhadores brasileiros, nossos petroleiros não puderam entrar no plenário hoje. Por que será?"
Ninguém explicou em nenhum momento por que tamanho interesse na urgência da votação de um assunto tão importante para a Nação. Obviamente porque não querem que o povo discuta e debata as questões a respeito. Muito viria à tona. O que há por trás disso?
O brasileiro deve entender antes de mais nada que a questão do petróleo se insere no contexto de uma guerra geopolítica pela dominação do mercado mundial de energia.
Nos últimos anos os Estados Unidos aumentou as perigosas operações de exploração de shale gas e do gás de xisto, se unindo à Arábia Saudita nesta produção e fazendo cair o preço de sua energia de produção interna de uma maneira geral. Está produzindo mais e mais barato.
Tudo isso faz parte da estratégia imperialista de dominação de países emergentes e neutralização de concorrentes que podem ofuscar o domínio americano.
O plano é enfraquecer países produtores de petróleo como Venezuela, Rússia, Brasil, entre outros que vivem das exportações da matéria prima.
Os defensores da estratégia americana, como Serra e seus aliados, defendem também um Brasil com as leis trabalhistas, o Estado, e o Parlamento fragilizados. Um Parlamento dominado pela influência do capital financeiro, com interesses acima dos partidos.
E não estamos muito distante disso: o sentimento de nacionalidade do Brasil está falido. A elite deste país passou a se manifestar abertamente com o apoio da mídia familiar comercial pela caça às bruxas como solução para a crise brasileira. E o culpado de tudo é sempre Dilma, Lula e o PT.
Por meio das ações de Moro na Operação Lava Jato e seus vazamentos direcionados monta-se uma história em que os bandidos estão sempre do mesmo lado, do lado do PT.
Moro está estancando a economia brasileira, desempregando milhares de brasileiros enquanto as maiores empreiteiras no país estão sendo devassadas com alvos direcionados.
Até mesmo o Programa Nuclear Brasileiro e a construção de submarinos nucleares que tinham exatamente o objetivo de cuidar da segurança de nossos mares onde se encontra o Pré-Sal foi atacado por Moro e sua sanha exibicionista.
Imaginem vocês se o Pentágono iria acabar com seu projeto de construção de submarinos nucleares porque descobriu indícios, nenhum ainda comprovado, de que alguma empreiteira envolvida havia recebido ou pago propina?
Mas no Brasil sim, isso acontece, onde a Justiça está cheia de entreguistas, onde um juiz, cheio de processos por má conduta, posa de salvador da pátria sob os holofotes e encanta os telespectadores da Globo e sua diária lavagem cerebral.
Dinheiro proveniente de uma mesma fonte é ilegal quando é direcionado ao PT mas é ignorado quando vai para tucanos, peemedebistas, democratas e sua turma.
Serra mesmo, autor do projeto entreguista da Petrobras, tem 20 páginas de certidão de crimes eleitorais e 3 processos ativos por improbidade administrativa a respeito do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional, Proer.
O Proer foi implementado no primeiro governo de FHC para sanear instituições financeiras quando Serra era Ministro do Planejamento. Os processos contra ele correm na Justiça Federal do Distrito Federal e sabe-se Deus porque não andam.
As ações questionam a assistência prestada pelo Banco Central, no valor de R$ 2,975 bilhões, ao Banco Econômico S.A., em dezembro de 1994, assim como outras decisões – relacionadas com o Proer – adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Resumo da ópera : o Congresso tem aprovado projetos que representam um retrocesso econômico e social. Ele dificulta a viabilidade de um projeto nacional. A médio prazo seu objetivo é minar nossa soberania e transformar o Brasil num Estado-cliente dos Estados Unidos, num México, numa Colômbia, numa Argentina, agora sob o comando de Macri, lacaio confesso do FMI na última reunião do Foro de Davos.
E a nossa Justiça, via PF e Moro com o processo que ele conduz, tem permitido incongruências, lacunas, vazamentos claramente direcionados e ações que induzem à culpa e à execração pública pessoas que ainda nem foram julgadas.
Isso é um escárnio ao Estado Democrático de Direito e as liberdades individuais conquistados por nós sob árdua luta.
