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Lula defende mais filhos de porteiros na universidade e menos figuras como Paulo Guedes no poder



Perfil no Twitter do ex-presidente Lula respondeu a um internauta que disse ser “um dos filhos de porteiro e empregada doméstica” que pôde estudar graças aos programas dos governos do PT.

247 - O ex-presidente Lula defendeu, via postagem de sua equipe no Twitter, que mais filhos de porteiros entrem nas universidades e menos figuras como Paulo Guedes ingressem para a política.

A postagem rebate à declaração do ministro da Economia, que reclamou que “filho de porteiro com nota zero no vestibular" conseguia entrar em faculdade com bolsas do Fies durante os governos do PT. Para ele, o Fies foi um “desastre” que enriqueceu meia dúzia de empresários.

“Por mais jovens como Ricardo e menos homens como Paulos Guedes”, postou Lula, em resposta a um internauta chamado Ricardo Silvestre.

O post do internauta - que se define como “publicitário, especialista em mídia digital, agente de influenciadores e creators pretos, speaker, consultor e fundador da Black Influence” - dizia: “Felizmente um dos filhos de porteiro e empregada doméstica sou eu, que pude estudar pela existência dos programas sociais do governo Lula”.






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Perfil no Twitter do ex-presidente Lula respondeu a um internauta que disse ser “um dos filhos de porteiro e empregada doméstica” que pôde estudar graças aos programas dos governos do PT.

247 - O ex-presidente Lula defendeu, via postagem de sua equipe no Twitter, que mais filhos de porteiros entrem nas universidades e menos figuras como Paulo Guedes ingressem para a política.

A postagem rebate à declaração do ministro da Economia, que reclamou que “filho de porteiro com nota zero no vestibular" conseguia entrar em faculdade com bolsas do Fies durante os governos do PT. Para ele, o Fies foi um “desastre” que enriqueceu meia dúzia de empresários.

“Por mais jovens como Ricardo e menos homens como Paulos Guedes”, postou Lula, em resposta a um internauta chamado Ricardo Silvestre.

O post do internauta - que se define como “publicitário, especialista em mídia digital, agente de influenciadores e creators pretos, speaker, consultor e fundador da Black Influence” - dizia: “Felizmente um dos filhos de porteiro e empregada doméstica sou eu, que pude estudar pela existência dos programas sociais do governo Lula”.






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Veja o que está sendo destruído com os cortes de verbas na Educação !


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O vídeo acima foi feito em 2016



Abaixo, Ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad, apoia a luta dos estudantes contra a destruição da Educação Brasileira




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" Sigamos, esperançosos, lutando com amor", diz Monica Iozzi









Votar em Fernando Haddad é preciso !






























Ponta da Praia

Marcos Rolim (*)

Entre janeiro de 1999 e janeiro de 2003, durante o mandato que exerci como deputado federal, tive, por dever de ofício, de me encontrar muitas vezes com Jair Bolsonaro. Integrei a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, tendo presidido essa última no ano de 2000. 

Bolsonaro participou muitas vezes das reuniões da Comissão de Direitos Humanos. Nunca apresentou uma única ideia ou projeto, nunca pretendeu sequer dialogar com os demais membros da Comissão. Sua presença, como agente provocador, se deu sempre para ofender pessoas, desprezar os relatos das vítimas e defender a ditadura e seus métodos.

Lembro de muitos episódios como, por exemplo, quando debatíamos iniciativas para a identificação de ossadas que poderiam ser de desaparecidos políticos, o que levou o deputado a dizer que “quem procura osso é cachorro”. Ele também fixou na porta de seu gabinete um cartaz com essa frase.

Lembro de quando aprovamos meu relatório sobre abusos sofridos por índias Yanomami, violadas sexualmente por soldados do Exército quase na fronteira com a Venezuela. Estive lá, com Davi Kopenawa Yanomami, uma das mais respeitadas lideranças indígenas do mundo, que foi o intérprete para a conversa que mantive com as índias. Ao saber que eu havia traduzido o relatório e remetido para ONGs em todo o mundo, Bolsonaro me chamou de “traidor da pátria” propondo o meu fuzilamento, em pronunciamento na tribuna. 

