Cuidado com selfies . . .




Rússia lança campanha de conscientização – avisa que selfies podem matar !


Débora Schach

Esse ano, na Rússia, pelo menos 10 pessoas morreram e 100 ficaram feridas por causa das selfies. Ou melhor – pela falta de atenção das pessoas na hora de tirar uma selfie.

É por isso que o país acaba de lançar uma campanha de conscientização chamada ‘Selfies Seguras’. 

O objetivo é alertar os cidadãos russos sobre os perigos de não prestar atenção ao seu redor ou se arriscar para tirar um retrato. 

No site da campanha, um infográfico explica que cada um dos incidentes ilustrados na imagem abaixo poderiam ser evitados. 

“Quando uma pessoa está tirando uma foto dela mesma, ela está dispersa, ela perde o equilíbrio, não olha ao redor e não se sente em perigo. Quando tirar selfies, certifique-se de que está em um lugar seguro e de que a sua vida não está em perigo”, avisa o Ministério do Interior. 

Quem diria que esse assunto ia virar coisa séria? Via PetaPixel.


selfie-icons

PNG Файл


PNG Файл


PNG Файл


JPG Файл


PNG Файл


PNG Файл


PNG Файл


PNG Файл


PNG Файл


PNG Файл



Postado no Blue Bus em 08/07/2015


A mídia comanda o retrocesso



Celso Vicenzi

Uma fotomontagem em que a presidenta Dilma Roussef aparece de pernas abertas, na boca de um tanque de gasolina de automóvel, jogou mais combustível na fogueira de ódio e insensatez que se espalha por todo o país. A imagem é chocante e não ofende apenas a mais alta autoridade do país, mas todos os cidadãos e, principalmente, as mulheres, no Brasil e no mundo. A metáfora visual é a de uma penetração sexual, de um estupro.

Essa afronta não é um caso isolado. Pelo contrário, a passividade das principais autoridades do país tem autorizado uma série de crimes, contra a democracia e contra a dignidade humana. 

Por trás de gestos mais raivosos, tresloucados e imbecilizados, foi tecida uma competente estratégia de propagar o ódio e promover a agitação social necessária à aplicação de um golpe de estado para o qual só parece faltar o acerto de data. 

Mais que um golpe contra o resultado das urnas, seria um golpe contra boa parte dos avanços civilizatórios duramente conquistados desde o fim da ditadura de 64. 

Some-se a isso uma intolerância religiosa que era até então desconhecida no país e que hoje grita seus slogans medievais muito além dos púlpitos, nos parlamentos e nas emissoras de rádio e tevê.

Depois da quarta derrota eleitoral à presidência, os setores mais conservadores da sociedade brasileira perceberam que, pela via democrática, suas chances de ascender ao Palácio do Planalto tornaram-se remotas. 

Se não foi possível convencer pelo voto, importantes setores da mídia, do parlamento e do judiciário desenharam nova estratégia. Os principais veículos de comunicação passaram a desenvolver, diariamente, uma estratégia que consiste em omitir o que há de positivo no país e exagerar na análise pessimista. 

Mais que isso: o que poderia ser uma excelente oportunidade para desnudar como funciona o esquema de financiamento de campanhas políticas e o uso da máquina pública e de empresas estatais para troca de favores – em todas as esferas, federais, estaduais e municipais – resultou em uma justiça caolha, uma mídia manipuladora e um Congresso Nacional retrógrado, centrados no objetivo de criminalizar um único partido, um único governo e, especialmente, Lula e Dilma.

O festival de imagens agressivas vem sendo produzido há muito tempo. Um dos casos mais recentes ocorreu na coluna do jornalista Ricardo Noblat, no jornal O Globo (29/6/2015), que pôs a cabeça degolada da presidenta Dilma em uma bandeja. O título acompanha o “primor” da ilustração: “Em jogo, a cabeça de Dilma”.

