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“ Essas pessoas devem ser órfãs ”, diz Antônio Fagundes com relação ao preconceito com idosos


Dez perguntas para: Antonio Fagundes | Lu Lacerda | iG

As pessoas idosas são muito mais do que um encargo social. Eles são os guardiões de nosso passado. São sabedoria. São história. E, é bom lembrar, também são nossos pais e avós.


Josie Conti


Em entrevista publicada pela Veja no último dia 17 de abril de 2020, o ator Antônio Fagundes falou sobre sua rotina durante a quarentena, deu respostas sobre como vê a doença e, ainda, quando questionado, deu algumas opiniões políticas. Entretanto, o que me chamou mais a atenção foi a pergunta feito pela jornalista Raquel Carneiro que se referia ao AGEÍSMO, que é o preconceito com idosos.

Abaixo, transcrevo pergunta e resposta:

“ Há também nas redes sociais e em noticiários de todo o mundo um aumento do “ageísmo ” (preconceito com idosos). São comuns hoje frases como “ essa doença só mata idosos ”. O que pensa desse tipo de atitude?
Primeiro, acho que essas pessoas devem ser órfãs, pois ninguém pode em sã consciência não se preocupar com a morte dos pais e dos avós, certo? Outra coisa: elas marcaram a data para morrer? Porque, depois dos 40 anos de idade, já estamos todos mais perto da velhice do que da juventude. É horrível quem não valoriza idosos. Todo esse cenário me faz lembrar da frase de Edmund Burke: “Quem não conhece sua história, está condenado a repeti-la”. Esse mesmo tipo de preconceito já foi visto na história, com a eugenia. Na Alemanha, o nazismo eliminava idosos, uma história que não pode se repetir. Eliminava-se também os que pensavam diferente, os deficientes. O mundo está passando por isso de novo. Milhões de pessoas morreram pela irracionalidade. E parece que não aprendemos nada com isso.” 
A resposta do ator, hoje com 70 anos, foi de fundamental importância porque ele dá voz aos idosos com propriedade de fala.

Ele lembra também que não é admissível que uma vida humana, seja ela de qual idade for, seja entendida como menor.

O ageímo, como publicado em artigo de Ana Maria Goldani, refere-se essencialmente às atitudes que os indivíduos e a sociedade têm frequentemente com os demais em função da idade, enquanto a discriminação por idade descreve a situação em que a idade é o fator decisivo.

Sendo assim, Fagundes fala exatamente disso: a idade não pode ser um fator decisivo e excludente de uma vida e, também por isso, ele menciona a história e outras épocas que utilizaram-se dessa premissa de forma equivocada e desumana.

Ouvir Fagundes, hoje, deve ser uma chance de repensarmos algumas frases que vemos reproduzidas por aí – e que até repetimos - sem nos darmos conta de sua gravidade.

As pessoas idosas são muito mais do que um encargo social. Eles são os guardiões de nosso passado. São sabedoria. São história. E, é bom lembrar, também são nossos pais e avós.

Que não sejamos órfãos de pais vivos.












“ Essas pessoas devem ser órfãs ”, diz Antônio Fagundes com relação ao preconceito com idosos


Dez perguntas para: Antonio Fagundes | Lu Lacerda | iG

As pessoas idosas são muito mais do que um encargo social. Eles são os guardiões de nosso passado. São sabedoria. São história. E, é bom lembrar, também são nossos pais e avós.


Josie Conti


Em entrevista publicada pela Veja no último dia 17 de abril de 2020, o ator Antônio Fagundes falou sobre sua rotina durante a quarentena, deu respostas sobre como vê a doença e, ainda, quando questionado, deu algumas opiniões políticas. Entretanto, o que me chamou mais a atenção foi a pergunta feito pela jornalista Raquel Carneiro que se referia ao AGEÍSMO, que é o preconceito com idosos.