Muito antes, ele já havia proposto o fuzilamento de Fernando Henrique e recomendado a tortura de Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central. 

As pessoas mudam. Muitas têm mesmo a virtude de aprender com seus erros, de amadurecer, de se tornarem mais cultas e, por decorrência, mais conscientes de suas próprias limitações. Viver com sentido exige a coragem para deslocar-se, para ver com outros olhos, para ser mais crítico conosco mesmos. Pensar é esse deslocar-se, essa busca pelo não sabido, esse acerto de contas consigo mesmo. Bolsonaro já era um parlamentar experiente naquela época, mas poderia ter mudado. Não mudou um centímetro.

Em 2014, na cerimônia na Câmara que inaugurava o busto em homenagem ao Deputado Rubens Paiva, barbaramente torturado e morto pela ditadura, ele montou uma confusão em meio aos presentes, gritando: – “Rubens Paiva teve o que mereceu, comunista desgraçado, vagabundo!”. Depois disso, cuspiu no busto, para o horror dos familiares de Paiva e perplexidade geral das autoridades presentes (veja a história contada pelo neto de Rubens Paiva aqui: https://goo.gl/ZNYHK1).

No último domingo, Bolsonaro fez um discurso (vamos chamar assim) transmitido de sua casa para a Av. Paulista onde milhares de apoiadores o ouviram. O pronunciamento é assustador. Feito sem teleprompter para amaciar a vocação de capitão do mato, Bolsonaro foi 100% Bolsonaro. Na overdose fascista, lá pelas tantas ele disse:
Petralhada, vai tudo vocês (sic) pra ponta da praia. Vocês não terão mais vez em nossa pátria porque eu vou cortar todas as mordomias de vocês. Vocês não terão mais ONGs para saciar a fome de mortadela de vocês. Será uma limpeza nunca visto (sic) na história do Brasil.
A ideia de uma “faxina ideológica” já havia sido anunciada desde seu último comício no Acre, antes do atentado, quando o candidato disse que os petistas seriam metralhados. 

Fiquei intrigado, entretanto, com a expressão “Vai tudo vocês pra ponta da praia”. 

Talvez o capitão tenha se empolgado com o fato de estar sendo ouvido por tanta gente e tenha deixado escapar uma expressão muito reveladora, como nos ato falhos observados por Freud. 

“Ponta da praia” teria sido uma gíria usada por militares para o destino de presos políticos que seriam mortos sob tortura na base militar da Marinha na Restinga de Marambaia, em Pedra Guaratiba, no Rio de Janeiro. Faz sentido. Não por acaso, Bolsonaro se refere aos problemas do Brasil sempre fixando temporalmente o que ocorreu “nesses últimos 30 anos”.

Nesses últimos 30 anos, o Brasil viveu em uma democracia. Com todas as suas fragilidades e limites, mas, ainda assim, uma democracia. Foi esse regime que permitiu que um defensor da ditadura e da tortura fosse candidato a presidente.

Bolsonaro é um adversário da democracia, um inimigo dos direitos humanos e um proponente da violência. Seu programa, seus pronunciamentos e sua história não permitem a menor dúvida a respeito disso. 

Se ele vencer as eleições, o que poderá construir em favor da democracia, das garantias fundamentais e da paz?


(*) Doutor e mestre em Sociologia e jornalista. Presidente do Instituto Cidade Segura. Autor, entre outros, de “A Formação de Jovens Violentos: estudo sobre a etiologia da violência extrema” (Appris, 2016)

Postado em Sul21 em 26/10/2018








PESQUISA VOX POPULLI AGORA ÁS 18 H EMPATE 50 A 50 !





Sabatina com Haddad ao vivo !



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Nenhum texto alternativo automático disponível.



No dia de Nossa Senhora Aparecida . . .



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Agradeço a Nossa Senhora Aparecida por todas as graças 

e rogo que nos proteja e nos conduza a um Brasil

 sem fascismo e com democracia

sem pobreza e com desenvolvimento, 

sem desigualdade e com oportunidade, 

sem preconceitos e com tolerância, 

sem violência e com paz, 

se assim merecermos,

a partir das urnas em 28 de Outubro de 2018.

