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De um menino para o seu herói : garotinho escreve carta emocionante a irmão caçula com síndrome rara



Paulo, de 11 anos, fez carta para o irmão Pedro, de 4 anos — Foto: Érica Ribeiro/G1


O amor entre irmãos é o sentimento mais puro e genuíno que pode existir, e se você duvida disso é porque ainda não conhece a história do paraibano Paulo Fernando Neto, de apenas 11 anos, que foi premiado em 2º lugar na etapa estadual do 48º Concurso Internacional de Redação de Carta com um depoimento emocionante que escreveu para o seu maior herói, o irmão mais novo, Pedro, de 4 anos, curado da rara Síndrome de West há pouco menos de um mês.

“Vejo em você, irmão, a força da fé de todas as religiões unidas, e as histórias de quem, mesmo doente, não fugiu da luta. Ser humano é o que te torna herói”, afirma Paulo, na carta.

A carta que deu a vitória a Paulo no concurso promovido pelos Correios, conta com quatro parágrafos e é capaz de levar às lágrimas até o coração mais sensível. A inspiração do jovem escritor, que é estudante de uma escola de Campina Grande, veio ao acompanhar a batalha travada pelo irmão mais novo, Pedro, que ele viu nascer e crescer. O menino foi diagnosticado, aos oito meses, com esta forma rara de epilepsia, que leva à desaceleração no desenvolvimento psicomotor da criança e causa “espasmos”.

“Você não tem a forma do Batman ou do Homem-Aranha, nunca apareceu nos quadrinhos. Seu esconderijo é no coração de nossa família e no seu sorriso simples”, diz trecho da carta feita por Paulo, para o irmão, Pedro.

A edição deste ano do Concurso Internacional de Redação de Cartas pediu para que os participantes escrevessem algo para o herói deles. Paulo conta que, para escrever a carta, pensou em muitos heróis, mas depois percebeu que a história do irmão era a mais importante.

“Eu gosto de histórias em quadrinhos, mas eu também gosto de livros que contam histórias reais, sabe, como biografias, e pra mim herói é alguém que faz ou fez grandes feitos, então meu irmão é um herói, porque ele é tão novinho e já conseguiu superar tanta coisa”, explica.

O herói de Paulo sempre esteve dentro de casa. Dividindo o quarto. Compartilhando segredos. Como relata na carta, foi aos oito meses de vida que veio o diagnóstico do irmão: Síndrome de West, uma forma de epilepsia. Pedro, que ficava eufórico todas as vezes em que via o irmão, foi deixando de sorrir e precisava agora iniciar um tratamento.

“Pedro nasceu normal, saudável e, então, por volta dos oito meses, a gente descobriu a síndrome, porque ele passou a ter convulsões. Até então, ele sorria muito, principalmente quando via o irmão, Paulo, aí eu fui percebendo que tinha algo estranho. Levei pro pediatra, depois pra um neurologista, e então constatamos”, lembra a mãe, Marília Ramos.

“Apenas sete anos separam o início da nossa existência, mas eu acompanhei de perto o nascimento do meu herói. Pude acompanhar a melhora da sua saúde, ver seus primeiros passos e suas tentativas de balbuciar o meu nome”, escreveu o estudante para o irmão.

Paulo revela que fez a carta pensando em guardar e ler para o irmão no futuro. Ele lembra a primeira vez que seu herói, hoje aos 4 anos, aprendeu a falar. “Depois de descobrir a síndrome, ninguém acreditava que ele ia aprender a falar e, quando ele conseguiu falar pela primeira vez, eu lembro que foi no dia das mães, do ano passado, aí ele começou a dizer ‘mamãe’ e depois ele já tava dizendo meu nome também”.

Marília relata que, após descobrir a síndrome, Pedro, o herói de Paulo, passou dois meses seguidos tendo espasmos musculares. E, então, vieram as sessões de fisioterapia e a medicação diária, várias vezes ao dia. “Foram dias que torcemos pra não viver novamente, meu filho tão pequeno tendo que tomar tanto remédio, mas a gente sempre teve fé de que isso acabaria”, recorda.

