A sua vida é medíocre?




Bruno J. Gimenes

Você já reparou que a maioria das pessoas sente um vazio imenso no peito? E muitas vezes este sentimento aparece na segunda-feira de manhã ou no domingo à noite, é aquela sensação de que alguma coisa está fazendo falta na sua vida, que alguma coisa não está bem.

E você pode ter tudo, mas sente um vazio, você pode estar rodeado de pessoas, mas se sente sozinho...

Esse estado de ânimo é que me moveu para fazer uma grande transformação na minha vida. 

Eu entendi que se você não encontrar e realizar a missão da sua alma, você nunca vai vencer este sentimento de vazio.

E é por conta deste buraco no peito que muitos entram nos vícios ou comem demais, que ficamos infelizes, por este motivo chegamos até a brigar com os outros, porque a pessoa projeta nos outros aquilo não encontra em si próprio.

A nota 5

Infelizmente, nós estamos educados para a mediocridade, usando esta palavra no sentido de "média" mesmo. Quase todo mundo neste Universo está vivendo o efeito "nota 5". 

Você tem uma coisa mais ou menos, você tem um relacionamento mais ou menos, você tem algumas coisas na sua vida que estão mais ou menos, você tem mais a ou menos a vida que você queria "Ah, assim está bom". E nos acomodamos na mediocridade. 

É impressionante como a maioria das pessoas prefere viver no comodismo da mediocridade do que se expandir, do que tentar ultrapassar os limites.

Mas, caramba, nós precisamos deixar de viver o efeito "nota 5"!

Agora, eu lhe pergunto: você está acomodado(a) na mediocridade? E aqui me refiro à "mediocridade" no sentido mesmo de "viver uma vida mediana". 

Neste momento, responda para si mesmo: você se esqueceu dos seus sonhos? Você se esqueceu de quem você é? Você precisa fazer uma mudança na sua vida? Pense bem.

Eu já vou logo dizendo que a sua missão não é casar, construir família, construir casa, construir empresa, construir patrimônio. Isso não é a sua missão, é importante, mas é outro lado da sua vida. A sua missão é outra coisa.

A missão da alma

Muita gente me pergunta: qual é o segredo para encontrar e realizar a missão da alma?

O segredo nº 1 é: pense sobre a sua missão diariamente. Trata-se de um esforço interno, porque em nossa sociedade não há estímulo para este questionamento. As pessoas não falam disso na TV, as pessoas não falam disso nas músicas, os jornais não falam disso, as revistas não falam disso, as conversas não falam disso, os últimos lançamentos não falam disso.

Então, quem é que pensa a vida? Quem é que questiona qual é o propósito nessa existência? Por isso, a primeira dica que eu te dou é: todos os dias pense "Eu tenho um propósito? Eu estou vivendo este propósito"? E é claro que você não vai encontrar esta resposta imediatamente!

O primeiro movimento que esta resposta vai gerar em você é um movimento de insatisfação, de questionamento, de dúvida "Afinal, eu tenho um propósito ou não"? 

É isso que eu recomendo, que você se faça esta pergunta "Eu tenho uma missão de alma? Eu estou vivendo a missão da minha alma"?

Eu espero que você encontre a sua missão e preencha este vazio do seu peito.


Postado no site Somos Todos Um

 

No Rio Grande do Sul, o ódio avança – com um candidato patético




“Não assinei um documento, exigindo um compromisso…de contribuição, de, de, pagar ou… resgatar o… salário, vamo dizer, o como é que se diz? O piso. Ah, é, o piso. Sim, o piso eu vou lá no “Tumelero” [loja de construção] e te dou um piso melhor, né. Ali tem piso bão.” 