Como hoje se comemora, também, o Dia das Crianças, 

que este novo Brasil seja possível para elas já em 2019 ! 


Amém.









Pastor Daniel Elias censurado pelo Facebook










Emocionante apelo à razão feito por Guilherme Boulos no último debate antes do 1º Turno da eleição 2018


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Não deixaremos a Ditadura Militar voltar !

Em 7 de Outubro votaremos nos candidatos 

progressistas como Guilherme Boulos,

 Ciro Gomes e Fernando Haddad !


















Te convido a votar em Haddad-Manu para resgatar o Brasil


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Conhecendo Fernando Haddad

















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Sonho Impossível  

( Em português não é bem uma tradução e sim uma versão brasileira da original em inglês )


Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender

Sofrer a tortura implacável 
Romper a incabível prisão 
Voar num limite improvável 
Tocar o inacessível chão 

É minha lei, é minha questão 
Virar este mundo, cravar este chão 
Não me importa saber 
Se é terrível demais 
Quantas guerras terei que vencer 
Por um pouco de paz 

E amanhã se este chão que eu beijei 
For meu leito e perdão 
Vou saber que valeu 
Delirar e morrer de paixão 

E assim, seja lá como for 
Vai ter fim a infinita aflição 
E o mundo vai ver uma flor 
Brotar do impossível chão 















Debate de Lula na internet viralizou : primeiros números indicam audiência de mais de 1 milhão



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247 - A estratégia da coligação PT-PC do B de confrontar a censura do Judiciário e da Band e a hegemonia das mídias conservadoras e realizar um debate com Lula, Haddad e Manuela nas redes foi um sucesso inesperado. 

Mais de um milhão de pessoas já havia assistido o debate às 10h30 da manhã desta sexta (10). Apenas na página oficial de Lula no Faceboook, eram 830 mil visualizações; na página da TV 247 no YouTube, no mesmo horário, já havia mais de 75 mil visualizações. No mesmo horário, havia 2,2 milhões de visualizações do debate da Band na página da emissora no YouTube. A audiência do debate na TV aberta chegou a 5,9 pontos, ao redor de 3 milhões de pessoas na Grande São Paulo. 

Estão sendo consolidados os números de audiência na internet ao longo desta sexta, o que é uma tarefa complexa pela característica de dispersão das redes, mas há possibilidade de que a audiência do debate PT-PC do B seja ainda muito maior.

É um momento histórico, porque nestas eleições, as redes sociais irão, pela primeira vez, enfrentar a narrativa da mídia tradicional, controlada pela direita.


Postado em Brasil 247 em 10/08/2018



Preso em Curitiba, Lula venceu os dois debates 

da noite


Ricardo Stuckert/Kelly Fuzaro-Band


247 - Preso em Curitiba, cerceado, censurado, proibido, Lula foi o grande vitorioso dos dois debates da noite desta quinta-feira (9). O debate da Bandeirantes, venceu por WO -mesmo ausente pela proibição do Judiciário, esteve onipresente, enquanto os demais candidatos, no estúdio, não apareceram. Foi um debate medíocre e sem sabor, com performances que chegaram a ser constrangedoras. No outro debate da noite, transmitidos pelas redes sociais e portais, Fernando Haddad, Manuela D'Ávila, Gleisi Hoffmann e Sérgio Gabrieli apresentaram, ao vivo, o programa de governo da coligação PT-Pc do B, mas uma edição primorosa deu voz a Lula: o programa foi uma colagem de entrevistas de Lula entremeadas pelo debate ao vivo. 

Na Band, havia oito candidatos presentes: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). O grande numero de presentes e a ausência de Lula deram um caráter de dispersão ao debate. Nenhum dos candidatos ousou criticar Lula; Boulos fez uma defesa breve do ex-presidente na sua primeira intervenção no debate. Com Lula com mais de 41% das intenções de voto no país, segundo a última pesquisa Vox Populi, nenhum candidato arriscou um confronto, ainda mais com o líder aprisionado -Alckmin fez um ataque ao PT apenas no final do debate, às 0h37. Talvez tenha havido uma estratégia de ignorar Lula e o PT-PC do B, mas a proeminência é tão evidente que a estratégia foi frustrada.