Abaixo, transcrevo pergunta e resposta:

“ Há também nas redes sociais e em noticiários de todo o mundo um aumento do “ageísmo ” (preconceito com idosos). São comuns hoje frases como “ essa doença só mata idosos ”. O que pensa desse tipo de atitude?
Primeiro, acho que essas pessoas devem ser órfãs, pois ninguém pode em sã consciência não se preocupar com a morte dos pais e dos avós, certo? Outra coisa: elas marcaram a data para morrer? Porque, depois dos 40 anos de idade, já estamos todos mais perto da velhice do que da juventude. É horrível quem não valoriza idosos. Todo esse cenário me faz lembrar da frase de Edmund Burke: “Quem não conhece sua história, está condenado a repeti-la”. Esse mesmo tipo de preconceito já foi visto na história, com a eugenia. Na Alemanha, o nazismo eliminava idosos, uma história que não pode se repetir. Eliminava-se também os que pensavam diferente, os deficientes. O mundo está passando por isso de novo. Milhões de pessoas morreram pela irracionalidade. E parece que não aprendemos nada com isso.” 
A resposta do ator, hoje com 70 anos, foi de fundamental importância porque ele dá voz aos idosos com propriedade de fala.

Ele lembra também que não é admissível que uma vida humana, seja ela de qual idade for, seja entendida como menor.

O ageímo, como publicado em artigo de Ana Maria Goldani, refere-se essencialmente às atitudes que os indivíduos e a sociedade têm frequentemente com os demais em função da idade, enquanto a discriminação por idade descreve a situação em que a idade é o fator decisivo.

Sendo assim, Fagundes fala exatamente disso: a idade não pode ser um fator decisivo e excludente de uma vida e, também por isso, ele menciona a história e outras épocas que utilizaram-se dessa premissa de forma equivocada e desumana.

Ouvir Fagundes, hoje, deve ser uma chance de repensarmos algumas frases que vemos reproduzidas por aí – e que até repetimos - sem nos darmos conta de sua gravidade.

As pessoas idosas são muito mais do que um encargo social. Eles são os guardiões de nosso passado. São sabedoria. São história. E, é bom lembrar, também são nossos pais e avós.

Que não sejamos órfãos de pais vivos.












Veja e sinta o impacto do bullying em um menino de 9 anos. Na educação das crianças, os pais precisam, urgentemente, ensinar valores como a empatia, a bondade, a compreensão, a solidariedade e o respeito às diferenças !


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Menino que pediu para morrer após sofrer bullying recebe milhares de mensagens de apoio





Após a divulgação de um vídeo, onde pede uma corda a mãe para se matar após sofrer bullying na escola, o garoto Quaden Bayles, de 9 anos, recebeu uma verdadeira enxurrada de mensagens de apoio na internet. Nas imagens, o menino, que mora em Brisbane, na Austrália, chorava muito e chegou a dizer que “queria esfaquear o coração” e que “só queria que alguém o matasse”.

O vídeo foi divulgado pela mãe do menor, Yarraka Bayles, que buscava conscientizar as pessoas sobre o impacto do bullying nas crianças. E a iniciativa parece ter dado certo.

A gravação viralizou, atingindo mais de 18 milhões de visualizações. Após isso, o garoto recebeu milhares de mensagens de apoio de anônimos e famosos nas redes sociais. O time de rugby “Indigenous All Stars” convidou Quaden para entrar com eles em campo na partida de sábado (22), além de gravar uma mensagem em vídeo para o menino.






Quaden ao lado da mãe



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Sobre Guedes e as empregadas domésticas


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As crianças ainda vão nos salvar


Criança no Shopping Pátio Maceió
Criança no Shopping Pátio Maceió  (Foto: Reprodução)

Esperança : criança defende transexual expulsa de shopping em Maceió e dá lição sobre preconceito


No caso de transfobia que aconteceu no Shopping Pátio Maceió, disseram a um garoto que tinham pena dele por ter apoiado a transexual expulsa. O menino respondeu: "eu que tenho pena de você, que você é preconceituoso"

4 de janeiro de 2020, 11:56 h
247 - Após mulher trans ser impedida de usar o banheiro feminino e expulsa do Shopping Pátio Maceió, em Alagoas, criança, que apoiou a vítima, deu lição em uma pessoa que o tentou reprimir.

