MONTANDO SUA PAREDE DE QUADROS | DICAS, ESTILOS, COMPOSIÇÃO
Quer montar uma parede de quadros, repaginar um ambiente e dar nova vida pro seu cantinho? Juntei várias ideias nesse vídeo, sobre como escolher suas artes, as cores, as composições e renovar os ares! Vem comigo, a convite da Urban Arts, se inspirar também!
Vocês sabem que eu adoro criar linhas de raciocínio quando falamos em escolhas e tomada de decisões. Então pra ajudar a gente nessa, vamos a algumas perguntinhas que nos ajudam a otimizar nossa experiência.
Hora da Escolha
Qual é o ambiente? Qual é o estilo dele? Quais são as cores principais? As cores conversam entre si?
Além disso tudo eu acho muito válido você considerar o contexto, além dessas primeiras características que ficam mais a caráter do estilo de arte, da cartela de cores e por aí vai. Os quadros podem ser também uma forma de te lembrar sobre um objetivo, de te trazer uma sensação, um resgate afetivo. Então isso tudo também conta na hora da escolha. Para isso as perguntas seriam:
Qual é a intenção ou emoção que vai transparecer? Qual é a mensagem que desejo transmitir?
Eu penso dessa forma para várias coisas, até para minhas tatuagens rsrs porque acredito que além da estética, o essencial é que exista um significado por trás, isso faz com que nossas escolhas tenham mais sentido e nos representem mais, inclusive a longo prazo.
Aqui vocês vão ver então algumas composições, cada uma com seu contexto, sua mensagem e seu estilo. Todas refletem a mim, a meu trabalho e ao nosso cantinho oficial da Equipe Lindeza, por isso escolhi algumas artes e o Rani e a Livia ajudaram a escolher os outros.
Hora dos Detalhes
Uma vez que você tenha definido suas artes, existem outra escolhas a fazer. Por exemplo, lá no site da Urban Arts, de onde vieram todas essas belezuras. Você tem um acervo de mais de 50 mil opções e além disso, opções de molduras ou se serão produzidos em tela canvas, uma variedade de tamanhos também. Tudo para personalizar ao máximo sua experiência.
Medir o ambiente antes de pensar nos tamanhos ajuda muito. Assim você cria uma ideia bem precisa do que vai funcionar e ficar harmônico. Além disso leve em consideração a disposição que mais de agrada, se vai ser tudo alinhadinho ou se você não liga para simetria, pode explorar uma montagem mais solta, com forma livre.
Hora da Composição
E aí? Simetria ou liberdade? Tá na dúvida, então bora brincar um pouco com essas possibilidades e alguns jeitinhos de se decidir e ter certeza, antes de sair pregando tudo na parede!
Gosto de montar no chão mesmo as possibilidades de composição, há quem faça simulações no computador, mas por aqui não tenho essas habilidades rsrs, vamos de forma manual mesmo!
Se optar por simetria, uma dica é usar régua, trena, lápis e marcar a parede direitinho antes de começar. Uma vez feito isso, vale iniciar pregando o quadro principal ou central. Ele vai te dar referência para os próximos que ficarão ao lado.
Se optar por uma composição livre e assimétrica, você pode considerar agrupá-los sem deixar muito espaço entre um e outro, caso contrário pode ser que pareça que estão perdidos, sabe?! Usando a mesma distância entre todos eles, ajuda a dar harmonia, mesmo sem simetria.
VEJA TODOS OS DETALHES NO VÍDEO
Enfim, são muitas as possibilidades para você deixar sua parede de quadros a sua cara! Cores, estilos, alinhamentos, acabamentos, tudo isso é tão gostoso de elaborar.
A gente adorou esse convite da Urban Arts e quero saber qual foi a composição que você mais gostou? Conta pra mim aqui nos comentários!
Abençoados os que enxergam com o coração, além das aparências, pois são essas pessoas que ajudam a vida a se tornar menos densa, menos triste, menos má. São essas pessoas que ajudam a se abrirem os caminhos de luz a que todos temos o direito de atravessar, não importando se somos belos ou ricos ou qualquer outra coisa.
