O tempo do tempo



Não atropele o tempo do tempo.
Se você já semeou, agora é esperar as sementes germinarem.
Se já teve o primeiro encontro, é aguardar as emoções aflorarem.
Se já saiu na chuva, se descobriu o calor e passou pelo frio,
é tempo de observar da janela da vida o tempo passar,
como ás águas do rio...

Não coma as palavras, respire.
Não fale o que vier na telha, pense.
Não se atrapalhe com mil pensamentos, medite.
Não se envolva com energias negativas, ore.
Não perturbe o seu coração, confie.
Não se orgulhe de nada, nem do bem e nem do mau.

Apenas dirija o seu barco, seja o capitão da sua nau.
Observe as pessoas correndo, vão apressadas para o nada.
Não entre nessa fila, tenha uma direção, não vá com a manada.
Saia mais cedo e contemple o dia.

A noite enluarada, cheia de estrelas, é a vida.
Vida que pede tempo para se apresentar e te mostrar.
Que você é o próprio tempo que se refaz a cada segundo em que se amar.

É tempo de deixar o tempo agir, ser, estar e prosseguir,
com a certeza de que o tempo não age contra ninguém,
é aliado amigo de quem sabe como seguir bem.

Paulo Roberto Gaefke


Postado no blog Só Palavras



Único livro que presta sobre o Mensalão






















Por Paulo Nogueira no blog Diário do Centro do Mundo

Três livros sobre o Mensalão chegam às bancas. Dois não merecem ser lidos, o de Merval e o de Villa. O terceiro, sim. O jornalista Paulo Moreira Leite produziu, ao longo do julgamento, excelentes artigos - ainda mais admiráveis por terem sido publicado no solo hostil e árido das Organizações Globo. PML, agora na IstoÉ, tinha um blog na Época nos dias do Mensalão. Seu livro se apoia exatamente em seus textos no blog.

PML fez um livro superior aos outros dois por duas razões: primeiro, pensa melhor que Merval e Villa. Depois, escreve melhor.

O Mensalão é um mau momento na histórica política e jurídica nacional.

Danton, no tribunal em que foi condenado à guilhotina, disse que se tratava de um “julgamento político”, e portanto com escasso interesse por coisas como provas.

O julgamento do Mensalão teve exatamente este pecado: foi muito mais político que técnico. A rigor, você nem precisaria de tanto tempo de discussões no STF. Cada juiz já parecia desde antes saber exatamente como seria seu voto.

Houve, desde o início, uma intenção de dar ao caso uma dimensão espetacularmente inflada. Lula, de certa forma, provou o próprio veneno. Ele, que tantas vezes usara a expressão “nunca antes na história deste país”, viu-a ser empregada repetidamente pelos juízes, e depois pelos suspeitos de sempre nas colunas de jornais e revistas.

A opinião pública, expressa nas urnas, não concordou com a gravidade que se quis dar ao caso. O mais notório exemplo disso foi a vitória de Haddad em São Paulo, tirado do nada por Lula em pleno julgamento. É como se o eleitor tivesse dito o seguinte: “Houve erro no PT no episódio? Sim. Mas não deste jeito. Estão transformando um riacho num oceano. Por quê? Alguma vantagem eles estão extraindo disso.”

Do ponto de vista anedótico, outra prova do pouco caso popular com o julgamento veio no Carnaval: onde, afinal, as máscaras de Joaquim Barbosa que estariam sendo vendidas em grande quantidade?

As pretensões presidenciais de JB faleceram com o fracasso espetacular de sua máscara carnavalesca.

Paradoxalmente, o Brasil aprendeu com o julgamento – e pode se tornar melhor, se corrigir absurdos que ficaram expostos.

Todos soubemos como se chega ao STF, a mais importante corte do Brasil. O ministro Luiz Fux descreveu, à jornalista Mônica Bérgamo, sua louca cavalgada. Foi atrás de Zé Dirceu, na busca de apoio para seu nome, mesmo sabendo que teria que julgá-lo depois.

Como uma criança, rezou e se agoniou enquanto esperava a confirmação de seu nome para uma vaga no STF. E então chorou. “As lágrimas dos fracos secam as minhas”, escreveu Sêneca. Lembrei imediatamente dessa grande frase ao ler sobre o choro de Fux.

