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O justo reconhecimento do Ex-Presidente Lula na Europa






 


 

Prêmio Coragem Política

Lula com Anne Hidalgo Prefeita de Paris



Lula com o Presidente da França Emmanuel Macron



Lula com Olaf Scholz futuro Primeiro-Ministro da Alemanha



Lula no Parlamento da União Europeia em Bruxelas na Bélgica



O justo reconhecimento do Ex-Presidente Lula na Europa






 


 

Prêmio Coragem Política

Lula agradece prêmio internacional : " esse prêmio é de todas as pessoas que lutam pelos direitos humanos ". Assista





247 - O ex-presidente Lula agradeceu o prêmio da Fundação Internacional de Direitos Humanos que recebeu nesta sexta-feira, dia 24. Ele disse: "eu acho que esse prêmio não é meu, é de todas as pessoas que lutam no mundo em defesa dos direitos humanos."

A Fundação Internacional de Direitos Humanos havia anunciado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como homenageado na edição 2020 do Prêmio Nicolás Salmerón, na categoria Liberdade.

Em seu comunicado, a Fundação cita a homenagem em função da dignidade e natureza respeitosa, pacífica e democrática com que o ex-presidente enfrentou a perseguição judicial e política a que foi submetido, e que culminou em sua prisão política pelo período de um ano e oito meses.

“ Esta instituição sustenta que a raiz dessa perseguição política responde ao objetivo de concluir o incidente inconstitucional e não democrático realizado anteriormente contra a presidente Dilma Vana Rousseff, em um ato inequívoco chamado de lawfare, cujo objetivo final seria forçar e alterar ilegitimamente as eleições presidenciais de outubro de 2018”, afirmou a entidade ao anunciar o prêmio.




Professora brasileira de escola pública pode ser eleita a nº 1 do mundo






ANA LUIZA BASILIO

“Nunca pensei ser capaz de fazer o que consigo hoje”, conta a estudante Ana Luiza Nonato, 13 anos. “Eu me orgulho muito de dois protótipos que criei. Um deles é o jogo Pacman em tabuleiro, a partir do uso de papelão, palito de churrasco, seringas, mangueiras e bolinha de gude. O outro, uma casa com iluminação led feita a partir de programação”, explica.

“Ela nos ensinou a dar novos usos para o lixo, que antes era descartado sem conhecimento. Antes do projeto eu não fazia ideia do que era reciclagem”, complementa Ana Luiza.

A adolescente fala de Débora Garofalo, professora que chegou à Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Ary Parreiras, em 2013, e iniciou um projeto de robótica a partir do uso de sucata com todos os alunos da unidade. São cerca de 700 no Ensino Fundamental I e II.

Diagnóstico escolar

A iniciativa partiu de uma realidade vivenciada não só pela escola, mas por todo o entorno. A unidade fica localizada na comunidade do Alba, no bairro Cidade Leonor, zona sul de São Paulo. Os moradores tinham por hábito utilizar o córrego da região para fazer descarte irregular de lixo, ocasionado não só enchentes, como problemas de saúde para a população.

“Tomei conhecimento disso conversando com os estudantes”, conta a professora. Daí veio a ideia de iniciar o projeto. “Partimos de aulas públicas para sensibilizar não só os alunos, mas toda a comunidade sobre o problema do descarte irregular e a importância da sustentabilidade a partir do conceito dos 3Rs: reciclar, reutilizar e reduzir”, explica.

Depois disso, a docente e os estudantes começaram a traçar percursos para retirar o lixo reciclável das ruas, tanto sucata quanto eletrônicos e levá-los para dentro das salas de aula. “Começamos a estudar como aqueles materiais poderiam ser transformados com a associação à robótica”. Os alunos fazem uso de linguagem de programação para dar movimento aos seus protótipos, como máquinas e robôs.

Uma vez ao ano, eles também apresentam suas criações em uma feira de tecnologia realizada pela escola. “É o momento em que devolvemos à comunidade o que produzimos e as crianças e adolescentes podem oralizar suas criações”, garante a educadora.

