Cheiro de mato : odores emitidos pela natureza podem evitar estresse e câncer



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Redação Hypeness


Basta uma boa caminhada por uma mata fechada ou no meio de uma floresta para ter certeza do bem estar e da tranquilidade que os ares e odores do verde nos trazem. Cientistas da escola de medicina Nippon, em Tóquio, confirmaram objetivamente o que nosso corpo nos diz: sentir o cheiro da natureza pode diminuir dramaticamente a pressão do corpo humano e ainda estimular moléculas que combatem doenças diversas como o câncer.

Segundo o estudo, assim que os odores da floresta adentram o nosso organismo, os níveis de estresse e irritação diminuem-se imediatamente. A exposição mais prolongada e intensa ao cheiro do verde pode reduzir portanto a pressão arterial e fortalecer a imunidade dos corpos.




O cientista Qing Li criou dentro da escola o centro de pesquisa International Society of Nature and Forest Medicine, que visa aplicar a aromaterapia baseada no odor das florestas como tratamentos alternativos. Efeito similar ocorre quando simplesmente olhamos às florestas – mesmo que em fotografias – mas o estudo de Li aponta efeito especialmente eficiente quando utilizados os odores.


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Se muitas vezes a ciência é fundamental para descobrir e inventar melhorias para nossas vidas, outras vezes sua tarefa é somente confirmar aquilo que a sabedoria popular e ancestral já sabe: dar uma volta em meio ao verde e respirar fundo faz um enorme bem para nossos corpos. Torna-se mais evidente que salvar a natureza é uma questão imediata de saúde pública.



Postado em Hypeness






As pessoas emocionalmente fortes choram com os filmes




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Raquel Etérea

Existem pessoas de lágrimas fáceis que choram com filmes ou com situações emotivas. Uma expressividade emocional que tradicionalmente tem sido considerada “de mulheres” e que é apontada como sinal de fraqueza e sentimentalismo. Contudo, isto é totalmente equivocado: chorar é próprio de pessoas emocionalmente fortes.

Nada há nada de vergonhoso em soluçar. É uma reação natural diante de um estímulo que nos provoca essas lágrimas, que às vezes tanto procuramos esconder. Tudo isto acontece porque associamos a ação de chorar com o negativo, mas por acaso também não choramos de alegria? 
Aprenda com todas e cada uma das lágrimas que você derramar na sua vida.
Chorar com os filmes indica empatia

Os filmes nos mostram uma ficção que nos faz sentir emoções reais. Por isso, chorar com eles é sinal de que sabemos sentir empatia pelos personagens que participam da ação. Nos colocamos na sua pele, vemos a realidade através dos seus olhos, deixamos nossas circunstâncias para nos transportarmos às deles… Tudo isso nos permite compreender a sua situação.

Mas, existe alguma explicação racional para isto? O fato é que quanto maior a carga emocional do filme, mais o cérebro libera oxitocina. Uma pesquisa realizada pela Claremont Graduate School descobriu que a secreção deste hormônio nos ajuda a nos conectar com outras pessoas, fazendo com que sejamos mais amáveis, mais empáticos, mais compreensivos.

Portanto, chorar não é sinal de fraqueza, mas sim de empatia, de que sabemos nos conectar com os outros, de que podemos sentir na pele as emoções alheias, e isto nos torna pessoas emocionalmente fortes, não o contrário.
A empatia está vinculada aos neurônios-espelho, os grandes encarregados que tornam possível que nos coloquemos na pele dos outros.
Além disso, as pessoas que carecem de empatia têm uma grande desvantagem nos seus relacionamentos interpessoais. Não sabem se conectar, nem entender o que a pessoa que está à sua frente pode sentir. Isto lhes causa sérios problemas e conflitos. Conectar-se com os outros é muito importante para estabelecer relacionamentos saudáveis e que ofereçam apoio.

Nesta hora, fica claro que chorar não nos faz mais fracos, isto é um mito! Cada vez que você se deparar com uma pessoa que chora por qualquer coisa, você já não a verá como alguém fraco, mas saberá que é mais forte do que você pensa. Você também chora com os filmes?

Chorar melhora o nosso estado de ânimo

Pensamos que o contrário de chorar é sorrir. O riso é o que melhora o nosso estado de humor, o que nos faz sentir felizes e afortunados. Inclusive, nos momentos ruins, os especialistas dizem que forçar o riso pode nos fazer superar uma situação difícil, aumentando a confiança tanto em si mesmo como no fato de que as expressões fáceis também provocam bons estados de ânimo.

