" Exageros em defender ideias ou ideais nunca é bom "


389278 10150780228876638 142404191637 9762698 2086999086 n1 Os bananas e a macacada


Depois não digam que eu não avisei. A onda do politicamente correto vai virar um tsunami. E vai afogar a todos num oceano de bobagens. Essa turma de engomadinhos não tem limite. Abrem mão do bom senso sem nenhum pudor, em troca das mais insanas paranoias. Gente doida.
A última aparição desses bananas assassinos se deu por conta da música“Kong”,  de Alexandre Pires. No vídeo de divulgação, o cantor e convidados, entre eles Neymar, aparecem vestidos, vejam só seque coincidência, de gorilas. Kong. King. Entendeu?
Pois tem gente que não entendeu. Viram racismo onde eu só vejo bom humor e música ruim. Se o Ministério Público implicasse com a baixaria da letra, já seria coisa de primatas. Mas acusar um cantor negro de racismo é piada pior que as do Danilo Gentili.
A música não ofende ninguém, além dos que ainda cultivam alguma esperança na música popular. Fora isso, só uma mente bem pervertida para enxergar algum preconceito naquela porcaria.
Deve ser falta do que fazer. Ou vontade de fazer o que não faz falta. Caso uma única folha de papel tenha sido gasta nesse delírio já é questão de enquadrar em crime ambiental.
Se à primeira vista essa situação parece apenas esdrúxula e patética, não vamos nos iludir, logo ali na frente todos perdem o controle e entraremos num mundo de regras absurdas para situações banais.
Quanto menos o Estado (leia-se Executivo, Legislativo e Judiciário) se meter em questões subjetivas, melhor para a humanidade. Trabalho é que não falta para nossos funcionários públicos.
Essa quadrilha dos politicamente corretos precisa levar uma enquadrada. “É no pelo do macaco que o bicho vai pegar”. Tô avisando.

Postado no blog O Provocador em 10/05/2012

Bodas de Ouro




Uma família foi a um restaurante onde todos iriam participar da comemoração das bodas de ouro, dos cinqüenta anos de casamento, dos grandes patriarcas da família.

Todos ficaram muito impressionados com o tratamento com que o vovô, um homem muito idoso e gentil, tinha para com a sua companheira de tantos e tantos anos.

Todas as vezes que o patriarca ia se dirigir à sua esposa ele sempre a chamava carinhosamente de:
- Minha rainha, minha Princesa, meu anjinho, meu doce e outras formas carinhosas de tratamento.

Um das netas, ao ver aquela impressionante forma de tratamento não se conteve e perguntou ao patriarca:

- Vovô! Que lindo o jeito que o senhor trata a vovó. Diga-me qual é o segredo desse amor tão grande?

- Filha! Não fale pra ninguém, mas eu tenho uma dificuldade enorme de lembrar o nome da sua vó.

Edilson Rodrigues Silva


" Sempre vale a pena ver uma lista de bons livros. Escolha um e boa leitura! "




