Personagens com HIV da Turma da Mônica contra o preconceito

          Proposta do gibi é ajudar a disseminar informação e combater o preconceito  (Foto: Divulgação)

No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável.

Maurício de Sousa lança primeiro gibi da Turma da Mônica com personagens soropositivos. Foto: ABr
Maurício de Sousa lançou nesta segunda (17) seu primeiro gibi com personagens que têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.
A ideia dos personagens foi da ONG Amigos da Vida, que atua na prevenção e combate ao HIV/aids. Christiano Ramos, presidente da ONG, diz que o trabalho resolve um problema existente nas mídias voltadas para crianças. “O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças”, disse.
Não é a primeira vez que o autor utiliza personagens de seus quadrinhos para levar informação e conscientizar seus leitores. Humberto, que é mudo, Dorinha, que não enxerga, e Luca, que não anda, mostraram que crianças com restrições físicas são crianças normais e devem ser tratadas como tal.
“Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugerem medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio a tal hora e, caso venha a se ferir, tem que ter alguém cuidando do ferimento. Fora isso, é uma vida normal”, diz Maurício.
O autor diz que Igor e Vitória podem vir a fazer parte do elenco permanente da Turma da Mônica, não necessariamente citando o fato de eles serem soropositivos. Ele explica que o gibi é também voltado para os pais. “É uma revista única no mundo. E também é voltada para os pais. Criança não tem preconceito, são os pais que inoculam”, diz.
Cláudia Renata, que é professora, levou seus filhos Maria Teresa e Lourenço para o lançamento. Ela diz que os filhos, antes de lerem o gibi, perguntaram quem eram aqueles novos amiguinhos. Para Lourenço, de 5 anos, são crianças normais. “Eles têm uma doença e têm que tomar um remédio. Só isso.”
No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável. A professora na história é quem explica que eles precisam tomar alguns remédios e que, no caso de se machucarem, um adulto deve ser chamado para tomar os cuidados adequados.
São 30 mil exemplares do gibi, que serão distribuídos gratuitamente nas brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais da Rede Amil (um dos patrocinadores do projeto) e nos hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
O objetivo da ONG Amigos da Vida é que em 2012 as histórias de Igor e Vitória cheguem também a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Porto Alegre, a Curitiba, a Salvador e ao Recife.

Postado no blog Pragmatismo Político em 18/09/2012

Nós merecemos estar ouvindo "Eu quero tchu, eu quero tcha"?




Os quereres do povo

Rodolpho Motta Lima

Muitos desses quereres refletiram , lá pela metade do século passado, uma realidade em que esteve presente o preconceito, ainda que não fosse esse , intrinsecamente, o objetivo das mensagens. O nosso cancioneiro registra frases de compositores notáveis resvalando pelo politicamente incorreto:“Quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar“ dizia o verso de Wilson Batista em “Emília”, enquanto Lamartine Babo afirmava para a mulata “Eu quero o seu amor” e justificava com o fato de que a cor não pega...

Antes disso, uma das pioneiras da nossa canção popular, Chiquinha Gonzaga, imortalizou um carnavalesco refrão de afirmação pessoal : ”O abre alas, que eu quero passar”, que, em uma versão mais moderna e provocadora, nos anos 70, Sérgio Sampaio transformou em “Eu quero é botar meu bloco na rua”. Uma euforia que seguramente Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito não mostravam, em versos que traduziam o amor mal resolvido, na antológica “A flor e o espinho”: “Tira o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor”.

Na vida, porém, e felizmente, nem tudo são espinhos e o amor se afirma como um querer perpétuo nos versos da “Andança” de Paulinho Tapajós, Danilo Caimmy e Edmundo Souto (“Por onde for, quero ser seu par”) ou de “Corcovado”, do Tom Jobim (”Quero a vida sempre assim com você perto de mim até o apagar da velha chama”). O desejo de enriquecer o amor está presente na deliciosa “Noite do meu bem”de Dolores Duran ( “Hoje eu quero a rosa mais linda que houver e a primeira estrela que vier para enfeitar a noite do meu bem”) , ou na tão surpreendente como bela metáfora de Martinho da Vila em “Disritmia”: “Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo”rivalizando com a “Tatuagem” do Chico Buarque (“Quero ficar no seu corpo feito tatuagem , que é pra te dar coragem de seguir viagem quando a noite vem”. Amor e humor se vinculam nos versos da “Irene” de Caetano (“Quero ver Irene rir”) ou na “Vitoriosa”, de Ivan Lins (“Quero sua risada mais gostosa”). E o sentimento amoroso segue assim, tema recorrente em nossas canções, no desejo simples de quem afirma, como Dominguinhos, “Eu só quero um xodó”, ou na tentativa de moldar o outro, nas palavras que Leoni fazia Paula Toller entoar:“Eu quero você como eu quero”...