Os brasileiros souberam também como Joaquim Barbosa chegou ao Supremo: porque Lula queria um ministro negro. Não foi por talento, não foi por notório saber. Foi por uma ação de Lula que pode ter sido demagógica, simplesmente, ou nobre. E foi também porque Barbosa teve a cara suficientemente dura para se apresentar a Frei Betto quando o acaso os reuniu numa loja da Varig em Brasília.

Por tudo isso, o STF é um problema, e não uma solução. Se havia dúvidas sobre a precariedade do judiciário, elas desapareceram. 

Para o Brasil progredir, o judiciário terá que ser reformado. Isso ficou patente quando o STF ficou sob os holofotes nestes últimos meses, e eis um benefício para o país. Você pode debelar um incêndio apenas se tiver ciência dele, e o fato é que o Supremo arde.

Em dois dos três livros sobre o Mensalão o leitor será induzido a uma fantasia na qual JB é um gigante. No de PML, você poderá constatar a realidade - não é.


Postado no Blog do Miro em 15/02/2013


Lábios volumosos






Aprenda a colocar cílios postiços






Faça um olho preto esfumado






Aprendizado de uma vida




A vida é um aprendizado!

As pessoas com quem nos relacionamos - seja no trabalho, no amor, na família, no dia a dia-, na realidade, são colocadas nos nossos caminhos para aprimorarmos a nossa evolução como seres humanos, como pessoas.

Não existem coincidências!

Nascemos numa mesma família, para termos a oportunidade de apararmos as arestas, superarmos desentendimentos, mágoas e ressentimentos com o objetivo de sermos felizes.

Conviver é uma arte!

No decorrer da minha vida, deparei-me com determinadas palavras, sentimentos, que têm me ajudado no meu desenvolvimento pessoal.

São elas: Amor - Perdão - Compreensão - Aceitação - Não Criticar - Não Julgar.

Amor - amor incondicional. Amar o próximo como a si mesmo.


Perdão - é perdoando que se é perdoado.


Quando nos perdoamos e perdoamos o nosso irmão, a nossa consciência se aquieta e nosso coração se enternece.

Compreensão - a capacidade de avaliar o sofrimento do nosso irmão - compreensão empática.


O mais importante é comunicarmos o desejo de compreender. O problema é que procuramos compreender alguém (o outro) - quando na verdade, devemos compreender com... 

Tentar perceber como ele sente os acontecimentos que se abatem sobre ele. Encarar a situação a partir da perspectiva dele. Imaginar qual seria a situação, caso estivéssemos no lugar dele, e como ele lidaria com o fato. Compreender com ele. Sentir com ele.

Aceitação - se aceitar para aceitar o outro.


Se eu me aceitar nas minhas limitações, com certeza aceitarei as limitações existentes no meu próximo!


É aceitá-lo, respeitando seus sentimentos, ideias e valores próprios sem querer modificá-lo.

Aceitar a pessoa como ela é. Não como gostaríamos que ela fosse.

Não criticar - não falar mal de ninguém.

O ser humano não realizado em si mesmo tem a tendência de falar mal do outro. É preciso ter cautela ao criticar alguém.

Não se deve criticar a pessoa em si, mas sim, o seu comportamento, as suas atitudes.

Criticar o nosso irmão em público, seja na frente de amigos ou familiares, jamais! Agindo assim, passamos da crítica para a humilhação.

A crítica é muitas vezes um espelho. Critico no meu irmão... o que não consigo enxergar em mim mesmo. Vejo no outro... a minha própria imagem.

Vamos, portanto, antes de criticar alguém, olharmos detalhadamente no espelho, a nossa alma!

Não julgar - não julgue para não ser julgado.

Primeiro corrija a si mesmo. Não atire a primeira pedra, pois ela poderá voltar-se contra você.

A jornada não é fácil. Vivenciar estes ensinamentos muitas vezes é doloroso.

Tornar-se Pessoa depende da nossa vontade, da nossa perseverança e fé numa vida melhor para nós mesmos, nossa família, nossa comunidade, nosso país, enfim... para a humanidade.

Desejo, que no decorrer da sua vida, você encontre palavras, sentimentos e ensinamentos que o ajudarão a alcançar a "iluminação".

Pois...

A vida é também transformação!





Postado no blog Só Palavras em 12/02/2013