Da escola para o mundo

O projeto extrapolou não só o ambiente escolar, como as fronteiras do País. Débora Garofalo está entre os dez melhores professores do mundo e concorre ao prêmio Global Teacher Prize, que premia com US$ 1 milhão práticas educacionais consideradas inovadoras e com potencial de aplicação em escala. O anúncio do vencedor será feito neste domingo 24, em Dubai.

A professora também é a primeira sul-americana entre os melhores do mundo. “É uma quebra de paradigma importante, pois ainda nutrimos no Brasil a ideia de que tecnologia é coisa para homem e isso decorre de uma desvalorização feminina e consequente desinteresse pela área”, reconhece. Ela também cita a questão da valorização docente: “Vemos muitos homens ganhando, mas a maioria das pessoas que atuam frente às salas de aula são mulheres”, coloca.

Antes mesmo do anúncio do prêmio, a escola Almirante Ary Parreiras já tem o que comemorar.

O coordenador pedagógico Luiz Fernando Machado conta que o envolvimento dos estudantes no projeto mudou a relação deles com a aprendizagem: “Muitos de nossos alunos apresentam problemas de aprendizagem, decorrente também de uma estrutura familiar frágil, que pouco se aproxima da escola. Mas vimos que, quando eles se tornaram autores, viram significado na escola e isso refletiu na melhora até das demais disciplinas”, coloca o educador.

O sentimento é partilhado por Débora. “Vi meninas participando ativamente, uma mudança de comportamento de alunos tidos como indisciplinados, com mais colaboração e empatia, sem contar o retorno à própria escola que virou ponto de reciclagem.”

Alguns números também embasam os resultados: “Recolhemos uma tonelada de materiais recicláveis das ruas, melhoramos a questão dos alagamentos na comunidade, o Ideb escolar passou de 4,2 para 5,2, além de reduzir a questão do trabalho infantil. Eu tinha 30 alunos nessa condição, e reduzimos a evasão em 93%”, afirma Garofalo.

Pela educação pública

Para a docente, concorrer ao prêmio é importante também para reafirmar a importância da educação pública. “Precisamos que toda a sociedade apoie a educação brasileira”, afirma.

Débora entende que colocar o Brasil entre os dez melhores trabalhos do mundo é também refletir sobre um caminho de mudança necessária. “Penso que é preciso introduzir a tecnologia como propulsora da aprendizagem e valorizar as práticas docentes que já são realizadas no chão da escola.”

A professora, no entanto, não descola a discussão do campo das políticas públicas. “Elas precisam dialogar mais com os professores, preverem mudanças na formação inicial e continuada para que os docentes estejam, de fato, preparados para a realidade da escola pública, além de prever a valorização da carreira”, elenca.

Isso se faz prioritário, sobretudo, em um cenário difícil para a educação: “Precisamos atacar de fato questões importantes para a melhoria da educação, como Alfabetização, rever o número de estudantes por sala, investir em tecnologia”. Para ela, muito do que está em pauta é “supérfluo”, caso do Escola sem Partido. “O caminho não é penalizar os professores ou ficar procurando formas de fazê-lo.”






Lula é premiado pela maior central sindical dos EUA e Canadá


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O ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019; homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central de trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá; "A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo", diz a entidade; prêmio fortalece candidatura de Lula ao prêmio Nobel da Paz e reforça sua condição de preso político

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019. A homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central operária dos Estados Unidos e Canadá. O prêmio leva o nome de George Meany-Lane Kirkland, ex-presidente da central sindical, e começou a ser entregue no ano de seu falecimento, 1999.

"A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo."

No texto em que explica a escolha, a central denuncia a prisão injusta e sem provas de Lula, e recorda as conquistas que o Brasil e o povo brasileiro alcançaram durante seus mandatos.

Mantido como preso político desde abril de 2018, o ex-presidente Lula é candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Já são mais de 600 mil pessoas que assinaram o manifesto aberto pelo arquiteto e ativista de direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel para que o ex-presidente seja indicado a receber a premiação. Na primeira fase da campanha, o ex-presidente conseguiu apoio de todas as categorias, incluindo chefes de Estados e ganhadores do prêmio em outras edições. Esse tipo de apoio foi feito direto no site do Comitê Norueguês, organizador do Nobel (leia mais).

