A arte de ver e ouvir em tempos de ruído
Vivemos tempos em que enxergar com clareza se tornou uma habilidade rara e ouvir com sutileza um exercício ainda mais difícil. Num mundo de polarizações e verdades individuais, onde cada um defende sua própria versão da realidade, corremos o risco de perder aquilo que mais nos humaniza: a capacidade de escutar o outro com o coração aberto.
A visão mercantil da vida nos cerca: muitos se aproximam apenas para negociar interesses, medir ganhos ou manter aparências. Nesse cenário, a escuta muitas vezes se torna seletiva — ouve-se apenas o que convém, filtra-se apenas o que confirma nossas próprias expectativas. E assim seguimos: olhos atentos às vantagens, ouvidos moucos para a verdade profunda que pede passagem.
Mas será que podemos realmente compreender alguém sem exercitar essa escuta sutil? Dificilmente conheceremos o todo de cada ser humano — somos complexos demais para sermos reduzidos a rótulos ou opiniões. Porém, há momentos em que um olhar desconfiado nos protege de ilusões, evitando que compremos “gato por lebre”. Do mesmo modo, fingir surdez diante de certas brutalidades do mundo pode ser uma estratégia de sobrevivência, uma forma de não se deixar arrastar pelo precipício das incertezas.
As antigas fábulas já nos alertavam. Basta lembrar de La Fontaine, que, ao contar sobre a Andorinha e os Passarinhos, mostrou como a cegueira diante dos sinais pode levar a consequências irreversíveis. Muitas vezes, só acreditamos no mal quando ele já bateu à porta. Até lá, fingimos que não vimos, que não ouvimos, que não nos diz respeito.
No entanto, viver de forma desperta exige outro caminho. Não podemos ser tudo para todos em todos os lugares. Isso seria uma exaustão sem sentido. O que realmente importa é ser alguém íntegro no lugar onde estamos, presente e verdadeiro, ainda que imperfeito. A vida pede menos de nós uma perfeição universal e mais uma presença autêntica em nosso próprio espaço de atuação.
Como cultivar essa arte no cotidiano?
Ver e ouvir com discernimento não é dom, mas prática diária. Eis alguns caminhos simples e possíveis:
Pausar antes de reagir – Nem toda palavra exige resposta imediata. Às vezes, respirar fundo já nos permite enxergar o que está por trás do que ouvimos.
Ouvir além das palavras – Muitas vezes, o que alguém diz é apenas a superfície. Escutar o tom, o silêncio e até o não dito pode revelar mais que o discurso.
Olhar sem julgar de imediato – Observar gestos, intenções e coerências no tempo ajuda a perceber se há verdade ou apenas interesse por trás de um olhar.
Escolher os silêncios – Não precisamos absorver todos os ruídos. Saber quando “ser surdo” às agressões e manipulações é também sabedoria.
Nutrir a presença – Estar inteiro em cada encontro, mesmo que breve, é a chave para que olhos e ouvidos se tornem instrumentos de conexão e não apenas de defesa. Caminhar com Francisco é exatamente isso: aprender a ser presença, a olhar sem mercadejar, a ouvir sem manipular, a viver sem se perder no ruído do mundo. É reconhecer que a verdade não cabe apenas em um indivíduo, mas se constrói na relação entre os seres.
E talvez, no fim, a verdadeira sabedoria esteja em aprender a ser olhos que iluminam e ouvidos que acolhem, sem se deixar corromper pelos jogos de poder e pelas máscaras de conveniência.
Um Sonhador, Caminhando com Francisco: Paulo Roberto Savaris é autor dos eBooks: Caminho de Francisco, Entre o Céu e o Silêncio e o Segredo da Simplicidade Franciscana na Amazon Série Descubra Caminhando com Francisco e do Blog Caminhando com Francisco, dedicado à educação, à escrita inspirada na espiritualidade e nos valores de simplicidade e amor ao próximo.
Nosso voto determina nosso presente e futuro ...
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@fabianocontarato A política não pode servir de escudo para proteger quem comete crimes. Deputado ou senador não é mais cidadão que ninguém! Sou terminantemente contra a PEC da Blindagem, que representa um grande retrocesso para o Brasil.
