Benefícios e cuidados ao praticar o slackline



Bruna Stuppiello

O slakcline, esporte que envolve andar e se equilibrar em cima de uma fita apropriada, cresce cada vez mais no Brasil. O sucesso não é à toa, além de ser muito divertido, a atividade também melhora o equilíbrio, postura, a concentração, aumenta a força e diminuir o estresse. 

Porém, é necessário tomar alguns cuidados quando for começar a praticar o slakline. "Primeiro é preciso ter conhecimento sobre como é a colocação das fitas", diz o educador físico Igor Armbrust, professor do curso de pós-graduação em esportes radicais da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). 

Procure locais resistentes para montar a fita, árvores com raízes profundas ou colunas, preferencialmente aquelas arredondadas. Serão necessários uma fita de nylon com cerca de 5 centímetros de largura, uma catraca que irá tencionar a fita e duas alças onde a estrutura será presa. Procure fazer o esporte em parques ou na praia, pois assim as quedas podem ser amenizadas pela grama ou pela areia. 

Fique atento para a altura em que a corda será colocada. "Comece com uns 30 ou 40 centímetros e tenha alguém te dando a mão. Coloque o pé inteiro em cima da fita, não o deixe de lado, mantenha os joelhos semi-flexionados e mantenha os braços abertos com a palma da mão virada para cima", orienta o educador físico Dimitri Wuo Pereira, proprietário da empresa Rumo Aventura. 

O esporte pode ser feito descalço ou com um tênis de solado mais rígido, caso ele seja muito macio não é possível aplicar a força corretamente ao se equilibrar. "Antes de começar o exercício sempre alongue e aqueça o corpo", indica o educador físico José Sodré, profissional parceiro da Gibbon Slacklines Brasil.

Confira quais são os benefícios que a prática do slackline proporciona:

O slackline melhora o equilíbrio e a postura - Foto: Getty Images

Melhora o equilíbrio e a postura

Como o objetivo é se manter sobre uma fita de base pequena e oscilatória, o equilíbrio é trabalhado a todo o momento. Assim, os músculos responsáveis pelo estabilização são fortalecidos e ocorre a melhora do equilíbrio. "Consequentemente a propriocepção, que é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, aumenta", constata o educador físico José Sodré, profissional parceiro da Gibbon Slacklines Brasil. 

Uma consequência do ganho de equilíbrio é a conquista da postura certa. "A fita obriga o praticante a manter uma postura correta para que ele consiga ficar sobre ela o maior tempo possível", explica Sodré.

O slackline fortalece o abdômen - Foto: Getty Images

Aumenta a força

No esforço para manter-se equilibrado, a musculatura profunda que é a responsável pela estabilidade é trabalhada. "O corpo precisa conseguir ficar na posição ideal para alcançar a força máxima. Quando se conquista maior equilíbrio ocorre o aumento da precisão do movimento", explica o educador físico Dimitri Wuo Pereira, proprietário da empresa Rumo Aventura. Com a musculatura profunda mais desenvolvido também torna-se possível realizar movimentos mais amplos e com grande intensidade, como ocorre no pilates.

O slackline fortalece as pernas - Foto: Getty Images

Fortalece o abdômen

O abdômen é muito exercitado durante a prática do slackline. "Como a pessoa está em movimento de desequilíbrio o abdômen é trabalho o tempo todo. A musculatura exercitada é a mais profunda que será importante para conseguir se equilibrar", conta o educador físico Igor Armbrust, professor do curso de pós-graduação em esportes radicais da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). 

Por isso, não é possível conquistar o abdômen com tanquinho por meio do slackline. "Para isso é preciso fazer os movimentos repetitivos, como o abdominal, mas com este esporte a pessoa irá trabalhar a musculatura que dificilmente é exercitada na academias", pondera Armbrust. 