O bucolismo resultante da integração do homem com a natureza nos deu “Casa no Campo”, em que Zé Rodrix e Tavito, na voz imortal de Elis ( Veja o vídeo ) imaginaram “carneiros pastando solenes no jardim”, ao lado de “um filho de cuca legal”, certamente um “filho” bem diferente daquele moleque , irreverente, malicioso e nada infantil que a marchinha de carnaval de Jararaca e Vicente Paiva, lá nos anos 30, imortalizou no verso “Mamãe eu quero mamar”....

A natureza tem estado muito presente em nossa música, em construção romântica da cumplicidade com as venturas ou desventuras do homem. Cartola implora em “Preciso me encontrar” : “Quero assistir ao sol nascer/ Ver as águas dos rios correr /Ouvir os pássaros cantar”, enquanto Edu lobo constrói sua Pasárgada com o nome de “Candeias”, desejando: “Quero ver a lua vindo por detrás da samambaia / Rede de palha se abrindo em cada palmo de praia”.

Os quereres do homem transcendem o mundo afetivo circundante de pessoas a quem ele ama ou do lugar que habita, quando ele se percebe um ser gregário, com responsabilidades sociais. A nossa música popular mostrou isso em momentos importantes e cruciais de nossa história recente, Milton Nascimento, com “Coração de Estudante”, gritava o desejo da liberdade : “Quero falar de uma coisa / Adivinha onde ela anda / Deve estar dentro do peito / Ou caminha pelo ar“. Lulu Santos popularizou um querer coletivo ao afirmar que queria “crer no amor numa boa / e que isso valha pra qualquer pessoa”, e mesmo o questionado comprometimento social de Roberto Carlos cunhou versos como “Quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar”, enquanto Elis , nas palavras dos irmãos Valle (“Black is beautiful”), cutucava o preconceito e afirmava a etnia negra: “Eu quero um homem de cor, um deus negro do Congo ou daqui”. Preconizavam um ambíguo fim da tristeza os versos de Niltinho e Haroldo Lobo, nos fins dos anos 60 : “Quero voltar aquela vida de alegria/ quero de novo cantar”. Muitos anos depois, quando o povo já podia cantar, Cidinho e Doca foram fundo , no “Rap da Felicidade”, definindo-a com receita tão simples de entender quanto complicada de ver realizada: “Eu só quero é ser feliz, Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, E poder me orgulhar, E ter a consciência que o pobre tem seu lugar.”. Cazuza tinha ido, um pouco antes, mais longe na complexidade do seu apelo: “Ideologia, eu quero uma pra viver”.

Com todos esses quereres, marcados ora pela simplicidade que a pureza abona, ora pela palavra criativa dos grandes poetas, e: mesmo sabendo que o passado já produziu desejos como o “mocotó” (de grande Jorge Bem Jor) ou o “ovo de codorna pra comer” (do ícone Luiz Gonzaga), a verdade é que não merecíamos estar ouvindo agora “Eu quero tchu, eu quero tcha”, do Shylton Fernandes. É ou não é?



Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Postado no blog Direto da Redação em 09/09/2012



Desenvolvimento aliado à sustentabilidade


De fato, não poderemos pensar em desenvolvimento, sem pensar na sustentabilidade. Não podemos colocar lucro acima de tudo, passando por cima de qualquer coisa.

Fábio Valentim


Desde o princípio, a partir do dia em que o homem deixou de viver nas cavernas, para se tornar um homem social, ele tinha uma questão de evoluir. Ele passou a usar a sua inteligência para superar as dificuldades da natureza, e até mesmo para facilitar o seu dia a dia, como caçar, se alimentar e até mesmo construir sua moradia, longe das cavernas. Ele passou a visar o seu conforto, e foi a partir daí que ele passou a se desenvolver. O homem deixou de ser uma criatura dominado pela natureza, deixou de ser uma criatura dependente da natureza, e passou a ser dominador da natureza. Hoje somos praticamente responsáveis por todo o clima e a biomassa do planeta, causando benefícios e malefícios para a humanidade e para o planeta em si.

