Sandy e sua vida sexual desinteressante


sandy Divulgação Fabio Heizenreder poster Sandy e sua vida sexual desinteressante



Marco Antonio Araujo




Sandy está querendo se tornar uma musa sexual. Com 15 anos de atraso, é verdade. Mas, na visão dela, nunca é tarde para se expor publicamente em troca de absolutamente nada. 

A desenvoltura que ela demonstra ao falar de suas intimidades físicas com o marido não me excita. E olha que nem sou amigo do Lucas Lima. Portanto, nada me impede de achar sua patroa uma gracinha.

Mas a forma como a jovem balzaquiana fala de sexo anal e de como anda bem sua vida de casada entre lençóis me broxa de forma irreversível. Parece que ela está em busca do tempo perdido. 

Sempre me pergunto o porquê de uma figura pública, bem nascida e bem cuidada pela vida, que não tem nada a reclamar, já suficientemente famosa, se desnuda dessa forma diante de câmeras e microfones. 

Poucos anos atrás, falar abertamente de sexo era um sinal de coragem e caráter. Coisa para poucos e audaciosos. Ajudava milhões de pessoas a enxergarem como natural algo que era trancafiado pela hipocrisia. 

Agora, com tanta superexposição, tornou-se oportunismo barato e uma pobre jogada de marketing. O que assistimos hoje é a um constrangedor striptease da alma. 

Rebeldia é se recusar a responder a perguntas invasivas e banais. Audácia é impor a jornalistas o direito à privacidade. Sem estrelismos, obviamente. 

Os pioneiros das declarações chocantes atingiram seu objetivo revolucionário. Que todos possamos usufruir dessa conquista: o que acontece entre quatro paredes não interessa a ninguém. Que cada um cuide de sua própria vida. 



Postado no blog O Provocador em 24/01/2013

33 gotas de gentileza !



1. 

Faça uma lista com as datas de aniversário de pessoas queridas e não deixe que passem em branco 


2. 

Respire profundamente, leve o ar até o abdome e expire longamente todos os dias. Essa é uma grande gentileza com o corpo 


3.

Ajude um colega atarefado: uma coisinha à toa pode fazer diferença para quem anda sobrecarregado 


4.

Não se esqueça das palavras mágicas: bom dia, por favor, com licença, obrigada. Inclua também o "posso?" Ou ainda: que bom! 


5.

Surpreenda uma pessoa do seu convívio dando a ela algo que você adoraria receber. Pode ser um elogio, um abraço ou apenas ouvidos. E isso num dia qualquer, sem motivo especial 


6.

Não tenha medo de ser piegas. Se a chance se apresentar, ajude uma pessoa idosa ou uma criança a atravessar a rua. Ou resgate um gatinho do telhado! 


7.

Em casa, não dê uma de "rainha do controle remoto". Seja justa e alterne o poder. E, se ele estiver em suas mãos, consulte os outros antes de mudar de canal 


8.

Vai se atrasar para um encontro ou uma reunião? Ligue para avisar, justifique-se. O tempo da outra pessoa é tão precioso quanto o seu 


9.

Retorne os telefonemas, responda aos e-mails, agradeça os convites que receber, mesmo que não possa ir. É sinal de consideração e ajuda a manter o tom de cordialidade nas suas relações 


10.

Numa situação em que várias pessoas estão debatendo ideias, escute primeiro e aguarde o seu momento de argumentar. É uma atitude sábia que valoriza a palavra do outro e também a sua 


11.

Elogie (sem economia!) o bom desempenho de um colega ou de um funcionário 


12.

Vai receber amigos para jantar? Faça aquele prato que a turma adora. Eles têm uma criança pequena? Elabore um cardápio só para ela. A anfitriã especial é aquela que faz todo mundo sentir-se especial 


13.

É você o convidado (a)? Descubra o que poderia deixar o dono da casa feliz e chegue com algum mimo, flores, vinho ou sobremesas 


14.

Se você tem filhos, valorize as coisas boas que eles trouxeram para sua vida. Diga isso a eles, mesmo que ainda sejam pequenininhos 


15.