Fortalece as pernas

Os membros inferiores são fortalecidos com o slackline. "Começando pelos músculos dos pés que são de extrema importância e negligenciados, panturrilha, tibial, posterior, anterior e lateral. Todos os músculos são solicitados e ainda há os estímulos de força, resistência e vibração decorrente da oscilação da fita", destaca Sodré. 

As articulações não são prejudicadas nesse exercício. "Indico ficar parado com apenas uma perna sobre a fita. Isto é importante para o ganho de força e evita lesão porque não desgasta a articulação já que não ocorre o atrito do movimento", explica Pereira.


Previne lesões

Ao fortalecer a musculatura profunda, as articulações, tendões e ligamentos ficam mais protegidos. Isto porque esses músculos estão próximos destas outras partes do corpo e assim as chances de lesões diminuem. 

Como o slackline faz com que o equilíbrio fique mais apurado isto irá prevenir quedas e torções. "Eu dou aula de slackline para idosos e tem sido ótimo, pois fez com que eles melhorassem o equilíbrio e fortalecessem as pernas, dois fatores aliados para evitar tombos na terceira idade. Claro que temos mais cuidado ao fazer o esporte com pessoas mais velhas, usamos colchão embaixo e temos dois professores que os ajudam na travessia", conta Pereira.


Melhora a concentração e autoconfiança

É preciso estar 100% concentrado durante a prática do slackline. "A dinâmica deste esporte está desequilibrando a pessoa a todo o momento, se ela não focar em um ponto fixo e se concentrar completamente no que está fazendo, irá cair", constata Armbrust. 

A autoconfiança também melhora com a pratica do slackline. "Eu começo fazendo o esporte com a corda baixinha e conforme melhoro vou querer colocá-la mais alta e depois mudar os movimentos, vou estabelecendo novos desafios", constata Pereira.


Diminui o estresse

O slackline também contribui para diminuir o estresse. "Afinal, a pessoa precisa estar concentrada e não dá tempo de pensar em outros problemas, ela se dedica totalmente na execução do movimento e alivia as outras tensões já que muda o foco", explica Pereira. 

O fato do esporte ser realizado ao ar livre em parques ou na praia também contribui para a sensação de bem-estar. Uma pesquisa feita em 2006 pela Universidade de Chiba, no Japão, observou que pessoas que estiveram em um ambiente natural por 20 minutos contaram com uma concentração de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, menor do que quem ficou em locais urbanos.







Postado no blog Minha Vida no Portal R7


Por que a Globo é contra o governo venezuelano

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Noto, nas redes sociais, revolta contra a maneira como a Globo vem cobrindo a crise na Venezuela.


Paulo Nogueira

A Globo ataca, ataca e ainda ataca o governo eleito.

Não existe razão para surpresa. Inimaginável seria a Globo apoiar qualquer tipo de causa popular.

O problema começou com Chávez.

Chávez e Globo tinham um história de beligerância explícita. Ambos defendem interesses antagônicos.

Se estivéssemos na França de 1789, a Globo defenderia a Bastilha e Chávez seria um jacobino. Em vez de recitar Bolívar, ele repetiria Rousseau.

Chávez cometeu um crime mortal para a Globo: não renovou a concessão de uma emissora que tramara sua queda. Veja: um grupo empresarial usara algo que ganhara do Estado — a concessão para um canal de tevê — para tentar derrubar o presidente que o povo elegera. Chávez fez o que tinha que fazer. E o que ele fez é o maior pesadelo das Organizações Globo: a ruptura da concessão.

Há uma cena clássica que registra a hostilidade entre Chávez e a Globo. Foi, felizmente, registrada pelas câmaras. É um documento histórico. Você pode vê-la no pé deste artigo.

Chávez está dando uma coletiva, e um repórter ganha a palavra para uma pergunta. É um brasileiro, e trabalha na Globo. Fala num espanhol decente, e depois de se apresentar interroga Chávez sobre supostas agressões à liberdade de expressão.

Toca, especificamente, numa multa aplicada a um jornalista pela justiça venezuelana.