Postado no Brasil 247 em 27/02/2016
Petrobras: um filme a ser revisto
“A única maneira de impedir que tudo seja revirado é considerar o terceiro mundo como [um mundo] de seres humanos, não de seres inferiores”.
Enrico Mattei
O Financial Times publicou, recentemente, um artigo onde se afirma que, dentre as companhias petrolíferas do mundo, a Petrobras arrisca tornar-se uma “pária”, diante das acusações de corrupção interna e externa.
Processada por um fundo abutre nos Estados Unidos, a Petrobras passa por um momento em que, além das investigações (adequadas), enfrenta ataques demolidores no plano nacional e internacional.
O artigo do FT, além de noticiar as investigações, ressoa também o desejo (“wishful thinking”) de que a estatal brasileira venha a ser isolada, quebrando-lhe a espinha, e de quebra a espinha do governo brasileiro e do próprio Brasil, incômodo besouro que não deveria voar segundo as leis da ortodoxia econômica, mas que no entanto avoa, passando, apesar das dificuldades, por uma fase melhor do que a maioria dos países europeus, envoltos em crises de identidade, de empobrecimento galopante, de ascensão da extrema-direita e de perda de prestígio.
Os ataques vão continuar e recrudescer, sobretudo desde que a ortodoxia europeia entrou em indisfarçável pânico diante da possibilidade de que o Syriza ganhe as próximas eleições nacionais na Grécia e arranque o país dos grilhões da “austeridade”. Se tiver sucesso, vai ser uma “catástrofe”...
Quanto à Petrobras, há um filme para ser visto ou revisto. Chama-se “O caso Mattei”, é dirigido por Francesco Rosi (“O bandido Giuliano”, dentre outros), foi lançado em 1972 e tem Gian Maria Volonté no papel-título, o do engenheiro italiano Enrico Mattei, assassinado (hoje isto está judicialmente aceito, embora sem apontar os culpados) em 1962, num atentado contra o avião em que ia da Sicília para Milão e que matou também o piloto e um jornalista que o acompanhava.
Enrico Mattei (1906 – 1962) foi o engenheiro nomeado presidente da companhia Agip (Azienda Generale Italiana Petrolio), fundada por Benito Mussolini, para fechá-la.
Ao invés disto, Mattei, convocando técnicos demitidos no pós-guerra, reativou-a, dinamizou-a e refundou-a sob o nome de Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), empresa estatal que existe até hoje, sendo uma das mais dinâmicas da hoje combalida economia do país e uma das responsáveis pelo “renascimento italiano” dos escombros do fascismo na década de 50.
O motivo desta decisão surpreendente e que contrariou inúmeros interesses naquele momento, dentro e fora da Itália, foi a descoberta de um memorando em que um dos técnicos demitidos registrara a descoberta de jazidas de petróleo e gás no vale do rio Pó, perto de Milão, em terras pertencentes ao Estado.
Em 1947 as prospecções confirmaram o memorando, encontrando não muito petróleo, mas muito gás, o suficiente para fornecer energia para a nova industrialização do norte do país.
Mas o esforço de Mattei não se limitou a isto. Ele projetou a ENI no cenário internacional, e aí seus maiores problemas começaram. Já havia problemas internos, que o filme de Rosi debate intensamente, centrando-se, entre outros temas, na discussão sobre o papel do Estado na recuperação econômica da Itália.
Jornalistas ortodoxos (parece um outro país que conhecemos...) criticaram violentamente o “estatismo” de Mattei, que não cedeu as reservas descobertas à exploração pela iniciativa privada, ressalvando que as empresas particulares eram bem-vindas – para fazer suas próprias prospecções em outras terras, vizinhas ou não, reguardando a propriedade estatal para a ENI.
Mas foi no plano externo que os problemas se avolumaram desmesuradamente.
Tratava-se de um momento (década de 50) em que o cartel das “Sete Irmãs” (uma expressão cunhada por Mattei) dominava completamente o mercado petrolífero mundial, fazendo acordos lupinos e vorazes com governos corruptos e colonialistas dos países produtores no Oriente Médio e no norte da África, com condições abjetas, e simplesmente depondo governos que a eles e elas não se sujeitavam, como no caso da Pérsia, futuro Irã, em que o governo nacionalista de Mossadegh foi derrubado em 1953 sob a desculpa de “salvar o país do comunismo”.
