Internet ferramenta útil e às vezes nem tanto



Já é exagero

José Inácio Werneck 

Bristol (EUA) – Existe na legislação americana o que se chama “statutory rape”. É o estupro presumido, que se aplica a todas as relações sexuais com um menor de 16 anos, por considerar-se que ele ou ela não tem ainda a maturidade suficiente para um consentimento consciente.

Ora, no dia 16 de fevereiro, em Vero Beach, na Flórida, uma lésbica de 18 anos, Kaitlyn Hunt (foto), foi presa na casa de seus pais, sob a alegação de que por três vezes tinha mantido relações sexuais com uma menina de 14 anos, chegando inclusive a induzi-la a fugir de casa.

A prisão foi efetuada por denúncia dos pais da menor, depois de terem sido informados na escola que as duas frequentavam do que vinha se passando. A última relação sexual ocorreu na casa dos pais de Kaitlyn Hunt, onde a menor se encontrava.

Kaitlyn Hunt reconheceu prontamente o fato de que vinha mantendo relações sexuais com a menor e foi defendida por seus pais, que consideraram o caso “normal”.

- Ela a ama – explicou o pai de Kaitlyn. A polícia prendeu minha filha apenas por discriminação contra os gays.

O promotor replicou que nada havia de discriminação no caso, apenas o cumprimento de um dispositivo legal, que se aplica tanto a heterossexuais quanto a homossexuais. 

Trata-se simplesmente de proteger a integridade moral de menores de idade, da mesma forma que seria feito no relacionamento de um homem com um menino menor de idade, de um homem com uma menina menor de idade ou de uma mulher maior de 18 anos com um menino menor de idade.

Afinal, pedofilia é pedofilia, sem distinção de sexo.

O promotor disse que inclusive está sendo leniente ao apresentar uma acusação apenas de ofensa sexual libidinosa, em vez de estupro presumido, que acarretaria uma pena mais grave.

À argumentação do pai de Kaitlyn, Steven Hunt Jr., de que a menor de 14 anos queria ter sexo com sua filha, o promotor explicou o que a lei estipula: uma menor de 14 anos não tem capacidade para consentimento.

É um caso simples e direto, sem controvérsias. Melhor dizendo, não deveria haver controvérsias, mas surgiu na Internet uma petição que já conta com mais de cem mil assinaturas pedindo “liberdade para Kaitlyn”, sob a alegação de que se trata de “discriminação contra os gays”.

Discriminação? Parece-me mais que eles querem tratamento especial e excessos desta ordem explicam porque no mundo afora já há uma boa resistência contra o movimento gay. 

A petição na Internet reclama contra o que considera “leis antiquadas”, mas proteger menores é um princípio moral imperecível.


 Sobre o autor deste artigo José Inácio Werneck - É jornalista e escritor com passagem em órgãos de comunicação no Brasil, Inglaterra e Estados Unidos. Publicou "Com Esperança no Coração: Os imigrantes brasileiros nos Estados Unidos", estudo sociológico, e "Sabor de Mar", novela. É intérprete judicial do Estado de Connecticut. Trabalha na ESPN e na Gazeta Esportiva.

Postado no site Direto da Redação em 23/05/2013

Gringos e macacos



Urariano Mota

Um jovem de grande inteligência e observação, que conhece muitos países europeus, me enviou esta mensagem ontem:

“Para muitos gringos, os brasileiros, os que não são europeus, não passam de macacos. Aquilo que o senhor escreveu em ‘O filho renegado de Deus’ ainda acontece na Europa. Aquilo não está só como os gringos viam um negro no Recife em 1961. Mas muita gente tenta esconder essa realidade. Ou fazer de conta que não acontece. Mas acontece, todos os dias, ainda hoje”.

E de fato, amigos, leio na Folha de São Paulo nesta quinta-feira que jovens da periferia, lá na exemplar Suécia, revoltados, queimaram carros. 

E que esses protestos começaram depois da repressão policial ter matado um imigrante velho. Pior, a mesma polícia que matou abre investigação sobre o crime. Mas nem com tal providência evitou a revolta dos jovens. 