"Ele disse que tinha pena de mim porque eu tava apoiando a transexual. Eu fiz: eu que tenho pena de você, que você é preconceituoso", disse o garoto.
Assista:

Postado em Brasil 247 em 04/01/2020

Mãe desabafa em publicação e acaba por viralizar nas redes sociais



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Por muitos anos que passem e por muita luta que travemos, infelizmente o preconceito continua a existir, e não estamos a falar entre “raças”, etnias, religiões, mas em tudo, até no simples “apenas de menino” ou “apenas de menina”.Recentemente, Yokohamma Coronado, uma mãe de menino, acabou por escrever uma publicação na sua página do Facebook em tom de desabafo, após lhe ter acontecido uma “situação bem engraçada”, como a mesma descreveu.

Segundo esta, no dia em questão havia ido passear com o seu filho Stefan ao shopping, quando o pequeno viu uma série de bolsas com bichinhos desenhados e pediu-lhe para comprar uma para si. Apesar da mãe dizer que ele já tinha mochilas e que não precisava de uma bolsa, este insistiu tanto que esta acabou por aceitar comprar uma e disse então para ele escolher.

Foi então que o menino, indeciso sobre qual deveria levar, decidiu pedir a opinião de um outro menino que estava ao seu lado acompanhado pela mãe, mas qual não foi o seu espanto quando este respondeu que não gostava de nenhuma, pois eram de menina.

Perante tal situação, a Yokohamma baixou-se e disse ao pequeno Stefan que o seu preferido era o Panda e perguntou-lhe qual era o dele, ao que ele respondeu timidamente que era o Pinguim. Então a mãe pegou na bolsa, comprou e deu ao pequeno, dizendo-lhe “você pode usar o que você quiser, não tem essa se é de menina, se você gosta pode usar sim, tá bom? E você ta lindo um príncipe com sua bolsa nova”.

A partilha desta mãe acabou por vitralizar com mais de 70 mil gostos e 5,9 mil comentários de pessoas que parabenizaram a sua atitude, dando um verdadeiro exemplo do que deveria ser a educação de todas as crianças deste mundo.









Menino defende amigo negro em situação de bullying e caso viraliza nas Redes Sociais



Menino defende amigo negro em situação de bullying e caso viraliza nas Redes Sociais

Menino pede para o pai ir busca-los pois o melhor amigo estava sendo vítima de bullying. Foto: Reprodução / Redes Sociais



Redação

Uma conversa entre pai e filho, por meio do aplicativo WhatsApp, sobre uma situação de bullying em uma festa de crianças, viralizou nas redes sociais no fim de semana. 

No relato, o menino conta ao pai que seu melhor amigo, negro, estava sofrendo ataques de outras crianças e que saiu em defesa dele. O caso ocorreu na cidade de Marília (SP) na noite de sábado (23). 

Veja abaixo o print da conversa entre pai e filho: 



Arquivo pessoal / Mateus Barboza

O pai do menino, Mateus Barboza de 25 anos, conta que encontrou os dois garotos chateados quando foi buscá-los para irem embora.

"Nunca vi meu filho e o amigo reclamarem de bullying, para mim foi a primeira vez. Cheguei na festa e conversei com o pai do aniversariante e ele disse que 'era coisa de criança'. Eu disse que algo assim não pode ser levado na brincadeira", conta. 

Contudo, Mateus disse que a criança negra parecia chateada com a situação e também conversou com ela, assim como aconselhou o filho. 