Mas, e se chorar também melhorar o nosso estado de ânimo? Esta foi a conclusão à qual chegaram os especialistas de uma pesquisa realizada pela Universidade de Tilburg. Nesta pesquisa, os psicólogos perceberam que os filmes mais tristes podiam melhorar o estado de ânimo de quem os assistia.

Talvez você seja contra tudo isto ou não se sinta nem um pouco identificado. Então você precisa responder a esta pergunta: Você procura reprimir as lágrimas quando chora com os filmes? A pesquisa concluiu que para que o choro tivesse o efeito desejado, era importante deixá-lo fluir livremente.

Durante a pesquisa descobriu-se que no início as pessoas se sentiam terrivelmente tristes. Sentiam muita empatia com os protagonistas e liberavam totalmente as suas lágrimas. Mas, à medida que os minutos passavam, iam se sentindo melhor. Somente os que não reprimiam seu choro conseguiam sentir este bem-estar, o restante das pessoas piorava o seu estado.
Respiro fundo, fecho os olhos, engulo as lágrimas e sorrio. Não poderia ter cometido um erro pior.
Portanto, não é ruim que uma situação ou um filme faça você chorar. Isto é um sintoma das pessoas emocionalmente fortes, mas para tirar o melhor partido disto, é preciso deixar que as lágrimas fluam. De alguma forma, elas agem como um desabafo, e mesmo que você se sinta muito mal em um primeiro momento, logo tudo vai melhorar.

As pessoas emocionalmente fortes sabem que chorar é positivo para elas. Graças às lágrimas podem desabafar, empatizar com os outros e se conectar com o resto das pessoas. As pessoas emocionalmente fortes não são frágeis, ainda que você pense o contrário. Talvez agora você seja consciente de que não era tão forte quanto você achava que era. Reprimir suas emoções é o maior sinal de fraqueza.





Juliana Goes : esfumado de raiz nos olhos







MAQUIAGEM NOITE | ESFUMADO DE RAIZ


⁠⁠⁠Você quer um esfumado neutro, fácil, que funcione até em olhos pequenos? Vem aprender esse esfumado de raiz dos cílios e todo o passo a passo de make noite que preparei com carinho pra vocês!!!

Cheguei com tutorial de maquiagem que vocês tanto pediram! O esfumado de raiz é ótimo para quem tem olhos pequenos ou pouca pálpebra e quer um resultado mais marcante. O passo a passo é simples e possível de fazer com poucos produtos, separei muitas dicas para vocês! Vem comigo!


De vez em quando a gente sente aquela vontade de caprichar na produção, né? Essa inspiração de maquiagem é bem fácil de fazer, usei alguns produtos que eu adoro e podem ser multifuncionais no dia a dia. Eu repliquei nessa inspiração uma maquiagem que recentemente usei para um festival de música, esse esfumado garante mais destaque ao olhar e para os dias em que você quer sair do básico, pode ser uma ótima pedida!


Sempre que eu faço um olho mais marcante eu aposto nos cílios postiços, eles destacam bem e combinam com essa maquiagem mais esfumada, em tons mais escuros. Eu sempre gostei dos batons mais cor de boca, especialmente os marrom clarinhos, mas se você quiser pode colocar um batom mais escuro, vai ficar lindo também. Lembra que a maquiagem mais linda é aquela que não tá lá pra te esconder e sim para valorizar ainda mais o que você já tem de lindo, feita com sua personalidade!


Aproveita e já coloca um mantra, uma oração ou um padrão positivo de pensamento enquanto se embeleza. Agradeça por ser quem é e vibre auto amor em cada ritual! Te garanto que isso vai te transformando de dentro pra fora!

VEJA O PASSO A PASSO NO VÍDEO



PRODUTOS USADOS

Pó Compacto Vult – Translúcido

Lápis de olho ShopBela – Jumbo Preto

Blush Up Mosaico Dailus – cor 04 e 08

Quarteto de Sombras Planet Bronze Make B

Cola para cílios i-envy

Corretivo Naked Urban Decay – Yellow

Mascara de Cílios Chubby Lashes Clinique – Jumbo Jet

Batom Pausa para Feminices – Sarabi Matte

Gostaram? Vocês sempre me pedem um tutorial mais elaborado e esse é bem fácil de fazer, apesar de usar o preto os olhos não ficam fechados, esse esfumado abre mais o olhar.