Eles acusam as forças de segurança de abuso de autoridade, de bater em idosos e crianças e de chamar os imigrantes, na maioria negros, de ‘macacos’...”.

Então ligo a mensagem recebida à notícia de hoje, e por isso navego pela internet para ver o quanto a Europa e os Estados Unidos em crise descontam nas costas dos imigrantes os problemas econômicos. 

O novo aqui – se novidade há – é o crescimento do ódio em velhos preconceitos contra os latinos, africanos, ou de um modo mais amplo, contra os não-europeus. Assim ocorre na Itália, onde a nova ministra da Integração, Cecile Kyenge, vem recebendo insultos por ser negra e mulher. Sites de extrema-direita a têm rotulado como “macaco congolês”.

Assim é com o jogador Mario Balotelli, o craque da seleção italiana, que tem sido vítima de humilhações nos estádios, como no San Siro, em que a torcida da casa fez barulhos e imitações de macacos para provocá-lo. No primeiro tempo, o atleta mandou a torcida adversária se calar, porém perto do fim do segundo tempo a situação ficou insustentável e o juiz teve que paralisar o jogo por alguns minutos.

Essas noticias falam que esse não foi um caso isolado. Em Portugal, a situação se repete com uma brasileira de nome Kelly dentro do BBB português. Recentemente, Macau, um dos participantes do Big Brother de Portugal, imitou um macaco enquanto Kelly tomava banho. 

Já na Espanha, depois de fazer uma falta no atacante Cristiano Ronaldo, na derrota do Barcelona para o Real Madrid, por 2 a 1, o lateral-direito Daniel Alves teve que ouvir insultos no Santiago Bernabéu, de acordo com a imprensa espanhola. O brasileiro, já nos últimos minutos do jogo, escutou sons de imitações de macacos vindos das arquibancadas do estádio.

Esse tem sido um comportamento repetido, da Inglaterra à França, mais a Grécia e onde a crise econômica desponta. O insulto e o desprezo por humanos diferentes não é novo.

A novidade é que os macacos antigos agora vão além dos negros, atingem os muçulmanos, imigrantes pobres, pessoas de pele clara, e tudo que for estranho.

Enquanto escrevo, recebo a informação de que os estrangeiros não gostam de ser tratados por “gringos” no Brasil. É natural e justo que não se sintam bem. Mas em um contexto de incompreensões e discórdia, creio que o leitor entenderá o título da coluna.

O trecho do romance “O filho renegado de Deus” a que o jovem se referiu é este:

“- Eu serei o seu guia e intérprete no Recife, excelência.

Então uma jovem ao lado de Ted Kennedy, com jeito de fina, educada, parecendo uma condessa, então essa senhora vai falar para Edward, em gíria do Sul dos Estados Unidos:

- Quem vai nos servir é este macaco?!

Sim, então nessa frase o negro Filadelfo sentirá, com tamanha raiva, mágoa que o deixará ferido, então o negrinho vai sentir que serão crescidas dentro de si florestas de macacos, um povo de grandes símios, um mato, uma cerrada população de árvores onde pulam chimpanzés como ele, como sua mãe, como sua avó escrava, um povo de caricatura a pular entre árvores, onde se confundem os colonizadores filhos de colonizadores, netos de colonizadores, todos de capacete e rifle em safáris. É natural que não diga nem ao padrinho Manoel de Carvalho, pois o espírito acima de tudo não o perdoaria, e Filadelfo não podia contar que apenas respondeu, quando deveria cuspir, escarrar no imaculado e gentil braço da suave dama, mas apenas disse:

- Senhora, eu não sou macaco.

- Oh, não, o senhor entendeu mal, ela não disse isso – meio a contragosto contemporizou o nobre representante dos Estados Unidos. Ao que ele, o macaco que falava, apenas disse:

- Senhor, eu falo inglês e entendo bem as suas gírias”.


 Sobre o autor deste artigo Urariano Mota - pernambucano, jornalista e autor dos livros "Soledad no Recife" e “O filho renegado de Deus”. O primeiro, recria os últimos dias de Soledad Barrett. O segundo, seu mais novo romance, é uma longa oração de amor para as mulheres vítimas da opressão de classes no Brasil.

