O desafio de conversar com um fascista




Rubens Casara 


Em Adorno, a ignorância, a ausência de reflexão, a identificação de inimigos imaginários, a transformação dos acusadores em julgadores (e vice-versa) e a manipulação do discurso religioso são, dentre outros sintomas, apontados como típicos do pensamento autoritário.

Pensem, agora, na naturalização com que direitos fundamentais são afastados e violados no Brasil, na crença no uso da força (e do sistema penal) para resolver os mais variados problemas sociais, na demonização de um partido político (que, apesar de vários erros, e ao contrário de outros partidos apontados como “democráticos”, não aderiu aos projetos a seguir descritos), no prestígio novamente atribuído aos “juízes-inquisidores”, nos recentes linchamentos (inclusive virtuais), no número tanto de pessoas mortas por ação da polícia quanto de policiais mortos e nos projetos legislativos que:

a) relativizam a presunção de inocência; 

b) ampliam as hipóteses de “prisão em flagrante” em evidente violação aos limites semânticos da palavra “flagrante” inscrita no texto Constitucional como limite ao exercício do poder; 

c) criminalizam os movimentos sociais com a desculpa de prevenir “atos de terrorismo”; 

d) impedem o fornecimento de “pílulas do dia seguinte” para profilaxia de gravidez decorrente de violência sexual e criminalizam médicos que dão informações para mulheres vítimas de violência sexual;

e) eliminam o princípio constitucional da gratuidade na educação pública, dentre outras aberrações jurídicas.

Conclusão? Avança-se na escala do fascismo.

O fascismo recebeu seu nome na Itália, mas Mussolini nunca esteve sozinho. Diversos movimentos semelhantes surgiram no pós-guerra com a mesma receita que unia voluntarismo, pouca reflexão e violência contra seus inimigos. 

Hoje, parece que há consenso de que existe(m) fascismo(s) para além do fenômeno italiano ou, ainda, que o fascismo é um amálgama de significantes, um “patrimônio” de teorias, valores, princípios, estratégias e práticas à disposição dos governantes ou de lideranças de ocasião (que podem, por exemplo, ser fabricadas pelos detentores do poder político ou econômico, em especial através dos meios de comunicação de massa), que disseminam o ódio contra o que existe para conquistar o poder e/ou impor suas concepções de mundo.

O fascismo possui inegavelmente uma ideologia: uma ideologia de negação. Nega-se tudo (as diferenças, as qualidades dos opositores, as conquistas históricas, a luta de classes, etc.), principalmente, o conhecimento e, em consequência, o diálogo capaz de superar a ausência de saber.

Os fascistas, como já foi dito, talvez não saibam o que querem, mas sabem bem o que não suportam. Não suportam a democracia, entendida como concretização dos direitos fundamentais de todos, como processo de educação para a liberdade e de limites ao exercício do poder.

Essa mistura de pouca reflexão (o fascismo, nesse particular, aproxima-se dos fundamentalismos, ambos marcados pela ode à ignorância) e recurso à força (como resposta preferencial para os mais variados problemas sociais) produz reflexos em toda a sociedade.

As práticas fascistas revelam uma desconfiança. O fascista desconfia do conhecimento, tem ódio de quem demonstra saber algo que afronte ou se revele capaz de abalar suas crenças.

Ignorância e confusão pautam sua postura na sociedade. O recurso a crenças irracionais ou anti-racionais, a criação de inimigos imaginários (a transformação do “diferente” em inimigo), a confusão entre acusação e julgamento (o acusador – aquele indivíduo que aponta o dedo e atribui responsabilidade – que se transforma em juiz e o juiz que se torna acusador – o inquisidor pós-moderno) são sintomas do fascismo que poderiam ser superados se o sujeito estivesse aberto ao saber, ao diálogo que revela diversos saberes.

Diante dos riscos do fascismo, o desafio é confrontar o fascista com aquilo que para ele é insuportável: o outro. O instrumento? O diálogo, na melhor tradição filosófica atribuída a Sócrates.

Talvez esse seja o objetivo do diálogo proposto pela filósofa Marcia Tiburi em seu novo livro, que tive o prazer de apresentar (o prefácio é do sempre excelente Jean Wyllys).

