Postado no Viomundo em 24/07/2015
Mais Médicos : O primeiro contato de muitos indígenas com um médico foi com um cubano
Programa levou mais de 300 profissionais para áreas indígenas
saude-popular.org
Áreas remotas e de difícil acesso. Essa é uma realidade comum para comunidades indígenas em todo o país. Na prática, essa condição resulta em dificuldades para o acesso a serviços públicos fundamentais, como o direito à saúde.
Desde 2013, quando os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) foram definidos como áreas prioritárias para recebimento de profissionais do Mais Médicos, essa realidade está mudando.
Na linha de frente deste trabalho: os médicos cubanos. Eles representam quase 11,5 mil dos mais de 18 mil profissionais do programa e atendem, sobretudo, áreas historicamente desassistidas.
“Na Amazônia, havia lugares em que não existia médico. Muitas vezes, eu chego em lugares e os pacientes me perguntam: ‘O senhor é cubano?’ E eu respondo: ‘Não eu sou brasileiro’. E a resposta, na maioria das vezes é: ‘Eu não sabia que existiam médicos brasileiros que atendiam a gente [índios]’”, relata Rafael Sacramento, coordenador do Mais Médicos na região do médio Rio Solimões.
De acordo com a Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, os Dsei receberam 307 profissionais desde outubro de 2013. Os 34 distritos espalhados pelo Brasil contam agora com 513 médicos e um novo edital garantirá mais 35 a partir deste mês, informou o órgão.
Entre as dificuldades enfrentadas pela população desses territórios, estava a manutenção dos profissionais no local por causa de problemas logísticos. Hoje, eles se revezam e ficam de 15 a 20 dias em áreas indígenas e passam o restante do mês em cidades mais próximas.
Tem Mais Médicos no Oiapoque
A 590 quilômetros de Macapá (AP), indíos Palikur da aldeia Kumenê, no Oiapoque, estão retomando os saberes da medicina tradicional com a ajuda do médico cubano Javier Lopez Salazar.
Ele buscou os professores da escola local para fazer uma campanha de conscientização sobre a importância da medicina tradicional, ao mesmo tempo em que resgatava esses saberes com a população mais velha da aldeia.
“Esta é uma aldeia evangélica há mais de trinta anos, e muitas vertentes da sua cultura foram mudadas. Eles deixaram de acreditar em plantas medicinais, até a minha chegada aqui. Pouco a pouco, com a equipe de saúde, fomos convencendo as pessoas”, apontou.
A iniciativa foi apoiada pelo cacique Azarias Ioio Iaparrá.
“Eu disse para o médico que nós tínhamos esse conhecimento, do remédio caseiro. Ele então reuniu as comunidades, chamou os idosos, todos nós conversamos. E hoje em dia ele fez a comunidade ver a importância disso, a horta está lá, tão bonita. Ele veio e mostrou o conhecimento dele”, explicou.
Luis Otávio Sarges, chefe da Casa de Saúde Indígena do Oiapoque, explicou os avanços na qualidade de vida que o programa, com três médicos cubanos, trouxe para a comunidade Oiapoque.
“O médico cubano vem para fazer o serviço de atenção básica. Eu não preciso mais levar esse indígena para Oiapoque para fazer esse serviço. Quando os indígenas são encaminhados por eles para as cidades, em 90% dos casos já se trata de atendimento de média e alta complexidade, porque a base já foi feita aqui. E isso é um enorme diferencial de qualidade de vida e saúde para as populações”, avaliou.
Problemas de estrutura
No início do programa, uma das preocupações dos profissionais era com a estrutura que seria disponibilizada. Halana Farias, coordenadora do programa na calha do Rio Madeira, acredita que a situação tem melhorado.
“Eles [os cubanos] têm esse perfil de entendimento do seu papel social e isso possibilita que algumas coisas comecem a funcionar de forma um pouco mais estruturada, por exemplo, a chegada de medicamentos, a melhoria da estrutura de alguns polos bases, a garantia de combustível para o transporte. Eu vejo essa relação como muito promissora”, avaliou.
Entre as dificuldades, Rafael Sacramento chama atenção para o sistema de licitação, que muitas vezes não leva em conta problemas que são pontuais daquela região, como as cheias dos rios e problemas com transporte.