As Sete Irmãs eram: a Anglo-Persian Oil Company (hoje British Petroleum, BP*), a Standard Oil of California (SOCAL), a Texaco-Chevron*, a Royal Dutch Shell*, a St. Oil of New Jersey (Esso), a St. Oil of New York (SOCONI) (hoje Exxon Mobil*) e a Gulf Oil. As assinaladas com o (*) existem até hoje e estão ativas no plano internacional.
Mattei tomou várias iniciativas que contrariaram o interesse do cartel e de quem a ele estava ligado, dentre elas:
1) Começou a percorrer os países do Oriente Médio e do norte da África oferecendo melhores condições contratuais. Alvos: Argélia (então ainda um “protetorado” francês), Tunísia (idem), Marrocos, Pérsia (hoje irã) e Egito. Objetivo: assinar acordos na base de 50%/50% na repartição dos lucros.
2) Realizou um acordo de compra de petróleo da então União Soviética, contrariando e enfurecendo a OTAN. Um memorando então secreto do National Security Council dos Estados Unidos considerava Mattei alguém “irritante” e um “obstáculo”.
3) Apoiou o movimento de independência da Argélia, atraindo a ira da organização terrorista francesa Organisation Armée Secrète (OAS), a mesma que tentou matar o General De Gaule, dentre outros atentados. Com isto contrariou também o próprio serviço secreto francês, o Service de Documentation Exterieure et de Contre-Espionage (SDECE).
Mattei criou uma espécie de fábula, no estilo de La Fontaine e Esopo, para explicar o que estava acontecendo:
“Um pequeno gato chega onde alguns cachorrões estão comendo num pote. Os cachorrões o atacam e o expulsam. Nós, italianos, somos como este pequeno gato. No pote há petróleo para todos, mas alguém não quer deixar que cheguemos perto dele”.
Mattei era uma figura pública, no centro da captação financeira do momento. De fato, tornou-se “irritante” e um “obstáculo”. E num momento em que, na Itália do pós-guerra, as várias versões da Máfia tinham se tornado investidoras no mercado financeiro. Não só lá: nos EUA também.
O desfecho deu-se num vôo da Sicília para Milão. Hoje se admite oficialmente que houve um atentado, provavelmente por uma bomba colocada no avião, acionada por algo como o acender de um isqueiro na cabine (sempre fui contra fumar em vôos).
O avião caiu, e sabe-se que vários indícios e evidências foram “lavados” no local, ou não tomados em consideração, como o de que o corpo de Mattei tinha cravados vários fragmentos de metal – o que só uma explosão podia explicar.
O assassinato – hoje oficialmente admitido – aconteceu num momento em que isto era comum como “aggiornamento” ao mundo da Guerra Fria: recordemos o de Patrice Lumumba, no Congo, e a morte suspeita do Secretário Geral do ONU, Dag Hamarskjold, também numa queda de avião, no mesmo Congo, hoje objeto de nova investigação. Sem falar nos inúmeros golpes de direita na América Latina.
Além de focar uma tragédia, o filme de Rosi teve a sua própria. Durante a preparação do roteiro o diretor pediu ao jornalista Mauro de Mauro que fizesse uma investigação sobre Mattei. De Mauro tinha uma biografia interessante e complicada. Apoiara os fascistas de Mussolini e depois, quando os ventos mudaram, tornou-se membro da Resistência. Isto lhe garantiu inúmeros contatos, mas também lhe trouxe o hábito de falar demais, com todo mundo.
De Mauro foi à Sicília, e de lá, num dos últimos contatos com amigos, disse que tinha descoberto “a história de sua vida”. “Algo que iria abalar a Itália”.
Aparentemente, segundo um destes amigos, “falou a coisa errada para a pessoa certa e a coisa certa para a pessoa errada”. Foi sequestrado e morto pela Máfia siciliana. Seu corpo nunca foi encontrado. Dois dos investigadores de sua morte – o Coronel Alberto Della Chiesa e o Capitão Giuseppe Russo – foram mortos também pela Máfia. O episódio é evocado no filme.