Chávez ouve pacientemente. No meio da longa questão, ele indaga se o jornalista já concluiu a pergunta. E depois diz: “Sei que você veio aqui com uma missão e, se não a cumprir, vai ser demitido. Não adianta eu sugerir a você que visite determinados lugares ou fale com certas pessoas, porque você vai ter que fazer o que esperam que você faça.”

Quem conhece os bastidores do jornalismo sabe que quando um repórter da Globo vai para a Venezuela a pauta já está pronta. É só preencher os brancos. Não existe uma genuína investigação. A condenação da reportagem já está estabelecida antes que a pauta seja passada ao repórter.

Lamento se isso desilude os ingênuos que acreditam em objetividade jornalística brasileira, mas a vida é o que é. Na BBC, o repórter poderia de fato narrar o que viu. Na Globo, vai confirmar o que o seu chefe lhe disse. É uma viagem, a rigor, inútil: serve apenas para chancelar, aspas, a paulada que será dada.

“Como cidadão latino-americano, você é bem-vindo”, diz Chávez ao repórter da Globo. “Como representante da Globo, não.”

Chávez lembrou coisas óbvias: o quanto a Globo esteve envolvida em coisas nocivas ao povo brasileiro, como a derrubada de João Goulart e a instalação de uma ditadura militar em 1964.

Essa ditadura, patrocinada pela Globo, tornou o Brasil um dos campeões mundiais em iniquidade social. Conquistas trabalhistas foram pilhadas, como a estabilidade no emprego, e os trabalhadores ficaram impedidos de reagir porque foi proibida pelos ditadores sua única arma – a greve.

Não vou falar na destruição do ensino público de qualidade pela ditadura, uma obra que ceifou uma das mais eficientes escadas de mobilidade social. Também não vou falar nas torturas e assassinatos dos que se insurgiram contra o golpe.

Chávez, na coletiva, acusou a Globo de servir aos interesses americanos.

Aí tenho para mim que ele errou parcialmente.

A Globo, ao longo de sua história, colocou sempre à frente não os interesses americanos – mas os seus próprios, confundidos, na retórica, com o interesse público, aspas.

Tem sido bem sucedida nisso.

O Brasil tem milhões de favelados, milhões de pessoas atiradas na pobreza porque lhes foi negado ensino digno, milhões de crianças nascidas e crescidas sem coisas como água encanada.

Mas a família Marinho, antes com Roberto Marinho e agora com seus três filhos, está no topo da lista de bilionários do Brasil.

Roberto Marinho se dizia “condenado ao sucesso”. O que ele não disse é que para que isso ocorresse uma quantidade vergonhosa de brasileiros seria condenada à miséria.



Paulo Nogueira é Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Postado no Diário do Centro do Mundo em 20/02/2014


Inteligência golpista dos EUA entendeu como atuar no cenário de redes e ruas


Protesto na Ucrânia: exemplo de processo em rede que partiu para as ruas

Ucrânia em 02/2014

Venezuela em 18/02/2014

Renato Rovai

Há muito tempo os EUA são o país que mais investe em tecnologias. E ao mesmo tempo é o país que mais faz uso das mesmas para segurança e política externa. Em geral, buscando transformar todo o mundo em um grande quintal de seus interesses.

São milhares os exemplos de como a inteligência tecnológica e midiática são os principais instrumentos para planos de desestabilização capitaneados por Washington. E cada vez fica mais claro que os falcões já perceberam como as redes interconectadas digitalmente podem ser mais eficientes.

Manuel Castells, em A Sociedade em Redes, já prenunciou que as novas disputas seriam de redes contra redes. E que essas articulações e disputas não seriam algo apenas virtuais. Das redes para as ruas as disputas teriam grande impacto político e social.

David Ugarte, num texto de 2004, o Poder das Redes, também falou disso de um outro jeito no capítulo onde trata das Ciberturbas.

E o que estamos vendo hoje é a materialização desse fenômeno. Em alguns casos, de redes cidadãs. Que nascem a partir da força da articulações espontâneas. Por outro lado, processos fabricados.