O filme “Extraordinário”, baseado em best-seller de R. J. Palacio sobre o bullying sofrido por um garoto, Auggie, nascido com uma síndrome genética rara, que lhe deforma a feição, é daquelas películas agradáveis e aparentemente leves, mas que nos levam a refletir sobre várias questões que envolvem a convivência, a aceitação, a autoestima, a paternidade/maternidade, entre muitas outras. Tudo, ali, é o que parece, e muito mais.
Já é ponto pacífico o fato de que, hoje, mais do que nunca, as aparências acabam balizando fortemente os valores que permeiam os relacionamentos entre as pessoas, em vários níveis. Supervalorizada, a beleza física estampa toda e qualquer instância midiática, sendo como que obrigatória às pessoas, não importando a competência que se tenha: cantores, artistas, apresentadores, qualquer figura que se destaca midiaticamente, por exemplo, embeleza-se, emagrece, clareia os dentes, e por aí vai.
Não basta ser um bom ator, é preciso ser belo. Não basta ter uma voz maravilhosa, é preciso ser belo. Esvaziam-se, assim, os valores que não são vistos, enquanto que a estética se sobrepõe à essência, ao que se é realmente. Da mesma forma, cresce a importância exagerada conferida ao poder de compra de cada um, sendo que até há quem sobreviva apenas sendo alguém rico e bem relacionado, com milhares de seguidores pelas redes sociais.
Daí o sofrimento por que passa a personagem Auggie, cuja aparência é desagradável, por fugir a qualquer padrão, uma vez que poucos se lançam além do que conseguem enxergar superficialmente, poucos se demoram junto ao outro, para que consigam estabelecer vínculos com aquilo que temos de melhor e que se encontra exatamente aqui dentro, onde os olhos não alcançam. Os espectadores do filme já de início veem a beleza que possui o garoto, por isso sofrem junto com ele, por tudo o que enfrenta na escola.
Assistindo ao filme, sofremos porque também refletimos sobre o quanto nos comportamos como os colegas de Auggie e sobre nossas próprias lutas para sermos aceitos, desde sempre. Quantas e quantas vezes não tentamos agradar aos outros, inventando um exterior que tromba com nossa essência? Quantos de nós não relutamos em nos aceitar exatamente como somos, por conta de estereótipos midiáticos a que poucos conseguem corresponder naturalmente? Por isso é que torcemos e vibramos por cada conquista do garoto, por cada um que o enxerga, não com os olhos, mas com o coração. Porque é assim que queremos também ser vistos.
“Abençoar” é uma palavra que vem do latim benedictio, ato de abençoar, que contém bene, bem, e dictio, de dizer. Ou seja, quem “diz o bem”, ao mesmo tempo abençoa e é abençoado, porque enxerga o lado bom de cada coisa, de cada pessoa, dessa forma agregando amor, ajudando, tornando o mundo melhor. Portanto, abençoados os que enxergam com o coração, além das aparências, pois são essas pessoas que ajudam a vida a se tornar menos densa, menos triste, menos má. São essas pessoas que ajudam a se abrirem os caminhos de luz a que todos temos o direito de atravessar, não importando se somos belos ou ricos ou qualquer outra coisa.
Não fale muito alto. Leve guarda-chuva. Pense duas vezes. Não esqueça a blusa de frio. Exercite-se. Sorria para a foto. Coma uma maçã por dia. Beba água. Use filtro solar. Invista em previdência privada. Estude. Economize 30% do salário. Leia a Bíblia.
Seja prudente. Desde que se nasce, a cautela é um mantra: traz sanidade, decência e portas abertas para uma vida tanto reta quanto correta. Prudente é ser comedido diante de decisões, obedecer aos pais, usar roupas adequadas e entender que ser astronauta ou artista plástico é um sonho estupidamente infantil. Adulto mesmo é sagrar-se médico, engenheiro, advogado ou concursado.