“Às vezes, a empresa que ganha a licitação é do Rio Grande do Sul ou interior de São Paulo e, quando ela percebe os custos e as dificuldades do transporte, ela rescinde o contrato ou simplesmente não cumpre. Existe também um problema logístico, porque tem a época de chuvas, quando o rio está cheio, e a navegabilidade é muito alta, mas quando o rio está baixo os barcos maiores não passam. Você só consegue fazer obras durante quatro meses do ano. Na questão da estrutura, muitas vezes, a coisa não melhorou por incompetência política; outras vezes, porque as empresas não cumprem os contratos”, opina.
Desafios da saúde indígena
Além dos desafios estruturais, os profissionais ainda têm de enfrentar as dificuldades específicas dos cuidados com os indígenas. Para ajudar a enfrentá-los, o programa disponibiliza para os profissionais um curso de pós-graduação à distância pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), voltado na área de saúde indígena, que discute temas como antropologia.
“Quando você vai ver uma dia de atendimento médico nessas aldeias, cai por terra toda aquela ideia de estrutura necessária para o atendimento. Muitas vezes, ele acontece do jeito que dá, em uma escola, em um local onde a comunidade se encontra”, aponta Halana.
Rafael alerta para a hipermedicalização da população indígena. Para ele a solução passa pela ressignificação do papel do profissional de saúde, retirando-o do protagonismo no processo de saúde e aumentando a independência que as tribos têm dos profissionais. Para ele, o médico não é mais o dono do conhecimento, mas um catalizador que tira da “situação de doença” e leva para a “situação de saúde”.
“Você tem populações com 300 anos de contato conosco, que já entendem a relação com o médico, e populações que têm um contato mais recente, com uma outra relação com medicamentos. Como você vai receitar alguma coisa pra um índio que conta até cinco e não conjuga verbo no futuro? Como você vai explicar pra ele um tratamento de seis meses? Isso é muito complicado e a gente acaba tendo que fazer de caso a caso. Outro foco importante é a manutenção de saúde com intervenção mínima, a presença constante do profissional não é necessariamente positiva. Você faz o seu trabalho e permite que a comunidade se mantenha saudável independente da sua presença”, conclui.
*Com informações do site da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)
O golpe em 54 milhões de votos será tentado até as últimas instâncias e de todas as maneiras !
Vendo esta foto onde Augusto Nardes (bem à esquerda) aparece reunido com os caciques do PSDB golpista, alguém acha que o relator do TCU vai aprovar as contas do Governo Dilma de 2014?
O golpe em 54 milhões de votos será tentado até as últimas instâncias e de todas as maneiras !
" Dar incondicionalmente "
Dar e receber
Isha
A divergência entre o que achamos que damos e o que consideramos que recebemos em troca é com frequência causa de conflitos nas relações.
Quase sempre há um que dá, dá, dá e depois se desaponta quando nada recebe em troca e o outro que toma, toma, toma, mas não pode apreciar realmente o que está recebendo. Ocorre o ressentimento, e aquilo que começou como uma relação apaixonada e comprometida termina demolida abrupta e inesperadamente.
Em alguns casos, as pessoas passam anos suportando este ressentimento, ambas as partes acumulando uma extensa lista de críticas, da espessura de um guia telefônico.
Aqueles que dão esperando algo em troca dão condicionalmente. Em última instância, eles sentem que não merecem - esse velho sentimento esquecido que ainda está aí no fundo, coberto de ressentimento e exigindo vingança. Na outra metade da equação, estão os que não têm a capacidade de dar, esses que só tomam dos demais. Para eles, nunca nada é suficiente, nunca estão satisfeitos, tomam, mas não podem receber. Em ambos os casos, há que se encontrar o amor dentro e, ao descobri-lo, dissolve-se o temor a dar. Com ele, vai-se embora o medo de receber.
Então, um novo ciclo se forma, um que começa dando, sempre dando, sem condições. Como consequência disso, começamos a receber de verdade: tudo vem a nós, fluindo em um círculo eterno de amor ilimitado e incondicional, que não sabe mais que compartilhar e fluir.
Se você se foca em dar incondicionalmente, da fonte inesgotável de amor que se encontra dentro de você, perceberá que sua experiência interna nem diminui nem se esgota.
