Ingleses aprenderam (tarde demais) que não vale a pena esfolar turistas




Londres já nos deixou uma lição de casa. Se o Brasil pretende que a Copa de 2014 e os Jogos de 2016 sejam um sucesso, é bom baixar a bola dos nossos empresários, principalmente os do setor turístico, conhecidos por sua ganância olímpica.
Os ingleses esperavam receber 300 mil visitantes para o megavento esportivo. Segundo o jornal Financial Times, conseguiram atrair apenas um terço disso, 100 mil turistas. Comerciantes, gerentes de hotel e produtores estão lamentavelmente surpresos.
Para o setor teatral, um dos mais vibrantes do mundo, a decepção é ainda maior. A estimativa chocante é de queda de 30% na venda de ingressos. O mesmo acontece com os museus, cujas visitas têm sido inferior ao que se costuma registrar normalmente nesse período do ano.
Tudo bem que programas culturais não sejam o foco de quem está na cidade para participar da maior festa do planeta. Mas alguns estádios com lotação apenas sofrível ajudam a constatar que os ingleses pesaram a mão na hora de esfolar seus visitantes.
A rede hoteleira também teve que rever suas projeções otimistas. De última hora, muitos hotéis foram obrigados a baixar seus preços em cerca de 25%. E, mesmo assim, a lotação sofreu uma queda de 20% em comparação com junho do ano passado. Cacetada.
A explicação para esse duro golpe é uma só: a turma jogou pesado na hora de reajustar os preços à espera de uma invasão que não se concretizou. Em busca de lucros abusivos, perderam dinheiro. Bem feito.
O recado está dado. O Brasil tem uma rede hoteleira precária, mas que não titubeia em explorar gringos desavisados. Nossos restaurantes podem até oferecer uma gastronomia de ponta, mas a um custo obsceno até para padrões europeus.
O governo tem que, desde já, orientar nossos capitalistas para o risco do olho gordo. Por ocasião da Rio+20, os estrangeiros ficaram escandalizados com os preços praticados por toda a nossa rede de serviços. Serviu como ensaio.  Com certeza, quem passou por aqui não ficou com uma boa impressão. Isso sem entrar no mérito da qualidade do que oferecemos.
Levando em conta os gastos irresponsáveis que já estamos presenciando por aqui, com anos de antecedência, corremos o risco de atingir a proeza de um retumbante prejuízo lá na frente. É muito mais agradável e barato assistir a todos esses jogos pela TV. Londres não deixou nenhuma dúvida sobre isso.
Postado no blog O Provocador em 02/08/2012
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Para uma vida mais saudável, azeite de oliva



Meninas, vocês já devem ter percebido que o azeite se tornou indispensável na alimentação, sendo adicionado às comidas, proporcionando sabor e aroma. Seu uso traz muitos benefícios à saúde, pois é fonte de vitamina E, protegendo contra o câncer e doenças do coração; possui antioxidantes naturais, auxiliando o organismo no combate aos radicais livres e prevenindo assim os efeitos do envelhecimento; e também é rico em ácidos graxos monoinsaturados, permitindo o aumento do HDL (bom colesterol) e a diminuição do LDL (colesterol ruim).




O azeite pode ser classificado em:

  • Extra-Virgem: acidez não >1%, primeira prensagem a frio;
  • Virgem: produzido mecanicamente, e sua acidez não ultrapassa os 2%.
  • Refinado: apresenta alta acidez.


→ Prefira sempre o extra-virgem!


OBS: Bom, já que o assunto é azeite... estamos vendo na TV uma propaganda dizendo que a maionese é mais saudável que o azeite né? Mas prestem atenção no seguinte: dizer que um alimento é mais saudável que outro pela quantidade de calorias, sem levar em conta os ingredientes que o compõe, não é a melhor maneira de analisar seus benefícios, pois quantidades elevadas de gordura, sódio e açúcares são prejudiciais à saúde e muitas vezes não são expostos ao consumidor.


Vejam a seguir as informações nutricionais dos dois alimentos e compare:





Postado no blog Antenadas em 31/07/2012


O que é ser feliz



ser-feliz
 Augusto Cury

Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções…
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz, é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer, “me perdoe” É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz.
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus inversos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que…
Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesma.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível.
E você é um ser humano especial.

A gaúcha Mayra Aguiar conquista o bronze no judô


Mayra Aguiar, que completa 21 anos nesta sexta-feira, encarou o terceiro lugar como um presente  (Foto: AP Photo/Paul Sancya)

Mayra Aguiar conquistou a medalha de bronze na categoria meio-pesado (até 78kg) do judô nos Jogos Olímpicos de Londres, ao vencer por ippon nesta quinta-feira (2) a holandesa Marhinde Verkerk.