A lista dos 100 livros melhores livros de literatura de José Mindlin


Alain-Fournier (1886-1914)
A lista dos 100 livros de José Midlin contém as idiossincrasias de qualquer lista, mas gostaria de considerar que a presença de O Grande Meaulnes (1913) tenha sido produto de longa reflexão… (Se isso fosse uma série norte-americana, talvez ouvíssemos risadas). Afinal, achei estranha a presença da boa Adélia Prado na segunda colocação e espero que o terceiro lugar não seja também uma excentricidade. Digo isso porque o único livrinho de Alain-Fournier — que li lá pelos anos 70 — , pareceu-me na época uma delicadíssima e perfeita obra-prima.
Lembro de pouca coisa do conteúdo. O que lembro mesmo é de minha felicidade ao lê-lo. A Wikipedia diz:
Le Grand Meaulnes é o único romance do escritor francês Alain-Fournier, que morreu pouco depois, em 1914, na Primeira Guerra Mundial. No livro, François Seurel, aos 15 anos, narra a história de seu relacionamento com o amigo Augustin Meaulnes, de 17 anos, que procura por seu amor perdido. Impulsivo, imprudente e heróico, Meaulnes encarna o romantismo ideal, a busca para o inalcançável e o misterioso mundo entre infância e idade adulta. No Brasil, tanto o livro quanto o filme por ele inspirado receberam o nome de O Bosque das Ilusões Perdidas, em Portugal o livro intitula-se O Grande Meaulnes. François, o narrador do livro, é o filho do Sr. Seurel, um diretor de escola em uma aldeia de Sologne, uma região de lagos e florestas arenosas. Depois de chegar à escola, seu amigo Augustin Meaulnes, que vem de uma família pobre, logo desaparece. Quando ele retorna, relata ter ido à uma festa a fantasia incrível e mágica, onde conheceu a garota de seus sonhos, Yvonne de Galais, e passa a procurá-la romântica e insistentemente.
Será que é tão bom mesmo? O livro tem existência quase secreta no Brasil. Li uma edição portuguesa do livro. A brasileira veio depois. O livro é extraordinariamente romântico, mas é tão bem escrito que nos convence. Era só isso. Fiquei feliz de revê-lo…

A lista de Mindlin:

1 – As mil e uma noites 
2 – Bagagem – Adélia Prado
3 – O Grande Meaulnes – Alain-Fournier
4 – A peste – Albert Camus
5 – Os três mosqueteiros – Alexandre Dumas
6 – A ilha dos pinguins – Anatole France
7 – Formação da Literatura Brasileira – Antonio Cândido
8 – Sermões – Antonio Vieira
9 – Comédia Humana – Balzac
10 – A Torre do Orgulho – Barbara Tuchman
11 – As Flores do Mal – Baudelaire
12 – Teatro – Beaumarchais
13 – Adolfo – Benjamin Constant
14 – Teatro – Bernard Shaw
15 – Decameron – Boccacio
16 – Poesia – Carlos Drummond de Andrade
17 – Memórias – Casanova
18 – Poesias – Castro Alves
19 – Poesias – Cecília Meirelles
20 – Grandes Esperanças – Charles Dickens
21 – Romances e contos – Chekov
22 – O Amanuense Belmiro – Cyro dos Anjos
23 – Robinson Crusoe – Daniel Defoe
24 – Jacques, o fatalista – Diderot
25 – Crime e Castigo – Dostoievski
26 – Os Maias – Eça de Queiróz
27 – Poesia – Elizabeth Barrett Browning
28 – Poesia – Emily Dickinson
29 – O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brönte
30 – O Tempo e o Vento – Érico Veríssimo
31 – Teatro – Ésquilo
32 – Teatro – Eurípedes
33 – Poesia – Fernando Pessoa
34 – Tom Jones – Fielding
35 – O Processo – Franz Kafka
36 – Cem anos de Solidão – Gabriel García Marquez
37 – Casa Grande e Senzala – Gilberto Freyre
38 – Romances – Gogol
39 – Poesia Completa – Gonçalves Dias
40 – Vidas Secas – Graciliano Ramos
41 – Poemas – Gregório de Mattos
42 – Grande Sertão Veredas – Guimarães Rosa
43 – Educação Sentimental – Gustave Flaubert
44 – Contos – Guy de Maupassant
45 – Minha Vida de Menina – Helena Morley
46 – O Lobo da Estepe – Herman Hesse
47 – Odisseia/Ilíada – Homero
48 – Comédia Humana – Honoré de Balzac
49 – Orgulho e Preconceito – Jane Austen
50 – Confissões – Jean Jacques Rousseau
51 – Poesia Completa – João Cabral de Mello Neto
52 – A Morte e a Morte de Quincas Berro D´agua – Jorge Amado
53 – A Biblioteca de Babel – Jorge Luis Borges
54 – O Guarani – Jose de Alencar
55 – Menino de Engenho- Jose Lins do Rego
56- Memorial do Convento – José Saramago
57 – Lord Jim – Joseph Conrad
58 – Rayuela – Julio Cortazar
59 – Contos e Novelas – La Fontaine
60 – Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
61 – Os Lusíadas – Luís de Camões
62 – Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
63 – Memórias de Um Sargento de Milícias – Manoel Antonio de Almeida
64 – Gramática Expositiva do Chão – Manoel de Barros
65 – Poesia Completa – Manuel Bandeira
66 – Em Busca do Tempo Perdido – Marcel Proust
67 – Macunaíma – Mario de Andrade
68 – Teatro – Marivaux
69 – Dom Quixote – Miguel de Cervantes
70 – Teatro – Moliere
71 – Ensaios – Montaigne
72 – Cartas Persas – Montesquieu
73 – A Carta Escarlate – Nathaniel Hawthorne
74 – Poesias – Olavo Bilac
75 – Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde
76 – Serafim Ponte Grande – Oswald de Andrade
77 – Poemas – Paul Eluard
78 – Poemas – Paul Verlaine
79 – Retrato do Brasil – Paulo Prado
80 – As Memórias – Pedro Nava
81 – Diálogos – Platão
82 – O Quinze – Rachel de Queiroz
83 – O Ateneu – Raul Pompéia
84 – Poesia – Rimbaud
85 – Raízes do Brasil – Sergio Buarque de Hollanda
86 – Teatro – Sófocles
87 – O vermelho e o negro – Stendhal
88 – Tristram Shandy – Sterne
89 – Gulliver – Swift
90 – A Montanha Mágica – Thomas Mann
91 – Guerra e Paz – Tolstoi
92 – Romances – Turguenev
93 – Conversa na Catedral – Vargas Llosa
94 – Poemas – Vicente de Carvalho
95 – Os Miseráveis – Victor Hugo
96 – Poesia – Vinicius de Moraes
97 – Eneida – Virgílio
98 – Orlando – Virginia Woolf
99 – Romances – Voltaire
Postado no blog Milton Ribeiro em 08/05/2012