Dizem que uma vida sem prudência é loucura. De fato, somente um louco é capaz de corajosamente sondar sua alma para descobrir que cautela excessiva é espelho de medos alheios.
Um louco decide raspar a cabeça e raspa. Escolhe trocar de emprego e troca. Entende mudar de país e muda. Gasta mais tempo voltando a lanterna na direção de sua alma do que na dos outros, pois compreende que suas limitações são suas, suas conquistas são suas e sua vida é absolutamente sua.
Um louco de verdade não acredita no ridículo, porque intuitivamente sabe que a vastidão do mundo abarca tantas possibilidades quanto é possível elas existirem. Quando se percebe tolo, ri de si com carinho e começa de novo, sem medo de errar ou vergonha do mundo… É que este louco — quanta loucura! — entende que a dor engrandece, a humilhação ensina, a perda fortalece e o erro é a melhor de todas as escolas.
Há alguns séculos, a própria Loucura, pelas palavras de Erasmo, enalteceu a si mesma com sabedoria: “Há duas coisas, sobretudo, que impedem o homem de chegar a conhecer bem as coisas: a vergonha, que ofusca sua alma, e o temor, que lhe mostra o perigo e o desvia de empreender grandes ações. Ora, a Loucura nos livra maravilhosamente dessas duas coisas”.
No palco da vida, quase todos os homens passam de uma coxia a outra como um jovem soldado que vai para a guerra: sem compreender seu sentido real, caminhando rumo ao fim com passos firmes, recheados de vazio e dor. Afogados em prudência espartana, reúnem todo seu espanto a restringir a própria vida e vigiar a alheia. Uma viagem exótica, uma mudança de profissão ou qualquer detalhe que demonstre um pouco de coragem são suficientes para que debochem, fuxiquem ou reprovem.
Pobres prudentes, que se resumem a preto e branco, censurando o arco-íris de seus irmãos! Pobres prudentes, que fecham os olhos ao grande mar de vida em seus próprios corações! Fossem mais insanos, dedicariam seu tempo ao precioso autoconhecimento e não a debruçar-se sobre o que lhes desinteressa.
Somente um louco é capaz de mergulhar em si e questionar seu espírito com teimosia e curiosidade até compreender a fome que o move. Torna-se então consciente de suas prisões e liberdades, e aí mora o grande segredo de seu riso: ciente do que o prende, consegue transgredir. Apenas quem conhece as próprias prisões é capaz de libertar-se.
Ser louco é sobretudo não tornar os velhos hábitos um estilo, ser destemido para lançar-se nas ondas da vida, não se matar com opiniões de pessoas amargas, rasgar-se e remendar-se a cada dia e, acima de todas as coisas, ter coragem de ser fiel a si.
Troque de roupa, de ideia, de rumo ou de amor. Livre-se de velhas dores, providencie novo começo, peça demissão, enfrente medos antigos, dispense a coerência e respire novos ares. Ninguém nunca disse que o caminho há de ser reto. Basta que ele seja.
Olá amigos, mais mais um ano está findando e geralmente nesta época, voltamos nossos pensamentos para avaliar tudo o que passamos neste período.
Há tanta coisa para dizer, mas a melhor delas, com certeza, é agradecer a Deus por mais um ano de vida !
Eu agradeço também, em especial , à sua companhia durante todo esse período e desejo que somente coisas boas e lindas aconteçam contigo no ano que vai nascer !
Então, conversar com Deus é muito bom para trazer grande alívio e a tão desejada paz aos nossos corações…
Tem momentos que precisamos apenas de paz e a chama da esperança, nada mais…
A conversa será ilustrada com gotas de chuva deslumbrantes, cujo conteúdo são os nossos pedidos e agradecimentos de vida, tudo sem perder a cor e a alegria…
Em cada imagem há uma gota. Em cada gota há um pedido…Veja o significado de cada uma delas passando o mouse sobre a imagem É o meu compromisso…
Escrevo tudo isso para lhe saudar e porque agora preciso me abastecer de paciência para o próximo ano… a minha cota , neste, quase se esgotou…
Também sinto que a minha fonte de ternura está se esvaindo aos poucos… Por isso, favor, preciso de um rápido reabastecimento…
OLHO ESFUMADO | 3 INSPIRAÇÕES DE MAQUIAGEM PARA FESTA
Juliana Goes Cheguei com vídeo para matar a saudade dos nossos super tutoriais!!! Vem comigo conferir 3 Inspirações de Maquiagem de Festa, ótimas pro fim de ano e eventos especiais!