(Ivo Sartori, candidato a governador pelo PMDB, debochando do compromisso com um piso salarial para os professores gaúchosclique aqui para ver a entrevista patética dele) 

Katarina Peixoto, no RS Urgente

Com quanta carga de ódio se constrói um hospital? Quanto de raiva é requerido para contratar médicos dispostos a trabalhar no serviço público? Quanta repulsa é necessária para se ter pleno emprego numa região em que o emprego era escasso e as perspectivas de vida profissional, idem? Quantas buzinas – sob gritos de “ladrões”, “vai consultar com um médico cubano, f.d.p.”, “Vai para Cuba” – é preciso que se aperte, para abrir estradas e construir pontes?

Nestas eleições, a reação conservadora no Rio Grande do Sul está obcecada por uma paranóia da sobrevivência. É um delírio configurado numa candidatura que oscila entre a oligofrenia política e o vazio de ideias desavergonhado, cuja estupidez e ridículo não tem precedentes, salvo em aberrações, como a Senhora Roriz, nas eleições para o Distrito Federal, de 2010, também pelo PMDB e também num contexto de ameaça à sobrevivência política.

Que fique claro: a direita gaúcha embarcou nessa maluquice e está disposta a mobilizá-la num cálculo evidente, nada delirante. O delírio é um operador ideológico escolhido pelo desprezo, característico de toda perspectiva oligárquica, ao esclarecimento. 

O que importa não é o candidato mais qualificado, nem o mais sério, nem se há ou não um bom governo em andamento (a população já decidiu que há, em tempo). Não importa quais os projetos em disputa e nem se e em que medida esses projetos estão ligados ao pertencimento do estado ao país.

Importa resistir à integração com o Brasil, importa reagir a uma promessa histórica nascida ela mesma das entranhas do Rio Grande do Sul: a ideia de estado nacional federado e republicano. Isso explica o atavismo odioso, característico de todo nacionalismo, essa expressão residual em que forças políticas erguidas sobre a paranoia se alimentam.

Nenhum projeto para o estado é necessário, nesse embalo de ódio e rancor. Nenhum compromisso econômico, político, histórico. 

Quando o país sai, pela primeira vez na história, do mapa da fome no mundo, um candidato ao governo do RS apresenta como programa de governo trocar lixo por comida, “para resolver os problemas dos mais pobres”. A agressividade só é superada, diante de programa dessa estatura moral, pelo cinismo de um candidato que faz as vezes de um néscio: diz com orgulho que não assinou qualquer compromisso com a agenda dos professores do estado, para depois, num chiste, revelar o seu desprezo: não reconhece tal coisa como um piso salarial.

O deputado federal mais votado, daqui, pega o microfone para dizer que quilombolas, sem-terra e gays são “tudo o que não presta”. Interpelado posteriormente, corrigiu-se: “gays, não’, afinal, gays podem ter dinheiro e famílias bem nascidas, talvez até um sobrenome alemão.

Aos negros cabe a condição de aprendiz de cozinheiro em cantina italiana, em plena propaganda eleitoral, constituída num show de horrores anos 30 na Alemanha. Tudo é branco, alegre, as criancinhas se abraçam, as pessoas sorriem, ninguém quer brigar. Só tem aquele pessoal que a gente tem de eliminar, não é, aquela turma que usa uma estrela. Eles são o mal.

É regressivo e constrangedor. Ontem, dia 20, no fim da manhã, saí para passear com meus cães e passamos na frente da casa do governador, candidato à reeleição. Quase no mesmo instante, uma caminhonete dessas que custam um apartamento tamanho médio, carregada de adesivos onde soavam palavras racistas, diminuiu a velocidade e começou a buzinar, na frente da casa do governador, que tem grades, mas não muro. Abaixou o vidro e urrou impropérios.

Não é, mesmo, preciso apresentar um projeto de governo, nem assumir qualquer compromisso com o povo. A reação conservadora, no RS, tem a cara de um néscio e o corpo de um monstro carregado de ódio, uma espécie de Goodzila, envenenado midiaticamente, cevado em paranoia pela perda imaginária de um poder de fato ausente há mais de um século, com um único propósito: destruir o PT, para não desaparecer. Não faltam, como nunca faltou, crentes no mal dos portadores da estrela no peito.