Direita da Venezuela é igual à do Brasil: os pobres não merecem saúde e educação, diz a verdadeira voz da oposição


Saúde e educação gratuitas são “merdas” que os pobres da Venezuela não merecem: é o que pensa Adriana Mendoza Capriles, sobrinha do candidato à presidência da Venezuela Henrique Capriles, musa da direita venezuelana e que mora em Miami. Saiu no sabinabecker, que chamou de a verdadeira voz da oposição.

Postado no blog Educação Política em 02/08/2012

Ele fez bonito !









Único brasileiro na final individual geral da ginástica artística em Londres 2012, Sérgio Sasaki, 19 anos, conquistou nesta quarta-feira (1º) o melhor resultado de um atleta do País em Jogos Olímpicos. O jovem de São Bernardo do Campo fez bonito e ficou com o 10º lugar.
— Não vou desistir do meu sonho que é ser campeão olímpico.



A musa e a cachorra nas cachoeiras de Brasília




A mídia adora reis, rainhas e musas.
Basta ser bonitinha para ser musa.
Pode ser bonitinha e ordinária.
E como tem!
O repertório da mídia é limitado.
Sempre tem uma fantasia erótica de bordel de quinta categoria embutida.
A pornografia acontece em outro lugar, longe da cama.
A tal Andressa, mulher do Cachoeira, tentar engavetar um juiz.
Na cara dura. Na base do:
– Você solta o Carlinhos e nós não soltamos o dossiê.
Segundo o juiz, que recusou a proposta obscena, feita certamente em tom sensual, a musa cachorra teria dito que o dossiê contra ele e outros estaria pronto, preparado por Policarpo Jr., jornalista da Veja, a pedido de Cachoeira.
Fica assim:
1) Andressa falou a verdade e a Veja está atolada na lama.
2) Andressa mentiu, mas sua mentira revela o que Cachoeira pensa da Veja  e possivelmente traz à tona marcas de suas relações incestuosas com a revista e com o tristemente famoso Policarpo, o homem dos grandes furos e das grandes furadas.
3) O juiz mentiu – hipótese absolutamente improvável.
Veja, claro, desmentiu qualquer relação com Cachoeira e com o suposto dossiê.
Podemos exclamar: o rei está nu.
Uma descerebrada bonitinha, mulher de um contraventor, permite-se tentar corromper um juiz sem a menor cerimônia, no melhor estilo cruzada de perna fatal, na lata, sem medo, sem respeito, sem corar, sem temer um par de algemas.
Daria manchete: A musa algemada.
A República de Goiás é impudica.
Brasília é um grande bordel.

Postado no blog Juremir Machado da Silva em 31/07/2012
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O tal mensalão





O tal mensalão deverá ocupar todo o tempo e espaço possíveis do noticiário da chamada "grande imprensa" de agora em diante - e sabe-se lá até quando.

É apresentando a todos como "o maior escândalo da história", como se referiu a ele o procurador-geral da República.

Bobagem.

Quem o analisa sem vestir o terno partidário da oposição vê que ele, da maneira como é apresentado, tem furos enormes, de fazer o maior transatlântico naufragar em questão de minutos.

Mensalão, como quis dizer o sujeito que cunhou o termo e deflagrou o episódio, o notório Roberto Jefferson, pressupõe o pagamento mensal a alguém que, supostamente, prestou determinado serviço. No caso, a mesada, oferecida pelo partido que estava - e está - no poder, seria para manter a fidelidade de sua base parlamentar de apoio.

Coisa estranha essa - pagar para quem já é aliado não é mesmo uma ideia inteligente.

Especialmente quando, todos sabem, os aliados, pelo simples fato de serem aliados, fazem parte do poder, dividem a responsabilidade do poder, seus ônus e seus bônus.

A outra explicação, muito mais plausível, é a de que o tal mensalão seria dinheiro proveniente de caixa 2, o famoso "por fora", usado pelo PT para ajudar os amigos que estavam em dificuldade para fechar as contas da campanha eleitoral.

Nos dois casos, os 38 réus teriam cometido crimes, uns mais graves, outros nem tanto.

Ao Supremo Tribunal Federal caberá a dificílima tarefa de julgar, sem ouvir o famoso "clamor da opinião pública", ironicamente formado pela mesma imprensa que já condenou os acusados, qual das duas hipóteses  é a verdadeira, com base nos autos do processo, nas provas e testemunhos apresentados.