Em “Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro” (Rio de janeiro: Record, 2015), a autora resgata a política como experiência de linguagem, sempre presente na vida em comum, e investe nessa operação, que exige o encontro entre o “eu” e o “tu”, apresentada como fundamental à construção democrática.

De fato, a qualidade e a própria existência da forma democrática dependem da abertura ao diálogo, da construção de diálogos genuínos – que não se confundem com monólogos travestidos de diálogos – em que a individualidade e os interesses de cada pessoa não inviabilizam a construção de um projeto comum, de uma comunidade fundada na reciprocidade e no respeito à alteridade.

Ao tratar da personalidade autoritária, dos micro-fascismos do dia-a-dia, do consumismo da linguagem, da transformação de pessoas em objetos, da plastificação das relações, da idiotização de parcela da população, dentre outros fenômenos perceptíveis na sociedade brasileira, Marcia Tiburi sugere uma mudança de atitude do um-para-com-o-outro.

Nos diversos ensaios deste livro, a autora conduz o leitor para um processo de reflexão e descoberta dos valores democráticos, bem como desvela as contradições, os preconceitos e as práticas que caracterizam os movimentos autoritários em plena democracia formal.

Mas, não é só.

Ao propor que a experiência dialógica alcance também os fascistas, aqueles que se recusam a perceber e aceitar o outro em sua totalidade, Marcia Tiburi exerce a arte de resistir.

Dialogar com um fascista, e sobre o fascismo, forçar uma relação com um sujeito incapaz de suportar a diferença inerente ao diálogo, é um ato de resistência. Confrontar o fascista, desvelar sua ignorância, fornecer informação/conhecimento, levar esse interlocutor à contradição, desconstruindo suas certezas, forçando-o a admitir que seu conhecimento é limitado, fazem parte do empreendimento ético-político da autora, que faz neste livro uma aposta na potência do diálogo e na difusão do conhecimento como antídoto à tradição autoritária que condiciona o pensamento e a ação em terra brasilis.

O leitor, ao final, perceberá que não só o objetivo foi alcançado como também que a autora nos brindou com um texto delicioso, original, profundo sem ser pretensioso. Mais do que recomendada a leitura.


Rubens Casara é Doutor em Direito, Mestre em Ciências Penais, Juiz de Direito do TJ/RJ, Coordenador de Processo Penal da EMERJ e escreve a Coluna ContraCorrentes, aos sábados, com Giane Alvares, Marcelo Semer, Marcio Sotelo Felippe e Patrick Mariano.



Postado no Pragmatismo Político em 05/02/2016


Lula é só mais um líder popular massacrado pela direita de sempre




Eduardo Guimarães 

É ocioso lembrar quantos grandes líderes políticos já foram massacrados por essa mesma direita que está aí hoje a bombardear Lula de forma mecânica, metódica, planejada e executada com o timing e a sincronia de um balé bizarro.

Getúlio, Juscelino e Jango que o digam.

Todas essas investidas de grandes grupos corporativos de imprensa, de setores do Judiciário, das polícias militarizadas ou não contra líderes populares marcaram o século XX no Brasil e, agora, preparam-se para marcar, pela primeira vez, o século XXI.

Não passou da segunda década deste século a volta de um golpismo no país cujos efeitos foram sentidos por aqui durante mais da metade do século passado, inclusive no seu estertor.

Este, pois, é um país de tradição golpista – o que não chega a ser uma grande novidade, não é mesmo?

Enfim, Brasil, és um país que, de repente, tropeçaste, endoidaste e perdeste o rumo. E, nesse processo de hipnose coletiva que lembra um daqueles filmes de zumbis em que hordas de seres furiosos saem pelas ruas extravasando seus piores demônios por atos e palavras, irás marcar a segunda década do século XXI com o estigma do retrocesso político, social, cultural, econômico, democrático e institucional.

A história da humanidade é escrita sob a confrontação entre versões e fatos, ainda que alguns tentem dar conotações a esses fatos que não se amparam em razões concretas, passíveis de demonstração.

Todavia, é possível registrar a história com clareza neste tempos de inclusão digital, de um quase apogeu da comunicação e dos meios de armazenamento de todo e qualquer tipo de detalhe sobre qualquer período e qualquer episódio.

Ao longo das últimas duas décadas, cada capítulo da história humana pôde ser registrado de uma forma que jamais fora possível em mais de cinco mil anos de história da civilização. Somos uma sociedade que, no futuro, poderá ser visitada em detalhes ao clicar de um botão.