O que se passa, no entanto, é que um néscio com um Godzila atrás de si não governam. E eles talvez não estejam aí, mesmo, a fim de governar, mas resistir, às custas, como o fizeram nas administrações Rigotto e Yeda, do erário combalido do Estado do RS. O mesmo, aliás, que ajudaram a depauperar, em administrações desastrosas, concentradoras e politicamente regressivas. 

O fato de terem como único projeto explícito a troca de lixo por alimento perecível, apresentado com orgulho e agressividade, em cadeia de televisão, é a maior evidência do desprezo que a direita cultiva pelos pobres e deserdados.

É por isso que não é preciso ser petista, gostar do PT, ser de esquerda, para reconhecer o que está em jogo no RS.

Há um governo, talvez o primeiro em vinte anos, que combina uma agenda política com uma econômica consistente, que assegurou pleno emprego na região metropolitana de Porto Alegre, passe livre estudantil nessa região, que está coadunado com o projeto nacional representado pela Presidenta Dilma, por um lado. 

Por outro, há uma reação conservadora, reacionária, que, para sobreviver, construiu apenas as condições de destruição e aniquilamento – imaginários, como se sabe, visto que a esquerda não desaparecerá por conta de uma eleição – político de uma experiência exitosa, no juízo do eleitorado. Essa reação não precisa sequer de um candidato: um néscio pode sê-lo, de preferência, porque não tem rejeição: como não passa de um sujeito irrelevante, serve bem ao propósito. Um escárnio, mesmo. Escárnio, desprezo e muito ódio. Seria somente ridículo, não fosse tão nefasto.

Não é preciso ser petista, para acreditar no Rio Grande do Sul como parte de um país. Não precisa ser de esquerda para acreditar que a oferta de lixo como moeda de dignidade é indecente, indigna, racista. Não é requerido ser feminista, para defender as patrulhas Maria da Penha, pela Brigada Militar. Não é preciso ser sindicalista, para defender planos de cargos e salários, investimentos internacionais e uma negociação rigorosa sobre os caminhos do desenvolvimento, do investimento e da produção tecnológica.

Na atual conjuntura, o mínimo de racionalidade disponível requer apenas uma coisa: não ter ódio.

Sem o ódio, a direita gaúcha e brasileira parece que não pode existir.



Aécio é [" aeroporto " de] Cláudio. Dilma é o KC-390, pronto para voar


kc390

Fernando Brito


Foi apresentado, ontem, o resultado do mais ambicioso programa de construção aeronáutica brasileiro, desenvolvido pela Embraer em conjunto com a Força Aérea Brasileira, com participação, também, dos governos da Argentina, de Portugal e da República Checa.

O KC-390 é o mais moderno avião de transporte misto – militar e multipropósito – desenvolvido hoje no mundo.

Na ilustração acima, você vê do que ele é capaz.

Vai substituir, aqui e em muitos países, o velho Hércules C-130, avião americano concebido no início dos anos 50 que, com novas e novas versões, todas a hélice, ainda são as aeronaves de transporte da maioria das forças armadas pelo mundo.

O projeto quase foi pro brejo com a crise de 2008/2009, se o Governo brasileiro não o tivesse segurado com firmeza.

Dá para se ter ideia do que isso representa em termos de afirmação tecnológica para o Brasil?


Os coxinhas vão dizer que o dinheiro investido teve participação do Estado brasileiro.

Os americanos, que não são otários, subsidiam um milhão de vezes mais sua indústria aeronáutica, porque sabem que ela vai lhes dar lucro e afirmação geopolítica.

A direita, aqui, em matéria de avião, gosta mesmo é de jatinho e aeroporto perto da fazenda.

E é pena ver que uma parcela inexpressiva de ex-militares, que ainda estão no tempo do ronca, como dizia a minha avó, esteja mais preocupada em quem dá o que para quem, feito o Jair Bolsonaro.