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@chargescombr Só cantando, mesmo. #pecdabandidagem #camarafederal #congressoinimigodopovo ♬ som original - Maurício Ricardo
Adolescente defende menino do bullying e descobre verdade comovente 4 anos depois
Um garoto do ensino médio se compadeceu com um menino de óculos que era vítima de bullying e o defendeu diante de seus colegas valentões. Só quatro anos depois de se conhecerem e se tornarem grandes amigos é que ele soube a verdadeira extensão das consequências de seu ato de empatia. Leia o relato abaixo.
Um dia, quando eu era calouro no ensino médio, vi um garoto da minha turma voltando da escola para casa. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.
Pensei comigo mesmo: “Por que alguém levaria para casa todos os seus livros numa sexta-feira? Ele deve ser mesmo um nerd.”
Eu tinha um fim de semana planejado (festas e um jogo de futebol com meu amigo na tarde seguinte), então encolhi os ombros e continuei.
Enquanto eu caminhava, vi um grupo de crianças correndo em direção ao garoto. Eles correram eté ele, arrancando todos os livros de seus braços e fazendo-o tropeçar e cair no chão. Os óculos dele voaram do rosto e caíram na grama a cerca de 3 metros de onde ele estava.
Ele olhou para cima e eu vi uma tristeza terrível em seus olhos. Enquanto ele rastejava em busca dos óculos, uma lágrima escorria em seu rosto.
Eu entregar-lhe os óculos e disse: “Esses caras são idiotas. Eles realmente deveriam cuidar das próprias vidas.” Ele olhou para mim e disse: “Ei, obrigado!” Havia um grande sorriso em seu rosto. Foi um daqueles sorrisos que demonstram verdadeira gratidão.
Ajudei-o a pegar seus livros e perguntei onde ele morava. Para minha surpresa, ele morava perto de mim, então perguntei por que nunca o tinha visto antes. Ele disse que já havia frequentado uma escola particular. Eu nunca tinha saído com um garoto de escola particular antes.
Seu nome era Kyle. Conversamos durante todo o caminho para casa e eu carreguei seus livros. Ele acabou se revelando um garoto muito legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no sábado comigo e com meus amigos. Ele disse sim. Passamos o fim de semana inteiro jogando, e quanto mais eu conhecia Kyle, mais eu gostava dele. E meus amigos também o acolheram.
Chegou a manhã de segunda-feira e lá estava Kyle com a enorme pilha de livros novamente. Eu o parei e disse: “Caramba, você vai ficar musculoso carregando essa pilha de livros sozinho todos os dias!” Ele apenas riu e me entregou metade dos livros.
Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos melhores amigos. Quando estávamos no último ano, começamos a pensar na faculdade. Kyle optou por ingressar em Georgetown e eu em Duke. Eu sabia que sempre seríamos amigos, não importando a distância entre nós. Ele seria médico e eu estudaria administração com uma bolsa de futebol.
Kyle foi o orador da nossa turma. Eu costumava brincar com ele o tempo todo sobre ser um nerd. Enquanto ele preparava um bonito discurso de formatura, eu ficava aliviado por não ter que subir no palco e falar.
No dia da formatura, vi Kyle. Ele parecia ótimo! Meu amigo havia evoluído muito durante o Ensino Médio. Tinha muito mais encontros do que eu; todas as garotas o adoravam! Rapaz, às vezes eu até ficava com um pouco de inveja.
Na formatura, pude ver que ele estava nervoso com seu discurso. Então, dei um tapinha nas costas dele e disse: “Ei, grandalhão, você vai se sair bem!” Ele me olhou com um daqueles olhares (aqueles de gratidão mesmo) e sorriu. “Obrigado”, disse ele.
Ao iniciar seu discurso, ele pigarreou e começou:
“A formatura é um momento de agradecer àqueles que ajudaram a superar esses anos difíceis. Seus pais, seus professores, seus irmãos, talvez um treinador… mas principalmente seus amigos. Estou aqui para dizer a todos vocês que ser amigo de alguém é o melhor presente que você pode dar. Vou lhes contar uma história.”
Apenas olhei para meu amigo com descrença enquanto ele contava a história do primeiro dia em que nos conhecemos. Com muita emoção, ele contou que havia planejado tirar a própria vida no fim de semana. Ele falou sobre como limpou seu armário para que sua mãe não tivesse que fazer isso mais tarde e estava carregando suas coisas da escola para casa.