Com o mais de 13 milhões de desempregados, o tema do emprego foi o mais relevante no debate. Houve um acordo quase explícito dos candidatos de direita de colocar Ciro e Boulos de escanteio. As perguntas entre candidatos e mesmo dos jornalistas buscaram silenciar ambos. Alckmin e Ciro mantiveram uma aliança tácita com Marina durante todo o debate; o ex-governador de São Paulo, ao contrário do que seria esperado, fugiu do confronto com Bolsonaro; Ciro centrou fogo em Alckmin e Boulos em Bolsonaro; ao fazer a defesa aberta da reforma trabalhista, Alckmin apresentou-se como o candidato do governo Temer; Bolsonaro girava no universo paralelo que o caracteriza e atuou defensivamente, preocupado apenas em manter seu eleitorado, sair do debate sem prejuízo; Marina Silva, experiente depois de duas campanhas presidenciais, manteve-se no tema do desemprego; Álvaro Dias bateu quase que unicamente na tecla de fazer de Moro ministro da Justiça; o Cabo Daciolo, ex-PSOL, dividiu com com Bolsonaro o discurso da extrema-direita com um acento "cristão". Foi um festival de "Deus". Todos os candidatos, à exceção de Boulos e Meirelles, aproveitaram-se descaradamente do sentimento religioso do povo brasileiro. 

Enquanto isso, no debate com Lula, a apresentação do programa de governo e do cenário político do país pós-golpe estiveram no centro das conversas. No debate da Band praticamente ignorou-se o golpe de 2016, exceto por uma menção de Ciro Gomes que defendeu a honestidade de Dilma numa resposta a Bolsonaro. Haddad perguntou: "do que eles têm medo?", referindo-se à proibição da presença de Lula e a veto à sua participação no debate da Band.

Ao final do debate da Band, restou patente que a possibilidade de uma mudança expressiva nas preferências do eleitorado são quase nulas. Não será pelo debate que poderá haver qualquer mudança significativa no cenário. A exclusão de Lula e da coligação PT-PC do B não parece haver resultado em qualquer prejuízo para o ex-presidente e os partidos coligados. Ao contrário, Lula foi o grande vencedor da noite.



Postado em Brasil 247 em 10/08/2018


Abaixo o Debate com Lula  : O Brasil que queremos de volta ! 








Fernando Haddad e Manuela D'Avila farão debate, ao vivo, com jornalistas e eleitores, nesta quinta-feira às 22 horas


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A TV 247 irá transmitir ao vivo, a partir de 22h desta quinta-feira (9) o debate de Fernando Haddad e Manuela D'Avila com jornalistas e eleitores.

Será igualmente transmitido pelos canais do PT, do PC do B, dos candidatos e por uma rede de veículos da mídia independente, blogs, páginas e perfis nas redes sociais.

O Judiciário proibiu a presença de Lula no debate que será promovido entre oito candidatos pela Band e a emissora vetou a presença de Haddad como representante de Lula.


247 - A TV 247 irá transmitir ao vivo, a partir de 22h desta quinta-feira (9) o debate de Fernando Haddad e Manuela D'Avila com jornalistas e eleitores que será igualmente transmitido pelos canais do PT, do PC do B, dos candidatos e por uma rede de veículos da mídia independente, blogs, páginas e perfis nas redes sociais. O debate acontece depois de o Judiciário proibir a presença de Lula no debate que será promovido entre oito candidatos pela Band e de a emissora vetar a presença de Haddad como representante de Lula. 

Se você quiser assistir a transmissão, o endereço da TV 247 é youtube.com/brasil247. Também será possível acompanhar pela página do 247 no Facebook: facebook.com/brasil247 

Antes dos debates, haverá um "esquenta" a partir de 21h com a presença de Leonardo Attuch e Mauro Lopes, do 247, e de Renato Rovai, da Fórum. A conversa acontece em rede, nos canais da TV 247 e da Fórum (youtube.com/forumrevista). Os comentários continuarão ao longo dos debates, tanto o de Haddad/Manu como da Band.