José Mindlin
          

José Ephim Mindlin (São Paulo, 8 de setembro de 1914 — São Paulo, 28 de fevereiro de 2010) foi umadvogado, empresário e bibliófilo brasileiro.

Filho do dentista Ephim Mindlin e de Fanny Mindlin, judeus nascidos em Odessa, formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogou por alguns anos, atividade que deixou para fundar a empresa Metal Leve, que mais tarde se tornou uma potência nacional no setor de peças para automóveis. José Mindlin deixou a empresa em 1996. Posteriormente, entre outras atividades, presidiu a Sociedade de Cultura Artística.

Após sua aposentadoria do mundo empresarial, Mindlin pôde dedicar-se integralmente a uma paixão que tinha desde os treze anos de idade: colecionar livros raros. Seu primeiro livro foi Discours sur l'Histoire universelle de Jacques-Bénigne Bossuet, de 1740. Ao completar 95 anos de idade, acumulava um acervo de aproximadamente 40 mil volumes, incluindo obras de literatura brasileira e portuguesa, relatos de viajantes, manuscritos históricos e literários (originais e provas tipográficas), periódicos, livros científicos e didáticos, iconografia e livros de artistas (gravuras). É considerada como a mais importante biblioteca privada do gênero, no Brasil.

Em 20 de junho de 2006 Mindlin foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, onde passou a ocupar a cadeira número 29, sucedendo a Josué Montello. Após saber da vitória na eleição, Mindlin declarou: "De certa forma, corôa uma vida dedicada aos livros". No mesmo ano, Mindlin decidiu doar todas as obras brasileiras da vasta coleção à Universidade de São Paulo (USP). A partir de então, ela passou a ser chamada de "Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin". O prédio da biblioteca, dentro do campus da USP, está em construção.
" Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Eu e Guita [esposa já falecida de Mindlin] éramos os guardiães destes livros que são um bem público."