Postado no site direto da Redação em 23/05/2013



Pijama 2013 ai que soninho...

Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)

Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)








Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)

Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)

Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)


Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)

Pijama Feminino 2013 ( Foto; Divulgação)



















Filtro de barro brasileiro é o mais eficiente do mundo


filtro de barro brasileiro


Pesquisa indica filtro de barro brasileiro como mais eficiente do mundo para purificar a água

Nós, brasileiros, temos provavelmente o melhor sistema de filtragem de água nas mãos. Nada de purificadores, torneira de cozinha com filtros, nem galões com água mineral. O melhor mesmo para limpar a água das impurezas é o bom e velho filtro de barro.

Segundo pesquisas norte-americanas, os filtros tradicionais de barro com câmara de filtragem de cerâmica são muito eficientes na retenção de cloro, pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95% de retenção) e ainda retém 99% de Criptosporidiose (parasita causador de doenças).

Os estudos relacionados ao tema, que foram publicadas no livro The Drinking Water Book, também indicam que esses sistemas de filtro de barro do Brasil, considerados mais eficientes, são baseados na filtragem por gravidade, em que a água lentamente passa pelo filtro e goteja num reservatório inferior.

Considerado um sistema ‘mais calmo’, ele garante que micro-organismos e sedimentos não passem pelo filtro devido a uma grande pressão exercida pelo fluxo de água.

O processo lento é o que o diferencia dos filtros de forte pressão, que recebem água da torneira ou da tubulação, os quais são prejudicados exatamente pela força da água, o que pode fazer com que micro-organismos, sedimentos ou mesmo elementos químicos, como ferro e chumbo, cheguem ao copo do consumidor.

Ainda de acordo com o livro de pesquisas, o consumidor precisa ficar alerta na hora de comprar esse tipo de produto, pois há tecnologias lançadas que não são eficientes e permitem a passagem de elementos perigosos para a saúde.

Postado no site Pragmatismo Político em 24/05/2013

Universitária com Down se forma em Biologia: quer se especializar em genética


“Sonhar é preciso. É só acreditar que um dia o sonho se transforma em realidade”.

Washington Araújo

A frase está no convite de formatura de Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, a primeira jovem com Síndrome de Down da Bahia a concluir um curso de nível superior.

Superando preconceitos e com o apoio da família, ela venceu mais uma etapa: colou grau nesta quinta-feira (23), em Vitória da Conquista, na Bahia.

E Amanda, que agora é diplomada em Biologia, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), já faz planos para o futuro.

“O que quero é atuar na área de pesquisa científica, me especializar em genética”. Determinada e bastante focada na sua profissão, a jovem promete alçar voos mais altos.

“Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”, revela, referindo-se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.

Amanda, a futura bióloga, que também já sofreu e ainda sofre preconceitos, diz que o importante é nunca desistir de seus objetivos.

“Se você ouvir um não, deve sempre seguir em frente”.

É sinal de que outras brilhantes conquistas ainda estão por vir.

Postado no blog Cidadão do Mundo em 24/05/2013

Quatro americanos são mais que 2.143 pessoas?




Fernando Brito

O discurso feito hoje pelo presidente americano Barack Obama, anunciando regras rígidas de controle dos ataques dos drones – aviões não tripulados, operados por controle remoto – expõe a luz um modo cruel de julgar a vida humana.

A decisão foi tomada depois de os EUA admitirem oficialmente que quatro de seus cidadãos – de origem árabe – foram mortos em ataques deste tipo.

Acontece que nada havia sido feito diante da morte de 2.143 pessoas nas mesmas circunstâncias, em países árabes, conforme contabilizou um estudo das universidades de Nova York e Stanford.

O trabalho revelou que 98% deles não tinham ligação alguma com o terrorismo.

Falando em pessoas, não em percentagens frias: 2.100 assassinatos de inocentes para matar 43 alegados terroristas.

E outros milhares, muitos mulheres e crianças, foram mutilados e queimados gravemente.