Não existe nenhuma dúvida de que será possível comprovar como o que fizeram contra Luiz Inácio Lula da Silva nada mais foi do que o mesmo que fizeram contra outros grandes líderes políticos que conseguiram resgatar por algum tempo o orgulho de ser brasileiro, um sentimento que jamais interessou à burguesia local, que sabe como a falta de um espírito coletivo fragiliza comunidades exploradas por interesses isolados.

Você pode olhar o linchamento público de Lula como mais uma derrota da eterna e injusta luta pela igualdade entre os brasileiros, em que uma maioria imensa, esfacelada e desmoralizada praticamente se entrega nas mãos de uma microscópica minoria determinada e abastada. Ou pode olhar o surgimento de Lula como mais um passo nessa luta.

Sim, conseguiram combalir Lula politicamente, ao menos por enquanto. Mas nunca outro líder popular conseguiu aumentar tanto os direitos e as expectativas dos brasileiros.

Ou será que a direita acha que, após voltar ao poder, este povo se conformará em ter menos do que teve durante os melhores anos da era Lula?

Esqueça, baby. As expectativas se inflacionaram. O brasileiro, após Lula, quer mais. E exigirá mais. Podem vir com todo papo neoliberal sobre ser inevitável todo mundo se f… que não adiantará nada. A população vai explodir, se tentarem obrigá-la a aceitar retrocessos.

E na Justiça? E no império da Lei? A era Lula (que compreende Dilma) deixará um marco. Muitos podem achar que a história não registrará que gente graúda só começou a responder por seus atos após Lula chegar ao poder, mas é uma expectativa vã.

Esse será um importante capítulo da história brasileira.

Enfim, homens passam, mas a história fica. É eterna, e ensinará que a impunidade diminuiu de forma inédita neste período histórico enquanto tantos alcançaram um nível muito melhor de desenvolvimento humano.

Lula poderá ser, ou não, mais um martirizado pela direita, que talvez, como outros, só venha a ser reconhecido no futuro, como JK, Getúlio e, em boa medida, como o próprio Jango. Mas pode ser que não aconteça.

Lula pode se recuperar do golpe. Não é porque outros líderes como ele não se recuperaram do massacre conservador que isso nunca ocorrerá.

Mas é o de menos. Após os golpes anteriores da elite para retardar o progresso social da nação, a sociedade acabou recobrando o juízo e levando líderes progressistas ao poder por períodos cada vez mais longos, quando obtiveram progressos cada vez mais intensos.

O Brasil achará seu rumo. E tudo que está acontecendo servirá para ensinar lições às gerações futuras. Lições que poderão surpreender a todos os que hoje acham que ganharam ou perderam, pois ninguém nunca ganha ou perde nada definitivamente, haja vista que a história certamente não tem um fim possível de ser previsto.

A história começa a ser escrita hoje, neste minuto em que você lê estas palavras. Todo o resto virou passado. Até a frase que você acaba de ler.


Postado no Brasil 247 em 05/02/2016


Ex-presidente da Associação de Delegados da PF diz que há “ guerra ao PT ”





Fernando Brito

Eu não acho que exista um combate à corrupção, existe uma guerra declarada ao Partido dos Trabalhadores”
Quem diz a frase, dita com a ressalva de que “não sou PT” e “não gosto de muita coisa no PT” é o delegado aposentado Armando Coelho Neto, ex-presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal.

A entrevista, ao veterano colega Humberto Mesquita (ex-Realidade, Tupi e SBT), é impressionante, porque é dada por quem não apenas conhece a corporação como porque historia fatos. E que evita, por consciência do que deve ser o comportamento de uma autoridade policial, evita qualquer afirmação leviana contra qualquer pessoa.

Um deles é a descrição de como se tomou o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: com absoluta discrição e sem qualquer tipo de constrangimento, como deve ser a colaboração com a apuração de crimes.

Outro, a denúncia sobre o desvirtuamento da Operação Zelotes, que apura sonegação – e, portanto, desvio de dinheiro público – em volume maior do que a Lava Jato e foi transformada em “Operação Filho do Lula”, por uma suspeita que, além de frágil, é absolutamente lateral ao cerne do que se fez: formar-se um esquema de quadrilha dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

O delegado Armando já havia sido mencionado aqui, por conta de um dos ótimos posts de Marcelo Auler, repórter que conhece a área e que é testemunha do comportamento deste policial.