"Falei que o problema não era com ele, que as pessoas aprendem com o tempo e que ele é uma pessoa incrível. Meu filho é uma criança tranquila e, mesmo se eu não tivesse falado com ele sobre essas situações, eu tenho certeza que a atitude seria a mesma. É errado xingar alguém, ainda mais por etnia ou classe social", diz Mateus.


Mateus e o filho, moradores de Marília, no interior de São Paulo. Foto: Arquivo pessoal / Montagem / Redes Sociais

Repercussão 

A conversa entre os dois foi publicada no Facebook, no sábado (23), e até a noite de segunda-feira (25) teve mais de 120 mil compartilhamentos e mais de 150 mil curtidas.

“Extremamente triste com a situação, mas, por outro lado, feliz pela atitude do meu filho em não se juntar aos outros meninos. Mas fica a reflexão: nenhuma criança nasce preconceituosa e muito menos agressiva, ou seja, ela aprende isso de alguma forma e na maioria das vezes é em casa, com se na educação que os pais dão e principalmente no comportamento deles. Então, pensem bem no tipo de exemplo que vocês pais dão a seus filhos”, publicou o pai em seu perfil no Facebook.

A atitude do pai gerou cerca de 18 mil comentários na publicação, que foi aprovada pela maioria dos internautas.

"Que filho lindo e abençoado que tem. Que ele cresça e te dê muito mais orgulho, tudo que seu filho faz é resultado da educação que recebe. Parabéns", comentou uma pessoa.

Vale lembrar: Crianças não nascem preconceituosas, a culpa é do ambiente onde elas vivem e da educação que recebem!






Os valentões quebra-placas / Latuff : se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de pele negra !




Os valentões quebra-placas 


Fernando Brito


No dia em que o relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta um cabo da PM como o autor dos disparo de fuzil que matou a vida de Ágatha Félix, de oito anos, no Rio, tudo o que há de ódio e desprezo pela vida de nossos irmãos negros e humildes explodiu hoje na Câmara dos Deputados.

Um tal Coronel Tadeu, do PSL, não gostou de um dos cartazes colocados numa exposição do Dia da Consciência Negra, onde o texto com dados de um órgão governamental, o Ipea, que se referia ao morticínio de negros no Brasil por ações policiais e tinha uma ilustração do cartunista Carlos Latuff. Mandou pedir a Rodrigo Maia que o mandasse retirar.


Como não foi obedecido imediatamente, foi ele próprio arrancar da parede, bater no chão até quebrar a moldura e, diante da reação das pessoas que transitavam pela casa e alguns deputados – identifiquei Talíria Perrone, no PSOL – fugiu com um assessor a proteger-lhe.

Seu colega de partido, o cabo Daniel Silveira, é um bombadão que quebra placas em homenagem a Marielle, As patentes variam, a estupidez é igual.

Pior, porém, é a tolerância com atos deste tipo. Para usar a palavra de que tantos gostam, o vândalo destruiu propriedade e praticou um crime conhecido, na lei, como “exercício arbitrário de suas próprias razões”, claro que tudo regado ao molho odiento do racismo. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a autorização de quem se montou a exposição, está na obrigação de tomar a iniciativa de uma punição por, no mínimo, quebra do decoro parlamentar. 

Caso contrário, logo teremos o debate político travado a paus e pedras dentro do Congresso. 

Exatamente como querem as bestas humanas que se enquistaram no Legislativo e usam a imunidade com o mesmo sentido da impunidade. 











Latuff : se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de pele negra !


247 - O cartunista Carlos Latuff comentou o ato de vandalismo do deputado federal Coronel Tadeu (PSL) que destruiu um desenho seu no qual denunciava a violência policial contra a população negra. 

A obra estava exposta na Câmara dos Deputados, fazendo parte de uma mostra sobre o Mês da Consciência Negra. 

" Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão: se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra! ", escreveu o cartunista no Twitter. 