Morreu em 28 de fevereiro de 2010 na cidade de São Paulo.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Obs.: Texto sobre José Mindlin postado por mim. Da lista acima, recomendo alguns livros que li, tais como:

As mil e uma noites
Comédia Humana – Balzac
Decameron – Boccacio
Poesias – Castro Alves
Poesias – Cecília Meirelles
Robinson Crusoe – Daniel Defoe
O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brönte
O Tempo e o Vento – Érico Veríssimo
Poesia – Fernando Pessoa
Cem anos de Solidão – Gabriel García Marquez
Vidas Secas – Graciliano Ramos
Orgulho e Preconceito – Jane Austen
Poesia Completa – João Cabral de Mello Neto
Poesias – Olavo Bilac
Guerra e Paz – Tolstoi
Os Miseráveis – Victor Hugo
Teatro – William Shakespeare

Fora da lista de Mindlin recomendo: ( Rosa Maria ) 

Razão e sensibilidade - Jane Austen
A rua dos cataventos - Mário Quintana
Caderno H - Mário Quintana
Quintanares - Mário Quintana
Prosa & Verso - Mário Quintana
Poemas dos becos de Goiás e estórias mais - Cora Coralina
Médico de homens e de almas - Taylor Caldwell
Violetas na janela - Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck









10 dicas para desenvolver sua inteligência



Dicas para turbinar softwares, como o Windows e o Internet Explorer, existem aos montes.Mas são raras aquelas que podem ajudá-lo a se tornar mais simpático, mais bonito, mais rico (falo no masculino, mas é óbvio que vale também para as mulheres).

Mais difícil ainda é mostrar como desenvolver sua inteligência – sim, você é inteligente por menos que pareça. Pois bem, os dez conselhos abaixo podem elevar sua inteligência ao cubo.

1. Coma peixe

Peixes oleosos são ricos em DHA, um ácido graxo Omega-3 responsável por 40% da formação das membranas celulares e podem melhorar a neurotransmissão. O DHA é necessário para o desenvolvimento do cérebro do feto e vários estudos ligaram dietas com bastante peixe à redução do declínio mental com a idade avançada.

2. Beba chá

A cafeína do chá verde e preto faz o corpo pegar no tranco e afia a mente. Não é bom beber café e energéticos. Para um ganho cerebral excelente faça pausas regulares para beber chá. Doses pequenas durante o dia são melhores do que tomar uma única grande dose.

3. Controle o estresse

Enquanto um leve nervosismo pode melhorar o desempenho cognitivo, períodos de estresse intenso nos transformam em homens das cavernas. Para evitar que isso aconteça, faça exercícios respiratórios.

4. Leia com mais atenção

Não existe o fenômeno chamado de leitura dinâmica. Pelo menos no caso da comprensão plena de uma matéria. Estudos mostram que os que leem rapidamente não se saem bem quando questionados sobre o significado de um texto.

5. Mantenha-se em forma

Pesquisadores italianos afirmam que pessoas com mais de 65 anos e que andam cerca de nove quilômetros por semana, em passo moderado, têm 27% menos chance de desenvolver demência do que adultos sedentários. Andar melhora o fluxo sanguíneo no cérebro.

6. Faça testes

Sempre que puder, faça testes que desafiem seu poder raciocínio.

7. Tire uma soneca durante o dia

Tirar uma soneca rápida no escritório pode deixar seu chefe irritado? Informe-o que você, na verdade, merece uma promoção. De acordo com os últimoss estudos científicos, uma cochilada pode melhorar a sua memória.

8. Jogue videogame. Com moderação

Videogames, a exemplo do Brain age, da Nintendo, melhoram sua coordenação visual e motora. Ficou provado que os jogadores de games similares têm suas atividades cerebrais rejuvenescidas.

9. Faça exercícios físicos

Estudos mostram que estudantes que praticam exercícios aeróbicos regulares ajudam a construir matéria cinza e branca no cérebros de adultos mais velhos. Em crianças, o ponto alto foi o de levar a melhores performances em exames cognitivos.