Que parece mesmo alguém mais preocupado em ser equilibrado do que um leviano e exibido.






Postado no Tijolaço em 04/02/2016

Este curta o ajudará a pensar se você é feliz com o que faz


Você é feliz com o que faz?

Gema Coelho

Você é feliz com o que está fazendo neste momento? Pense. Pode ser que você esteja se dedicando a um trabalho do qual não goste, que esteja acompanhado da pessoa errada, ou mesmo que não esteja aproveitando todas aquelas coisas que você tanto gosta de fazer, colocando como desculpa o fato de que não tem tempo.

Estamos acostumados a viver no automático, carregados de obrigações e responsabilidades sem levarmos em conta nosso bem-estar pessoal, como o protagonista do nosso curta. 

A única coisa que sabemos fazer é nos esquecer de nós mesmos. Nos tornamos invisíveis e nem sequer nos questionamos se estamos onde queremos estar, se estamos fazendo o que queremos fazer, ou se estamos acompanhados da pessoa que desejamos que esteja ao nosso lado.


Pode ser que você tenha se acostumado tanto com sua rotina, o seu dia a dia, que nem sequer pense na possibilidade de mudança. Já tinha pensado nisso? 

O costume pode ser um bom companheiro pela sua tranquilidade, mas também tem a capacidade de nos limitar e impedir nosso crescimento, tanto no trabalho, como no âmbito social ou pessoal.

A diferença entre hábito e paixão

Não é o mesmo se dedicar a alguma coisa pela qual se sente verdadeira vocação e paixão e se dedicar a um trabalho imposto, pelo qual não se sente o menor interesse. 

Não é o mesmo estar com a pessoa que o faz feliz e estar com alguém a quem você se acostumou e com quem a indiferença se instalou. Também não dá na mesma fazer as coisas por fazer e realizá-las porque contribuem com um toque de sabor e de cor na sua vida.

Há uma diferença entre fazer as coisas por hábito e fazê-las por paixão. O hábito está ligado ao automatismo e à inércia; fazemos as coisas sem nos darmos conta. A paixão apóia a vida, vontades, ilusão e cor.

A emoção está na paixão e não no hábito. A felicidade é criar a sua atitude, sua vida e suas oportunidades.

O mundo precisa, urgentemente, de gente que ama o que faz, mas, sobretudo, você precisa fazer coisas que você adora, estar com pessoas que você ama e se dedicar a aquilo que o apaixona. Ser feliz também requer esforços.

Precisamos amar o que fazemos

Você precisa voltar a reluzir esse brilho intenso nos seus olhos, precisa que a emoção e a intensidade voltem para a sua vida. Que a esperança apareça e a ilusão seja sua companhia. Precisa amar seu dia a dia e tudo o que isso envolve. Precisa ser o motor da sua vida e poder dirigi-la para onde você quiser, com as pessoas que gosta e da maneira que achar melhor.


Arriscando-me a parecer utópica, posso dizer que isso é possível. É necessário muita vontade, muita coragem e valentia, e uma grande quantidade de paixão, curiosidade e ilusões. 

As oportunidades não chegam do nada; você deve sair à procura delas, e não me ocorre outra maneira que não seja com muita vontade de mudar e com esforço para lutar pelos seus sonhos.


Os resultados vão chegar, mas com o tempo. Você só tem que decidir querer tomar as rédeas da sua vida e começar a plantar sementes para que pouco a pouco elas deem seus frutos. 

Não digo que será uma tarefa simples, não digo que será uma tarefa sem obstáculos, mas posso afirmar que será uma das coisas mais bonitas e prazerosas que você já realizou na sua vida. O valor de lutar pelo que queremos não tem preço.

Faça o que ama e você será feliz

Pode ser que nestes momentos aconteça com você o mesmo que acontece com o protagonista no início deste curta-metragem, que você esteja cansado e envolvido em uma atmosfera de falta de cuidado e inércia, sendo infeliz e que tenha um sonho na lista de espera, aguardando o momento perfeito para ser cumprido. 

Mas não existe o momento perfeito, você cria o momento perfeito para tornar seus sonhos realidade.