O jornal Correio Braziliense publicou no dia 8/9/2014, na capa, uma foto de Beto Barata em que uma metralhadora é apontada contra a face da presidenta, durante desfile militar de 7 de Setembro. O mesmo truque de angulação – usado à exaustão e, portanto, já sem nenhuma originalidade – deu a Wilton Júnior (O Estado de S. Paulo) o Prêmio Esso de Fotografia de 2012. Ilusoriamente uma espada trespassa o corpo da presidenta durante uma cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ).

Se alguns dos principais veículos de comunicação, por repetidas vezes, simulam que a presidenta deve ser executada – e aí não há nenhuma possibilidade de inocência nessa metáfora de “morte à presidenta” –, porque deveríamos estranhar que essa convocação à “malhação de Judas” não encontraria campo fértil em meio a milhares de internautas ávidos por exibir toda a sanha reacionária e a falta de escrúpulo no debate político?

Por que nos surpreenderíamos com tantos cartazes pedindo a volta da ditadura em passeatas que a mídia louva como a fina flor da democracia? Por que nos espantaríamos com as bancadas evangélicas, da bala e do latifúndio a vociferar contra os direitos humanos?

Houve quem tenha se recusado a reproduzir, nas redes sociais, a imagem sórdida de uma mulher, de pernas abertas na boca do tanque de combustível de um automóvel. Compreendo e louvo a tentativa de evitar a banalização da cena. 

Inclino-me, no entanto, na direção contrária, por uma razão: não podemos deixar de ver, compreender e estar alerta contra o que ameaça destruir a dignidade humana. Ver para não se iludir sobre o crescimento da barbárie. Ver para denunciar o ódio que cega tantas pessoas que se consideram humanas, amorosas.

Estranhamente, começaram a surgir, também na internet, os indignados contra quem se indignou. Houve muitas críticas aos que optaram por mostrar as imagens anexas aos textos de protesto a esse ato de misoginia. Boa parte dos críticos não atacou os autores da fotomontagem que escandalizou o país. Preferiu desviar o foco do debate, para tentar atingir apenas aqueles que se disseram profundamente impactados pelo ato vil.

A imagem é grosseira e não cabe banalizá-la com reproduções gratuitas e comentários machistas. Mas é preciso mostrá-la a quem ainda não viu, para que percebam a extensão do que acontece hoje no Brasil, e acordem a tempo de evitar o pior. 

Há uma profusão de atentados à democracia e à dignidade humana. E, por serem desferidas contra o atual governo, contra Lula, Dilma e o PT, não faltam incentivadores desse ódio que brota de nossas raízes racistas, conservadoras e elitistas.

Há coisas que precisam ser vistas. Não há como esconder as atrocidades que o ser humano já foi capaz de perpetrar, ao longo de milênios. Algumas imagens têm o poder de alertar contra a fera humana, sempre numa tênue fronteira entre civilização e barbárie.

A imagem que repugnou o país é somente o ápice de uma ação que tem os donos da mídia como principais articuladores. 

É um movimento que também grita contra os direitos humanos, que não se conforma com a inclusão social, não se importa em entregar as riquezas e o futuro do país aos interesses do capital internacional, não se importa com uma justiça de duas caras, dois pesos e duas medidas, que não aceita as mudanças que ocorreram nos últimos anos beneficiando sobretudo os mais pobres.

Essa imagem é só uma amostra do nível de degradação a que estaremos expostos se as forças reacionárias dominarem novamente o Brasil.


Celso Vicenzi é jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas/SC, Prêmio Esso de Ciência e Tecnologia (1985). Atuou em rádio, TV, jornal, revista e assessoria de imprensa.


Postado no Sul21 em 08/07/2015


Nota

Se você quiser ver clique no link abaixo:








Tênis Slip On : versátil e confortável





O tênis Slip-on, além de bastante confortável é fácil de calçar, não possui cadarço (ele possui elástico lateral basta encaixar o calçado aos pés).

É uma peça coringa para diversas ocasiões, pois une conforto com estilo. Nos looks, é permitido migrar para diversos estilos, podendo ser usado com peças mais românticas como vestidos, blusinhas com detalhes em renda, saias de cintura alta, cintura baixa, jeans e até mesmo a mais delicada delas as godês. 