10. Aprenda coisas novas

Aprender novas coisas pode reforçar o cérebro. É um círculo vicioso: quando você pensa que está tornando-se mais inteligente, você estuda mais e, assim, cria mais conexões entre os neurônios.

Adaptado de um artigo do The New York Times.

Postado no blog Reporter Net
Obs.: Ilustração acrescentada ao texto por mim.


O doce desespero do amor e a sedução destruidora da mulher em "Sete dias com Marilyn" e "Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios"



Um texto interessante de Matheus Pichonelli, publicado na revista Carta Capital, fala de dois filmes com estéticas cinematográficas próprias, completamente distintos à primeira vista mas que, em sua particularidade, se unem por um tema comum: o doce desespero causado pelo primeiro amor e, ao mesmo tempo, o poder de sedução e destruição que têm algumas mulheres capazes de marcar um homem e mudar sua história.

O primeiro filme de que fala Matheus é Sete Dias com Marilyn, de Simon Curtis. Dispensável falar do que Marilyn desempenhou e ainda desempenha no imaginário masculino. Muito bem comparada pelo autor do texto à personagem Remédios Beundía, de Gabriel Garcia Márquez em Cem Anos de Solidão, que provocava um “insuportável estado de íntima calamidade” à sua passagem, Marilyn também possuía esse dom raro, sendo uma espécie de caminho para a destruição, como escreveu o escritor colombiano. Mas Marilyn, diferentemente de Remédios, era consciente “da aura inquietante em que se movimentava” e tal poder afetava não só os homens ao seu redor, mas ela própria.

Um dos personagens do filme é justamente o terceiro assistente de direção, o inglês Colin (Eddie Redmayne), com quem Marilyn vive breves e intensos dias de amor que marcarão para sempre a sua vida. Colin a conhece de perto, sem maquiagem, e a intimidade faz com seu encanto e fascínio aumentem ainda mais. No entanto, a distância entre a mulher que Marilyn gostaria de ser e aquela que ela foi realmente, a grande atriz do cinema americano é revelada pelo filme e Colin termina condenado apenas às suas lembranças, entregue ao doce desespero renovado a cada vez que tivesse que vê-la de novo.

O outro filme é brasileiro, dono de um título único e belo, que chama a atenção logo de cara. Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios, de Beto Brant e Renato Ciasca, é inspirado no romance de mesmo nome de Marçal Aquino, e tem como paisagem o sul do Pará, quente e chuvoso, ao contrário da fria Londres de Marilyn, e a mulher destruidora de agora é a misteriosa Lavínia, interpretada por Camila Pitanga.

Ex-prostituta, esposa de um pastor, Lavínia também protagoniza um caso de amor com Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo que vai à Amazônia “conhecer o seu país mais profundo”. As questões nacionais latentes no sul do Pará, seus conflitos, sua violência, sua fé e suas traições, são marcas externas do filme que ecoam na violência de Lavínia como mulher e na violência do próprio amor.

O grande material dos filmes parece ser o amor, refletido na paisagem brasileira ou arrastando-se desesperado por uma Londres mais “dura”, mas o mesmo amor que, quando provocado por lindos lábios, é sempre uma ferida doce!


Postado no blog Educação Política em 09/05/2012

Entenda a luta dos estudantes e professores da USP


A tradição autoritária da reitoria da USP

 

As relações da alta cúpula da Universidade de São Paulo com a tradição autoritária brasileira, que vieram à tona recentemente durante a gestão de João Grandino Rodas, não são, infelizmente, recentes. Rodas não está sozinho no hall dos reitores da USP ligados à ditadura militar e simpáticos a seus métodos de repressão e perseguição.