Para a alegria da família, a cura da síndrome de Pedro aconteceu em maio deste ano. “O último remédio que ele tomou, desde que começou o tratamento aos oito meses de vida, foi no dia das mães deste ano. Foi um dos dias mais felizes das nossas vidas”, lembra a mãe, segurando as lágrimas.

Vencida a principal batalha, a vida em família voltou à normalidade. O encontro entre fã e herói voltou a ser barulhento e feliz. Em casa, na escola, nos corredores, na vida. Paulo lê livros de aventura e ação e Pedro está sempre ao lado, ouvindo as histórias. “Eu sou fã dele e ele é meu fã. E quando estou brincando com meus amigos, ele fica com ciúmes, mas eu sempre tento dar atenção a ele também”, conta Paulo.

“Quando eu li a carta que o Paulo fez pro Pedro eu me emocionei muito, porque é tão simples e ao mesmo tempo tão real, sabe, tão verdadeiro, é tudo que a gente viveu até aqui”, diz a mãe.

***

Leia a carta na íntegra


Xangai, 28 de fevereiro de 2019.

Querido irmão,

Gostaria de usar todas as saudações possíveis nesta carta, mas, infelizmente, você não entenderia. Nem sequer fala. Na verdade, irmão, você nos faz estar longe de todos os padrões em que poderíamos viver, e, mesmo assim, permaneço feliz ao teu lado. O tempo nunca foi limite para o nosso amor… Você não tem a forma do Batman ou do Homem-Aranha, nunca apareceu nos quadrinhos. Seu esconderijo é no coração de nossa família e no seu sorriso simples. Você também tem o coração enorme, irmão, esse é o motivo para ser meu herói.”

Meu primo me contou sobre grandes heróis: homens que cruzaram os oceanos e descobriram novas terras, mulheres cuja força derrubou o machismo e líderes contra separação de todos os tipos. No entanto, Cristóvão Colombo, Joana d’Arc e Martin Luther King não conquistaram a maior vitória de todas. Nenhuma dessas pessoas conseguiu unir a nossa família como você, e serei eternamente grato por isso. Embora você ainda seja jovem, sua batalha pela vida começou aos oito meses. Foi nesse período que seu corpo tremia e eu tinha medo, mas eu engolia o choro para não assustar ninguém. A médica deu o diagnóstico: Síndrome de West. Até hoje não sei muito sobre a doença, o que sei é da luta diária dos meus pais para pagarem os remédios necessários no seu passado, presente e futuro. Os esforços do pequeno guerreiro nunca se esgotaram!

Apenas sete anos separam o início da nossa existência, mas eu acompanhei de perto o nascimento do meu herói. Pude acompanhar a melhora da sua saúde, ver seus primeiros passos e suas tentativas de balbuciar o meu nome. As pessoas não presenciaram você, meu herói, crescer de perto, nem as guerras que precisou vencer na sua infância inacabada, mas as suas histórias são dignas do infinito. Reconheço que o mundo não está perdido. Anne Frank sempre acreditou na bondade humana e eu creio na ternura de todo ser vivo. Assim como nela, vejo em você, irmão, a força da fé de todas as religiões unidas, e as histórias de quem, mesmo doente, não fugiu da luta. Ser humano é o que te torna herói.

Eu poderia escrever milhões de páginas para contar a todos sobre os feitos de outras pessoas lembradas pela história, mas nada equivale ao futuro, pois é nele que você e o amor estão. Escrevo essa carta pensando no amanhã, e na cura do meu herói. Aqui guardo uma parte de mim e todo o carinho de um garoto que salvará ainda mais pessoas, e fará o mundo sorrir. Acredite nos seus sonhos, como acredito em você.

Com afeto,

O fã de um grande herói,

Yeshua.


Redação CONTI Outra. Com informações de G1.







Vídeo no link abaixo :

http://g1.globo.com/pb/paraiba/videos/v/ser-humano-e-o-que-te-torna-heroi-diz-crianca-em-carta-para-o-irmao-com-sindrome-rara/7662086/



Deficiente auditiva rebate ex-professora que criticou tema da redação do ENEM






Deficiente auditiva e mestre em educação surpreende sua ex-professora que havia criticado o tema da redação do Enem 2017



A professora Pâmela Matos, que é surda e Mestre em Educação, não pensou duas vezes ao se deparar com a crítica de uma ex-professora dela sobre o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano.