Postado em Juliana Goes em 28/02/2017





Telas de celulares caros quebram facilmente. Relações edificadas em afeto, não



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Larissa Bittar

Há seis meses, em uma manhã gelada, conheci Moisés e Corazón de Piedra. Uma dupla formada por um rapaz e seu cavalo que ficou marcada em minha memória. Corazón de Piedra era o cavalo (forte e imponente). Moisés, um homem gentil que a todo momento perguntava como eu me sentia, não combinaria com esse apelido. Ambos me conduziram por montanhas peruanas em uma trilha inóspita que me tirou o fôlego por conta da altitude e do frio. O trajeto, apesar de penoso, tinha algo de mágico. Era um daqueles lugares nos quais os que creem sentem Deus mais perto e os que não creem sentem ao menos a vida pulsar diferente.

Durante boa parte do percurso segui calada. Estava ofegante e meio anestesiada pelo cenário enfeitado com morros coloridos. O lugar parecia deserto. Ao avançar no caminho, porém, me deparei com algumas casas simples e crianças com gorros de lã, mulheres com saias compridas e senhores com sorrisos no rosto. Imediatamente me questionei como era possível viverem ali, distantes de tudo, privados do elementar. Mas uma alegria espontânea parecia dominar o coração daquelas pessoas… e inquietar o meu.

A certa altura, com o corpo ainda sob os efeitos do ar rarefeito, minha curiosidade falou mais alto que o silêncio imposto pelo mal-estar físico. Em um espanhol improvisado perguntei a Moisés se ele era feliz. Ele parou o cavalo e disse, surpreso: “Existiria algum motivo para não ser?” Aleguei, atrevida, do alto da minha arrogância: “Talvez a ausência de coisas básicas”. Eu era, naquele momento, a típica turista que se encanta com a beleza do lugar visitado, mas insiste em enxergar o modo de vida local, livre de TVs de LED e comida instantânea, como excêntrico e inviável. Moisés respondeu em tom sereno e sincero. “Eu tenho tudo.”

Não era uma das respostas-clichê com as quais estamos acostumados em noites de Natal ou entrevistas de emprego. Não era a frase feita que tenta dourar uma vida gasta. Era ele, em sua verdade, sendo simples e reto nas palavras e na forma de ver o mundo. Descreveu que era feliz porque o filho estava na escola, onde aprendia o que importa: “matemática, cuidados com o meio ambiente e história de seu povo”. Relatou que raramente adoecia porque produzia a própria comida, que não se sentia sozinho pois tinha família e amigos na comunidade, com cerca de 80 pessoas, e se divertia nas festas regionais. Como se informa? “Pelo rádio.” Qual energia? “A solar.” Falta algo? Ele se limitou a apontar a paisagem à nossa volta… impecável, deslumbrante.

A mim falta muito. A boa parte das pessoas com quem convivo também. Na sociedade em que vivo falta o iPhone mais moderno, que vai quebrar a tela no primeiro tropeço e arruinar o dia de alguém. Daqui a um ano faltará a nova versão. Não que seja pecado querer. E não que haja um jeito certo de viver ou que ali onde estão Moisés e Corazón de Piedra a vida seja sempre boa. Mas me parece que o “sou feliz” dele tinha algo de mais franco e duradouro que o meu e o da maioria dos que conheço. Parecia mais lúcido o apreço pela natureza e o respeito às relações humanas que a idolatria pelo consumismo de euforia imediata e volátil. Parecia mais provável encontrar satisfação genuína quando não existe a angústia de precisar ter um milhão de coisas para preencher sabe-se lá o quê.

Sei que o afeto que vi em Moisés ao falar do filho também existe em famílias instaladas em metrópoles. Sei que as mais variadas formas de felicidade se manifestam pelos quatro cantos do planeta, sem muitas regras, e que não dá para apontar a maneira certa de construir uma trajetória. Mas percebi que pelas bandas de cá, subestimamos o essencial na ilusão de que o supérfluo suprirá os vazios. Negligenciamos tempo para conseguir status. Perdemos a noção.

A gente tem o direito de ter quatro tênis da Nike e ir a baladas nas quais é normal jogar champanhe caro para cima. Mas não foi no shopping nem nessas festas que encontrei o verdadeiro sentido de paz de espírito. Foi no meio do nada e, ao mesmo tempo de tudo, em uma comunidade com cavalos e lhamas, energia renovável, famílias em trajes artesanais e homens com orgulho e gratidão pelo que possuem e por serem quem são.