A colaboração da administração da USP com a ditadura civil-militar instalada em 1964 foi intensa e profunda. O reitor da USP “eleito” em 1963, Luiz Antônio Gama e Silva – que, como Rodas, assumia a reitoria após deixar a diretoria da Faculdade de Direito do Largo São Francisco – era um “revolucionário de primeira hora”. Foi participante ativo da conspiração que depôs o governo João Goulart e apoiador do novo regime, com passagens pelos Ministérios da Justiça e da Educação e Cultura. Posteriormente, já durante o governo Costa e Silva, licenciou-se do cargo de reitor da Universidade de São Paulo para assumir o Ministério da Justiça. Lá, redigiu o famigerado Ato Inconstitucional número 5 (AI-5), que completou o processo de suspensão das liberdades democráticas desencadeado com o Golpe de 64.

A intensa relação de Gama e Silva com o Governo Militar e o fato de ele ter permanecido reitor da USP, ainda que licenciado, durante praticamente toda a década de 1960, fizeram da Universidade de São Paulo um palco privilegiado para as perseguições políticas do período ditatorial. 

As perseguições, demissões e aposentadorias arquitetadas diretamente por Gama e Silva lhe permitiram destruir o grupo que, representando as faculdades e escolas progressistas, o ameaçava por dentro das estruturas de poder da Universidade. Mas Gama e Silva foi além e destruiu também as forças que se contrapunham à tradição autoritária da USP por fora da estrutura de poder, ou seja, o movimento estudantil. Nesse sentido, atuou diretamente na invasão da Maria Antônia pelo exército em 1968. Assim, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências, que abrigava o núcleo vivo do movimento estudantil de esquerda da USP, foi transferida para os barracões da cidade universitária e, posteriormente, divida em Faculdades e Institutos dispersos.

O pouco espaço que sobrou para o movimento estudantil da USP foi destruído na reitoria de Miguel Reale. Professor da Faculdade de Direto e próximo de Gama e Silva, Reale promulgou, por decreto, o Regimento Disciplinar de 1972, ainda em vigor, que proíbe toda e qualquer manifestação política no interior da USP. 

Valendo-se do expurgo da sua oposição dentro das estruturas de poder da universidade, da destruição das bases de organização do movimento estudantil e dos mecanismos de fortalecimento inerentes à estrutura de funcionamento da USP, o núcleo conservador e autoritário liderado, naquele momento, por Luiz Antônio Gama e Silva, conseguiu uma hegemonia quase total no controle da maior e mais importante universidade pública brasileira. 
Nem o processo de abertura política, iniciado na década de 1980, conseguiu impulsionar o movimento de renovação da USP. Todas as propostas de reforma da estrutura de poder da universidade foram derrotadas na reforma de 1990, e o Estatuto da USP foi mantido praticamente intacto. Os seus traços gerais falam por si:

- Um poder quase absoluto dos professores titulares (que representam menos de 1% da comunidade universitária).

- Pouquíssima participação de estudantes, funcionários e demais professores nos seus órgãos decisórios.

- Forte concentração de poder na reitoria, sobretudo em relação à aprovação do orçamento. 

- Ausência de autonomia para as unidades, que ainda têm que submeter uma lista tríplice de diretores eleitos ao reitor, que consegue, com isso, desestimulando a oposição, formar um conselho universitário dócil e obediente.

Ainda nesse movimento de transição sem transição, o regimento disciplinar de 1972 foi mantido inalterado. Segue proibindo greves, manifestações políticas e a liberdade de expressão no interior da USP . No mesmo espírito autoritário, a alta administração da universidade segue limitando o acesso a documentos oficiais (por exemplo, as atas de reuniões de departamento, congregações e conselhos centrais não são publicizadas) depois de ter promovido, durante a reitoria de Hélio Guerra (1982 – 1986), uma verdadeira “queima de arquivo”, com a destruição de centenas de documentos oficiais da universidade, relativos ao período ditatorial .