A primeira ideia é bem simples, para quem gosta de uma produção mais básica e descomplicada. Eu comecei com a pele pronta, vou deixar no final do post alguns vídeos que podem te ajudar, com dicas para preparação da pele e alguns produtos também.
Adorei gravar esse vídeo, eu não tenho usado produções tão elaboradas na minha rotina, mas gostei de matar a saudade dos tutoriais! Mesmo sendo três inspirações de olho esfumado, vocês podem perceber que eu não usei muitos produtos, não precisei de um arsenal de itens para ter esse resultado.
A segunda inspiração já aposta no esfumado inferior, dei algumas diquinhas para você aproveitar ao máximo a técnica! O batom escuro completa o look, mas você pode substituir as cores da sombra e do batom, de acordo com o que você gosta e com a ocasião.
Nossa terceira inspiração une todas as dicas e o passo a passo das outras makes, finalizando o olho com pigmento e muito brilho!
VEJA O PASSO A PASSO NO VÍDEO
Espero que vocês tenham gostado das inspirações, bora aproveitar as dicas para as festas de final de ano, ou em qualquer outra ocasião especial que vocês queiram caprichar na maquiagem!
Lápis para Olhos Power Glam Eyeliner | Océane – Coffee
Caneta Delineadora Carbon Black | Vult
Paleta Nude Beach | The Balm – Volume 3
Batom Líquido Matte | Alice Salazar – Dalia
Me conta nos comentários qual inspiração você mais gostou, com qual você se identifica mais e se quiser ver mais vídeos de beleza aqui no canal, deixa suas sugestões aqui nos comentários!
Basta notar a quantidade de carros nas ruas de uma grande cidade, fazer um cálculo rápido sobre quantas vezes cada carro troca de pneu – e, assim, quantos pneus são jogados fora – ou simplesmente olhar de fato uma pilha de pneus em qualquer ferro velho ou lixão por aí, para se ter uma mínima noção do tamanho do problema que somente esse nada discreto item traz para a natureza.
Somente na Argentina, mais de 100 mil pneus são dispensados anualmente, com a vasta maioria sendo queimada. Foi pensando nesse estrago que três empreendedores argentinos, quando foram criar um negócio, decidiram por criar tênis, mochilas e bonés a partir de pneus jogados fora.
Para os sócios Alejandro Malgor, Ezequiel Gatti e Nazareno El Hom, pensar somente no meio ambiente foi pouco – era preciso também pensar diretamente nas pessoas. E por isso, quando fundaram a Xinca, além de utilizar os pneus como matéria prima para seus produtos, eles decidiram focar também na questão do desemprego, e contratar especialmente mães solo* para formar o quadro de funcionários da empresa.A empresa fabrica uma média de 1500 sapatos por mês, e todo o material para a feitura dos sapatos, incluindo tecidos, é reutilizado.
Alejandro, um dos sócios da Xinca
Atualmente a empresa emprega 25 mulheres de áreas rurais da Argentina, onde a maior parte da produção é realizada. Assim, do lixo produzido que se tornaria somente mais um problema nos muitos que assolam o país, a Xinca o transforma em trabalho, renda e empoderamento para essa mulheres, tão importantes em uma sociedade.
“As mulheres que empregamos querem seguir em frente, melhorar a qualidade de suas vidas e de suas crianças. Nós geramos oportunidades econômicas e sociais para que elas possam fazer isso”, afirma Alejandro, mostrando que o problema nem sempre está no que se produz, mas sim em como – e em quem.