George Marques
✔@GeorgMarques

Atenção: o deputado @CoronelTadeu destruiu há pouco a charge do @LatuffCartoons que estava exposta na Câmara e simbolizava um PM atirando em um jovem negro. Deputados estão neste momento protestando e prometem acionar Conselho de Ética para que o parlamentar seja punido




Carlos Latuff
✔@LatuffCartoons

Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão. Se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra!

17:02 - 19 de nov de 2019























Devemos resistir e lutar contra os retrocessos . . .




Resultado de imagem para 20 de novembro dia da consciência negra


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“ O ódio ao índio ” : o belíssimo artigo do vice de Evo sobre as raízes do golpe na Bolívia


El odio al indio


Kiko Nogueira

O ex-vice presidente da Bolívia, Álvaro Linera, escreveu um belíssimo artigo sobre o golpe e as raízes racistas da sociedade boliviana. 

Chama-se “O ódio ao índio” e foi publicado no Celag.org.

Eis alguns trechos:

Como uma espessa neblina noturna, o ódio se espalha pelos bairros das tradicionais classes médias urbanas da Bolívia. Seus olhos transbordam de raiva. Eles não gritam, cospem; eles não reivindicam, eles impõem.

Suas canções não são de esperança ou fraternidade, são de desprezo e discriminação contra os índios. Eles andam de moto, andam de caminhão, se reúnem em universidades particulares e caçam índios que ousaram tirar seu poder.

No caso de Santa Cruz, eles organizam hordas motorizadas com veículos 4×4 com paus na mão para assustar os índios, que os chamam de collas [termo racista para identificar os indígenas] e que vivem em favelas e mercados.

Eles cantam slogans dizendo que você tem que matar collas, e se alguma mulher de pollera [o vestido típico] cruza seu território, eles a espancam, ameaçam e expulsam. Em Cochabamba, organizam comboios para impor a supremacia racial na zona sul, onde vivem as classes carentes, e avançam como se fossem um destacamento de cavalaria sobre milhares de camponesas indefesas.

Eles carregam tacos de beisebol, correntes, granadas de gás, algumas exibem armas de fogo. A mulher é sua vítima favorita, eles agarram uma prefeita camponesa, humilham-na, arrastam-na pela rua, batem nela, urinam quando ela cai no chão, cortam seus cabelos, ameaçam linchá-la e quando percebem que eles são filmados decidem jogar tinta vermelha, simbolizando o sangue.

Em La Paz, eles suspeitam de suas empregadas e não falam quando trazem a comida para a mesa, no fundo as temem, mas também as desprezam. Depois saem às ruas para gritar, insultam Evo e todos esses índios que ousaram construir a democracia intercultural com igualdade.

Quando são muitos, arrastam a wiphala, a bandeira indígena, cospem nela, pisam, cortam, queimam. É uma raiva visceral que é lançada sobre este símbolo de índios que gostariam de extinguir.

Tudo explodiu no domingo, 20, quando Evo Morales venceu as eleições com mais de 10 pontos de diferença no segundo turno, mas não mais com a imensa vantagem de antes ou 51% dos votos.

Foi o sinal de que as forças regressivas aguardavam, do candidato da oposição liberal, as forças políticas ultraconservadoras, a OEA e a classe média tradicional. Evo venceu novamente, mas ele não tinha mais 60% do eleitorado. O perdedor não reconheceu sua derrota. A OEA falou de eleições limpas, mas de uma vitória reduzida e pediu um segundo turno, aconselhando a ir contra a Constituição que afirma que se um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10 pontos de diferença em relação ao segundo é o eleito.

E a classe média foi à caça dos índios. A cidade de Santa Cruz decretou uma greve que articulou os habitantes das áreas centrais da cidade, ramificando a greve nas áreas residenciais de La Paz e Cochabamba. E então o terror eclodiu.