Seja você quem cria a oportunidade na sua vida


Por que não faz como o protagonista deste curta, que cansado de sua situação decide lutar por seu sonho pouco a pouco e consegue no final ser feliz? 

Cansado de trabalhar para uma fábrica de alimentos enlatados, ele decidiu dar uma guinada na sua vida, começando a cozinhar alimentos naturais com o objetivo de cultivar um mundo melhor.

Você também pode fazê-lo, é só procurar aquilo que você ama e sair em busca disso. Com paciência, com esforço, com coragem e valentia, mas, sobretudo, deixando amor em cada passo. 

As pessoas mais felizes com as quais me encontrei foram aquelas que descobriram o que queriam fazer e decidiram sair para procurá-lo.

Dica de App + 10 Motivos para você beber água direitinho : Água 21 App



Juliana Goes

Você anda tomando água direitinho? Sabia que isso interfere demais na sua saúde e até na beleza? Um dos meus apps preferidos do momento, o Água 21, me convidou para falar sobre os inúmeros benefícios do hábito de beber água. Vem ver e você vai se surpreender!

Já fiz um post sobre o Água 21 app aqui no blog, mas dessa vez quero aprofundar um pouco mais o assunto, já que saúde, na minha opinião, deve ser uma prioridade na nossa vida, nos nossos cuidados. 

Você cuida bem de você mesma, de você mesmo? Será que dá atenção o suficiente para atitudes tão simples como beber água? Sim, eu sei que às vezes na correria a gente esquece... mas isso pode e deve mudar.

Um dos pontos curiosos sobre o Água 21 app é o número 21 e tem um significado muito interessante. De acordo com estudiosos, 21 dias é o tempo necessário para você criar um novo hábito. 

Com o app você acompanha diariamente a quantidade de água que está tomando, bate metas e ele te ajuda demais a lembrar de cuidar da sua hidratação.




10 Motivos para você beber água direitinho

1. Pela sua saúde: nosso corpo é constituído em maior parte de água, precisamos dela para o bom funcionamento do organismo, dos órgãos, tecidos e por aí vai.

2. Para evitar a celulite: beber água manda embora toxinas e impurezas, isso ajuda também na melhora da circulação sanguínea.

3. Menos inchaço: pelo mesmo motivo acima, beber água diminui a retenção de liquido causada pelo sódio em excesso, porque faz uma faxina nas toxinas e melhora a circulação.

4. Pelos seus nutrientes: beber água auxilia na absorção dos nutrientes.

5. Pelo bom funcionamento do intestino: a água é uma grande aliada na melhora da prisão de ventre.

6. Ajuda a emagrecer: ajuda no processo de digestão, quando você bebe água 30 minutos antes e entre as refeições. P.S. Evite ingestão de líquidos durante suas refeições.

7. Por uma pele jovem e bonita: a água é super importante para que as fibras de colágeno da pele estejam em bom estado.

8. Pelo seu equilíbrio: beber água regularmente contribui com o bom funcionamento dos órgãos, do sistema imunológico e hormonal.

9. Cabelos e unhas: para ter cabelos e unhas bonitas, é importante estar bem hidratado, lembrando que a água também ajuda na absorção de nutrientes importantes para beleza.

10. Xô rugas: muitas vezes linhas finas e ruguinhas podem ser um sinal de desidratação da pele, então bora tomar água que sua saúde e beleza agradecem!

O Água 21 é um app gratuito, disponível para Iphone e Android e você pode baixar pela AppStore e GooglePlay.

Também tem a versão PRO sem anúncios e custa só 0.99 centavos de dólar. Vale a pena investir na sua saúde, com certeza é um app que te ajuda e muito nisso!

Te vejo no próximo vídeo, acompanhe toda a programação diária do blog por aqui e lembre de se inscrever lá no canal do YouTube também para receber em primeira mão os novos vídeos >> www.youtube.com/user/JulianaGoesOficial



Postado no Juliana Goes



O Lula real e o espectro Lula


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Flavio Aguiar, de Berlim

Dizem os psicanalistas que as nossas fantasias são sempre mais intensas do que a realidade, sobretudo quando são para o pior.

Hoje no Brasil se vê a demonstração desta tese.