Não podemos negar que os dois últimos séculos anteriores, além do atual, foram os tempos em que o ser humano mais evoluiu tecnologicamente, e até mesmo moralmente, mas com objeções. É nesta época que vivemos, que se tornou mais acentuada, a ganância e o consumismo. Deixamos de dar importância para o ser, dando mais importância para o ser. Passamos a ser uma máquina de consumo, e por consequência disso, acabamos a causar danos ao nosso planeta, seja através dos desmatamentos das florestas, seja através de poluição do ar, da água, do solo. Acabamos afetando drasticamente a nossa biomassa, correndo a pôr em extinção várias especiarias importantes para a nossa alimentação, para a nossa sobrevivência. Como resultado disso, acabamos gerando fome e miséria também em toda a humanidade.

E se continuarmos como consumidores vorazes, chegará o dia em que não sobrará nada para consumirmos e chegará à nossa fatídica extinção. Não será preciso cometas, meteoros saraivadas. Quem vai destruir o nosso planeta, vai ser nós mesmos, com essa ganância toda, pois estamos agindo exatamente como vírus causadores de doenças. Mas ainda há como reverter o quadro e eliminar essa possibilidade. Pode parecer impossível, para muitos, mas com o trabalho constante, é possível mudar as mentes poderosas. É preciso portanto promover um consumo com qualidade e aliado a sustentabilidade, para garantir a estabilidade da biomassa, que já é instável naturalmente, se tornando ainda mais instável, com as ações do homem.

Promover um desenvolvimento aliado à sustentabilidade é a melhor forma para o desenvolvimento de um planeta como todo. Claro que continuaríamos da mesma forma, influenciando na biomassa e no clima do planeta, mas deixaremos de ser vírus causadores de doenças, em vírus essenciais para o organismo vivo. Uma das melhores formas é a tecnologia de reuso de recursos renováveis, como água, plástico, alumínio, reaproveitando tudo, sem causar impactos ao meio ambiente, sem poluir os rios e o ar, tendo mais recursos naturais a nossa disposição por longos séculos. A sociedade precisa se reorganizar para que a distribuição do alimento seja mais justa e que a natureza seja beneficiada como todo, não somente o ser humano em si.

Postado no blog Baú do Valentim em 19/09/2012

5 lições de Thor Batista sobre como não gastar dinheiro



Nomeado nesta semana para o cargo de diretor da EBX Brasil, Thor Batista não é nenhum exemplo de como administrar bem o próprio dinheiro. Filho do homem mais rico do Brasil, o rapaz despreza os estudos e já declarou que nunca leu um livro inteiro. Ele não esconde que adora brinquedos de luxo e já atropelou e matou um ciclista ao volante de sua Mercedes. Quando quer se divertir ou consumir, gasta dinheiro como se fosse infinito.

O InfoMoney conversou com dois educadores financeiros, Laerte de Oliveira (Nota 10 Consultoria) e o professor Elisson de Andrade, que listaram algumas atitudes do rapaz que não deveriam ser imitadas por ninguém que quer construir um patrimônio pessoal sólido:

1. Desprezar os estudos: Thor Batista já afirmou jamais ter lido um livro completo, terminou o ensino médio por meio de supletivo e trancou o curso universitário de administração no Ibmec ainda no primeiro ano por considerá-lo pesado demais. Mas além de ser um rito imposto pela sociedade, o estudo é uma das formas mais seguras de progredir profissional e financeiramente. “O que não podemos esquecer é que o estudo é a busca do conhecimento com base nas experiências de outras pessoas, fazendo com que tenhamos um crescimento intelectual e a ampliação de horizontes na busca de novos objetivos”, explica Oliveira.

2. Realizar gastos exorbitantes: Nos últimos anos, Thor Batista tem dado seguidas mostras de não ter noção do valor do dinheiro. Em entrevista a VEJA RIO concedida no ano passado, o jovem chegou a se gabar por “só” gastar no máximo R$ 6 mil por balada enquanto alguns de seus conhecidos torrariam R$ 60 mil em uma única noitada. Extremamente vaidoso, Thor também costuma comprar roupas de grife no exterior ou adquirir peças da Armani em um shopping do Rio. Em cada visita à loja, o rapaz gasta entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

Segundo educadores financeiros, ele ainda não aprendeu que é sempre importante buscar tirar o máximo proveito do dinheiro, não importa a quantidade de recursos que hoje esteja disponível na conta bancário. O dinheiro também pode ser usado para o bem dos outros. Somente dessa maneira será possível garantir um futuro promissor e ser admirado pela sociedade.