Leia, abaixo, a íntegra do texto da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais:

Como migrante, trabalhador, líder sindical e visionário político, Luiz Inácio Lula da Silva passou sua vida lutando por democracia e pelos direitos dos trabalhadores e comunidades excluídas no Brasil. Como presidente, de 2003 a 2010, Lula resgatou milhões de pessoas da pobreza e estendeu o acesso à educação superior e à habitação a milhares de cidadãos de baixa renda. Ele se tornou um líder respeitado em todo o mundo por aqueles que acreditam que uma economia global sustentável depende de uma melhor distribuição da prosperidade. Por isso, a AFL-CIO honra Luiz Inácio Lula da Silva com seu prêmio de direitos humanos George Meany-Lane Kirkland.

Em seu compromisso para ampliar o acesso a uma vida decente e a direitos básicos, Lula tem sido fiel às suas origens no carente Nordeste brasileiro, onde viveu antes de migrar para São Paulo com sua mãe e irmãos. Como líder de um importante sindicato metalúrgico no fim dos anos 70, ele conduziu trabalhadores que enfrentavam a ditadura no país para democratizar locais de trabalho e sindicatos. Lula foi um personagem crucial na ampla aliança de movimentos sociais de massa, artistas e intelectuais, mulheres e homens, e brasileiros de todas as raças, que restabeleceu a democracia no Brasil em 1985.

Naquela jovem democracia, Lula lutou sem descansar para colocar o maior número possível de pessoas numa situação de igualdade de direitos e de uma vida decente que um país tão grande quanto o Brasil poderia oferecer a seu povo. Durante sua Presidência, o Brasil apresentou progresso concreto e consistente em termos de inclusão social, e todos os brasileiros prosperaram. Mas desde 2015, opositores a tal progresso aproveitaram a retração econômica, o ressentimento da elite por ter perdido o controle do país e o preconceito contra muitos de seus cidadãos para levar o país para trás, congelando os investimentos em educação e saúde por vinte anos, minando direitos trabalhistas, revertendo avanços em igualdade racial e de gênero, ameaçando a floresta amazônica e povos indígenas e semeando o ódio e medo em seus discursos e ações.

Para avançar sua agenda, esta elite minou as frágeis instituições democráticas brasileiras, especialmente o Judiciário, e tomou medidas extraordinárias e ilegais para impedir que Lula concorresse à eleição presidencial em outubro de 2018, quando pesquisas apontavam sua vitória. Desde 7 de abril de 2018, Lula é um prisioneiro político, condenado por "atos oficiais não especificados" tendo como prova contra ele apenas informações originadas em delações premiadas sem documento. Contrariamente à Constituição brasileira, ele permanece preso enquanto recursos ainda estão sendo examinados e foi impedido de comparecer ao funeral de seu irmão, embora o Brasil permita tais saídas a milhares de prisioneiros todos os meses. Enquanto estava preso durante a ditadura nos anos 70, Lula teve mais acesso a seus direitos do que no Brasil de hoje.

O crime de Lula foi ter a audácia de tirar mais de 30 milhões de pessoas da pobreza e desafiar os privilégios da poderosa elite que há muito age como se fosse dona do Brasil. Durante este período difícil, a mensagem de Lula e do amplo movimento social que ele e seus aliados construíram permanece clara: a luta continua.

A AFL-CIO junta-se ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas no pedido para que os direitos políticos integrais de Lula sejam restaurados, e nos unimos com o movimento trabalhista global na demanda para que Lula seja absolvido imediatamente e liberado de uma perseguição política profundamente injusta.

Lula e os vibrantes movimentos sociais brasileiros continuam tanto como atores reais na luta diária por justiça social no Brasil, assim como símbolos da esperança que todos compartilhamos por um retorno da democracia em muitos países que atualmente passam por períodos sombrios de aumento da desigualdade e ódio contra migrantes, trabalhadores, e líderes e visionários comprometidos com justiça social.

A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo.

Leia aqui o texto original em inglês.


Postado em Brasil 247 em 14/03/2019