Ele olhou fixamente para mim e me deu um pequeno sorriso. “Felizmente, fui salvo. Meu amigo me salvou de fazer o indescritível.” Ouvi um suspiro percorrer a multidão quando esse garoto bonito e popular nos contou tudo sobre seu momento de maior dificuldade na vida.
Eu vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo; aquele mesmo sorriso de gratidão. Só naquele momento percebi o quanto um gesto de empatia pode ser transformador.
Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa.
Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Inspire More
Quem está decidindo a sua vida? Você ou a sua criança?
Uma vez uma terapeuta me perguntou em um grupo: quais são as coisas das quais você se arrepende? Eu, do alto da minha ilusão respondi: nenhuma. A minha lógica nem é tão ruim. Se eu decidi uma coisa lá atrás, e aquilo se mostrou ruim depois, eu não poderia ter feito diferente. A consciência daquela Andrea, naquele momento, teria decidido a mesma coisa, como um paradoxo do voltar no tempo. O arrependimento serve então para quê? Já que, se me colocassem lá eu decidiria igual?
Hoje, eu reestruturei essa opinião. Não é que eu pudesse voltar, mas entendo que o arrependimento é outra coisa. O arrependimento serve para você analisar o porquê daquilo ter dado errado. Por que eu, aos 21 anos, fiz a assinatura de 4 revistas que eu nem usava, e acabei com o mísero limite do meu cartão? Detalhe, fiz isso depois de ouvir algumas poucas palavras de um desses vendedores de assinaturas do metrô.
Por que caímos em golpes, acreditamos em fake news e nos aninhamos na frente da TV para assistir a mesma notícia milhares de vezes? Por que acreditamos, ainda hoje, que é só se formar numa faculdade, arrumar um emprego e ter força de vontade que compraremos a casa dos nossos sonhos? Por que algumas decisões, pensadas anos depois, parecem idiotice?
Somos camadas. Camadas e mais camadas. E em um mundo lotado de coisas que se parecem muito com oportunidades, como decidir o que é bom e o que é ruim? Eu estava muito em dúvida com uma decisão e acabei decidindo. Mas depois isso me fez pensar, em só na decisão em si, mas em todas as que já tomei. Decisões boas e ruins. Vezes em que bati o pé, em que “sentia” que era o certo e não pareceu. Bom, na verdade, não decidimos – na imensa maioria das vezes – com o racional. Quem nos dera!
Existem instâncias dentro de nós que decidem por nós. Quando a nossa criança ferida entra em ação, você toma decisões sem nem pensar direito, entrando num tipo de torpor. Atendi um moço esses dias, que dizia que perdia a linha na frente de um buffet e não entendia por que ele não conseguia nem pensar. Esperamos que seja só parar para pensar, mas mesmo assim, ele não consegue.
Não conseguimos porque não é assim tão fácil. Não conseguimos porque existem camadas em nós que estão respondendo mais rápido que os nossos pensamentos. E, por incrível que pareça, esperamos de nós e dos outros comportamentos egóicos e racionais que são impossíveis.
Nos casamos com o completamento das nossas carências afetivas. Escolhemos uma profissão por causa de um trauma de infância. Perdemos dinheiro porque não podemos ser ou ter mais do que nossos pais. Usamos roupas curtas e decotadas porque queremos ser amadas (e não sexualizadas) ou compramos um carro que não podemos pagar porque precisamos provar que podemos. E todas as decisões não racionais são o que movimenta a nossa economia e a nossa cultura.
Então como sair desse limbo? Já aviso que fácil, não vai ser. Mas podemos começar entendendo tudo isso. Entendendo que nossos arrependimentos foram decisões tomadas por crianças de 4 anos que vivem em nós, como o moço no buffet livre. Que nossas escolhas estão longe de serem perfeitas para todo mundo, mas que poderiam ser perfeitas para nós e melhor, que todas as decisões têm preço. As vezes preços que estamos dispostos a pagar, as vezes preços que não computamos.
Olhar a própria humanidade, a nossa criança ferida e a nossa sombra são primordiais para isso. São essas instâncias que tomam nossas “decisões racionais” de usar o cartão só mais dessa vez e depois orar para Deus providenciar. E são para essas dores, muitas e muitas, que precisamos focar para parar de errar, perdoar os nossos erros e aceitar as nossas derrotas.
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
E-mail: deka.pav@gmail.com | Mais artigos
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Grupo sul-coreano Forestella : Amo demais !
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