Bandas paramilitares começaram a sitiar instituições, a queimar sedes sindicais, a queimar as casas de candidatos e líderes políticos do partido do governo, até que a residência particular do presidente fosse saqueada. Em outros lugares, famílias, incluindo crianças, foram sequestradas e ameaçadas de serem flageladas e queimadas se o ministro ou o líder sindical não renunciassem à sua posição. Uma longa noite de facas longas foi desencadeada e o fascismo apareceu.

Quando as forças populares mobilizadas para resistir a esse golpe civil começaram a recuperar o controle territorial das cidades com a presença de trabalhadores, mineiros, camponeses, indígenas e colonos urbanos, e o equilíbrio da correlação de forças estava se inclinando para o lado das forças.

Os policiais haviam demonstrado durante semanas uma indolência e ineptidão para proteger as pessoas humildes quando elas eram espancadas e perseguidas por gangues fascistoides; mas a partir de sexta-feira, com a ignorância do comando civil, muitos deles mostrariam uma capacidade extraordinária de atacar, torturar e matar manifestantes populares. (…)

O mesmo aconteceu com as forças armadas. Em toda a nossa administração, nunca permitimos que as manifestações civis fossem reprimidas, mesmo durante o primeiro golpe civil de 2008. (…)

Não hesitaram em pedir ao presidente Evo que se demitisse, quebrando a ordem constitucional. Eles se esforçaram para tentar sequestrá-lo quando ele foi e estava no Chapare. E quando o golpe foi consumado, eles foram às ruas para disparar milhares de balas, militarizar as cidades, matar camponeses. Tudo sem decreto presidencial.


Alvaro Linera e Evo Morales


Obviamente, para proteger o índio, era necessário um decreto. Para reprimir e matar índios, bastava obedecer ao que o ódio racial e de classe ordenava. Em cinco dias já há mais de 18 mortos e 120 feridos a tiros. Claro, todos eles indígenas.

A questão que todos temos que responder é: como é que essa classe média tradicional foi capaz de incubar tanto ódio e ressentimento que a levou a abraçar um fascismo racializado centrado no indígena como inimigo? Como ele irradiou suas frustrações de classe para a polícia e as Forças Armadas?

Foi a rejeição da igualdade, isto é, a rejeição dos próprios fundamentos de uma democracia substancial.

Nos últimos 14 anos de governo, os movimentos sociais tiveram como principal característica o processo de equalização social, redução abrupta da pobreza extrema (de 38% para 15%), extensão de direitos para todos (acesso universal à saúde, educação e proteção social), indianização do Estado (mais de 50% dos funcionários da administração pública têm uma identidade indígena, nova narrativa nacional em torno do tronco indígena), redução das desigualdades econômicas (de 130% para 45%, a diferença de renda entre os mais ricos e os mais pobres), isto é, a democratização sistemática da riqueza, acesso a bens públicos, oportunidades e poder estatal. (…)

Mas isso levou ao fato de que em uma década a porcentagem de pessoas na chamada classe média, medida em renda, aumentou de 35% para 60%, principalmente de setores indígenas populares.

É um processo de democratização dos bens sociais através da construção da igualdade material, mas que inevitavelmente levou a uma rápida desvalorização das capitais econômicas, educacionais e políticas pertencentes às classes médias tradicionais. (…)

É, portanto, um colapso do que era característico da sociedade colonial, a etnia como capital, ou seja, o fundamento imaginado da superioridade histórica da classe média sobre as classes subalternas, porque aqui na Bolívia a classe social é apenas compreensível e visível sob a forma de hierarquias raciais.

O fato de os filhos desta classe média terem sido a tropa de choque da insurgência reacionária é o grito violento de uma nova geração que vê a herança do sobrenome e da pele desaparecerem diante da força da democratização dos bens.

Embora exibam bandeiras da democracia entendidas como voto, na verdade se rebelaram contra a democracia entendida como equalização e distribuição da riqueza. É por isso que o excesso de ódio, de violência, porque a supremacia racial é algo que não é racionalizado. É vivido como um impulso primário do corpo, como uma tatuagem da história colonial na pele.