3. Consumir desenfreadamente: Quando quer pegar uma balada em São Paulo, Thor costuma usar um dos jatinhos do pai. Já para chegar a Angra dos Reis, geralmente costuma usar um helicóptero. O rapaz ainda é dono de um Aston Martin de R$ 1,3 milhão. Não há mal nenhum em nascer rico e em ter dinheiro. Mas, para Elisson de Andrade, gastos extravagantes são mais comuns entre pessoas que não precisaram trabalhar para ganhar dinheiro nem sabem como pode ser difícil acumular patrimônio. Começar a trabalhar na empresa do pai como trainee ou mesmo em algum cargo apenas gerencial poderia ajudar a ensinar ao rapaz o valor do dinheiro.

4. Agir como se estivesse acima da lei: No começo deste ano, o filho de Eike Batista atropelou e matou um ciclista em uma rodovia do Rio de Janeiro. Segundo o laudo pericial, o jovem dirigia a Mercedes-Benz SLR a 135 km/h em um trecho com velocidade máxima permitida de 110 km/h. O rapaz responde a processo por homicídio culposo em liberdade. Mas já que tem um padrão de vida dos sonhos de milhões de brasileiros, Thor não deveria correr o risco de colocar tudo a perder.

5. Tratar dinheiro como algo infinito: Mesmo a pessoa mais rica do mundo deve entender que o dinheiro um dia acaba. As empresas de Eike Batista já chegaram a valer o dobro das atuais cotações em bolsa. Não que a herança de Thor esteja em jogo. Mas verdadeiros homens de negócios precisam entender que a economia é cíclica. Os preços de commodities como petróleo e minério de ferro têm variado muito nas últimas décadas e continuarão oscilando – o que sempre terá impactos em companhias como a MMX e a OGX. Não é porque sua empresa ou sua carreira estão deslanchando que não é preciso ser prudente e reservar um pouco dinheiro para tempos de vacas magras. Quem quer formar um patrimônio financeiro que garanta tranquilidade deve sempre gastar menos do que ganha, ensina Andrade.

Postado no blog Terra Brasilis em 21/09/2012

As lições de O Palhaço



André Giusti

Duas coisas me chamam a atenção na indicação do filme O Palhaço como o representante brasileiro na disputa pelo Oscar.

A primeira é a convicção de que cinema bom não precisa ser, necessariamente, apenas aquele que denuncia mazelas, pobreza e injustiça, e que tantas vezes trata isso de forma muito mais sensacionalista do que como missão social. Não precisa ser só aquele cinema que, pretensamente, pretende discutir a condição humana, deixando-nos, ao cabo do filme, sem esperança na vida e no mundo.

Esse cinema é necessário, mas não é o único que pode ser bom e ser premiado.

Também pode ser bom aquele que nos deixa leve, que faz rir e chorar de alegria alternadamente, quando não ao mesmo tempo. Pode ser aquele cinema que nos dê vontade de amar e viver, e que desse modo vá até além: inocule em nós a vontade de mudar a própria vida.

Num segundo momento, O Palhaço parece nos aconselhar a seguir na contra mão do pensamento de hoje. Por isso é programa obrigatório para quem trabalha com recursos humanos, formação de líderes, orientação vocacional e atividades afins.

Usando a magia do circo como ferramenta, estala os dedos em frente aos nossos olhos nos mostrando que estamos nos matando mais e mais a cada dia ao buscarmos ser não o que somos e o que queremos, mas o que a sociedade e sua exigência por imagem e posição determina que sejamos.

Quem entender o filme, certamente ainda poderá ser salvo.

Que venha o Oscar! Será merecido.

Postado no blog Brasil 247 em 21/09/2012
Imagem inserida por mim

É preciso gritar...



Lili Abreu

Por falta de um grito, perde-se a boiada. É um ditado popular que se aplica perfeitamente aos fatos que temos vivenciado desde que começou o julgamento da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”, alguém precisa gritar e nós não nos calaremos.

É um festival de horrores constitucionais, de fazer arrepiar até o mais careca dos operadores do direito, o que temos assistido. Fica no ar uma questão primordial para a segurança das instituições democráticas: um ministro relator pode pautar seu relatório ao sabor das questões partidárias? É o que está acontecendo com o ministro Joaquim Barbosa, que resolveu e disse à imprensa, que vai julgar o José Dirceu somente na semana das eleições municipais.