Baseados em descontentamentos reais e de forças reais, mas que são instrumentalizados para ações que têm características de um flash mob desestabilizador. Algo como o que está acontecendo na Venezuela e na Ucrânia.

Ações que se iniciam como processos em rede, partem para as ruas e muito rapidamente já se tornam um palco de guerra. Tanto bélico, como midiático. Os países em questão passam a ter seus governos questionados pela diplomacia dos EUA e seus aliados. E a mídia que se diz profissional, age como empregada dos EUA para difundir a tese de que a democracia está sendo violentada nesses lugares.

Imagens falsas contra Maduro estão sendo distribuídas nas redes sociais. Acima, a foto no Chile foi divulgada como se fosse na Venezuela.

O jogo da política ganhou novos contornos com as novas tecnologias. E, como sempre, os EUA perceberam mais cedo como se disputa no novo cenário. Isso não quer dizer que tudo é preto e branco neste novo modelo. Há dezenas de tons de cinza. As manifestações não são todas golpistas e nem tudo que se articula na internet é coisa do Tio Sam.

É preciso ser muito mais cuidadoso para sair carimbando os movimentos neste novo momento. Mas não se pode negar a existência de uma fábrica de desestabilização de processos políticos. Ela existe. E novamente é operada pelo mesmo centro de operações que levou países a ditaduras em outros tempos.

Postado no Blog do Rovai em 19/02/2014

Jesus de maneira inusitada !








O reacionário está na moda





"Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta" 

"Tamanha reação do conservadorismo extremo pode indicar que o país anda no caminho certo" 

Marcelo Semer*



Não foi surpresa que logo após o comentário em que deu status de legítima defesa a justiceiros (relembre aqui), a jornalista Rachel Sheherazade tenha tido a oportunidade de escrever artigo no espaço mais nobre de um grande jornal.


Foi vociferando a altos brados, contra todas as formas de ‘esquerdismo’, sem sutilezas nem decoros, que Reinaldo Azevedo ganhou o status de colunista nesse mesmo diário.

Lobão foi guindado a uma revista semanal depois que minimizou a tortura dos anos de chumbo, desprezando quem se disse vítima por ter tido “umas unhazinhas arrancadas”.

Diogo Mainardi pulou da revista para a TV a cabo, apelidando semanalmente o presidente de anta.

Até humoristas que se orgulham de ser politicamente incorretos, sobretudo com o mais vulnerável, vêm emplacando programas próprios na telinha.

Se alguém ainda tinha dúvidas, elas estão sendo dissipadas: o reacionário está definitivamente na moda.

Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a tirar o espectador da ‘zona de conforto’, e destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta.

Tamanha reação do conservadorismo extremo, pelos novos ícones da classe média, poderia indicar que, de alguma forma, o país anda no caminho certo.

Nenhuma redução de desigualdade, seja ela econômica, social, racial, de gênero ou orientação sexual, passa incólume à reação. Tradição e privilégios jamais se rendem sem resistência.

Mas há dois componentes neste jogo que complicam a equação e nos aproximam da intolerância.

Primeiro, o fato de que o catastrofismo sem limites, o derrotismo por princípio e o esforço de detonar o Estado de todas as formas e sob todas as forças, produz uma inequívoca sensação de que estamos sempre à beira do abismo. Mesmo quando evoluímos.

A estabilidade política é desprezada, sufocada pela ideia que resume toda política em corrupção – mas que, inexplicavelmente, considera o corruptor apenas uma vítima do sistema que patrocina.

Todo mal reside nos políticos, nos partidos, enfim no Estado – nunca no mercado ou nos mercadores.

A maior autonomia dos órgãos de investigação e a independência dos operadores do direito, somadas ao fim da censura, têm ligação direta com esse mal-estar da liberdade: a democracia não é pior porque produz mais monstros, apenas mais incômoda porque é impossível escondê-los.