Vai muito bem com calças justas, flares, moletons, até mesmo com um jeans e um blazer, fica incrível.  Se ainda não aderiu ao modelo aposte, que é certeza de sucesso absoluto no look.





tenis-slip-on-005






tenis-slip-on-006




SLIP ON COM SAIA
















Opt for a blue denim jacket and black ripped skinny jeans for a standout ensemble. Dress down your look with brown leopard slip-on sneakers.  Shop this look for $148:  http://lookastic.com/women/looks/sunglasses-scarf-denim-jacket-v-neck-sweater-dress-shirt-skinny-jeans-tote-bag-slip-on-sneakers/4119  — Black Sunglasses  — Burgundy Plaid Cotton Scarf  — Blue Denim Jacket  — Grey V-neck Sweater  — White Dress Shirt  — Black Ripped Skinny Jeans  — Black Leather Tote Bag  — Brown Leopard ...






SLIP ON diferentes
Feminino


Masculino



PSDB é o partido da oposição ao Brasil







Como usar a internet de forma positiva





Stephanie Gomes

No último vídeo que publiquei, várias pessoas comentaram sobre como a internet e as redes sociais atrapalham suas vidas, atrasam suas tarefas e enchem suas cabeças de coisas sem importância.

Quem nunca se pegou rolando a timeline do Facebook e, quando se deu conta, estava morrendo de tédio? Muita gente me escreveu dizendo que queria mudar isso, então resolvi contar aqui e dar dicas do que fiz e estou fazendo nesse processo de adaptação virtual para o meu bem-estar.

Há algum tempo eu tenho percebido que estava ficando confusa até em relação à minha própria opinião, de tanto ler a opinião dos outros (não que seja ruim conhecer outras opiniões, muito pelo contrário, mas tanta informação estava me deixando louca).

Também percebi que minha cabeça estava cheia de informações que eu não queria nem precisava, mas que foram jogadas no meu cérebro pela tela do celular e do computador. Pior de tudo: eu estava ficando com fortes dores nas costas de tanto olhar para a tela do celular.

Eu comecei a cansar de tudo isso. Percebi o quanto aquilo estava me prejudicando e resolvi fazer mudanças. É claro que eu não decidi ficar sem internet para sempre, mas fiz uma boa limpeza e dividi melhor meu tempo com outras atividades (e com um pouco de descanso). Me fez muito bem! Por isso achei que valia a pena dividir com vocês.

A internet não é ruim, não é vilã, não estraga nossas vidas. Tem muita coisa boa na internet. O problema é que nós nem sempre a usamos para buscar estas coisas boas. Usamos também para fuxicar a vida dos outros, ler comentários negativos ou olhar só por olhar. Se fosse só de vez em quando, tudo bem. Mas é todo dia, o tempo todo.

A boa notícia é que o que você ganha na internet pode ser bom ou ruim, e isso é algo que você pode escolher. Aí vão as minhas dicas para você conseguir usar a internet de forma mais positiva:

Busque conteúdo que acrescente

Bons conteúdos não faltam na internet. Você pode aprender idiomas, yoga, dança, exercícios físicos, história, trabalhos manuais, decoração, receitas… quase tudo o que você imaginar!

Na internet você também encontra uma infinidade de histórias inspiradoras, projetos interessantes, boas notícias… Por que não aproveitar mais isso? Use a internet para encontrar conhecimento, amizades, ideias e boas energias.

Troque um pouco os detalhes do dia a dia dos seus amigos (e dos “inimigos”) por informação que acrescente coisas boas em você.

Faça uma boa limpeza (sem dó!)

“Ah, mas de vez em quando ele posta algo engraçadinho…”. “Ah, mas eu quero saber qual é a próxima besteira que ela vai publicar…”.

E é assim que as suas redes sociais ficam lotadas de coisas inúteis, sem graça e que te cansam. Você não quer mais ficar vendo isso, não é? Então CORAGEM!