Portanto, o fascismo não é apenas a expressão de uma revolução fracassada, mas, paradoxalmente, também nas sociedades pós-coloniais, o sucesso de uma democratização material alcançada.

Portanto, não surpreende que, enquanto os índios colham os corpos de cerca de 20 mortos a tiros, seus autores materiais e morais narrem que o fizeram para salvaguardar a democracia. Na realidade, eles sabem que o que fizeram foi proteger o privilégio da casta e do sobrenome.

Mas o ódio racial só pode destruir. Não é um horizonte, nada mais é do que uma vingança primitiva de uma classe histórica e moralmente decadente que demonstra que por trás de cada liberal medíocre se esconde um golpista contumaz.




Quero ficar perto dela no recreio



Ricky Martin

O cantor tem dois gêmeos, Matteo e Valentino, nascidos de barriga de aluguel e, até pouco tempo, era pai solteiro. Em 2012 Ricky e Carlos se casaram em Nova York e agora formam uma família completa.

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Estamos perdendo nossa humanidade ? Pelos fatos relatados no texto abaixo parece que sim !


deboche morte marisa letícia


" Fod*, vagabunda morreu tarde ", diz mulher ao comentar matéria sobre morte de Marisa


"Fod**, morreu tarde. Vagabunda. Bandida", diz mulher ao comentar deboche de procuradores da Lava Jato sobre o falecimento de dona Marisa Letícia



A revelação pelo portal UOL de que membros da força-tarefa da Lava Jato tripudiaram da morte de Marisa Letícia foi uma das notícias mais comentadas na manhã desta terça-feira (27). As informações estão embasadas nos vazamentos do arquivo do The Intercept Brasil.

Dona Marisa Letícia deu entrada no hospital no dia 27 de janeiro de 2017, após sofrer um AVC hemorrágico. A morte cerebral foi diagnosticada no dia 3 de fevereiro. Um dia depois, a colunista do jornal Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, descreveu a agonia vivida por Marisa em seus últimos dias de vida.

Em abril deste ano, em entrevista à mesma colunista, o ex-presidente Lula disse que “Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela”.

“Dona marisa perdeu motivação de vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada”, continuou o presidente ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de a saúde da esposa ter sido afetada pelas investigações da Lava Jato.
“Querem que eu fique pro enterro?”

Nas conversas divulgadas na matéria mais recente dos portais Intercept e UOL, a visão apresentada pelos procuradores da Lava Jato era bem distante da humanizada.

No dia 24 de janeiro de 2017, quando foi noticiada a internação de dona Marisa Letícia, o procurador Januário Paludo escreveu no chat “Filhos do Januário 1”: “Estão eliminando as testemunhas…”

No dia 2 de fevereiro, quando saiu nos jornais que o cérebro da ex-primeira dama parou de receber sangue, a procuradora Laura Tessler disse no mesmo grupo: “quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização”.

No dia seguinte, quando confirmado o falecimento de Marisa Letícia, a procuradora Jerusa Viecili comentou: “Querem que eu fique pro enterro?”. A frase foi acompanhada com o símbolo de um emoticon sorrindo com os dentes à mostra.

No dia 4 de fevereiro, Telles disse sobre a nota de Mônica Bergamo descrevendo a agonia dos últimos dias de dona Marisa Letícia: “Ridículo… uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula…”

“Morreu tarde, vagabunda”

Ao comentar no Facebook a matéria da reação dos procuradores da Lava Jato diante da morte de Marisa Letícia, a internauta Fernanda Dress escreveu: “Foda-se, morreu tarde. #Vagabunda. #Ladra. #Bandida”.


(Reprodução/Facebook)



A publicação da internauta foi criticada por outros usuários. “Que gente escrota que apoia esse tipo de frieza e falta de compaixão. E ainda se dizem cristãos”, publicou um usuário.