O derrotismo desproporcional, que remete toda e qualquer política à vala comum, acaba por conferir a violência foros de alternativa.

A criminalização da política é, assim, uma poderosa vitamina da intolerância. E seus responsáveis são justamente aqueles que mais bradam contra a violência que ao mesmo tempo estimulam.

Mas não é só.

A política também tem perdido seu prestígio por estar sendo sepultada pelo fator eleitoral.

O pragmatismo sem freios destroça ideologias, pensamentos e valores e é um consistente obstáculo ao avanço civilizatório. Quando o poder é mais relevante que a política, os fins sempre servem para justificar meios.

A rendição à pauta religiosa, de governos e oposições, é um sintomático reflexo desse excesso de pragmatismo que comprime o espaço republicano.

A submissão rala à pauta punitiva, que ameaça inserir o país na lógica de um Estado policial, é outro indício. Como o instrumento penal é sempre seletivo, mais repressão significará mais desigualdade.

Esvaziar a política nunca é uma tarefa prudente, menos ainda quando o canto da sereia do reacionarismo está cada vez mais afinado.

Há 50 anos, nossa democracia foi estuprada por militares que deram um golpe, civis que o financiaram e reacionários que o justificaram, inclusive e fortemente na imprensa. Que a efeméride, ao menos, nos mantenha vigilantes.

*Marcelo Semer é juiz de direito, escritor e edita o blog Sem Juízo.

Postado no site Pragmatismo Político em 20/02/2014

Para ser enganado, preencha este cupom com seus dados!




Rosana Braga 

Que cupom? Como assim? Por que eu quereria ser enganado?

Tomara que você tenha se feito perguntas parecidas com essas ao ler o título deste artigo. Afinal, será mesmo que alguém, em sã consciência, gostaria de ser enganado? Parto do princípio de que não!

A grande maioria de nós inicia relações, sejam de parceria profissional, amizade, namoro ou sob qualquer outro nome, desejando que a base delas seja – entre outros predicados – a sinceridade! 

Aliás, um dos adjetivos que mais valorizamos numa pessoa é justamente a sua capacidade de dizer a verdade.

No entanto, haveremos de descobrir, ao longo de inúmeras experiências que vivermos, que a mente mente. Ou seja, nosso complexo e ainda misterioso cérebro (um emaranhado de consciência e inconsciência) cria mecanismos de defesa ou estratégias de ataque que podem ser, antes de mais nada, perigosas e eficientes armadilhas. Uma delas – e mais comum do que imaginamos – é uma espécie de pedido para sermos enganados.

Pedimos? Sim, pedimos, mesmo sem termos a menor noção de que estamos fazendo isso. Na ânsia de amenizar certos sentimentos (solidão, baixa auto-estima, carência...) ou experimentar certas sensações (aceitação, acolhimento, segurança...), criamos uma realidade que, na verdade, não existe.

Projetamos em alguém ou numa situação aquilo que gostaríamos de viver e sentir, e julgamos – ingênua e equivocadamente – que nosso desejo se tornou real e a vida nos presenteou com a chance de, finalmente, sermos felizes.

É a armadilha da idealização: passamos a viver uma história “ideal”, criada e alimentada por aqueles sentimentos e sensações que citei antes, do jeitinho que sempre desejamos que ela fosse; e embebedados por nós mesmos, nos recusamos a enxergar a história como ela realmente é. 

Nossa mente passa a perceber, sentir e concluir não a partir do que está acontecendo de verdade, mas a partir de uma projeção deste ideal, ou seja, de uma ilusão...

Dependendo do quanto os envolvidos nessa nossa ilusão também a alimenta, e também dependendo do tempo que demoramos a “cair na real”, os estragos podem ser grandes. 

Aqui cabe muito bem o ditado “quanto mais alto, maior o tombo”.

Como não preencher o cupom? Como não idealizar? Como não se enganar ou não permitir que alguém o engane? 