Respira fundo e deleta sem dó! Delete páginas e perfis repetitivos, gente negativa e tudo aquilo que não te oferece nada de bom. Garanto que depois você vai sentir um grande alívio e não vai sentir falta nenhuma do que tirou.

Procure gente que cria coisas boas

Tem muita gente criando coisas boas na internet. Pessoas comuns que viram no mundo online a oportunidade de mostrarem e oferecerem aos outros aquilo que têm de bom.

Foi graças a pessoas da internet que eu aprendi que experiências trazem mais felicidade do que coisas. Foi lendo um blog que surgiu a minha vontade de fazer yoga e praticar meditação.

Foram pessoas que criaram coisas na internet que me mostraram o outro lado de várias situações e coisas boas que eu não conseguia enxergar. Tem muita coisa boa na internet sendo criada por gente igual a você. Procure estas pessoas (ou torne-se uma delas!).

Acompanhe pessoas que te inspiram

Não precisam ser celebridades, blogueiros, jornalistas, youtubers… pode ser aquele seu amigo que faz algo que você admira e que faz você se sentir inspirado quando vê a forma dele pensar, as coisas que ele faz.

Acompanhe mais perfis de pessoas assim. É provável que elas nem saibam o quanto são capazes de inspirar os outros, mas o fazem. Procure gente que te inspire a correr atrás de seus sonhos e objetivos, que tenham conquistado algo que você também quer conquistar, que demonstram determinação e força de vontade, que expressam bondade e gentileza. Pessoas assim te farão um grande bem.

Use-a para se divertir, não para fazer o tempo passar

Já ouviu a frase “vida é aquilo que acontece enquanto você olha o celular”?

Claro que não é desperdício de vida quando você se diverte online assistindo filmes e séries, jogando com seus amigos, assistindo a vídeos engraçados e fazendo coisas que gosta.

Enquanto isso não estiver atrapalhando a sua vida e você estiver aproveitando a diversão, é totalmente saudável. Mas quando começa a jogar, ver vídeos, olhar fotos no instagram e não sai do Netflix porque acha que a vida não tem nada de melhor a oferecer, você está usando a internet por preguiça e acomodação.

Saiba quando está exagerando

O tempo passa muito (muito!) rápido quando estamos conectados. Mesmo que esteja vendo coisas boas e positivas, não deixe de observar se está exagerando no tempo que fica online.

Não perca as coisas boas que existem fora da internet. A vida real pode não ser tão incrível como é mostrada em nossos perfis, mas é nela que está a realidade. É nela que você ama, ri, chora, pula de alegria, grita, briga, sonha, dança, canta, admira, pensa, fala…

O que colocamos na internet é só um registro de tudo isso. O viver acontece aqui fora.


Postado no Desassossegada em 06/07/2015


Somos colecionadores de abismos. Mas ainda somos feitos de sonhos



Rebeca Bedone

Então você levanta cedinho. Lava o rosto e o sono, toma seu café da manhã bem rápido — ou não toma porque está atrasado — e sai para o trabalho. Vai pensando no projeto da casa, no filho que tirou nota ruim na escola, no pai que está doente. Lembra que precisa começar uma dieta e que está muito sedentário. Sente saudade dos que já se foram. O dia mal começou e você já viaja pela cidade de pedras que acordou com a esperança cansada.

Todo dia é tudo igual. Parece que nada muda. O metrô lotado de gente quieta e as ruas gritando o barulho das buzinas. Os esfomeados pedindo dinheiro no sinal para carros apressados. O cheiro da poluição dos rios e da miséria. As árvores cada vez mais dando lugar ao cimento. O dia sempre amanhecendo em suas cores e luz, mas a vida se tornando cinza.

Você se finge indiferente a tudo isso. Está com pressa. Olhar o que te fere dói. Como assumir as próprias culpas, é pesado demais carregar a dor do mundo. Lá fora há tanta indiferença; as pessoas não sorriem à toa, não notam a bondade que insiste em sobreviver no meio da cidade. Tem um andarilho dividindo o pão endurecido com seu fiel vira-lata, e a multidão segue absorvida por seus próprios pensamentos. Nossas cobranças e nossas falhas, tudo fica escondido bem no fundo da alma, à espera de um dia quente, de uma luz alegre.