Onde estamos? Num tribunal de exceção? O ministro relator é um rei totalitário? Alguém precisa avisar o “nobre” ministro que não estamos mais na idade média e nem vivemos na monarquia, estamos num país que tem por preciosa  a democracia conquista a duras penas, inclusive pelo “réu” José Dirceu.

Respeito é bom e eu gosto, outro dito popular valiosíssimo a ser aplicado aos destemperos, trejeitos, caras e bocas do relator-rei.

Ministro, não faça do plenário do Supremo uma linha auxiliar de seus instintos mais primitivos, respeite quem tem história neste país e jamais se curvou a totalitários como Vossa Excelência.


Postado no blog Justiceira de Esquerda em 21/09/2012

Estressar pra que ?!




Veja como os Florais da Austrália agem na saúde como poderosos catalizadores de autocura




Vanessa Moura 


As essências australianas são consideradas catalisadoras poderosas de autocura. Os aborígines australianos utilizavam a flor como remédio, ingerindo sua essência potencializada pelo sol em forma de orvalho, e a comiam inteira.

Desenvolvidos em 1986 por Ian White, terapeuta e professor de Naturopatia, os Florais da Austrália – também conhecidos como Florais de Bush – são um sistema constituído de 60 essências individuais e combinadas, que alia psicologia com terapias naturais. Desde criança, Ian White acompanhava sua avó na colheita de ervas medicinais nas matas australianas, pois ela conhecia muito bem as propriedades das plantas – tanto ela quanto sua tataravó eram herboristas, e seu pai, farmacêutico que prescrevia ervas medicinais.

Confira as principais essências do sistema floral australiano


Banksia Robur
Nome científico: Banksia robur
Indicação: para pessoas que normalmente se sentem seguras e confiantes, mas que, momentaneamente, ficam desanimadas, frustradas e cansadas, sem energia e disposição para realizar as tarefas do dia-a-dia.

Bauhinia
Nome científico: Lusiphyllum cunninghamii
Indicação: para pessoas que têm medo de se abrir para o novo, que custam a se adaptar a novas situações. A essência ajuda o indivíduo a ser mais flexível e a estar mais disposto a considerar outros pontos de vistas.

Billy Goat Plum
Nome científico: Planchonia careya
Indicação: essa essência deve ser usada sempre que a pessoa tiver sensação de desprezo por si mesmo, auto-rejeição. Auxilia na descoberta do prazer sexual, sobretudo para os que têm dificuldade em aceitar o seu próprio corpo.

Black-eyed Susan
Nome científico: Tetratheca ericifolia
Indicação: para as pessoas que acumulam muitas atividades ao mesmo tempo, são muito rápidas e se irritam com o ritmo mais lento dos outros. Essa essência desacelera a pessoa e alivia o estresse.

Bluebell
Nome científico: Wahlenbergia species
Indicação: para as pessoas que sofrem por temerem a escassez, tornando-se indivíduos fechados emocionalmente, gananciosos, avarentos e egoístas. A essência ajuda a pessoa a abrir o coração e a se doar mais para os outros.

Boronia
Nome científico: Boronia ledifolia
Indicação: para pessoas que têm pensamentos obsessivos. Traz a paz e ajuda a aquietar a mente.

Bottlebrush
Nome científico: Callistemon linearis
Indicação: para pessoas que estão presas ao passado e têm de dificuldade de enfrentar o novo. O problema normalmente se acentua quando surgem situações que exigem mudança brusca, como a adolescência, o rompimento de uma relação, a menopausa e a chegada da velhice.

Bush Fuchsia
Nome científico: Epacris longiflora
Indicação: para pessoas com dificuldades de aprendizagem. Favorece a atenção, a concentração e a capacidade de verbalizar com mais clareza suas idéias.

Bush Gardenia
Nome científico: Gardenia megasperma
Indicação: essência indicada para reativar o interesse afetivo e os laços familiares. Atua como um facilitador da comunicação e comunhão dos pais com os filhos.

Bush Iris
Nome científico: Patersonia longifolia
Indicação: para pessoas materialistas e que têm medo da morte. Potencializa a capacidade de meditação e de desenvolvimento espiritual.

Crowea
Nome científico: Crowea saligna
Indicação: para pessoas estressadas, que estão sempre preocupadas com alguma coisa. Acalma e traz sensação de alívio e bem-estar.

Dagger Hakea
Nome científico: Hakea teretifolia
Indicação: ajuda a pessoa a se livrar de ressentimentos, mágoas e raiva dirigidos àqueles que estão próximos, como marido, filhos, pais e irmãos.