Postado em Revista Bula







A inteligência como fator de atração sexual. Será ?


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A inteligência é afrodisíaca

Marcel Camargo 

A inteligência é um atributo inerente, que não envelhece, como se fosse algo que viesse junto com a pessoa e ali ficará para sempre. É algo líquido e certo, pois transmite segurança, proteção e, portanto, atrai, acende a nossa libido.

O termo “afrodisíaco” remonta à deusa grega Afrodite, divindade atrelada ao amor como um todo, sendo atribuído a quaisquer substâncias tidas como estimulantes sexuais. Não existe comprovação científica de que haja relação entre o consumo delas e o aumento do apetite sexual, porém, o termo já se incorporou ao vocabulário popular, uma vez que é usado para caracterizar alimentos, produtos e características pessoais que incitam a libido das pessoas.

Não dá para explicar direito o que nos atrai, o que realmente nas pessoas nos chama a atenção, mexendo conosco, com nossas emoções. Após termos uma certa convivência com alguém, muitas vezes acabamos sentindo algo a mais, sendo atraídos para além de mera amizade. Outras vezes, já na primeira vez que conversamos com uma pessoa, nós nos sentimos atraídos, sem conseguirmos explicar o motivo de fato.

Embora também possamos ser atraídos apenas visualmente, só de ver alguém que nos chame a atenção, mesmo de longe, ainda que nem tenhamos ouvido a sua voz, os sentimentos mais intensos, que nos embaralharão os sentidos, ocorrerão quando estivermos diante de alguém com quem possuímos certa convivência. Mesmo que apenas nos esbarremos com a pessoa pelos corredores da empresa e conversemos futilidades, a atração não se explica racionalmente.

Sem que precisemos recorrer a dados de pesquisa ou a argumentos científicos, certo é que a inteligência é um poderoso afrodisíaco, ou seja, pessoas inteligentes, intelectuais, escritores, acabam por se tornar atraentes para muitas pessoas. Alguém que transmita sabedoria e cultura, ainda que não possua atributos físicos, irá atrair muitos olhares, irá derreter corações por onde passar, simplesmente porque conteúdo não acaba, conhecimento ninguém nos tira – conhecimento atiça a libido.

Assim, a inteligência se nos apresenta como uma força inerente, que não envelhece, como se fosse algo que vem junto com a pessoa e ali ficará para sempre. É algo líquido e certo, pois transmite segurança, proteção e, portanto, atrai. Pessoas inteligentes conseguem buscar soluções, resolver problemas, rir de si mesmas, o que faz toda a diferença em qualquer tipo de relacionamento. Pessoas inteligentes assim permanecem com a passagem do tempo, que não lhes rouba o que possuem de mais precioso.

Enfim, a inteligência é algo com o que sabemos que poderemos contar, sem data de validade, algo permanente e imutável, algo que somente se amplia. E apenas quem é inteligente o bastante se coloca no lugar do outro, entendendo o que o compromisso afetivo requer, o que fere o semelhante, o que alimenta o amor verdadeiramente compartilhado, para além dos lençóis e das aparências vãs.



Postado em Conti Outra



Regrinhas . . .


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[VÍDEO] Cuidado com as “regrinhas”


Stephanie Brito



Você já tem 30 anos, tá na hora de casar!

Você é muito tímido, pessoas tímidas não conseguem falar em público.

Você não tem mais idade para usar essa roupa.

Você é casado(a), não pode ir para uma festa sem sua esposa/marido!

Uma pessoa espiritualizada não pode ter carro/iPhone/sapatos e roupas de marca/joias/etc.

CUIDADO !

Esse vídeo é um alerta para você ficar muito atento quando alguém tentar te convencer de que certos limites são regras!







Postado em Desassossegada em 23/02/2017



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Carnaval em tempos de Golpe ! Marchinhas 2017



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A verdade sobre o aumento da Luz. Não se deixe enganar pelo Jornal Nacional !



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O brasileiro que ficou paraplégico em tentativa de sequestro e virou 'guru' do turismo para cadeirantes



Ricardo Shimosakai em viagem ao Peru



Daniel Gallas




Ricardo quer melhorar a experiência de turistas com mobilidade como ele




O pior é que não se tratou de um incidente isolado, afirma Ricardo, mas de algo que ocorre com frequência com cadeirantes em voos no Brasil.