Como o mundo que acorda triste com os ataques terroristas, você sente um vazio sem fim. Logo de manhãzinha já se vê as notícias de mais homens ajoelhados que tiveram o pescoço explodido. Homens enjaulados que foram afogados vivos. Como viver em um mundo que acorda sob o eclipse total do coração?

Você se sente sozinho. O horizonte sem sol é um poço de dúvidas. Para que tanta maldade? Qual é o sentido disso tudo? Aonde a vida irá te levar se, mesmo você fazendo certo, vira e mexe, dá errado? O seu parente é assassinado num assalto, seu amigo jovem morre de câncer. Seu cachorro se perde e nunca mais volta. Dias atrás você perdeu o emprego.

No meio a tanta fome e tristeza, entre violência, guerras e medo, você se sente pequeno. Mas, mesmo assim, pela janela do seu coração, você quer acenar para a vida como quem assiste a banda passar. Apesar de toda perda, quer acreditar que para cada pergunta haverá uma reposta. Mesmo quando o dia amanhecer cinzento e tudo feder a falsidade, e amargo for o sabor do mundo, você quer continuar acreditando na bondade.

Há muita coisa triste, sim. Mas também há muito por fazer, há tanto a se realizar e aprender. Ser feliz é tudo isso. Até quando nos tornamos vazios — vazios de alegrias, de sonhos e de prazer — estamos nos preparando para compreender nossos pensamentos mais íntimos.

Esvazie-se. Quando dentro de você não existir mais nada (nada de medo, de dores, de culpa e pessimismo), sua solidão te levará a você mesmo. Às vezes o sol é inclemente, tem dias que o vento da chuva nos fere o rosto e a alma, e nem sempre vemos cores vivas na estação das flores.

A felicidade vive fugindo da gente. Temos tantas obrigações em um mundo tão louco que sobra pouco tempo para repararmos na beleza da simplicidade da vida que nos cerca.

Acredite. A esperança chega inesperadamente, como um pássaro que vem cantar em nossa janela. Como a vida que recomeça depois de toda perda.


Postado no Bula


Começa a reação ao Golpe de Direita !​





Manifesto

Nós, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos, manifestamos o que segue:

1. Não aceitaremos a quebra da legalidade democrática, sob que pretexto for.

2. O povo brasileiro foi as urnas e escolheu, para um mandato de quatro anos, a presidenta da República, 27 governadores de estado, os deputados e deputadas que compõem a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas, assim como elegeu para um mandato de 8 anos 1/3 do Senado Federal. 

Os inconformados com o resultado das eleições ou com as ações dos mandatos recém-nomeados têm todo o direito de fazer oposição, manifestar-se e lançar mão de todos os recursos previstos em lei. Mas consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática.

3. O povo brasileiro escolheu, em 1993, manter o presidencialismo. Desde então, a relação entre o presidente da República e o Congresso Nacional já passou por diversas fases. Mas nunca se viu o que se está vendo agora: a tentativa, por parte do presidente da Câmara dos Deputados, às vezes em conluio com o presidente do Senado, de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014.

Contra esta maioria eventual que no momento prevalece no Congresso Nacional – disposta a aprovar uma reforma política conservadora, a redução da maioridade penal, o estupro da CLT via aprovação do PL 4330, a alteração na Lei da Partilha, dentre tantas outras medidas – convocamos o povo brasileiro a manifestar-se, a pressionar os legisladores, para que respeitem os direitos das verdadeiras maiorias, a democracia, os direitos sociais, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, os direitos humanos, os direitos das mulheres, da juventude, dos negros e negras, dos LGBTT, dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, o direito ao bem-estar, ao desenvolvimento e à soberania nacional.

4. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a separação e o equilíbrio entre os poderes. Os poderes Executivo e Legislativo são submetidos regularmente ao crivo popular. Mas só recentemente o poder Judiciário começou a experimentar formas ainda muito tímidas de supervisão, e basicamente pelos seus próprios integrantes. E esta supervisão vem demonstrando o que todos sabíamos desde há muito: a corrupção, o nepotismo, a arbitrariedade e os altos salários são pragas que também afetam o Poder Judiciário, assim como o Ministério Público. 

O mais grave, contudo, é a disposição que setores do Judiciário e do Ministério Público vem crescentemente demonstrando, de querer substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição. 

Convocamos todos os setores democráticos a reafirmar as liberdades constitucionais básicas, entre as quais a de que ninguém será considerado culpado sem devido julgamento: justiça sim, justiceiros não!

5. A Constituição Brasileira de 1988 proíbe a existência de monopólios na Comunicação. Apesar disto, os meios de comunicação no Brasil são controlados por um oligopólio. Contra este pequeno número de empresas de natureza familiar, que corrompe e distorce cotidianamente a verdade, a serviço dos seus interesses políticos e empresariais, chamamos os setores democráticos e populares a lutar em defesa da Lei da Mídia Democrática, que garanta a verdadeira liberdade de expressão, de comunicação e de imprensa.

Juiz Moro e procurador Lima inauguraram a República da Delação — E se orgulham




Davis Sena Filho

Evidentemente, a republiqueta do Paraná, uma metáfora para definir a vara de primeira instância do juiz Sérgio Moro e dos seus associados em fazer política e justiça seletiva, os delegados aecistas da Polícia Federal daquele Estado, que se tornou, sobretudo, um centro do conservadorismo brasileiro.


Juntamente com o Ministério Público, o TCU e a Câmara dos Deputados, sob a batuta do neocon, deputado Eduardo Cunha, que preside a Casa de Leis como se ela fosse dele, os direitistas deste País estão a mostrar suas garras, porque o objetivo final é não permitir, de forma alguma e doa a quem doer, que o PT vença as eleições presidenciais de 2018.

Enquanto isso se deita falação por intermédio da imprensa meramente mercantilista, que pauta autoridades ligadas à Justiça, ao MP e à Polícia Federal, porque dentro dessas instituições existem homens e mulheres que decidiram fazer política, principalmente após as manifestações de junho de 2013, quando perceberam que, enfim, poderiam ter uma abertura para minar sistematicamente o Governo Trabalhista.

Além disso, tais autoridades se mostram arbitrárias e não republicanas, porque tratam de maneira seletiva as acusações, as denúncias, as prisões, as investigações, as delações e os vazamentos criminosos de processos em segredo de justiça por parte de servidores públicos que se utilizam equivocadamente de seus cargos para favorecer partidos de direita, que povoam a oposição e são protegidos pela imprensa dos magnatas bilionários.

Megaempresários que desejam colocar na cadeira da Presidência da República um presidente vinculado ao establisment nacional e internacional, como o fora Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, aquele tucano conhecido por sua incomensurável e inenarrável vaidade, que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.

Mídia criou onda de ódio e fascismo



O jornalista Altamiro Borges está preocupado. E não é paranoia de blogueiro esquerdista. Faz muito sentido essa preocupação. Tem fundamento e provas na prática.

Pensemos que, desde 1998, na Venezuela, uma vanguarda se estabeleceu na América Latina. Foram eleitos governos progressistas, preocupados com o combate à desigualdade social, com a democratização do acesso a direitos.

Mas esse modelo vive uma crise, uma encruzilhada, uma incerteza, como repetiu o painelista da 17ª Conferência Estadual de Bancários(as), em seu painel, do sábado, 4/7, no Hotel Embaixador em Porto Alegre.


Se a Argentina conseguiu regular os meios de comunicação, no Brasil os 12 anos de governos Lula e Dilma, não conseguiu trilhar o mesmo caminho, a não ser pela moderna lei de internet. 