Tudo em países que não estão em guerra com os EUA.

O ataque terrorista em Boston, na maratona, deixou três mortos.

Mas foi razão para imensa comoção.

Alguém precisa avisar aos americanos, tão ligados à religião, que Deus não criou duas espécies: os americanos e o resto.

Postado no blog Tijolaço em 23/05/2013

Lógica capitalista ...




Joaquim cai no caldeirão



Davis Sena Filho 


Hoje, em Brasília, durante 15 minutos, o herói da direita brasileira, juiz Joaquim Barbosa, concedeu entrevista ao garoto-propaganda global e "bom moço" da burguesia e da classe média brasileira, o "saltimbanco" e empresário Luciano Huck.

Huck é o considerado pelos controladores do sistema de consumo e pelo cidadão mediano brasileiro um self made man. E o garoto da Globo sabe que se comunica com uma das classes médias mais complexada, pedante e preconceituosa do mundo, e que, por ignorância e arrogância, adere, sem raciocinar, aos valores e aos princípios de uma burguesia que sempre vai barrá-la em seus bailes.

Porém, esses pobres infelizes e vítimas de seus enganos jamais vão aprender que nunca vão ser ricos e muito menos serão convidados para frequentar os salões de nossa burguesia entreguista, subserviente, portadora de um gigantesco complexo de vira-lata, ao tempo que herdeira legítima da escravidão.

Joaquim Barbosa também tem esses valores fúteis, frugais, sedimentados em uma vaidade vã e em uma prepotência e arrogância que não dignificam o exercício do Direito e de seu cargo nomeado, que requer sabedoria e humildade, realidades que tal cidadão não as possui e nunca as vai possuir.

O condestável juiz se considera também um self made man, ou seja, aquele que se fez por si só, o que não é verdade. Huck, antes da fama, já era rico, e Joaquim teve todos os meios para ascender socialmente, principalmente com a ajuda do estado brasileiro, onde ele fez sua carreira e conseguiu chegar onde chegou ao ser nomeado pelo ex-presidente Lula, que queria um negro no STF.

Joaquim Barbosa é o legítimo filho do estado nacional, com a verve da UDN e o palavreado agressivo de Carlos Lacerda. Picado pela mosca azul, trilha por caminhos até então repletos de obstáculos, no que tange ao juiz ter as portas abertas pelos figurões da iniciativa privada. 

Cientes da luta política que travam com os governos trabalhistas do PT, a imprensa privada e seus aliados do PSDB perceberam, rapidamente, que o juiz autoritário e sem educação no trato com as pessoas poderia se transformar em seu Batman midiático, um símbolo da luta contra a corrupção, e um instrumento de luta política contra aqueles que vencem, nas urnas, as eleições presidenciais há onze anos.

Tal juiz rasgou a Constituição, o Código penal e ignorou os autos dos processos relativos ao mentirão, mesmo com provas contundentes, a exemplo dos recibos apresentados pelos réus, que comprovaram que as transações eram regulares e legais. Um dia esse juiz vai ter de responder por seus atos e injustiças, constitucionalmente e na forma da lei.

Só que o juiz Joaquim Barbosa, criador contumaz de crises artificiais tal qual seu colega, juiz Gilmar Mendes, está resoluto em adiar propositalmente as questões sobre o mentirão para 2014, ano eleitoral, a fim de favorecer o campo da direita, como aconteceu com o julgamento do mentirão exatamente no decorrer das eleições de outubro do ano passado.

Foi uma estratégia açodada da direita para desgastar o PT e o Governo trabalhista, bem como uma "arma" para atingir o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma, e, consequentemente, quiçá, conquistar dividendo eleitoral, fato este que realmente não ocorreu, como comprova a eleição do petista, Fernando Haddad, para prefeito da cidade de São Paulo.