Cuide do jardim, coloque flores na casa. Agradeça a presença de uma árvore no seu caminho. Invente o seu modo de reverenciar a Terra, a nossa grande mãe 


16.

Sorria sempre. É um jeito de receber bem as pessoas e ser bem recebida. Basta ser cordial. Não é o caso de demonstrar alegria ou afeto se você não sente isso. A gentileza é uma delicadeza, nunca uma simulação 


17.

Viu alguém atrapalhado, carregando mil pacotes ou um objeto pesado? Dê uma mãozinha


18.

Cultive apenas pensamentos positivos. Esvaziar-se das toxinas mentais alivia... E, se você estiver bem, a chance de ser atenciosa com os outros aumenta


19.

Doe o seu tempo e faça companhia para quem está de luto ou sofrendo com solidão. A presença de um amigo é tudo nessa hora


20.

Não julgue nada nem ninguém (vale para você também). Diante de uma situação desagradável, não acuse nem se mortifique. Apenas registre suas sensações. Esse exercício aumenta o grau de tolerância às imperfeições 


21.

Mesmo depois de um longo dia de trabalho, passe um tempo com seus familiares. Ouça suas histórias 


22.

Mande um pedaço de bolo ou de pizza para o porteiro quando houver comemorações na sua casa 


23.

Faça um bem. Qualquer um 


24.

Tenha paciência com os chatos. Use o bom humor como antídoto 


25.

Expresse gratidão a quem lhe ensina - seja um professor ou um amigo. Dê flores, um abraço ou, se isso fizer sentido para você, ofereça uma oração 


26.

Empreste o ótimo livro que você terminou de ler 


27.

Compartilhe os e-mails engraçados que recebe - mas não envie correntes. Até hoje ninguém morreu por ter encerrado uma dessas chateações


28.

A vida seria mais difícil sem a ajuda da empregada ou da babá? Agradeça sinceramente o apoio delas 


29.

Pare o carro para deixar uma pessoa atravessar, mesmo que ela não esteja na faixa de pedestres


30.

Procure o lado bom das pessoas e situações na hora de conversar. O papo vai ficar mais interessante 


31.

Perdoe uma mágoa do passado. É muita gentileza dar uma segunda chance a alguém que pisou na bola 


32.

Convide uma pessoa que esteja sozinha na noite de Natal para cear com sua família


33.

Ligue para um parente ou amigo distante para desejar feliz Ano-Novo 


Postado no blog MdeMulher



Paciência





♫...e o mundo vai girando cada vez mais veloz
e a gente espera do mundo o que ele espera de nós,
um pouco mais de paciência. ♫

Lenine





Eu, o menino e o cachorro...


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E eu só reclamava da vida...
reclamava da noite porque eu não dormia,
reclamava do dia porque eu sofria,
reclamava do frio que me gelava a alma,
reclamava do calor que me atirava ao desânimo.

Para tudo e para todos eu tinha uma resposta,
para a minha derrota eu sempre tinha um culpado,
para o meu desamor sempre tinha um "alguém",
para tudo uma reclamação,
eu era o próprio azedume

Ai de quem me criticasse,
que apontasse o erro que eu não enxergava,
para tudo tinha que haver um culpado,
eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo,
eu sempre fui traído, enganado, sofrido...

Carregava aquela cruz pesada de ódio,
e eu só reclamava da vida,
seja de noite, seja de dia.

Até quem dia, um menino, desses meninos de rua,
me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofende-lo,
quando ele pegou na minha mão e arrastou-me,
se é que um menino tão pequeno teria essa força.
No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo,
que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas.

O menino puxou a minha mão e fez chegar perto do cachorro.
Ele olhava pra mim e depois para o cachorro,
e falou numa voz que eu não consigo esquecer:
- Moço, sara ele pra mim! É o meu melhor amigo.

Não sei porque e nem quero saber,
mas eu não aguentei e chorei...
Chorei como criança, como quem abre uma torneira,
como se uma porta que estava fechada
há muito tempo dentro de mim,
se abrisse escancaradamente...

O menino não entendeu o meu choro e perguntou:
- Ele vai morrer moço? É grave assim...

Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado.
Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali,
e tratei daquele cachorro como se fosse um filho,
e o menino, que vivia pelas ruas,
foi ficando, e cuidou de mim,
curou minhas feridas,
antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.

Hoje, não reclamo mais de nada,
tudo para mim tem um sentido,
tudo é perfeito, até o que dá errado.
Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão,
mudou a minha vida, transformou esse ser.

Mostrou-me o caminho do amor,
amor que restaura, cura, seca feridas, renova,
traz esperança, e esperança é o nome do amor.

E esse menino, que hoje me chama de pai,
destranca portas e janelas da minha alma todos os dias,
quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena,
os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção,
coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor,
ele me recompensa com carinho e dedicação.

Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer,
sou grato a Deus por ele entrar na minha vida,
por quebrantar meu coração,
e não largar mais a minha mão.

Hoje eu bendigo a vida.
Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.

 Paulo Roberto Gaefke


Sou mais





Sou mais do que um reflexo no espelho,
sou o personagem principal do meu livro,
o ator e o diretor que regem este caminho,
onde busco as rosas, e por vezes, encontro espinhos.

Sou mais do que os meus passos errados,
sou a vontade de acertar, nem sempre o medo de errar,
aquele que anda com meus sapatos,
sabe que eu carrego um desejo enorme,
de ser e fazer gente feliz, de compartilhar.

Sou além do que podem me comparar,
posso a qualquer modo me superar,
e o que era impossível, vira realidade,
sou fruto amadurecendo com a idade,
cada dia melhor, esta é a verdade!

Sou muito mais do que imaginam,
eu mesmo não me conheço, porque as vezes penso,
que o que penso sou eu realizando,
e o que realizo, as vezes acho que é um sonho,
que sou eu pensando...

Sou mais do que a fé num futuro melhor!
Sou a realização deste dia, o milagre vivo,
pois posso dizer dos amores que tive:
"eu me entreguei com paixão".
Deixei mais do que marcas em cada relacionamento,
entreguei meu coração.

Por isso, sou hoje, o desejo de ontem,
a esperança do amanhã, a certeza deste dia.
Que se abre cheio de lutas e batalhas,
e para cada um dos meus problemas,
posso mostrar a minha certeza,
de que o meu maior tesouro já está comigo,
é a vida, presente de Deus,
seu sopro divino que habita em mim!



Paulo Roberto Gaefke


Por que o embate entre Carlos Dornelles e a Globo é de grande interesse público



A sociedade tem que saber mais sobre as práticas fiscais de corporações como a Globo

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Carlos Dornelles é um verbete grande no espaço de memórias do site da Globo.

Paulo Nogueira


Ali ficamos sabendo que Dornelles, gaúcho de Cachoeira do Sul nascido em 1954, fez muitas coisas na Globo.

Vou transcrever um trecho para conhecermos melhor Dornelles na Globo segundo a própria Globo:

Esteve à frente de importantes coberturas, tais como a do comício no Vale do Anhangabaú pela campanha das Diretas Já, em 1984. (…)

Também integrou a equipe mobilizada para a cobertura da doença e, em seguida, do falecimento do então presidente eleito Tancredo Neves.

Em abril de 1989, Dornelles foi transferido para o escritório da TV Globo em Londres, onde começou a trabalhar como correspondente. Durante os anos em que esteve na Inglaterra, realizou importantes coberturas jornalísticas sobre a crise do leste europeu.

Na então Tchecoslováquia, cobriu a chamada Revolução de Veludo, em novembro de 1989. No mesmo período, esteve no Irã, onde foi responsável pela cobertura da morte do aiatolá Khomeini, cujo enterro reuniu cerca de dez milhões de iranianos; e na Alemanha, onde acompanhou o primeiro ano-novo após a queda do Muro de Berlim.

Em outubro de 1990, recém-chegado de Londres, Carlos Dornelles foi convidado (…) para trabalhar como correspondente em Nova York.

No ano seguinte, participou da equipe de cobertura da Guerra do Golfo, um dos momentos mais marcantes de sua carreira. (…) Ainda como correspondente em Nova York, realizou a cobertura da prisão e da morte do traficante colombiano Pablo Escobar, em 1991 e 1993, e esteve diversas vezes no Peru cobrindo o governo e a queda do ex-presidente Alberto Fujimori.