A tarefa de ser mãe não tem nada a ver com um estado civil: entenda porque ter empatia pelas super mulheres que a encaram sozinhas é importante.
Alguém aí já ouviu um pai ser chamado de “pai solteiro”? Não? Mas o termo “mãe solo” resiste, o que desagrada a muitas mamães. Afinal de contas, a maternidade não é um estado civil, certo?
Além disso, a expressão carrega uma conotação negativa por remeter aos tempos em que ter um filho sem ser casada era um motivo para desvalorizar a mulher e causava vergonha. Elas, que se desdobram para dar conta das necessidades do pequeno e de suas próprias vidas, merecem empatia e respeito !
A maternidade implica no laço entre mãe e filho, não em um estado civil
Ser mãe solo não impede que mulheres no mundo todo criem seus filhos em lares felizes e estáveis. Embora assumir a missão sem a participação dos pais seja uma tarefa difícil, é possível ajudar o seu filho a se desenvolver sem contar com esse apoio.
O que é ser “mãe solo”?
A mulher que assume as responsabilidades pela criança, sejam financeiras ou por disponibilidade de tempo, é mãe solo. Não tem nada a ver com ser casada, solteira ou divorciada. Existem muitas mamães casadas que também se veem frente ao papel principal na educação dos pequenos.
“É preciso uma aldeia para educar uma criança”
Ter filho é um aprendizado mútuo e pode ter certeza que as mães solo não se arrependem! Ainda assim, os papais devem estar presentes para assumir essa nova vida.
Ainda assim, quando há empatia e auxílio dos amigos e familiares tudo fica mais fácil. Por isso, ajude, apoie e acolha mães e filhos, dos locais de trabalho aos de lazer. Faz toda a diferença! E se você é uma mãe solo, não tenha medo de pedir ajuda!
É essencial para toda a sociedade entender o papel de mãe como uma escolha cheia de amor e, acima de tudo, trabalho.
Que tal começar com uma pequena mudança de hábito? Substitua o antiquado “mãe solteira” pela expressão “mãe solo”. Aos pouquinhos grandes mudanças podem ser feitas!
Um dos poemas mais famosos de Charles Chaplin, que nos oferece uma fabulosa lição sobre o crescimento pessoal, começa assim: “Quando me amei de verdade, eu realmente entendi que, em qualquer circunstância, diante de qualquer pessoa e situação, eu estava no lugar certo e no momento exato. Foi então que eu pude relaxar. Hoje eu sei que isso tem um nome: autoestima”.
Os historiadores nos dizem que houve um momento no mundo da arte, da ciência e da cultura em que dois nomes brilhavam acima dos outros: Charles Chaplin e Sigmund Freud. Se o primeiro tinha o rosto mais familiar e admirado, o segundo tinha a mente mais brilhante.
“ Não devemos ter medo de nos confrontarmos… até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.”
– Charles Chaplin –
Tal foi a notoriedade de ambos que Hollywood passou muitos anos tentando fazer com que “o pai da psicanálise” participasse de alguma grande produção. Foi em 1925 que o diretor da MGM (Metro-Goldwyn-Mayer), Samuel Goldwyn, chamou Freud para elogiar as suas obras e publicações definindo-o como “o maior especialista do mundo em amor”. Mais tarde, pediu a sua colaboração em uma nova produção: “Marco Antônio e Cleópatra”.
Ele lhe ofereceu uma remuneração acima de cem mil dólares, mas Freud disse “não”. Diante de tantas negativas, as pessoas passaram a acreditar que ele odiava o cinema e toda a indústria cinematográfica. No entanto, em 1931, Sigmund Freud escreveu uma carta a um amigo revelando a sua profunda admiração por alguém que ele chamou de “gênio”. Alguém que na sua opinião mostrava ao mundo a transparência admirável e inspiradora do ser humano: Charles Chaplin.