Bem... tudo começa na coragem. Todos nós podemos ser corajosos, mesmo quando estamos com medo. Coragem não é a ausência do medo e sim o reconhecimento de nossa capacidade de superação.

Claro que não é fácil lidar com solidão, carência, baixa auto-estima, insegurança, entre outros sentimentos que nos colocam frente a frente com nossas limitações, mas com dedicação e persistência, podemos aprender... e temos a vida toda para isso, embora seja prudente começarmos o quanto antes!

No mais, se você está com a sensação de ter se enganado ou de ter sido enganado mais vezes do que gostaria, perceba os sinais. 

Se a sua voz interior (ou intuição) lhe disser, em alguns momentos, para você ir com calma, vá com calma.

Se as pessoas que amam você lhe alertarem para as improbabilidades desta situação, mantenha-se alerta.

Se a situação vivida lhe parecer “a cura que caiu do céu”, que vai lhe salvar de todas as suas angústias, questione-se: será que você não está fugindo de si mesmo? Será que não está evitando ter de enfrentar suas dores, preferindo um atalho que parece lhe conduzir a uma “felicidade” bem mais rápida?

E fique com o coração bem aberto – a resposta virá! 

Talvez você descubra que o que poderia ter se configurado como uma grande enganação é, na verdade, a oportunidade de aprender algo muito precioso. 

Mas se, infelizmente, descobrir que é tarde demais e que você realmente se deixou enganar, corra atrás do prejuízo, rasgue o cupom preenchido e encha-se de coragem para abandonar o lugar de vítima e tornar-se dono de sua própria história...


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Rosana Braga é Palestrante, Jornalista, Consultora em Relacionamentos e Autora dos livros "O PODER DA GENTILEZA" e "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros.






Estados Unidos e a manipulação climatológica : Projeto HAARP : seria a causa do exagerado calor no Brasil ?




O que é o Projeto HAARP



De acordo com o documentário, o controle das chuvas a partir da modificação do plasma da ionosfera para criar inundações acelerando a formação de densas nuvens com pulverizações adicionais de iodeto de prata, que produzem cristais de gelo e aceleram a precipitação pluvial, é uma outra forma de guerra climatológica junto com os procedimentos eletromagnéticos para provocar terremotos, secas e ondas de calor.

"Igualmente assustador é uma outra forma de clima que está sendo usado como arma: a chuva, que pode desencadear inundações devastadoras e arrasar cidades inteiras", afirma o documentário, que atua como comentarista Nick Pope , ex-ministro da Defesa da Grã-Bretanha. "Pode-se fazer chover, pode-se causar um profundo efeito em campo de batalha", afirma Pope. 

Um dos elementos críticos para iniciar uma batalha climatológica é o poder de controlar a chuva e desencadear inundações, assegura a investigação do History. 

Seria demais supor que esta onda de calor infernal no Brasil está sendo causada por uma combinação de chemtrails e do HAARP? Com o mundo de olho no Brasil enquanto se aproxima a Copa do Mundo em junho, e o crescente clima de protestos ressurgindo, seria uma forma de se desestabilizar nosso país, para mais facilmente controlar sua população?





































A estranheza de sentir-se bem...




Andre Lima

Recentemente recebi um email de uma leitora me relatando uma sentimento de medo por sentir um bem-estar. Vou explicar melhor. 

Ela havia assistido uma aula on-line em vídeo eu ensinei a técinca da EFT (Emotional Freedom Techniques, técnica de autolimpeza emocional que remove emoções e pensamentos negativos) e relatou que ao fazer os exercícios ensinados começou a sentir uma leveza, um bem-estar.

O que ela escreveu foi mais o menos o seguinte (estou escrevendo conforme lembro de cabeça, pois não encontrei mais o email, no meio de tantos):

"André, assisti a sua aula, fiz os exercícios e comecei a me sentir muito bem, uma leveza, um bem-estar. mas aí fiquei com medo e parei. É assim mesmo?"

A propósito, você pode acessar a aula neste link.