Seja qual for, porém, o resultado do julgamento, ele não mudará absolutamente nada nos usos e costumes desta república.

A corrupção, patrocinada pelo poder público e pelos empresários, não acabará com o fim do julgamento do mensalão e toda a lenga-lenga moralista que se escreverá nesse futuro próximo, tampouco a prática contumaz do uso do caixa 2 no financiamento de campanhas eleitorais.

Para que tudo isso termine é preciso bem mais que julgar o tal mensalão.

É necessário, antes de mais nada, que os principais acusadores dos 38 réus - imprensa e políticos oposicionistas - também mudem os seus hábitos e costumes.

Algo que certamente não farão, já que estão impregnados de uma hipocrisia que repele qualquer intenção de começar a fazer as coisas certas.

Postado no blog Crônicas do Motta em 01/08/2012
Trecho grifado por mim


E se o golpe de 2005 tivesse dado certo?





Emir Sader


Um historiador inglês (Neill Ferguson, História virtual) se dedicou a pensar vias alternativas daquelas que triunfaram efetivamente na história realmente existente, como exercícios de pensamento sobre o que teria sido se não fosse. Por exemplo: e se a Alemanha de Hitler tivesse triunfado na Segunda Guerra? E se a URSS não tivesse desaparecido? E outras circunstâncias como essas.

No Brasil podemos pensar o que teria acontecido se várias tentativas de golpe militar – antes e depois da de 1964 – tivessem triunfado, o que teria acontecido com o Brasil. Um bom exercício também para entender o presente, quando as mesmas forças que protagonizaram essas tentativas no passado – as fracassadas e a vencedora de 1964 – se excitam de novo e, como toda força decadente, tratam de dar aos estertores da sua última tentativa, uma dimensão épica, que somente uma classe que não pode olhar para sua vergonhosa historia golpista, pode fazer. Juizes, jornalistas, políticos derrotados, usam os superlativos que suas pobres formas de expressão permitem, para falar “do julgamento do século”, do “maior caso de...”.

Pudessem assumir a história do Brasil como ela realmente ocorreu e ocorre, se dariam conta que o maior julgamento da nossa história teria sido o da ditadura militar – aventura da qual essas mesmas forças participaram ativamente -, que destruiu a democracia no país, violou todos os direitos humanos, em todos os planos – políticos, jurídicos, sociais, culturais, econômicos -, abriu as portas para o assalto do Estado e do pais às grandes corporações nacionais e internacionais, impôs a ditadura também no plano da liberdade de expressão, prendeu, torturou, assassinou, fez desaparecer, alguns dos melhores brasileiros.

Em suma, passar a limpo essa página odiosa da nossa história – que tem as impressões digitais dos mesmos órgãos de comunicação que lideraram a ofensiva golpista de 2005 – teria sido o maior julgamento da nossa história, onde seriam réus eles mesmos, junto à alta oficialidade das FFAA, grande parte dos empresários nacionais e internacionais, entre outros.

Podemos, por exemplo, especular o que teria sido o país se tivesse triunfado o golpe contra Getúlio, em 1954. Era um movimento similar ao que triunfou uma década depois, com origem na Doutrina de Segurança Nacional, típica ideologia da guerra fria. Na Argentina, por exemplo, a queda de Peron, um ano depois do suicídio do Getúlio, introduziu o tipo de militar “gorila” (a expressão nasceu na Argentina, com o golpe de 1955), que se generalizaria a partir do golpe brasileiro.

Na Argentina, com a proscrição do peronismo, Arturo Frondizi conseguiu se eleger presidente, mas nem ele, nem os presidentes ou ditadores que o sucederam – houve novo golpe em 1966, que também fracassou, como o de 1955 - conseguiram estabilizar-se, frente à oposição do peronismo, principalmente do seu ramo sindical, que tornou impossível a vida a todos os governos, até o retorno de Peron, em 1973.

No Brasil, um objetivo central do golpismo era evitar a continuidade do getulismo, expressada no JK, mas também no Jango. A famosa frase – suprassumo do golpismo – de Carlos Lacerda, de que “Juscelino não deveria ser candidato; se fosse, não deveria ganhar; se ganhasse, não deveria tomar posse; se tomasse posse, não deveria poder governar”, espelhava aquele objetivo.