Nessa carta, Freud analisou superficialmente o que Chaplin transmitia em todos os seus filmes: alguém de origem muito humilde, alguém que viveu uma infância difícil e que, apesar de tudo, prosseguia na sua maturidade com valores muito definidos. Não importavam as dificuldades que vivia diariamente, Chaplin sempre manteve um coração humilde. Assim, apesar das adversidades e obstáculos de uma sociedade complexa e desigual, sempre resolvia os seus problemas através do amor.
Nós não sabemos se Freud estava certo ou errado na sua análise, mas era o que Chaplin nos mostrava nos seus filmes e especialmente nos seus poemas: verdadeiras lições de sabedoria e crescimento pessoal.
Charles Chaplin : o homem por trás do poema
Dizem que Charles Chaplin escreveu este poema, “Quando me amei de verdade”, quando tinha 70 anos de idade. Alguns dizem que não é da sua autoria, mas sim uma adaptação livre de um parágrafo que aparece no livro de Kim e Alison McMillen “Quando eu me amei de verdade”. Seja como for, este não é o único texto de Chaplin que utiliza argumentos tão bonitos, requintados e enriquecedores sobre o poder e o valor da nossa mente.
Na verdade, também temos o poema “Vida”, onde ele nos diz, entre outras coisas, que o mundo pertence a aqueles que se atrevem, que viver não é simplesmente passar pela vida, mas lutar, sentir, experimentar, amar com determinação. Portanto, realmente não importa se este poema é uma adaptação de outro já existente ou se saiu da mente e do coração desse gênio icônico que nos cativou com o seu jeito de caminhar, seu bigode e sua bengala.
Carlitos, aquele personagem desengonçado, um vagabundo solitário, poeta e sonhador sempre em busca de uma diversão ou uma aventura, tinha uma mente muito lúcida: um homem com ideias muito claras sobre o que queria transmitir. E o que ele nos mostrou nas suas produções integra-se perfeitamente em cada uma das palavras desse poema. Na verdade, ele contou nas suas memórias que cada uma das características que constituíam a fantasia do seu personagem tinha um significado:
As suas calças eram um desafio para as crenças sociais.
O chapéu e a bengala tentavam mostrá-lo como alguém digno.
O seu pequeno bigode era uma demonstração de vaidade.
As suas botas representavam os obstáculos que enfrentamos todos os dias no nosso caminho.
Charles Chaplin sempre tentou nos conscientizar através da inocência do seu personagem, nos fazer acordar para entendermos os complexos paradoxos do nosso mundo. Um lugar onde apenas nossas forças humanas e psicológicas poderiam enfrentar a insensatez, a desigualdade, a presença do mal. Algo que vimos sem dúvida em “O Grande Ditador”, em que ele nos convidava a nos conectarmos muito mais com nós mesmos e com os outros seres humanos, defendendo os nossos direitos e os direitos do nosso planeta.
Até hoje, e isso não podemos negar, o legado de Chaplin não se desfez; sempre será necessário e indispensável. Porque as lições transmitidas através da tragicomédia são aquelas que mais nos fazem pensar, e poemas como “Quando eu me amei de verdade” são presentes para o coração, convites diretos para melhorarmos como pessoas.
" Quando me amei de verdade " - Charles Chaplin
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar correto e no momento preciso. E então, consegui relaxar. Hoje sei que isso tem nome… Autoestima.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha angústia e o meu sofrimento emocional não são mais que sinais de que estou agindo contra as minhas próprias verdades. Hoje sei que isso é… Autenticidade.
Quando me amei de verdade, deixei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a perceber que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje sei que isso se chama… Maturidade.
Quando me amei de verdade, compreendi por que é ofensivo forçar uma situação ou uma pessoa só para alcançar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada. Hoje sei que isso se chama… Respeito.
Quando me amei de verdade, me libertei de tudo que não é saudável: pessoas e situações, tudo e qualquer coisa que me empurrasse para baixo. No início a minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que isso se chama… Amor por si mesmo.
Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os megaprojetos do futuro. Hoje faço o que acho correto, o que eu gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos. Assim descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. E isso se chama… Plenitude.
Quando me amei de verdade, compreendi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, é uma aliada valiosa. E isso é… Saber viver !