Veja que coisa curiosa. Ela ficou com medo de estar se sentido bem, de estar sentindo leveza, paz interior. 

Eu estava em uma viagem tomando café da manhã com amigos e li essa mensagem para eles, que ficaram intrigados. 

Como alguém pode fazer algo que traz um bem-estar enorme e parar de fazer justamente por isso? Tem algum sentido? Não é paz interior e bem-estar que todos nós queremos?

Um colega da mesa ainda chegou a falar brincando que a leitora deve ter pensado: "é melhor eu parar, vai que eu fico normal...".

Mas é possível, sim, compreender o que aconteceu com a leitora. Já vi isso acontecer com outras pessoas, de forma parecida. 

O que ocorre, é que, por incrível que pareça, nos acostumamos a nos sentirmos mal, a carregar ansiedade e desconforto. E quando isso começa a ir embora, pode surgir uma sensação de vazio de falta.

Criamos uma identificação tão grande com o sofrimento que ele parece fazer parte de quem nós somos. Identificar-se com o sofrimento significa se misturar com ele. Significa não estar presente para o fato de que você é o observador daquele sofrimento. O que você é, na verdade, é a paz interior que fica quando o sofrimento é removido.

Só que o desconforto tomou conta do seu espaço interno por muito tempo. Você já não sabe mais quem você é de verdade. Criamos, então, um apego inconsciente a essa estrutura de sofrimento que se instalou dentro de nós. Essa estrutura ganha vida própria. É uma entidade de energia de sofrimento que habita no nosso interior e que deseja crescer e se fortalecer.

Essa estrutura também é chamada de sombra. Eckhart Tolle, autor dos livros O Poder do Agora e Um Novo Mundo, o Despertar de Uma Nova Consciência, chama a sombra de "corpo de dor". 

Por estarmos inconscientes de quem nós somos, o corpo de dor toma o nosso lugar. E quando tentamos fazer algo que vai ajudar a dissolvê-lo, ele reage, fica com medo e interfere em nosso comportamento e em nossas escolhas.

No caso da leitora, ela parou de fazer os exercícios com medo. Esse medo não era dela em si, e sim, era o medo do próprio corpo de dor de ser dissolvido. Ele quer permanecer por lá e vai fazer o possível pra isso, gerando processos de autossabotagem.

Quanto mais pesado for o corpo de dor, maior o nosso apego inconsciente a ele e mais irá interferir no nosso comportamento gerando autossabotagem.

Pessoas que sofrem de depressão tem uma sombra pesada e são conhecidas por sabotarem seus processos de cura. Elas dizem querer melhorar, mas acabam não fazendo tudo o que podem pra isso. São pessoas que muitas vezes não buscam ajuda, e quando buscam, costumam faltar ou desistir de ir em frente.

A energia de pessimismo, os pensamentos negativos são tantos que elas acabam não indo até o fim para que possam se curar.

E toda essa energia sabotadora vem do corpo de dor. Você, no fundo, quer sentir o bem-estar, porque na verdade essa é a essência de quem você verdadeiramente é. 

Essa paz fica encoberta pela sombra e a nossa maior missão no caminho da evolução espiritual é nos curarmos dessa carga negativa que nós carregamos.

Essa carga é formada pelos sentimentos negativos que nós acumulamos ao longo da vida através das experiências que passamos, das coisas que ouvimos e testemunhamos.

E com a EFT é possível dissolver esses sentimentos. É por isso que essa técnica costuma trazer um grande alívio.





André Lima é engenheiro e trabalha exclusivamente com autoconhecimento desde 2006. Vem divulgando e ensinando em palestras e cursos presenciais e online sobre a EFT - Emotional Freedom Techniques, uma técnica revolucionária, simples e eficaz, para limpeza e cura de todos os tipos de emoções, pensamentos e crenças limitantes.