Eis que o Luciano Huck, o garoto-propaganda, o genro que os pais da classe média rancorosa, consumista e ignorante querem para casar com suas filhas, resolve fazer um "documentário" e um de seus personagens, ao que parece, é o global e midiático juiz picado pela mosca azul, o "senhor da razão", Joaquim Barbosa, o Batman encapuzado e o herói de uma classe média e de uma imprensa alienígena que há pouco tempo o odiava, pois ele teimava em discutir, e ferozmente, com até então ídolo dos reacionários brasileiros, o condestável juiz Gilmar Mendes.

Só que ninguém sabia ou imaginaria que as crises apopléticas, a falta de educação, a gritaria e a total ausência de compostura do juiz temperamental eram decorrentes, na verdade, de ciúmes, porque, ao que parece, Joaquim tinha inveja de Gilmar, pois queria também ser paparicado e "idolatrado" pelo sistema midiático de negócios privados pertencente à nossa burguesia herdeira e saudosa da escravidão e da ditadura militar.

Luciano Huck, um tucano alienado e que confunde seu programinha televisivo chamado de Caldeirão com a dura realidade dos brasileiros despossuídos pela sorte ou por décadas de abandono do estado burguês e patrimonialista, pensa, em sua “ingenuidade” e ignorância política que os governos trabalhistas estão a brincar com as realidades e as desigualdades brasileiras. Afinal, o dono do caldeirão se informa nos jornais da TV Globo e nas publicações da Veja, da Folha e do Estadão.

Por seu turno, sem sombra de dúvida, não são órgãos adequados e confiáveis para informar sobre o Brasil, porque simplesmente esses meios de comunicação se recusam a mostrar o País, bem como não repercutem as conquistas sociais e econômicas do povo brasileiro, que os ajuda a enriquecer, pois compra seus produtos de péssima qualidade editorial.

Contudo, torna-se imperativo que essa direita com cara de Miami entenda, definitivamente, que o PT e seus governos trabalhistas fazem política de estado, a exemplo da recuperação do salário mínino, das escolas técnicas, das universidades, do Enem, do Bolsa Família, do advento dos PAC 1 e 2 e da recuperação constante da infraestrutura do País, abandonada a décadas por políticas irresponsáveis efetivadas pelos militares e pelos tucanos, que venderam o Brasil e foram pedir esmolas três vezes ao FMI, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebraram o Brasil três vezes. Simples assim.

Luciano Huck, aquele "artista" que pensa, equivocadamente, que seu "caldeirão" de enganos e fantasias é exemplo de cooperação e solidariedade para com as pessoa necessitadas ou não, incorre em grave erro. 

Tal capitalista, porta-voz de banqueiros por meio de comerciais, não passa de um embuste, que tenta lograr simpatias às causas políticas e econômicas da nossa "elite" perversa, que confunde o assistencialismo típico dos conservadores com os programas sociais efetivados por políticos e técnicos vinculados ao PT ou não.

Políticas sociais e econômicas que mexeram, de fato, com as estruturas de nossa sociedade, pois retirou da pobreza cerca de 30 milhões de pessoas e levou às classe C e D mais de 40 milhões de pessoas, a fortalecer, a partir dessa realidade, o mercado interno brasileiro, responsável maior pelo o Brasil não sentir com tanta força e ênfase a crise internacional, que, desde 2008, abala os países mais poderosos do mundo, tão apreciados e admirados pelos nossos burgueses colonizados e subservientes aos ditames dos interesses estrangeiros.

O neoliberalismo fracassou. As economias dos países desenvolvidos foram "derretidas", os órgãos de espoliação internacional como o FMI, o Bird, a OMC e a ONU estão, aos poucos, a mudar suas estratégias globais no que concerne à economia, ao rígido controle do sistema bancário e às receitas neoliberais que levaram à falência países de grande expressão como a Argentina e que deixou o Brasil e seu povo em condições pré-falimentares.

E a nossa direita, violenta, insensata e cínica, insiste em defender o que não deu certo, o que não se justifica e o que não se aplica por razões tão óbvias que não é necessário ser um economista genial para perceber que o neoliberalismo era um sistema de pirataria e rapinagem, que desregulamentou a economia, bem como foi um fracasso retumbante no que diz respeito ao que é humano, justo e honrado.