Quando damos de forma pura e limpa, como consequência da sanação, vivendo um presente feliz e pleno e não envolvido nas reclamações e ressentimentos de nosso passado, percebemos que ao dar, não estamos perdendo; na realidade, quando damos a partir do sentimento de alegria, nós estamos dando a nós mesmos.
Postado no Somos Todos Um
Bolos divertidos
Bolo Porquinhos na Lama
Bolo Pandas
Bolo Era do Gelo
Bolo Biblioteca
Bolo James Bond
" Somos únicos "
A minha real importância
Maria Cristina Tanajura
Já prestou atenção às pessoas de um grupo, qualquer que ele seja? Fisicamente, são diferentes umas das outras. Por mais que nasçam novos habitantes no nosso planeta, cada um tem sua fisionomia particular, com características que distinguem uns dos outros.
Certamente, isto nos indica que não há seres iguais por aqui. Não somos robôs criados em série, mas personalidades complexas e com características únicas que nos permitem ter impressões digitais que não são jamais idênticas.
Por que então somos influenciados a viver fazendo o que os outros fazem e a pensar como a maioria?
Sermos únicos, obras-primas sem cópia, torna-nos responsáveis por desempenhar um papel importante nesta enorme multidão de mais de sete bilhões de seres humanos espalhados pelo planeta.
Sendo eu uma criação exclusiva, preciso me mostrar como sou para que tenha valido a pena minha presença por aqui.
Mas o que vemos é exatamente o contrário. Há uma pressão muito grande da máquina social para que todos nos vistamos de forma mais ou menos igual, falemos palavras semelhantes, desejemos as mesmas coisas; enfim, uma tentativa muito poderosa de nos fazer parecidos uns com os outros.
Não porque sejamos irmãos, por termos o mesmo Pai, mas para que a vida em sociedade fique mais simples, talvez ... Será que é por isso?
O problema é que mesmo procurando nos parecer, somos na verdade, intrinsecamente, muito diferentes.
Quando alguém tem a ousadia de se mostrar imune a essas pressões sociais para que aja como a massa, é taxado de estranho, meio esquisito e se torna um pouco rejeitado pela maioria que procura obedecer aos padrões vigentes.
Mesmo internamente, os nossos organismos não são totalmente iguais e os médicos sabem disso, quando na tentativa de tratar os sintomas das doenças, usam as mesmas drogas pra combatê-las e chegam à conclusão de que os efeitos delas diferem em uns e em outros.
Para que o nosso mundo pudesse contar com a participação de todos os que aqui vivem, seria preciso que cada um tivesse a liberdade de se expressar usando todo o seu potencial e isto está muito longe de acontecer.
Aliás, com o desenvolvimento extraordinário da tecnologia da informação, a tendência de se nivelar cada pessoa aos hábitos da maioria vai crescendo.
O que estou tentando dizer é que a aceitação das diferenças precisa acontecer no nosso dia a dia, partindo do pressuposto verdadeiro de que somos diferentes uns dos outros.
Uma grande humildade precisa ser cultivada em nós, por reconhecermos que o que cada um consegue saber ou conhecer é uma partícula mínima da Verdade e, portanto, o outro que nos parece no caminho errado, pode apenas estar olhando a realidade de outra perspectiva que é sua e que poderia enriquecer a minha, se eu me permitisse meditar sobre ela.
Escrevem-se livros, artigos, e teorias e eles trazem-nos um enriquecimento da nossa consciência, pois não são escritos pelos mesmos autores, mas por indivíduos que tiveram experiências de vida diversas.
Lembrando que uma nova visão de vida pode me trazer mais luz, acho que eu poderia estar mais atento às ideias que me são estranhas, procurando confrontá-las com as minhas e assim chegando a um ponto mais na frente, novo pra mim e para a pessoa que as enunciou.
Somos, na verdade, cooperadores de uma mesma obra - a vida neste planeta - e todos dependentes de cada um.
Não somos melhores nem piores do que ninguém, apenas diferentes dos outros e aí reside a nossa real importância.
A proposta pra todos nós é que lutemos para sermos a obra prima, como fomos criados pelo Pai e não apenas uma cópia sem muito valor e sem razão de existir.
O mundo precisa de integridade e luta por transparência. Expressemos o mais possível o nosso Ser e certamente terá valido a pena encarnar.
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