É esse contexto que permite entender o real significado da gestão de João Grandino Rodas. Oriundo da Faculdade de Direito, como Gama e Silva e Miguel Reale, Rodas tem ligações no mínimo incômodas com a ditadura militar. Na condição de membro da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), ele votou contra a atribuição de culpa aos regime militar em pelo menos 11 casos, dentre eles, a morte do estudante Edson Luís e da estilista Zuzu Angel. Talvez por isso, tenha merecido a “Medalha de Mérito Marechal Castello Branco”, conferida pela Associação Campineira de Oficinas da Reserva do Exército, prêmio que o reitor ostenta orgulhosamente em seu Currículo Lattes . 

A esse histórico somaram-se ações mais recentes. Primeiro, a invasão da Faculdade de Direito pela Polícia Militar em 2007, durante um ato pacífico organizado pela UNE em parceria com o Centro Acadêmico XI de Agosto. Depois, sua atuação como presidente da Comissão de Legislação e Recursos da USP para autorizar a entrada da Polícia Militar na Universidade, em caráter preventivo, durante o período de greves. Protestos a essa medida e a resposta da PM resultaram na batalha campal de julho de 2009, quando a Tropa de Choque perseguiu uma manifestação de estudantes, funcionários e professores, dentro da Cidade Universitária, culminando em um bombardeio da FFLCH com gás lacrimogênio e de efeito moral. Mais tarde, Rodas participou ativamente do grupo que pressionou a reitora Suely Vilela a realizar as reuniões do Conselho Universitário no Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear, portanto, em área militar para evitar protestos.

Já enquanto reitor, Rodas criou um grupo especial e secreto para “monitorar” atividades políticas na USP, a denominada “sala de crise”. No mesmo período, responsabilizou-se pelas obras do monumento em homenagem aos mortos e perseguidos pela ditadura militar, trocando sutilmente o seu título para “Monumento em Homenagem a mortos e cassados na Revolução de 1964”, causando mal estar dentro e fora da Universidade . Pouco depois, usou um órgão de imprensa da própria USP para desmerecer os mortos e perseguidos da ditadura militar que organizavam um “Manifesto pela democratização da USP” chamando-os de “autointitulados” e enaltecendo a “democracia na USP” . 

Rodas denominou a morte do estudante de economia da USP, Felipe Ramos de Paiva, de “oportunidade” para aprovar um convênio com a PM de São Paulo, uma das polícias mais violentas do mundo. Na escalada de violência que se abriu desde então, autorizou uma invasão histórica da USP por forças militares, representadas, na ocasião, por mais de 400 homens da Tropa de Choque, PM, GATT, exército entre outros grupos e batalhões. Em um ato de desrespeito à memória da USP, autorizou uma invasão militar da moradia estudantil, o CRUSP, em pleno domingo de carnaval, no mesmo dia em que se completaram 44 anos da invasão do mesmo CRUSP pelo exército, ainda durante a ditadura. Mobilizando o código disciplinar de 1972, expulsou 6 estudantes e abriu processos disciplinares contra pelo menos mais 52. Está processando criminalmente a diretoria da Associação dos Docentes da USP por calúnia e, disciplinarmente, a diretoria do Sindicado dos Servidores da USP, o SINTUSP, pela organização de greves. 

A simples enunciação dos principais atos da gestão Rodas gera perplexidade e indignação. Sua atuação insere-se, no entanto, numa cultura política e institucional extremamente autoritária e avessa ao espírito universitário. A liberdade de expressão e de pensamento, o direito de crítica e de manifestação e a sociabilidade de culturas diferentes, se fazem cada vez menos presente na USP.

Coletivo Estudantes da USP em defesa da educação pública

Postado no blog Carta Maior em 08/05/2012


Uma e outro



Estão dizendo que o Simpatia Serra é um frouxo. Mas eu desconfio que a diferença esteja na habilidade do aplicador da injeção...






















Postado no blog Bueno em 07/05/2012

Concurso para carteiro




 



Primeira questão da prova do concurso para carteiro:


1 - Qual a distância entre a Terra e a Lua? 



Logo após ler a questão um dos candidatos surpreendemente levantou-se e, sem dizer nada, devolveu ao fiscal de sala, a prova totalmente em branco.