Postado no site Somos Todos Um



A mídia nutre relação esquizofrênica com a Copa do Mundo




Lalo Leal

Encerrei o artigo publicado na edição de janeiro da Revista do Brasil com a expressão “2014 promete”. Escrito em dezembro, chamava a atenção para o desespero da oposição, representada pela mídia, na busca de um candidato para as eleições presidenciais deste ano, alertando sobre o previsível “vale-tudo”.

A previsão, infelizmente, começou a se confirmar antes mesmo do fim do ano, com o jornalista Elio Gaspari pedindo na Folha de S.Paulo a volta das manifestações de rua, seguido na mesma linha por vários outros comunicadores, até pelo Faustão, na Globo.

Passadas as festas, a carga prosseguiu com a GloboNews mostrando um gráfico sobre inflação que irá para os anais da manipulação jornalística brasileira. Por ele ficamos sabendo que a inflação de 2013, de 5,91%, é maior que as de 2010 (5,92%) e 2011 (6,50%). Disseram depois que foi “erro”, para mim só comparável ao célebre “boimate” da Veja de tempos atrás, quando a revista da Abril publicou uma nota científica sobre a descoberta da criação de um híbrido formado por boi e tomate. 

A diferença entre os dois “erros” está em seus objetivos. O da Veja antiga era mero sensacionalismo. Já o da GloboNews faz parte de ação política orquestrada, tendo como referência ideológica o Instituto Millenium, articulador da mídia brasileira em torno do pensamento único de raiz reacionária.

Curiosa, no entanto, é a esquizofrenia diante da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo que a defende de acordo com os seus interesses mercadológicos, procura incentivar manifestações populares em torno dela, contra o governo, por interesses políticos. 

Mas pede que sejam feitos de forma “pacífica”, repetindo os chavões de junho passado. Creio até que gestores e mentores dessa mídia torçam contra a seleção brasileira, na esperança de que a derrota crie algum alento à oposição. Ainda que custem um período de relativas baixas nas receitas publicitárias advindas do ufanismo futebolístico.

Se for assim, será mesmo o derradeiro ato de desespero. 

Foi-se o tempo em que política e futebol contaminavam-se reciprocamente. Não estamos mais em 1950, quando candidatos aos mais diferentes cargos circulavam entre os jogadores da seleção, invencível até começar o jogo final, tentando tirar uma casquinha do prestígio por eles conquistado nos gramados até minutos antes da tragédia do Maracanã diante do Uruguai. 

Ou da ditadura, em seu momento mais sinistro, durante a Copa de 1970, tentando sufocar os gritos das masmorras com marchinhas do tipo “pra frente, Brasil”.

De lá para cá, o país mudou muito. Foi campeão do mundo mais duas vezes, passou dos “90 milhões em ação” para mais de 200 milhões e, na última década, tornou-se uma das mais importantes economias do mundo. 

Não há futebol que possa contaminar as conquistas populares como o aumento das redes de proteção social, a universalização do acesso ao ensino fundamental, a expansão do ensino superior e, principalmente, a redução do desemprego.

O “complexo de vira-lata” pregado na testa dos brasileiros pelo escritor Nelson Rodrigues, logo após a derrota de 1950, e que se aplicava não só ao futebol, mas a toda a autoestima do país, desapareceu. 

Mesmo as mazelas que persistem na insegurança das ruas, no trânsito caótico, na prisões medievais, nas habitações precárias deixaram de ser consideradas destinos manifestos da gente brasileira. Ao contrário, mostram-se como desafios a serem enfrentados e superados pela ação política, institucionalizada ou não.

A mídia tentará, uma vez mais, instrumentalizar essas lutas, juntando-as ao futebol, tanto em caso de vitória como de derrota na Copa. 

Se vencermos, o mérito será da seleção, se perdermos o ônus ficará com o governo. 

Serão as últimas cartadas oferecidas por ela ao seus candidatos numa tentativa de utilizar esses temas, neste ano, da mesma forma irresponsável como pôs em debate o aborto nas eleições de 2010. 

Como disse no artigo anterior, “2014 promete”...


Postado no site Rede Brasil Atual em 16/02/2014