Os dois presidentes optaram por não enfrentar esses verdadeiros responsáveis pela onda de ódio que circula pelas redes sociais, pela opção de telejornais e jornalistas e que tem na defesa do retorno do neoliberalismo a bandeira de luta. Sim, a bandeira é de luta para enfrentar o ocaso do neoliberalismo no mundo.

Altamiro diz que a crise econômica faz parte de uma estratégia política de desgaste de presidentes progressistas. “Esses governos foram de reformismo brando. As políticas sociais são importantes, mas insuficientes. Essas políticas não foram acompanhadas da politização. Pobre que entrou na universidade diz que conseguiu por causa da meritocracia. Se não tivesse política, ele não teria ingressado na universidade.”

O modus operandi aparece em vários exemplos. Basta ligar a televisão, acessar as redes sociais. 

Vemos uma jornalista da TV Globo ser corrigida pelo presidente estadunidense Barack Obama sobre o papel de referência do Brasil como player político mundial e não meramente regional como ela disse durante a visita da presidenta Dilma aos Estados Unidos.

Vemos também a presidente Dilma ser ofendida e agredida por um jovem fascista de direita nos Estados Unidos e uma quantidade de material machista que tenta (e consegue) desgastar a imagem da presidenta. 

“Derrotamos a direita, mas perdemos o debate. O movimento sindical cuida das pautas dos trabalhadores, mas deixou de politizar a sociedade”, acrescentou o painelista.

Altamiro diz que a América Latina, a partir de 1998, enfrentou a hegemonia neoliberal e agora ocorre o que ele chama de um período muito perigoso de incertezas.

O caso da eleição do Syritza, na Grécia é exemplar. Os governos centrais da Europa impõem uma agenda de recessão, que procura colocar o partido grego de joelhos, asfixiá-lo.

Apesar de os governos progressistas terem chegado ao poder e implantado políticas de combate a desigualdade social, no Brasil, por exemplo, faltou ao presidente Lula e a presidenta Dilma enfrentarem a mídia tradicional com regulação.

“O capitalismo está numa fase agressiva, repressiva e de retirada de direitos e vive uma crise prolongada e sistêmica de reestruturação produtiva”, enumera.

América Latina: de laboratório à resistência

O final dos anos 1970 foi marcado pela construção política da hegemonia do neoliberalismo na América Latina. 

A região foi o laboratório do Consenso de Washington. Altamiro diz que o neoliberalismo se fundou sob um tripé. A estratégia é desmontar o Estado, a nação e o trabalho. 

Não por acaso as empresas tradicionais de mídia desempenham um papel fundamental, se comportam como verdadeiros partidos políticos.

Citando o sociólogo Perseu Abramo, Altamiro refere as duas formas clássicas de manipulação dos meios de comunicação. Foi selecionando os assuntos que deveriam chamar a atenção da massa e defendendo as privatizações, a terceirização e o banco de horas que os meios de comunicação montaram o contexto para a chegada do neoliberalismo. “A América Latina se iludiu. Essas teorias foram apresentadas pela mídia como teorias inevitáveis”, diz.

Altamiro refere que essa estratégia politicamente se esgotou, a não ser pelo discurso de crise e de necessidade de uma nova reorganização do capitalismo. A vanguarda de um movimento dialético, iniciado no Brasil, em Porto Alegre, com o Fórum Social Mundial “Quando os partidos da direita entram em crise, os jornais assumem o sseus lugar.”

O início da década passada, criou uma vanguarda de resistência e levou ao poder progressistas em toda a América Latina. Altamiro chama este fenômeno de vanguarda mundial, mas alerta para o seu esgotamento. “Quando os partidos da direita entram em crise, os jornais assumem o seu lugar. Estamos num momento em que precisamos resistir e atuar juntos”, explica.

O que fazer e o papel dos Sindicatos

Os meios de comunicação de massa privados realçam aquilo que lhes interessa e omitem o que lhes prejudica, como já dito acima. É a tal seletividade. Não fosse assim, por que apoiaram a Ditadura Militar no Brasil, da qual Roberto Marinho, fundador da Globo, nunca se arrependeu, ou por que esconderiam agora investigações que apuram casos de corrupção, como a Operação Zelotes, da Polícia Federal?