A velha mídia, o promotor açodado de S. Paulo, o Supremo Tribunal do Paraná, que às vezes parece mais poderoso do que o STF de Brasília, todos lidam com um espectro que fabricam e ao mesmo tempo são vítimas dele: o espectro Lula, um horrível monstro, pior que Godzilla, Drácula e Darth Vader todos juntos, que suga a seiva do Brasil. 

Bom, é verdade que este monstro suga esta seiva para dar-se ao luxo de navegar em barquinhos de alumínio e descansar (?) em apartamentos que não comprou nem de que desfruta. 

Mas não importa: eles vão em frente, para impressionar a parte crendeira da classe média, aquela propensa a acreditar que estamos mergulhados num mar de lama como nunca houve no país, assim como acredita que PSDB, DEM, o PMDB da direita são mosteiros de probidade, onde Cunha é o Pai, Aécio é o Filho e os juízes e os promotores assanhados são os Espíritos Santos.

O espectro Lula é terrível: imbatível nas urnas, tem que ser abatido nos tapetões do Judiciário, através do “Golpe Paraguaio”, que na verdade deveria ser chamado de “Golpe de Miami”, já que quem inventou isto de substituir os tanques nas ruas pelos juízos `a socapa nos tribunais foi a eleição trucada de Bush Filho na Flórida em 2000.

O espectro Lula ameaça a paz dos cemitérios que a direita brasileira sonha ser o Brasil. Não só a direita brasileira: os porta-vozes da City Londrina e de Wall Street também são assombrados pelo espectro. 

Porque o Brasil é um porão (assim eles o veem) imenso, que, vindo à superfície, vai destruir os alicerces da Casa Grande que é o mundo financeiro internacional e seu primado sobre corações e mentes – não só na América Latina, mas na Europa e no resto do mundo, do Oiapoque ao Vulcão Fuji, de Vladivostok a Ushuaia.

Mas por detrás, ou à frente do espectro Lula, existe um personagem real, chamado Luis Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil e talvez (sei lá, o futuro a Deus pertence) futuro presidente também. 

É um personagem extraordinário, ou seja, uma figura humana como qualquer outra, que pode ter defeitos assim como tem qualidades. Mas que liderou uma das maiores transformações sociais do seu país e do mundo, ao mudar o patamar de vida de mais de sessenta milhões de pessoas em meia América do Sul, transformando sua terra num global player que agora não pode mais ser jogado para baixo do tapete, embora haja gente e mais gente desejosa de que isto acontecesse. Dentro e fora do Brasil.

Prova disto é que enquanto se tramavam as farsas ridículas das acusações sobre o apartamento no Guarujá e o barquinho no sítio em Atibaia, o Prêmio Nobel da Paz Kailash Sathyarthi, reconhecido pelo combate à exploração do trabalho infantil, convidada este Lula, que a caterva crápula do Brasil acha que deve cuspir em cima, para integrar associação mundial contra aquela atividade criminosa, por ser ele uma referencia mundial em matéria de temas e iniciativas sociais.

Prova disto é que sou testemunha do respeito com que Lula é recebido aqui na Alemanha. 

Em dezembro acompanhei-o em sua visita à sede do SPD e depois da Fundação Friedrich Ehbert, em Berlim, quando foi recebido pelo vice-chanceler Sigmar Gabriel e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e por mais uma enorme comitiva de representantes dos partidos social-democratas europeus, além dos jornalistas, com os tapetes vermelhos do reconhecimento e admiração.

A verdade é que o Brasil teve, até o momento, entre muita gente boa, três mandatários fundadores ou refundadores do país e de seu papel no mundo

O primeiro foi D. Pedro II. O pai, Pedro I, deu o brado do Ipiranga, outorgou uma Constituição de cima para baixo, embora os reacionários senhores de terra fossem contra, mas foi só, além de ter um dos casos amorosos mais espetaculares da nossa história política. Já o filho, Pedro II, consolidou o país (e olhem, leitores, que se eu vivesse em 1840, estaria combatendo contra ele, ao lado dos republicanos farroupilhas anti-escravistas, como o Coronel Teixeira Nunes e o General Netto…) e foi dos mandatários nacionais de mais alto reconhecimento internacional. Escorraçado do país pelo golpe republicano, ao morrer, foi declarado por editorial do NY Times ser “o mais republicano dos imperadores”…

O segundo foi Vargas que, como toda a carga autoritária de seu governo, introduziu a legislação trabalhista que nada tem de fascista e muito de positivista e de Bismarck, negociou de igual para igual com Roosevelt, fundou a Petrobras que hoje querem de novo destruir, e deixou a vida para entrar na história, neutralizando com seu sacrifício o golpe de estado contra o povo brasileiro.