Pâmela foi às redes sociais e divulgou uma resposta pontual. Em sua página no Facebook, publicou um vídeo no qual aparece mostrando folhas de papel com mensagens em que apresenta sua consternação e devolve as críticas.

Apenas no Facebook, o vídeo já foi visualizado mais de 2 milhões de vezes.

As expressões de Pâmela, Enquanto mostra as páginas, ajudam a entender sua indignação diante do questionamento da professora, que havia publicado um post na mesma rede social chamando de “golpe” o tema da redação do Enem deste ano,  “ Desafios para a formação educacional dos surdos ”

Na legenda do vídeo, Pamela escreveu:

“ Este vídeo foi feito com minha indignação, após eu ver um post da minha ex-professora reclamando do tema da prova do enem 2017. Servirá também para todos que fizeram a prova e, por motivo algum, estão postando em suas redes sociais uma chuva de opiniões imaturas acerca do tema.

MAIS RESPEITO, MENOS IGNORÂNCIA, MAIS ALTERIDADE

Afinal,

Vocês não conhecem as cicatrizes dos surdos ,
Vocês não conhecem aonde seus sapatos apertam ,
Vocês não conhecem os caminhos por eles , percorridos ,

FALEM MENOS!”

‘Golpe’

A ex-professora de Pâmela publicou no Facebook o seguinte enunciado fictício: “A redação foi para: ( ) alunos do 2º grau ( ) professores ( ) candidato a concurso público da área de educação inclusiva?”.

E ainda classificou a escolha pelo tema da redação como um “golpe”. No entanto, Pâmela respondeu à pergunta proposta, frisando que a alternativa correta não foi sequer lembrada como uma opção no post.

“ Calma, professora, vou responder: A resposta correta é: (x) Todos. Porém, ‘todos’ você não lembrou…Deixa eu ajudar. Há uns 15 anos você foi minha professora, ou seja, teve aluna surda. E o que você fez para me incluir na sua disciplina? R = N-A-D-A ”, afirmou Pâmela.

A ex-aluna da autora do post, que hoje trabalha como professora do curso de Letras-Libras, contou que vivenciou uma experiência negativa na sala de aula dela, porque não lhe foram proporcionadas medidas inclusivas.

“ Triste experiência: sem interação, sem metodologias, sem espaço para aprender. Eu, surda, totalmente excluída. Excluída: das atividades em grupo, pelos colegas, pela própria professora. Ou seja, que desafio você assumiu como professora de uma aluna SURDA? Comigo? Nenhuma! Fiquei prejudicada! Talvez, você não lembrou que o meu processo educacional envolvia TODOS, colegas, professores, gestão ”, frisou.



Postado em Pragmatismo Político em 08/11/2017



Esta professora surda desenhou por que 

o tema da redação do ENEM 

é relevante


“ Para quem este tema está sendo proposto? ”  Para todos !




publicado 6 de Novembro de 2017, 3:44 p.m.



Equipe BuzzFeed, Brasil


Neste domingo aconteceu o primeiro dia do ENEM 2017 e o tema de redação da prova surpreendeu muita gente.






Os participantes do  farão redação sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. http://facebook.com/Inep.oficial 

Teve quem achasse que há outros temas mais importantes e urgentes.




Facebook: pati.keloliveira

E até quem achasse o tema ridículo.





Que os surdos não me ouçam : mas o tema da redação do Enem foi ridículo


Tá vendo essa moça da foto? Ela é a Pâmela, ela é surda. E também professora da UNIFAP em Macapá, Amapá, com mestrado em educação na mesma instituição.





facebook.com






Sobre o Tema da redação do ENEM:

Vamos entender os fatos , e criticar depois!
Não vale ofender os surdos !
Somos seres humanos , uma causa social!
Mais respeito por nós, por favor?