Se Getulio nao tivesse apelado para o gesto radical do suicídio, para brecar a ofensiva golpista, o movimento de 1964 teria surgido uma década antes. Ao invés das eleições relativamente democrática de 1955, teríamos tido uma ditadura militar mais ou menos similar à de 1964. As consequências teriam sido ainda mais catastróficas, porque o sacrifício do Getúlio conquistou dez anos, que o movimento popular aproveitou para se fortalecer amplamente. Nessa década avançou não apenas a industrialização, mas também o movimento sindical e outros movimentos populares, assim como a consciência social na massa da população. Uma ditadura – ou algum regime duro, mesmo se recoberto de formas institucionais, mas que impedisse a continuidade do regime getulista – teria atuado sobre um movimento popular com muito menor capacidade de organização e de consciência social.

Na Argentina os militares tiveram que, em prazos mais ou menos curtos, convocar novas eleições, o fizeram depois de prescrever o peronismo, a grande força politica e ideológica, do campo popular argentino. No Brasil, teriam feito algo similar, castrando a democracia brasileira da vitalidade que os movimentos populares possuíam e imprimiam ao país.

De qualquer forma, grande parte dos retrocessos que a ditadura impôs ao Brasil, teriam sido antecipados por um movimento de direita que tivesse se apropriado do Estado brasileiro em 1964. Nossa história seria ainda pior do que ela foi, a partir do golpe triunfante de 1964.

Outras tentativas golpistas existiram durante o governo do Juscelino, pelo menos duas de caráter militar – por membros da Aeronáutica -, de menor monta, mas as articulações golpistas nunca deixaram de existir, de tal maneira que os antecedentes do golpe de 1964 vem da fundação da Escola Superior de Guerra, por Golbery do Couto e Silva e Humberto Castelo Branco, vindos da guerra na Itália, sob influência e patrocínio diretos dos EUA, que desembocou finalmente no golpe vitorioso de 1964, que não por acaso teve nesses dois militares seus protagonistas fundamentais.

E se nos perguntarmos o que teria sido do Brasil se o movimento de um golpe branco contra o Lula – que poderia ter sido um impeachment ou uma derrota eleitoral em 2006 – tivesse triunfado?

Se nos recordamos que o candidato da direita era o neoliberal acabado que é Alckmin, podemos imaginar os descalabros a que teria sido submetido o país. (O que torna ainda mais absurda a posição da ultra esquerda, que se absteve ou pregou o voto nulo diante da alternativa Lula ou Alckmin.) Só para recordar uma circunstância concreta, quando Calderon triunfou no México, de forma evidentemente fraudulenta, nas eleições presidenciais de julho de 2006, Alckimin saudou-a como o caminho que o Brasil deveria seguir. (Ver artigo aqui na Carta Maior, comentando essa similitude assumida por Alckmin.)

Significaria, antes de tudo, a retomada de um Tratado de Livre Comércio com os EUA, já que a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) tinha sido substituída por tratados bilaterais com países do continente, como o Chile, entre outros, pelos EUA, depois que o Brasil contribuiu decisivamente para enterrar a ideia de uma America Latina totalmente aderida ao livre comercio, subordinada completamente aos EUA.

Os processos de privatização que FHC não tinha conseguido completar, pela resistência do movimento popular brasileiro, seriam retomados, atingindo a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Economica, a Eletrobras, entre outras empresas sobreviventes do vendaval privatizante do governo dos tucanos.

Mas sem ir mais longe, bastaria imaginar o que teria sido o Brasil – e também a América Latina – se a crise internacional do capitalismo, iniciada em 2007 e ainda vigente, tivesse encontrado o Brasil tendo ao neoliberal duro e puro do Alckmin como presidente. Estaríamos ainda pior do que um país como a Espanha ou a Grécia ou Portugal. Estaríamos devastados pela recessão, pelo desemprego, pelos compromissos escorchantes do FMI.

Basta esse quadro realista do que estaríamos vivendo se o golpe de 2005 tivesse dado certo. O seu objetivo inicial era tentar impor uma derrota de longo prazo à esquerda, que teria fracassado, com Lula, seu principal dirigente, por um prazo longo, permitindo que as forças tradicionais da direita retomassem o controle do Estado brasileiro.

O julgamento que começa esta semana é, sobretudo, o julgamento de uma tentativa frustrada de golpe branco contra um governo popular e democrático, eleito pelo voto popular e legitimado pela reeleição do Lula e pela eleição da Dilma. O povo já disse sua palavra.

Emir Sader  sociólogo e cientista político.

Postado no Blog do Saraiva em 01/08/2012