O terceiro, para desespero de certo professor de Sociologia, é Lula, o real, não o espectro, que projetou Brasil como liderança do Terceiro Mundo, abriu caminho para a negociação bem sucedida com Irã e liderou esta marcha de ascensão social digna de um filme de Cecil B. de Mille dos anos 50 ou do Spielberg atual. Isto no cinema; Lula, na vida real.

Erros? Sim, afinal, trata-se de um ser humano, não do monstro infalível que os arautos da Casa Grande querem impingir ao povo brasileiro. 

Talvez o principal erro cometido, junto com seu partido, o PT, tenha sido o de imaginar que toda esta gigantesca operação positiva na sociedade brasileira não despertaria ódios nem a aversão por parte de quem não aguenta, no fundo, ter de disputar espaço com o povão das filas de aeroporto, nos vestibulares das universidades, nas escadas rolantes dos shopping centers, ou ter de pagar salário mínimo com carteira assinada para empregada doméstica. Parecia apenas que a “beleza do quadro” da melhoria social seduziria todo mundo.

Muito pelo contrário.

Quem detesta o bonito, feio lhe parece. Tem gente que não suporta a igualdade. Tem gente que prefere matar a conviver. Nos casos extremos, outras gentes. Mas no meio do caminho, também ideias.

Como não há mais estacas nem água benta disponível para conjurar o espectro Lula, o caminho é mesmo o de procurar destruí-lo juridicamente. Fazer o seu impeachment antes mesmo dele assumir qualquer cargo. Como se fosse um exorcismo avant-la-lettre.

Não vai funcionar. É possível enganar todos por algum tempo, alguns o tempo todo, mas não todos o tempo todo. 

O Lula real vai sobreviver a seu espectro fajutado por estas tentativas canhestras de golpe.


Postado no RS Urgente em 02/02/2016


Por que não me " desinformo " lendo jornais ( Zero Hora, O Globo, Folha de São Paulo ), revistas ( Veja, Época ) ou assistindo telejornais ( Jornal Nacional e outros )



Maurício Macri - Direita e Neoliberalismo na Argentina


Militando o ajuste – as insólitas manchetes da grande mídia Macrista

Daniel Oiticica


Acabo de receber um release da Confederação Argentina da Média Empresa. O 1º mês do ano com Mauricio Macri no poder registrou uma queda de 2,3% no consumo varejista argentino na comparação com janeiro de 2015. 

Então é oficial. A desvalorização do peso, junto com outras medidas de Macri, encareceram o custo de vida dos argentinos e reduziram o poder de compra dos salários neste 1º mês de 2016.

E a mídia, sempre tao atenta, crítica e independente? De que forma vem retratando esta nova realidade social da Argentina?

Para quem ainda acreditava nos jornalões, o arrocho da Era Macri está servindo pelo menos para arrancar as máscaras. 

Através da hashtag #militandoelajuste (Militando o ajuste), usuários das redes sociais vão se indignando com a nova (e otimista) linha editorial da mídia “independente” argentina. 

Vejamos alguns exemplos de manchetes que buscam convencer as pessoas de que com menos também é possível ser feliz:

“Dez anos no mesmo trabalho pode ser um fracasso pessoal”

“O picolé começa a tomar impulso”

“Voltar ao ventilador: o melhor aliado para combater o calor e a crise energética”

“O turismo virtual não para de somar milhas”

“Este ano você tem que comer legumes”

“Férias em acampamentos, um clássico que tem seu primeiro campeao”

“Morar em conjugados de menos de 30m², uma tendência que cresce”

É verdade. Nossa experiência com Mauricio Macri está dando suas primeiras lições quando o assunto é o comportamento da mídia. 

Se apoiam um governo, não interessa se ele promove arrocho e está se lixando para o poder de compra das pessoas. 

A estratégia será sempre se esforçar para convencer de que uma vida mais austera também pode fazer você feliz.




entienda-que-estar-desempleado-puede-interpretarse-como-un-triunfo



Postado no Blue Bus em 02/02/2016