Em 1997 o “Caso Mattei” foi reaberto, à luz das declarações do “capo” Tomaso Buscetta, duas vezes preso no Brasil e duas vezes extraditado para a Itália.
Buscetta foi o primeiro a admitir que Mattei fora morto por ordem da Máfia Siciliana.
A versão hoje predominante é a de que esta o matara a pedido da “Cosa Nostra” norte-americana que, como o NSC, considerava Mattei um “obstáculo irritante”, por atrapalhar seus investimentos petrolíferos junto a algumas empresas das Sete Irmãs. O envolvimento destas nunca foi comprovado, sequer investigado – exceto pela sugestão do filme de Rosi.
O caso de De Mauro foi a julgamento em 2011, no de Salvatore Rine, o único mafioso sobrevivente que teria um envolvimento com seu desaparecimento e morte. Rine foi absolvido por falta de provas, e o veredito apontou “assassinato com autores desconhecidos”, um final melancólico para a justiça italiana.
Embora com pontos análogos, a situação da Petrobras hoje é diferente. Ela não é mais “um pequeno gato”. Virou um cachorrão.
O próprio FT publicou não faz muito uma lista do que considera hoje “as Sete Irmãs”: a Saudi Aramco, a China NP Corporation, a Gazprom, a National Iranian Oil Co., a PDVSA venezuelana, a Petronas da Malásia, e a Petrobras.
Há diferenças gritantes em relação às antigas “Sete Irmãs”: elas não formam um cartel. Tanto quanto se sabe, não patrocinam golpes de estado. E algumas das antigas “Sete” continuam em operação, com seus métodos nada ortodoxos.
Quanto à Petrobras, o seu problema é que hoje ela descobriu o novo “grande pote”. Ou seja, o Pré-Sal.
Isto pode desequilibrar (reequilibrar?) o mundo petrolífero em vários sentidos.
O Brasil pode se tornar membro da OPEP. Pode trazer autonomia em matéria de petróleo não só para si mas para a América do Sul como um todo. E o petróleo ainda tem vida longa como fonte de energia.
A cachorrada ao redor está alçada. A externa, para por os dentes na reserva, impedindo que seus dividendos sejam usados para beneficiar a educação e a saúde dos brasileiros, favorecendo ao invés a “saúde” e o “bem estar” dos mercados internacionais. A interna, para lucrar com a entrega à voracidade internacional deste patrimônio nacional.
O filme de Rosi repartiu a Palma de Ouro do Festival de Cannes com “A classe operária vai ao Paraíso”, de Elio Petri. Está no youtube.
Oo anúncio, diz que o filme tem legendas em português. Na versão que vi, não tem. Mas é compreensível para um falante de português ou espanhol.
Não perca.
Postado no site Carta Maior em 02/01/2015
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Jornal argentino diz o que aqui não querem ver: Libra é o Brasil se afastando dos EUA
Fernando Brito
Graças à dica no comentário do “Companheiro Luís”, aqui no blog, posso trazer a matéria publicada hoje pelo jornal argentino Pagina 12, assinada por Dario Pignotti, que diz aquilo que a mídia brasileira está vendo também, mas não tem coragem, por seu subalternismo, de publicar.
Diz que, amanhã, o noticiário eletrônico do Wall Street Journal e do Financial Times terão um dia agitado com as notícias sobre o leilão de Libra.
“Mas, debaixo das notícias em tempo real que nos sufocarão nesta segunda-feira, à base de índices de ações e de corretores com seus pontos de vista de curto prazo , encontra-se uma história se passou nos últimos anos , cujo recordar ajuda entender o que está em jogo : um rearranjo de forças na geopolítica do petróleo”.
E qual é a história que Pignotti narra?
Conta que, em julho de 2008, Celso Amorim, nosso ministro das Relações Exteriores, recebeu um telefonema da chefe do Departamento de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, pedindo que fosse recebida sem preocupações a notícia da reativação da Quarta Frota e sua passagem pelo Atlântico Sul. Fazia poucos meses da descoberta, em 2007, de grandes reservas de petróleo nas bacias de Campos e Santos, localizadas nas costas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
“Nem o chanceler Amorim, nem seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acreditaram na retórica suave do George W. Bush. Muito pelo contrário , houve alarme no Palácio do Planalto. Lula , Amorim e a então ministra Dilma Rousseff , que estava emergindo como um candidata presidencial, perceberam que a passagem da Marinha os EUA pela costa carioca seria uma demonstração de poderio militar sobre os mais de 50 bilhões de barris de óleo de boa qualidade guardados a mais de cinco mil metros de profundidade, numa área geológica conhecida como pré- sal”.