Parabéns aos engenheiros, técnicos e militares envolvidos neste projeto, que não é de paisinho, mas de um país do tamanho do Brasil, continental e cheio de desafios.

Assista abaixo a apresentação do KC-390, que vai voar ainda este ano.

E um palpite, humilde, nestes tempos de seca: será que vamos ter uma versão para combate a incêndios florestais, com o compartimento de carga segmentado para operar com carga líquida? Com esta velocidade, alcance e capacidade de operar em pistas rudimentares, um só esquadrão poderia cobrir todo o Brasil, com imensas vantagens operacionais.







Postado no blog Tijolaço em 22/10/2014


Nabil Bonduki: um Plano Diretor contra a especulação imobiliária





Plano Diretor de SP: mais ciclovias, transporte pú


Relator da lei que pretende mudar a face de São Paulo, favorecendo transporte coletivo e ciclovia, explica mecanismos que podem tornar tal transformação possível



Entrevista para o Coletivo Candeia

Em que metrópoles viveremos, no futuro? O Plano Diretor Estratégico de São Paulo define as metas para chegarmos a 2029, horizonte de validade do Plano, com uma cidade mais humana e menos desigual. Para isso, definiu como meta aproximar a moradia do emprego: estimulando a substituição do automóvel, incentivando o adensamento populacional próximo aos eixos de transporte coletivo de massa, levando mais emprego às periferias – hoje, quase 70% dos postos de trabalho estão concentrados no Centro Expandido, que reúne apenas cinco das 32 subprefeituras da cidade.

Desenhado a partir do projeto original, do Executivo, em audiências públicas e diálogo com urbanistas, ambientalistas, cicloativistas, ativistas culturais e movimentos de moradia, o novo Plano Diretor da cidade quer compatibilizar desenvolvimento com preservação de áreas culturais, e tem como eixos mobilidade e moradia. Para tanto, precisa de recursos financeiros. Parte deles virá de um mecanismo criativo. A prefeitura já cobra, das construtoras de imóveis que edificam acima do permitido pela Lei de Zoneamento, taxas de “outorga onerosa”. Agora, 60% dos recursos arrecadados serão dirigidos para habitação de interesse social (30%) e mobilidade por meio de transporte coletivo, ciclovias e vias para pedestres (30%).

Para falar sobre o que significam essas mudanças na vida dos cidadãos, o Candeia Blog entrevistou o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do Plano Diretor Estratégico. Arquiteto e urbanista, Nabil explica em detalhes, no vídeo abaixo, o que estabelece a lei (sancionada no primeiro semestre); como foi elaborada; quais os seus impactos para a população.





Postado no site Outras Palavras em 16/10/2014


Candidato playboy






A boa música brasileira







Seja Lá Como For


Todo dia eu fico a pensar 

Imagino que eu posso afinal 

Nos meus sonhos, sonhar com você 

E o teu corpo poder afagar 

A saudade me faz delirar 

Teu perfume ainda sinto no ar 

Os teus lábios no espelho guardei 

Tua boca beijei 

Abra a porta que eu vou me entregar 

Te abraçar e inteira me dar 

Essa chama que arde sem fim 

Eu preciso apagar 

Me apareça nos bares que for 

Por amor, sem amor, por favor 

Os meus olhos te querem olhar 

pra mostrar minha dor 

Se é loucura assim te querer 

Me ensine como te esquecer 

Vem pra mim com amor, sem amor 

Seja lá como for


(Música da trilha sonora da novela A Viagem)







E ainda querem este senhor como Governador do Rio Grande do Sul - Parte 2






E ainda querem este senhor como Governador do estado do Rio Grande do Sul


Porque o PSDB não pode voltar a governar o Brasil !



Privatizações: A Distopia do Capital (2014)

O novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil.

Assim é Privatizações: a Distopia do Capital. Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema brasileiro.

Em 56 minutos de projeção, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam, desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.

Vale registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 90 é a negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre defendemos”.