Dog Rose
Nome científico: Bauera rubioides
Indicação: trata as pessoas apreensivas e inseguras, que têm medos comuns, tais como medo de altura, de elevador, de avião, de dirigir. Auxilia a enfrentar a vida com coragem e otimismo.

Five Corners
Nome científico: Styphelia triflora
Indicação: indicado para quem tem baixa auto-estima e apresenta dificuldade em se aceitar fisicamente. São pessoas tímidas, retraídas e quietas demais. Essa essência ajuda a pessoa a sentir-se mais segura e confiante.

Flannel Flower
Nome científico: Actinotus helianthi
Indicação: para pessoas que se sentem mal com a proximidade física de outras pessoas, evitando o toque e o contato. Esses indivíduos sentem-se invadidos sempre que alguém se aproxima. A essência ajuda a desenvolver a sensibilidade e suavidade no homem.

Fringed Violet
Nome científico: Thysanotus tuberosus
Indicação: para as pessoas que sofreram traumas físicos ou emocionais. Favorece a reconstituição da alma.

Grey Spider Flower
Nome científico: Thysanotus tuberosus
Indicação: ara o medo extremo, o desespero, o pânico. Ajuda a recuperar o equilíbrio interior com fé, coragem, calma e serenidade.

Hibbertia
Nome científico: Hibbertia pendunculata
Indicação: para pessoas dogmáticas, que acreditam somente nos valores morais, éticos e intelectuais que conhecem, fechando-se para novos questionamentos.

Illawara Flame Tree
Nome científico: Brachychiton acerifolius
Indicação: para pessoas que se sentem rejeitadas, excluídas e que têm medo da responsabilidade.

Isopogon
Nome científico: Isopogon anethifolius
Indicação: para as pessoas que estão com a memória “fraca”, seja pela idade ou por alguma doença que a afete.

Jacaranda
Nome científico: Jacaranda mimosaefolia
Indicação: indicado para pessoas dispersas e muito agitadas. Auxilia aqueles que dificilmente concluem os projetos que iniciaram.

Kangaroo Paw
Nome científico: Anigozanthos manglesii
Indicação: ajuda quem é muito centrado em si mesmo a se tornar mais sensível às causas alheias.

Kopok Bush
Nome científico: Cochlospermum fraseri
Indicação: para os que tendem a desistir perante os obstáculos da vida. Dificilmente reagem e se animam a lutar por seus objetivos.

Little Flannel Flower
Nome científico: Actinotus minor
Indicação: ajuda a resgatar a energia infantil, transformando as pessoas mais duras e sérias em indivíduos mais leves e felizes.

Macrocarpa
Nome científico: Eucalyptus macrocarpa
Indicação: trata a exaustão, principalmente em pessoas que estão com baixa imunidade e com pouca energia.

Mountain Devil
Nome científico: Lambertia formosa
Indicação: para pessoas que possuem sentimentos negativos como ódio, raiva, rancor ou tristeza. Traz vibrações do amor fraterno e do perdão.

Mulla Mulla
Nome científico: Ptilotus atripicifolius
Indicação: essa essência está diretamente ligada às palavras fogo e calor. Deve ser usada sempre que a pessoa sofrer queimaduras e, por isso, guardar algum trauma.

Old Man Banksia
Nome científico: Banksia serrata
Indicação: para pessoas que se sentem desanimadas, cansadas e com falta de vitalidade. Promove energia e alivia o estresse.

Paw Paw
Nome científico: Carica papaya
Indicação: fortalece a intuição e ajuda aqueles que buscam respostas para os problemas. É ideal para quem se sente sobrecarregado e está sentindo dificuldades em assimilar novas idéias e informações.

Peach-flowered Tea-tree
Nome científico: Leptospermum squarrosum
Indicação: para as pessoas desinteressadas e desanimadas. Dificilmente concretizam seus objetivos e projetos, pois desistem antes.

Philotheca
Nome científico: Philotheca salsolifolia
Indicação: para as pessoas generosas, mas que sentem dificuldade em apresentar suas próprias idéias.

Red Grevillea
Nome científico: Grevillea speciosa
Indicação: auxilia quem se sente estagnado e precisa resolver situações desfavoráveis.

Red Helmet Orchid
Nome científico: Corybas dilatus 
Indicação: ajuda aqueles que encontram dificuldades em lidar com autoridade. É indicado para as crianças muito rebeldes.