Além de ir aos fóruns internacionais, diz o jornal argentino, era pouco o que o Brasil poderia fazer para, de imediato, ”enfrentar a supremacia militar dos Estados Unidos e sua decisão que a Quarta Frota , o braço armado das petroleiras de bandeira americana Exxon e Chevron no Hemisfério, apontasse sua proa para o Sul.”
“Lula e sua conselheira para Energia, Dilma , foram confrontados com um dilema: ou adotar uma saída mexicana - como o atual presidente Enrique Peña Nieto , que mostrou uma vontade de privatizar a Pemex , embora o termo usado seja “modernização” – ou injetar dinheiro para fortalecer a mística nacionalista Petrobras, para tê-la como vetor de uma estratégia para salvaguardar a soberania energética. Finalmente, o governo do Partido dos Trabalhadores ( PT) escolheu o segundo caminho e implementado um conjunto de medidas abrangentes”.
Quais?
“Capitalizou Petrobras para reverter o esvaziamento econômico herdado de (…)Fernando Henrique Cardoso e conseguiu aprovar, no final de 2010 una lei de petróleo “estatizante e intervencionista”,segundo a interpretação dada por políticos neoliberais e o lobby britânico-estadounidense, opinião amplificada por las empresas de noticias locais”.
Além disso, prossegue o Pagina 12, reativou os planos de construção, com os franceses, de um submarino nuclear (“que avançou menos que o previsto”) e pleiteou nas organizações internacionais a extensão da plataforma offshore , a fim de que não se dispute a posse das bacias de petróleo, “além de promover a criação do Conselho de Defesa da Unasul , apoiado pela Argentina e Venezuela e sob a indiferença da Colômbia”. Firmou, também, contratos de financiamento com a China para a Petrobras.
Diz o jornal que, enquanto isso era feito, a National Security Agency americana “roubava informações estratégicas do Ministério de Minas e Energia e diplomatas (dos EUA) em Brasília enviavam telegramas secretos a Washington classificando o chanceler Amorim como diplomata “antiamericano”.
Garante o Pagina 12 que até três meses atrás,surgiram as primeiras notícias das manobras da NSA , a presidente queria evitar a ” radicalização ” da situação , “porque eu acreditava em uma reconciliação com os Estados Unidos, onde ele planejou viajar para uma visita oficial em 23 de outubro” . Mas a posição de Dilma “tornou-se irredutível em setembro ao saber que os espiões haviam violado as comunicações da Petrobras”.
Apenas transcrevo o final da reportagem:
“A decisão de suspender a visita a Washington, apesar de Barack Obama ter renovado pessoalmente seu convite, não não deve ser entendida como um simples gesto , porque suas consequências afetaram decisões vitais.
O fato e não haver petroleiras norte-americana amanhã, no leilão do megacampo de Libra e sim de três poderosas companhias chinesas , dos quais dois são estatais, indica que a colisão diplomática teve um impacto prático.
Fontes próximas ao governo terem deixado conhecer a formação de um consórcio entre a Petrobras e alguma empresa chinesa, revela que a geopolítica petroleira de Brasília se inclina em direção a Pequim, que é também o seu maior parceiro comercial.
E se isso não fosse o suficiente para descrever a distância estratégica entre o Planalto e a Casa Branca, na semana passada indigesto ( para Washington ), ministro Celso Amorim, agora no comando da Defesa, iniciou conversações com a Rússia para discutir a compra de caças Sukhoi .
Foi apenas uma sondagem , mas se essa compra é formalizada será um revés considerável para a corporação militar – industrial dos EUA imaginado vender caças SuperHornet ao Brasil, durante a visita que Dilma não vai fazer.”
Que povo imaginativo, o argentino, não é?
Postado no blog ContrapontoPig e no blog Tijolaço em 20/10/2013
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