Nelson Sganzerla
É maravilhoso como o mundo globalizado, através da Internet, nos permite uma certa onipresença.
Nesse momento em que escrevo e que você me lê, posso estar em qualquer lugar do mundo em total conforto, seja em um bistrô em Paris, um restaurante em Milão ou até em frente ao Rockfeller Center em Nova York, admirando a majestosa árvore de natal.
Mas relaxem, não fiquem com inveja, estou em meu escritório em São Paulo, um reles mortal pedindo que Deus coloque em minha mente algo que tenha significado e que possa ajudar a trilharmos um novo ano que se aproxima e que, tenho plena convicção, será maravilhoso apesar da crise tão falada.
Espero que todos tenham muitos planos e muitos projetos de vida para realizar nesse ano de 2014 que irá entrar.
Já andei pesquisando e existe uma linha de pensamento que diz que 7 é um número bom para os místicos. Não vou entrar nesse mérito, pois não sou nenhum profundo conhecedor de numerologia mas, se pessoas sérias nos informam, eu acredito e isso já me basta.
O conceito onde quero chegar é sobre a palavra acreditar. Simplesmente não vejo nada que possa acontecer se não acreditarmos, nenhum sonho se realiza se não se tem fé nele, nenhum projeto se torna factível se não confiarmos nele e por aí vai.
Trago comigo sempre o dom de acreditar que tudo irá dar certo e tudo irá acabar bem, não importa o sonho que tenhamos; não importa o tempo que leve; não importa se outros acreditam, o importante é que eu confio e a partir daí vou buscar seja lá onde estiver esse sonho e não há nada ou ninguém que me desvie desse caminho.
O mundo, globalizado pela Internet, como disse no início, é parte fundamental, pelo fato de termos sempre a informação "on-line", aqui e agora, e nesse mundo, quem possui a informação tem o poder.
Mas acontece que, devido a tanta informação, acabamos por nos perder e adotamos uma maneira de viver com certos vícios e manias que não são muitas vezes nossas; desejamos coisas que de uma certa forma ainda não podemos alcançar, e nos angustiamos por isso, buscamos um determinado status que às vezes nem precisamos e nos endividamos por isso; passando então a viver a verdade de outros, esquecendo a nossa...
Muitas vezes, olhamos ao nosso redor e nada nos falta para sermos felizes, temos uma casa para onde voltar, uma família barulhenta, que fala alto e pelos cotovelos, (a maioria é assim), filhos felizes que a toda hora pedem pelo nosso carinho e nos emocionam com um simples sorriso, crianças à nossa volta, amigos engraçados, amigos enrolados, amigos materialistas, amigos espiritualistas, amigos frios, amigos calorosos, amigos valiosos, mas todos amigos.
Temos um trabalho que, graças a Deus, toma boa parte do nosso tempo e permite que realizemos e compartilhemos com os nossos todas as coisas de que precisamos para viver em sociedade aqui no planeta Terra, mas muitas vezes, assumimos histórias que não são nossas e deixamos de valorizar a nossa própria.
Por isso, quero aqui propor a todos vocês, queridos leitores, que em nossa contagem regressiva, seja lá onde estivermos, em qualquer parte desse mundo globalizado, seja lá em que praia for, que além de pularmos as sete ondinhas, na praia deserta ou na praia repleta de velas acesas; na sacada do nosso prédio; no quintal da nossa casa; sozinhos, em nosso quarto; com a família ao redor da mesa; no sofá da sala em frente à televisão, que realizemos uma mudança interna em nossas vidas.
Fechemos os olhos, por segundos que seja.
Vamos agora assumir a nossa vida por completo. Precisamos de mudanças, vamos promovê-las e acreditar nelas, não importa o tempo que isso leve, vamos estabelecer metas para nossa vida pessoal, nossa vida amorosa, nossos relacionamentos, nossa vida profissional, vamos escolher uma área dessas -não precisa atuar em todas de uma vez - mas, nesse ano, vamos nos dispor, acreditar e mudar uma delas pelo menos.
Não vamos mais viver histórias que não são nossas, vamos acreditar que nós podemos e que merecemos um mundo melhor e vamos atrás desse mundo, que é nosso por direito sagrado.
Eu, por exemplo, passei 34 anos da minha vida sentado sobre um pote de ouro, tentando encontrar a felicidade fora de mim e acabei por descobrir que a felicidade está o tempo todo aqui comigo, (descobri meu pote de ouro).
Quem sabe, você não descubra o seu também, valorize mais as pessoas, respeite a história de cada uma delas... e assuma a sua história, valorizando-a também.
Promova essa mudança interna, pois o mundo externo está aí e não poderemos mudar tudo à nossa volta. Sempre haverá uma árvore de natal majestosa no Rockfeller Center em Nova York; sempre existirá um Bistrô gostoso e tranqüilo em Paris; sempre haverá pessoas em Roma para ver o Papa.
Mas a única pessoa que estará conosco a vida inteira, queiramos ou não, somos nós mesmos. Pense nisso.
Postado no site Somos Todos Um