Participarão do debate da Band Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).



Postado em Brasil 247 em 09/08/2018




O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é um administrador público moderno e antenado : Redução de velocidade é tendência global e é recomendada pela ONU



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O Hacklab criou este simulador simples para gente entender como o limite de velocidade influencia a mobilidade. Sensacional, racional e simples.

Muito tem se falado sobre o limite de velocidade nas vias de São Paulo.

Criamos este simulador simples para que você possa entender como que esse limite influencia a mobilidade.

Com tanta tecnologia e ciência disponíveis, políticos seguem tomando decisões baseadas no achismo e senso comum. Queremos uma gestão com racionalidade.

Veja o vídeo e simule você mesmo em http://www.hacklab.com.br/simulador-de-transito/




O EL PAÍS acionou sua rede de correspondentes no mundo para saber qual é o limite de velocidade das principais capitais. A conclusão é que a redução do limite de velocidade é uma tendência inexorável. Em Nova York, por exemplo, há quase dois anos o limite na área urbana passou para 40 km/h e, em Londres, a máxima diminui para 32km/h em importantes avenidas da capital inglesa. Nas duas capitais os óbitos caíram.

A redução é apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que recomendou a adoção do limite de 50 km/h em áreas urbanas para diminuir os acidentes e melhorar o fluxo do trânsito nas cidades. De fato, em 2011, a Assembleia Geral da entidade lançou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. Uma série de medidas foi definida pare que as vítimas de acidentes fatais no trânsito fossem reduzidas em todo o mundo. Entre elas, estava a o limite de velocidade de até 50 km/h para qualquer via urbana – sem distinção de tamanho ou capacidade. E, em áreas com grande movimentação de pedestres e ciclistas, a recomendação é de 30 km/h.

Em São Paulo, a medida começou a ser adotada pela prefeitura em julho do ano passado. De forma geral, o padrão adotado foi o mesmo estabelecido pela OMS. Em avenidas com cruzamentos, semáforos e circulação de pessoas, os limites foram reduzidos para 50 km/h. Nestas vias, radares de trânsito e guardas fiscalizam a velocidade dos veículos. Em grandes avenidas, sem semáforo ou cruzamento, como a 23 de Maio, que corta a cidade de Norte a Sul, os limites foram fixados em 60km/h.


Acidentes caem 29% após redução da velocidade nas




Que tem a ver o MP com o fechamento da Paulista? : Os riscos da judicialização da administração e da política




Percival Maricato

Não faltam problemas que o Ministério Público de São Paulo deveria estar cuidando. Ai estão a cracolândia, corrupção, violência policial, black blocs voltando a agir à vontade, e etc.

No entanto, alguns de seus membros se equivocam ao se imiscuir em assunto administrativo, evidente alteração das finalidades e limites legais de ação da instituição. 

Os jornais noticiaram intervenções de promotores em decisões sobre faixas de ônibus, uso ou não dessas faixas por taxistas, determinação da prefeitura para que faça 700 creches (equivale a dizer ao prefeito eleito o que deve ser prioritário no uso de ser orçamento) e agora ameaçam a municipalidade com multa (ou seja, o contribuinte) por esta decidir liberar a Av Paulista a pedestres e bicicletas aos domingos. A se admitir isto, simples questão de mobilidade e lazer dentro da cidade, poderiam também discutir que ruas devem ser mão ou contra mão.

O prefeito de São Paulo (tanto como outros pelo país) deve sim fechar, não só a av Paulista, mas algumas dezenas de ruas entre as mais de 20 mil existentes, especialmente na periferia. 

Deve pelo menos um dia da semana, o domingo, por enquanto, preservar o esses espaços para pedestres, para que aprendamos a retomar a vida comunitária, a conversa com vizinhos e demais moradores do bairro, privilegiemos crianças, idosos, deficientes, famílias. 