Escreva que quer torturar, assassinar, solte os monstros. STF liberou geral o ENEM




Resultado de imagem para stf charge



Fernando Brito

Pensa que uma das funções da pedagogia é humanizar, ensinar a conviver, a respeitar, a encarar cada ser humano como essencialmente igual a você?

Esqueça.

A Ministra Cármem Lúcia acaba de atender o Escola Sem Partido e proibir que se “zere” redações do Enem que começa amanhã que em que se vilipendiem os direitos humanos propondo, entre outras coisas, “defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”.

Os nossos juízes acham que redação é uma mera “técnica”, dissociada do que contem. Como devem achar que Direito é uma técnica, dissociada do que produz para a sociedade e para o indivíduo.

E, como é só uma técnica, não há nenhuma importância em que alguém expresse por ela ódio, desumanidade, racismo, sadismo, nazismo.

E, se pode na redação do Enem, por que não poderia no Facebook, no Instagram, no Twitter?

E por que não pode na rua, no metrô, no ônibus?

É inacreditável que essa senhora que preside, do alto de sua pequenez mental, o Supremo Tribunal Federal, tenha esquecido que a principal e saudável função da lei é estabelecer parâmetros mínimos de convívio social e a expressão em textos – a redação – é uma destas formas de relacionamento, porque algo está sendo escrito para ser lido e não se trata de um onanismo gráfico.

Se o que se expressa é uma monstruosidade, a ministra colabora para que um monstro, possivelmente à custa do dinheiro da sociedade, sinta-se à vontade para cursar uma universidade para aprimorar sua monstruosidade.

O Doutor Menguele bem que poderia dizer que o que fazia era “ um procedimento técnico ” na Medicina.

Vai ser muito curioso o dia em que alguém desta tal “ Escola Sem Partido ” for perguntado que nota teria uma redação fazendo a apologia da pedofilia que, agora, para eles, parece ser o maior mal do Brasil e do mundo?

Eu poderia usar as idéias que a Dra. Cármem “ liberou geral ” para me referir a ela e ao Judiciário.

Quem sabe eu mereceria um dez pela boa redação?



Postado em Tijolaço em 04/11/2017




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A família Bolsonaro comemora uma pauta que conseguiu concretizar sem nem mesmo ter começado oficialmente a corrida eleitoral de 2018: o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou redações que ferem os direitos humanos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa neste domingo (5).

Para se ter uma ideia de quanto a ministra Cármen Lúcia atende aos interesses ultraconservadores de Bolsonaro e cia, um dos filhos do deputado federal já ironizava com o tema pouco antes do Supremo negar o pedido da procuradoria-geral da República para que as redações que afrontassem os direitos humanos fosse zeradas.

“DICA PARA A REDAÇÃO DO ENEM QUANDO BOLSONARO FOR ELEITO PRESIDENTE EM 2018 – direitos humanos: esterco da vagabundagem.”, tuitou o vereador Carlos Bolsonaro.

A possibilidade de afrontar os direitos humanos sob o guarda chuva da “liberdade de expressão” sem ser punido e, mais do que isso, a demonização do conceito de direitos humanos sempre associado à “vagabundagem” é uma velha pauta dessa ultradireita que encabeça projetos lunáticos e retrógados como o “escola sem partido”.

Para se ter uma ideia, a decisão da ministra Cármen Lúcia nega um pedido da PGR para suspender a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinou recentemente a revogação da regra prevista no edital do exame. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por sua vez, atendeu a um pedido da Associação “Escola Sem Partido”, que alegou que a regra atentava contra a liberdade de expressão.

Bolsonaro é o mais popular defensor do “escola sem partido”, proposta que vem sendo discutida em inúmeras assembleias estaduais e que visa limitar a liberdade pedagógica dos docentes com base na falácia de que eles estariam “doutrinando” os alunos com ideologias de esquerda. A ideia já foi rechaçada e criticada pela maior parte dos conselhos e entidades educacionais mais respeitadas do país.



DICA PARA A REDAÇÃO DO ENEM QUANDO BOLSONARO FOR ELEITO PRESIDENTE EM 2018 - direitos humanos: esterco da vagabundagem.