Red Lily
Nome científico: Nelumbo nucifera
Indicação: para as pessoas que fogem da realidade e vivem no mundo da fantasia. Geralmente são muito distraídas e possuem dificuldade em se concentrar.

She Oak
Nome científico: Casuarina glauca
Indicação: essência feminina. Trata os desbloqueios emocionais e os desequilíbrios hormonais que podem impedir as mulheres de engravidar.


Silver Princess 
Nome científico: Eucalyptus caesia 
Indicação: para as pessoas que não encontraram sua vocação e, por isso, se sentem perdidas e sem esperança.

Slender Rice Flower
Nome científico: Pimelea linifolia 
Indicação: é a essência indicada para as pessoas que são racistas, preconceituosas e que se sentem superiores aos outros.

Southrn Cross
Nome científico: Southern cross
Indicação: para as pessoas que assumem o papel de vítima e tornam-se queixosas, amargas e ressentidas. Sempre culpam os outros pelo que acontece e se sentem injustiçadas.

Spinifex 
Nome científico: Triodia species 
Indicação: floral de uso externo, indicado para o tratamento de lesões, como herpes e lesões cutâneas. 

Sturt Desert Pea 
Nome científico: Clianthus formosus 
Indicação: para solucionar sentimentos fortes de mágoa, rancor, tristeza e outras feridas do coração. Liberta a pessoa de sentimentos e lembranças ruins. 

Sundew 
Nome científico: Drosera spathulata 
Indicação: para pessoas indecisas, que se dispersam facilmente. Ajuda a encontrar o foco e a viver o momento presente. 

Sunshine Wattle 
Nome científico: Acacia terminalis 
Indicação: auxilia os que vivem presos aos sentimentos negativos do passado, sendo muito pessimistas. Fortalece o otimismo. 

Tall Yellow Top 
Nome científico: Senecio magnificus 
Indicação: trata as pessoas que são muito alienadas e solitárias. Faz que elas aceitem a si mesmas e aos outros. 

Turkey Bush 
Nome científico: Calytrix exstipulata 
Indicação: ajuda na superação de bloqueios que inibem a criação. Indicado para escritores, pintores e músicos que estejam sem inspiração. 

Warath 
Nome científico: Telopea speciosissima 
Indicação: utilizado em momentos de desespero, em que a pessoa não vê mais saída para o seu problema. Traz fé, força e perseverança para contornar os obstáculos. 

Wedding Bush 
Nome científico: Ricinocarpus pinifolius 
Indicação: para quem tem dificuldade em manter um compromisso, seja um casamento ou um projeto de vida. Ajuda a pessoa a assumir suas responsabilidades e seguir um objetivo. 

Wild Potato Bush 
Nome científico: Solanum quadriloculatum 
Indicação: para as pessoas que se sentem limitadas ou frustradas por causa de um problema físico. Indicado para paraplégicos que se frustram com seus limites de movimentos corporais. 

Wisteria 
Nome científico: Wisteria sinensis 
Indicação: essência que auxilia a mulher a encontrar satisfação no sexo, diminuindo a ansiedade e a tensão. Ajuda a superar a frigidez. 

Yellow Cowslip Orchid 
Nome científico: Caladenia flava 
Indicação: para as pessoas que se consideram críticas demais e passam todo o tempo julgando os outros, quase sempre negativamente. Ajuda a aceitar, de mente e coração abertos, as pessoas, as coisas e as situações do modo como são. 



Postado no blog Uma Mulher em 10/092012


Tire suas dúvidas consultando o Site http://www.essenciasflorais.com.br/





Mensalão, Joaquim Barbosa, Lula, FHC prioridades e preferências




Davis Sena Filho *



O futuro presidente do STF, juiz Joaquim Barbosa, vai assumir o cargo em novembro quando o mandatário atual, juiz Carlos Ayres Britto, vai se aposentar. Acontece que o condestável juiz, que recentemente afirmou que não dá satisfações a ninguém, é o relator do processo do mensalão do PSDB e já avisou que não vai levar o caso a ser resolvido para o gabinete da presidência da instituição. Todavia, o juiz que assume a Corte pode levar os processos que estão sob sua responsabilidade para relatar, conquanto que estejam prontos para iniciarem o julgamento e às votações dos 11 juízes do Supremo. Quem será, então, o responsável pela relatoria do mensalão dos tucanos cuja figura central é o ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo? De acordo com um magistrado do STF, o juiz (ou juíza) que assumir a relatoria será o nomeado pela presidenta Dilma Rousseff, logo após a aposentadoria de Ayres Britto.