Ao longo de sua carreira, também participou de importantes coberturas esportivas, como a da Copa do Mundo de 1990, na Itália; a de 1994, nos Estados Unidos, em que o Brasil conquistou o tetracampeonato; e a de 1998, na França. Fez parte, ainda, da equipe que cobriu as Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e de Sidney, na Austrália, em 2000. 

Bem, tanta coisa não foi suficiente para que Dornelles não fosse demitido, em 2008. Dornelles, algum tempo antes, tinha manifestado publicamente seu incômodo com a forma como a Globo vinha cobrindo política.

Antes de ser mandado embora, passou pelo exílio jornalístico siberiano do Globo Rural, encostado e visto por agricultores sem muito que fazer nos domingos pela manhã.

Tanta coisa, também, não foi suficiente para que Dornelles, a partir de um determinado momento na Globo, desfrutasse dos direitos trabalhistas nacionais.

Dornelles foi instado a se tornar, como tantos outros funcionários graduados da Globo, o chamado “PJ” – pessoa jurídica.

É uma manobra comum entre as empresas jornalísticas, com raras e caras exceções como a Abril. 

Usar PJs é uma gambiarra de discutível legalidade e indiscutível imoralidade.

O objetivo é simplesmente não pagar o imposto devido. A empresa simula que o funcionário presta serviços eventuais, e com isso economiza consideravelmente.

Dornelles era um PJ ao deixar a Globo, embora isso não esteja em seu verbete.

Para os cofres públicos, a proliferação de PJs é uma calamidade. Falta dinheiro que poderia construir escolas, ou pontes, ou hospitais.

Para o empregado, é nocivo. Fundo de garantia, 13º salário, férias etc simplesmente desaparecem.

É bom apenas para os acionistas.

O que leva uma empresa como a Globo a isso? Falta de dinheiro? Ora, a Globo – por causa de outro expediente de duvidosa ética, os chamados BVs, algo que mantém as agências de publicidade numa virtual dependência da empresa – fica, sozinha, com praticamente metade de toda a receita publicitária brasileira. (Os BVs — bonificações por volume — explicam em boa parte o milagre de a receita publicitária da Globo aumentar no ano em que teve a pior audiência de sua história. De Xuxa a Faustão, do Jornal Nacional ao Fantástico, o Ibope marcha soberbamente para trás.)

Isso, para resumir, significa o seguinte: a Globo teria que ser administrativamente muito inepta para não ser muito lucrativa com tanto faturamento.

Por que, então, tornar PJs funcionários como Carlos Dornelles, se não é por sobrevivência?

A melhor resposta é: por ganância, associada a um sentimento de impunidade comum em quem tem muito poder de retaliação e intimidação. E esperteza: fazendo este tipo de coisa, a empresa ganha vantagem competitiva sobre as rivais seus custos diminuem. A Abril, que não tem PJs, já foi maior que a Globo. Hoje é algumas vezes menor.

O risco para a empresa é que, em algum momento, em geral na saída, o PJ a processe.

Foi o que Dornelles fez. Ele reivindica mais de 1 milhão de reais da Globo na Justiça.

Empresas jornalísticas deveriam ter um comportamento exemplar nas práticas administrativas, dado o seu papel fiscalizador. 

Você não pode cobrar retidão de governos e políticos se faz curvas. Isso se chama cinismo. 

Há que ter muita desfaçatez para dar lições de moral quando você agride o interesse público ao recolher menos imposto do que deveria.

Em vários países, as autoridades estão trazendo à luz aberrações fiscais para que a sociedade se inteire de algo que é crítico para seu bom funcionamento.

Na Inglaterra, vieram à luz os impostos pífios pagos por colossos como Google, Amazon e Starbucks com o propósito de embaraçar as empresas e forçá-la a pagar sua taxa justa.

O caso Dornelles é uma lembrança oportuna de que o governo brasileiro deveria jogar luzes – o mais eficiente desinfetante — nas práticas fiscais de empresas como a Globo com seus PJs de araque.

Postado no Blog do Saraiva em 21/01/2013