Luciano Huck é um playboy que está a "brincar" de ganhar dinheiro com a miséria, a dor alheia ou simplesmente desejo e sonho de consumo de quem o assiste e vai ser "premiado", por intermédio de seu assistencialismo barato que não mexe nas estruturas, pois é um paliativo.

Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes adoram esse mundo de fantasia, reprise dos parques de diversões de Orlando (EUA), pois valorizam o status quo e a vaidade de se considerarem acima dos mortais. 

O juiz Joaquim alcançou o Olimpo e entrou nas graças da burguesia global. Esses juízes se transformaram em estrelas midiáticas, sem quaisquer preocupações com a discrição, a reclusão e o silêncio, postura obrigatória que qualquer juiz deveria ter.

Se Joaquim Barbosa quer ser político, candidato ou ator, ou qualquer coisa que o valha, que ele peça o boné e vai lutar pelo o que quer e deseja.

A sua atuação no mentirão foi lamentável, bem como as atividades "extracurriculares" do juiz Gilmar Mendes, que envergonham o Judiciário. 

Não se deve também esquecer que o procurador-geral, Roberto Gurgel, "sentou" em processos que não interessavam ao campo da direita, pois deixariam muitos de seus membros em evidência, bem como, de forma antagônica, o PGR Gurgel fez questão de deixar público e notório os processos que envolviam os políticos do PT.

Para dar um único exemplo de tantos outros processos que povoam o imaginário da sociedade, os escaninhos do Judiciário e os noticiários da imprensa de mercado, até hoje o mensalão do PSDB não tem data para começar a ser julgado pelo STF.

E tão cedo não vai ser lembrado pelas manchetes dos jornais dos barões da imprensa corporativa.

Afinal, o Supremo é composto por muitos juízes conservadores e que adoram ser globais. 

Joaquim é o Batman; Huck é o Robin. A direita seria capaz de lançá-los a uma candidatura presidencial. O problema é o caldeirão, um dia, pode entornar. É isso aí.

Postado no Blog do Saraiva e no blog Palavra Livre em 23/05/2013

Símbolo dos EUA no banco dos réus




Mário Augusto Jakobskind


Os Estados Unidos têm dois símbolos que remetem ao chamado american way of life: McDonald`s e a Coca-Cola, esta conhecida também como “acqua nera del imperialismo”. 

Volta e meia, os dois símbolos têm sido questionados criminalmente em várias partes do mundo por violarem direitos trabalhistas. 

É o caso aqui no Brasil, do MCDonald, que está sendo investigado pela Polícia Federal.

A acusação é a de que uma funcionária não recebeu salário durante oito meses, ou seja, uma brasileira foi submetida à condição análoga de trabalho escravo. O fato, praticamente desconhecido da população brasileira, é de responsabilidade da Arcos Dourado, a maior franqueadora do McDonald.

A Polícia Federal, que investiga a denúncia desde outubro do ano passado, ainda não concluiu o trabalho ou se concluiu não divulgou o resultado. 

A alegação para o silêncio é a de que o inquérito corre em segredo de Justiça. Dois meses depois da abertura do inquérito, um delegado da Polícia Federal de nome Oscar Kouti pediu mais tempo para investigar o caso e alegou então que “há indícios suficientes da prática do crime de redução à condição análoga a de escravo” por parte da empresa de fast food.

É importante que os brasileiros sejam informados sobre este caso e de outros que correm na Justiça do Trabalho contra o McDonald, porque a empresa em sua propaganda (enganosa) se apresenta como defensora de muita coisa e tem como alvo principal as crianças.

Uma vez por ano, o McDonald faz até campanha de ajuda a pessoas doentes de câncer, quando se sabe que os seus produtos são responsáveis por uma série de doenças, coronarianas e até mesmo o próprio câncer.

A Justiça do Trabalho, depois de marchas e contramarchas deu ganho de causa a funcionários que entraram com ações trabalhistas, porque a empresa de fast food proibia que eles trouxessem de casa refeições, obrigando-os a ingerir apenas os seus produtos.

Postado no site Direto da Redação em 21/05/2013