Entretanto, o magistrado disse o seguinte: “o mensalão tucano está longe disso”, ou seja, ainda não se sabe quando tal escândalo do PSDB será julgado, apesar de esse caso escabroso ter sido o primeiro dos mensalões ocorrido na década de 1990, e que está, neste momento, engavetado em alguma repartição do STF, da PGR do procurador Roberto Gurgel e escondido e proibido de ser manchete na imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), porque a PGR e a imprensa formam, juntamente como alguns juízes do STF uma frente de oposição aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. Realmente, a eleição de São Paulo mexe muito com a cabeça e arma os espíritos dos conservadores.

Falo isto sempre, o que já considero um mantra. Mas fazer o quê? Paciência. E por quê? Porque tem de ficar claro às pessoas que existe no Brasil um movimento orquestrado pela direita midiática aliada à direita partidária (PSDB e o pequeno DEMo) e às instituições do Judiciário, como o STF e a PGR, que historicamente no Brasil grande parte de seus membros tem sua origem na burguesia, nas oligarquias, e, quando não a tem, seus valores ideológicos são conservadores, e, consequentemente, contrários às mudanças e às reformas estabelecidas e efetivadas pelos governantes trabalhistas



Esses fatos não são novos e não são novidades. Aconteceram as mesmas coisas, as mesmas tentativas e concretizações de golpes de estado contra os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Não esqueçamos que temos uma elite das mais cruéis do mundo. Eu a considero a pior de todas as elites econômicas do planeta. Elas são simplesmente selvagens. Golpeiam e rasgam as constituições e apoiam golpes, como os que ocorreram recentemente no Paraguai e em Honduras.

Ressalto ainda que tais “elites” tem ainda o apoio de parte significativa da classe média, que é rancorosa, ressentida e alienada, pois não percebe que igualar as pessoas dentro de um contexto sensato, realista e possível gera estabilidade social, pois dessa forma se diminui a violência, o desemprego e se aumenta as oportunidades de emprego e de acesso ao ensino, inclusive o superior. Parte da classe média reacionária é simplesmente burra, pois não percebe que quando todos ganham e tem oportunidades se constrói com mais facilidade uma sociedade humana, livre, democrática e principalmente justa.

Por sua vez, volto à tona, e afirmo: o “mensalão” do PT não é um julgamento apenas jurídico. Ele é político e de tendência golpista, pois usado pela imprensa de negócios privados como uma ferramenta, uma arma de combate ao PT, que é a trilha para desestabilizar o Governo Dilma e, consequentemente, desconstruir a figura de Lula, político de grandeza internacional, socialista e trabalhista, que não foi, de forma alguma, cooptado pela direita nacional e internacional, não traiu seus princípios políticos e ideológicos, não abraçou os dogmas do Consenso de Washington de 1989, que implementou, durante duas décadas, o sistema de exploração global mais cruel de todos as eras conhecido como neoliberalismo, que foi, de forma definitiva e retumbante, derrotado pelo seu próprio fracasso.



Este é o verdadeiro motivo para a direita desconstruir Lula

Lula não foi cooptado como o foi o fracassado FHC, aquele do apagão energético, do afundamento da maior plataforma de exploração de petróleo do mundo — a P-36, da compra de votos da sua reeleição, dos correligionários que criaram os mensalões do DEM e do PSDB, da doação do patrimônio público brasileiro, conhecida também como Privataria Tucana e da ida ao FMI por três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque o Brasil administrado pelo FHC, o Neoliberal, quebrou três vezes. O sociólogo que não conhece o povo brasileiro e sua equipe governamental são geniais, não são?

Contudo, os tucanos tem dois fatores importantes ao seu lado: a imprensa e os homens de toga filhos das oligarquias. E se não fossem eles, tal gente não teria condições de concorrer quaisquer eleições majoritárias. Lula sai do poder com 94% de aprovação popular, e quem quer governar são togados nomeados e barões de imprensa golpistas que pensam que falam pela totalidade do povo brasileiro. Durma-se com um barulho desses. Todos os mensalões tem de ser julgados tão rápidos como o do PT e de preferência, como ocorre no momento, em ano eleitoral. A Justiça é para todos. E o Judiciário é de todos. Quem vai chamar o procurador Roberto Gurgel às falas? Boa sorte em novembro, senhor J. Barbosa, apesar de suas prioridades e preferências. É isso aí.

* Davis Sena Filho é jornalista

Postado no blog Contraponto em 19/009/2012
Trechos grifados por mim