O fiscal ao ver aquilo questionou:



- Meu jovem, aconteceu alguma coisa? Você está passando bem?


- Ô se tô meu rei. Comigo está tudo ótimo, se melhorar estraga. Só que eu não tô assim tão necessitado pra pegar um trabalho desses. isso não é emprego é trabalho e trabalho do duro. Já tô suando só de pensar nele.



Olha irmão, pra ir da casa de Mãinha até a casa da Tia Gê que, é logo alí do outro lado da rua, já me dá uma canseira danada. Meu quindim, Imagina então eu ir entregar carta lá na lua. Pra mim não dá meus mimos. Fica pra próxima. Axé meu rei!

Edilson Rodrigues Silva

Por que greve de fome de um dissidente cubano vira notícia e a de pelo menos 1600 palestinos não?




Li no Escrevinhador reportagem de Thassio Borges publicada no Opera Mundi, que informa sobre a greve de fome de pelo menos 1600 palestinos presos em prisões israelenses.


De acordo com a associação de defesa de prisioneiros palestinos Adamir, no entanto, o número de presos que aderiram à greve de fome chega a dois mil.

Já a ONG palestina de direitos humanos Al-Haq corrige esse número para 2,6 mil. De acordo com a porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizman, mais de 4,6 mil palestinos se encontram detidos nas prisões israelenses.

Entre os presos hospitalizados, está o líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Ahmed Saadat, que tem cerca de 60 anos de idade.

Segundo a Anistia Internacional, Bilal Diab e Zaer Halahle estão sendo submetidos a um tratamento “cruel, desumano e degradante”. De acordo com a organização, os dois correm perigo já que estão há 67 dias em greve de fome.

Diante do tratamento dispensado aos presos palestinos, o líder do movimento islamita Hamas, Khalil Haja, afirmou que a greve de fome “não é um jogo” e que pode provocar mortes. “Se isto acontecer, podem esperar de nós tanto o esperado como o inesperado”, ameaçou.

Pelo menos dez dos 1,6 mil presos palestinos em greve de fome nas prisões israelenses estão hospitalizados, enquanto a Anistia Internacional adverte para o risco de morte de dois deles que estão há 67 dias sem comer e o Hamas ameaça com “o esperado e o inesperado” se algum deles morrer.


Por que, leitor arguto que me lê, minha perspicaz leitora, qualquer greve de fome de um único dissidente cubano (mesmo que seja o pilantra do Valladares - leia abaixo) recebe a atenção indignada da mídia corporativa e os pelos menos 1600 prisioneiros palestinos dos israelenses são brindados com o silêncio retumbante das catacumbas midiáticas?

Reproduzo a seguir o caso do Valladares, que ganhou repercussão mundial, para que se tenha a dimensão do silêncio absurdo da mídia corporativa em relação ao protesto de milhares de palestinos presos por Israel.


'Preso político' em Cuba, Valladares era 'paralítico'. Mas, diante do avião, largou a cadeira de rodas e correu

Sob comando dos EUA, a mídia internacional não se incomoda de se expor ao ridículo. Havia um preso em Cuba chamado Armando Valladares, que praticou inúmeros atentados a bomba na ilha. Foi preso. E assumido como "mártir do regime ditatorial" cubano pela mídia corporativa mundial.

Valladares, além do mais, alegava ser paralítico. Houve intenso apelo internacional pela soltura do prisioneiro. O governo cubano concordou. Mas, no aeroporto, diante do avião que iria levá-lo para longe da ilha, impôs uma condição ao "paralítico":


"Conduzimos Valladares ao aeroporto em sua cadeira de rodas e uma vez ali, explicamos-lhe que ou se levantava sem ajuda e subia ao avião para ir a França, ou seguia fingindo e o devolvíamos ao cárcere. Ele saltou disparado da cadeira de rodas como um gato e subiu correndo ao avião."

Postado no Blog do Mello em 07/05/2012