A Operação Zelotes, que investiga o Grupo RBS, sumiu dos jornais. De novo, a tal seletividade. “A imprensa precisa o tempo todo desconstituir a política. Precisa publicar um escândalo atrás do outro porque, se a política funciona a mídia perde importância”, afirma.

Mas o que aconteceu que nos levou do topo para o abismo: da eleição de uma presidenta com amplo apoio social no final de 2014 para o atual estado de vandalismo, desrespeito e ódio. Tudo é culpa da Dilma. Por certo, isso é uma estratégia comunicacional de repetição e ocupação dos meios de comunicação. 

Altamiro refere que essa onda de fascismo foi criada pela mídia. “Apesar de eu ter críticas contra o atual governo, entendo que é difícil governar. 

Reconhecemos os avanços sociais dos governos Dilma e Lula, mas todos os partidos de esquerda enfrentam o mesmo problema quando administram. Forte oposição da mídia e a necessidade de fazer concessões politicas para governar”, diz Altamiro.

Mas e os Sindicatos? Altamiro puxou as orelhas dos sindicalistas. Diz que é tempo de investir, de não pensar em comunicação como gasto. É tempo de aproveitar que a internet ainda é um ambiente com relativa liberdade.

Afinal, como o filósofo italiano Antonio Gramsci ensinou e foi citado por Altamiro, é preciso disputar a hegemonia num ambiente de batalha de comunicação. Parte desse problema relaciona-se à falta de uma política de enfrentamento da mídia. Altamiro diz que o atual governo é um reformador “brando” e não enfrentou a mídia.

É preciso voltar a debater com a sociedade. Criar espaços na internet e debater, acima de tudo, a sociedade. Precisamos politizar. 

“A mídia brasileira é tão colonizada que diz que nós queremos trazer o modelo da Venezuela de comunicação. Nós queremos o modelo dos Estados Unidos. E por uma questão muito simples. A legislação estadunidense proíbe a propriedade cruzada. Não pode ter rádio, internet e jornal ao mesmo tempo”, diz Altamiro.

Tempos difíceis, mas importantes. É preciso enfrentar o debate por uma comunicação com interesse público e não de um público.

O modelo brasileiro de comunicação de massa é comercial, neoliberal e fascista ao repetir que a politica e os partidos políticos acabaram.

Na crise do capitalismo, quando começam a perder audiência para as redes sociais, a estratégia é se juntar ainda mais aos aliados, os partidos e políticos de direita, para defenderem suas visões de mundo.

Palavras de Altamiro Borges


INCERTEZAS
“Temos no mundo uma perigosíssima onda neofascista. Vivemos uma ditadura do capital financeiro no mundo”.

FENÔMENO
“A América Latina começou uma vanguarda de resistência ao neoliberalismo a partir de 1998 na Venezuela. Depois, Equador, Argentina, Bolívia e Brasil. Foi uma vanguarda mundial. Todos esses governos estão passando por problemas. Há um processo de asfixiar e de derrubar esses governos.”

ENCRUZILHADA
“Esses governos foram de reformismo brando. As políticas sociais são importantes, mas insuficientes. Essas políticas não foram acompanhadas da politização. Pobre que entrou na universidade diz que conseguiu por causa da meritocracia. Se não tivesse política, ele não teria ingressado na universidade.”

BATALHA DA COMUNICAÇÃO
“Tanto Dilma quanto Lula optaram por não enfrentar a batalha da comunicação. Estamos vivendo um momento muito perigoso.”

ONDA
“Elegemos o Congresso Nacional mais sujo da história do Brasil.”

OFENSIVA CONSERVADORA
“Derrotamos a direita, mas perdemos o debate. O movimento sindical cuida das pautas dos trabalhadores, mas deixou de politizar a sociedade.”

PAPEL DA MÍDIA
“Quando os partidos da direita entram em crise, os jornais assumem o seus lugar.”

Postado no Blog do Miro em 04/07/2015