'Não são vistos como consumidores'

Uma das principais diferenças com os Estados Unidos e países europeus é que os aeroportos brasileiros não têm um serviço para ajudar quem usa cadeira de rodas.

A tarefa cabe às companhias aéreas, e as equipes de algumas delas são mal treinadas. Por isso, ser bem atendido vira uma questão de sorte. "No Brasil, a acessibilidade é muito precária", resume Ricardo.


A acessibilidade na Europa e nos EUA é muito melhor do que no Brasil, diz o agente de turismo


E não são apenas os aeroportos e aviões que estão abaixo dos padrões internacionais. Toda a infraestrutura de turismo é precária, mesmo em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Ricardo conta ter recebido um pedido de pacote para um grupo de 22 pessoas vindas de Israel - 10 das quais eram cadeirantes.

"Não há uma empresa de transporte no Brasil que atenda 10 pessoas em cadeiras de rodas ao mesmo tempo. Nenhum hotel conseguiria hospedar a todos. Tivemos de dividi-los entre três hotéis, que ficavam distantes uns dos outros. Nunca mais o grupo entrou em contato comigo", afirma Ricardo.

Por outro lado, se as mesmas pessoas quisessem ir para a França, Ricardo poderia oferecer um atendimento bem melhor.

Ele tem um roteiro para grupos de até 14 cadeirantes, em que todos são transportados no mesmo ônibus, visitam as atrações juntas e passam a noite no mesmo hotel.

'Obrigação ou pena'

A luta por melhorias acabou fazendo parte de seu trabalho. Para poder oferecer bons pacotes turísticos, depende da estrutura existente de aeroportos, empresas de ônibus ou hotéis.


Ricardo costuma levar grupos a Paris, onde há mais facilidade para turistas com mobilidade limitada


O contato com empresários e autoridades para pedir melhorias é constante - e Ricardo já ganhou prêmios por causa do seu trabalho.

"No Brasil, pessoas com deficiência só recebem ajuda por obrigação ou pena. Ninguém as vê como consumidores, como ocorre no exterior. Outros países faturam bilhões de dólares oferecendo serviços para esse público. Mas aqui não."

Estima-se que mais de 24 milhões de pessoas tenham algum tipo de deficiência no Brasil. As estatísticas mostram que elas têm uma situação econômica delicada - a taxa de desemprego é maior entre elas e os níveis de educação, mais baixos.

"Mesmo que você tenha dinheiro, muitas coisas são negadas a quem tem deficiência", diz Andrea Koppe, da Unilehu, organização sem fins lucrativos dedicada a pessoas com deficiência.

"Algumas escolas não aceitam crianças com necessidades especiais, dizendo não ter o preparo ou a especialização necessários. Pais precisam pagar uma taxa extra por um tutor especial, no caso de estudantes com problemas de visão."

Ação afirmativa

O Brasil vem tentando mudar essa situação com ações afirmativas. Desde 1991, a lei exige que, em empresas com mais de cem funcionários, ao menos 2% sejam pessoas com deficiência.


Rota acessível? Ricardo subiu até Machu Picchu como parte de seu trabalho de pesquisa


Andrea Koppe diz que, ao longo de 20 anos, isso ajudou a transformar várias pessoas com deficiência, que antes eram ignoradas por lojas e companhias, em em consumidores de fato. O número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho subiu de 15 mil para 350 mil.

Ainda assim, ela diz que, se a legislação fosse seguida à risca, esse número deveria ultrapassar 1 milhão. Há 11 milhões de pessoas com deficiência em idade de trabalho, e a maioria está desempregada.

Ricardo diz que ainda há muito trabalho a ser feito. Ele tenta convencer autoridades sobre a importância de criar regulamentações.

O país está prestes a privatizar alguns de seus aeroportos. O agente de turismo gostaria que os contratos de concessão exigissem a presença de empresas especializadas em atender passageiros com deficiência, como em outros lugares.

Mas, com base em sua própria experiência, a maioria dos negócios não estão dispostos a promover mudanças.

A cadeira de rodas que ele usa foi dada por uma empresa área como compensação, após a cadeira que tinha ter sido danificada porque a equipe de voo não tinha preparo nem meios para transportá-la adequadamente.

"Tentei dialogar com eles", conta Ricardo. "Mas, em vez de treinar seus funcionários, eles acharam mais fácil comprar uma cadeira nova. Eles não querem mudar."



Para assistir o vídeo clicar em

 BBC Brasil em 22/02/2017