Deve em cada via da cidade, reduzir o espaço dos veículos e aumentar calçadas (onde devem ser instalados equipamentos comunitários, bancos, árvores, condições para as pessoas se sentirem estimuladas a circular, descansar, ler jornais e etc) e faixas para transportes públicos, mudando de vez o tipo de mobilidade e convivência na urbe. 

Isso é política de administração: o cidadão e ser humano, antes da máquina. Se os moradores de São Paulo querem manter a cidade no rumo anterior ao atual prefeito, com prioridade para o automóvel, poderá dizer isso nas urnas, nas próximas eleições, não porém o MP.

Em nosso sistema político temos os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Quem administra cidades, estados ou a União, é o Executivo. No Judiciário podemos incluir o Ministério Público, fiscal da lei. Atualmente assistimos a um fenômeno denominado ativismo judicial, que alguns chamam de judicialização, ou seja, a intervenção de instituições do Judiciário na atividade administrativa ou política. A polêmica da av Paulista pode ser vista desse ângulo.

Às vezes o órgão judicial é provocado pela sociedade, como no caso do casamento gay, tema polêmico que os parlamentares preferiram não mexer, temendo perder votos. O STF, certo ou errado, fez o que devia ser feito, decidiu. 

Outras vezes, esses órgãos extrapolam, como foi o caso do mesmo STF ao decidir sobre a prioridade na construção de presídios pelo Poder Público. Têm sido comum juízes obrigarem governos a comprarem determinados remédios caríssimos para atender doentes ou equiparem hospitais.

Também recentemente noticiam os jornais que os MPs, Estadual e Federal estariam formando força tarefa para estudar se o governo estadual (SP) pode ser culpado penalmente por não prever e tomar providências quanto a crise hídrica. 

O fenômeno parece chegar até a esfera policial: delegados da polícia federal se acham no direito de abrir um inquérito contra ex presidente da República a partir de um fulano disse ou da teoria do fato (deveria saber). Não bastasse as suposições diárias da mídia, que já temos que suportar.

O fenômeno tem pois aspectos positivos e negativos. Às vezes o positivo para uns é negativo para outros, dependendo de sua opção política. E aqui há um equívoco. Ao defender o administrador eleito, goste ou não, tenha ou não votado nele, o cidadão está defendendo seu mais sagrado direito, o poder de seu voto. 

O risco institucional está sempre presente em excessos de judicialização (ou ativismo, não temos espaço para distinguir conceitos). Ocorre uma politização das decisões, possível desgaste das instituições dos três poderes e notória redução dos direitos dos cidadãos. A democracia se torna vítima.

É o povo quem escolhe membros do executivo e legislativo e quando o faz, leva em conta programas de governo, que por sua vez, contém propostas de prioridades, consequentemente, também onde deverá ser gasto o orçamento, sempre limitado quando se leva em conta tudo que há por fazer (saúde, educação, segurança, mobilidade, cultural, lazer...). Quando estes erram, pode mudá-los nas eleições que se seguem.

Ora, se promotores dizem que a prioridade, ou mais ainda, que creches devem estar acima das opções possíveis, devem ser feitas tantas delas, ou se decidem até o que se deve fazer com uma avenida em determinada cidade, estão governando. 

Assim ocorre se juízes dizem que produtos farmacêuticos devem ser adquiridos e distribuídos com os recursos arrecadados, que presídios devem ser construídos de imediato, sem terem suas prioridades ou decisões submetidas ao crivo de eleições; governam sem voto, sem correrem riscos de perder o cargo.

Pode ser justo, pois, que haja intervenção do Judiciário em áreas do Executivo, até do Legislativo em situações extremas, seguramente previstas nos limites da lei, em pleitos expressos pela sociedade, com decisões que, sendo possíveis, devem ser provisórias. 

Sem ser assim, as instituições democráticas começam a correr riscos. Inclusive as do Judiciário, do MP, cujo prestígio deve ser mantido. 

Tanto como foi com militares no passado, não queremos ser administrados por juízes, promotores, delegados ou qualquer outra instituição. 

Na prática, não deixa de ser um governo de elites (funcionais), opção e tentação que já foi rejeitada na Grécia antiga, apesar de sugerida por Platão.


Postado no Luis Nassif Online em 19/10/2015