“Até hoje não entendi todo furor que houve em torno de um evento do qual ninguém escapará. Quem está bem jamais vai se regozijar com a morte. Tanto é que elegeram alguém que tem a morte como um estandarte”, escreveu outra.

Para o advogado Arnobio Rocha, as conversas dos procuradores sobre a morte de Marisa, Vavá e Arthur são as mais cruéis e abjetas já reveladas até agora no escândalo da Vaza Jato.

“Os procuradores tratam de maneira sórdida as mortes de familiares de Lula. De forma jocosa e perversa, tramam como obstar a ida de Lula aos velórios de seus entes mortos. Ironizam, por exemplo, a internação de D. Marisa Letícia como ‘queima de arquivo’, por vezes como se a doença dela venha das ‘puladas de cerca do marido’, ou que o estado dela era “vegetal”, não servindo mais nem para testemunhar ou ser Ré”, observa Arnobio.

“A morte do irmão do ex-presidente traz uma discussão sobre a possível ida ao velório e enterro, e é vista não como um direito, mas como a oportunidade de Lula fugir, tabulam soluções para impedir e a todo momento a morte é tratada com desdém, a dor e o Direito são secundados”, continua o advogado.

“Na morte do neto de Lula, o pequeno Arthur, os procuradores aprofundam seus ódios e suas falas perversas, propõem a ‘solução Toffoli’, que era levar o cadáver até um local onde Lula o visse e não aparecesse para ninguém que estava velando o neto, assim, ele, Lula, não se vitimaria, não aparecendo publicamente”, acrescenta o advogado.

“Em todos os momentos, os procuradores da República, servidores públicos concursados, muito bem remunerados, formados em excelentes faculdades, a maioria públicas, uma espécie de elite do serviço público, tratam Lula como um inimigo público, sem direitos”, finaliza.












Peço a Deus que ilumine essa gente, diz Lula sobre diálogos da Vaza Jato


"Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará", afirmou o ex-presidente Lula ao comentar sobre os diálogos da Lava Jato sobre a morte de seus familiares.

247 - "Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes: minha esposa Marisa, meu irmão Vavá e meu netinho Arthur", escreveu o ex-presidente Lula, sobre os novos trechos de conversas de procuradores da Lava Jato, revelados pelo The Intercept e UOL, nesta terça (27), que tratam sobre a morte de familiares.

" Confesso que foi um dos mais tristes momentos que passei nessa prisão em que me colocaram injustamente. Foi como se tivesse vivido outra vez aqueles momentos de dor, só que misturados a um sentimento de vergonha pelo comportamento baixo a que algumas pessoas podem chegar. 
Há muito tempo venho dizendo que fui condenado por causa do governo que fiz e não por ter cometido um crime sequer. Tenho claro que Moro, Deltan e os procuradores agiram com objetivo político, pois me condenaram sem culpa e sem prova, sabendo que eu era inocente. 
Mas não imaginava que o ódio que nutriam contra mim, contra o meu partido e meus companheiros, chegasse a esse ponto: tratar seres humanos com tanto desprezo, como se não tivessem direito, no mínimo, ao respeito na hora da morte. Será que eles se consideram tão superiores que podem se colocar acima da humanidade, como se colocam acima da lei? 
Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará. 
Luiz Inácio Lula da Silva ”



Empatia : está faltando, infelizmente . . .


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Moradoras do bairro mais caro da Paraíba pedem a vereadora que impeça deficientes de irem à praia


O grupo, formado por moradoras do bairro do Cabo Branco, área em que fica o metro quadrado mais caro da Paraíba, disse que o projeto que promove a ida de pessoas com deficiência à praia incomoda e retira a beleza natural do local porque ali moram muitas pessoas ilustres.

Na manhã de ontem, 21, a vereadora Helena Holanda, de João Pessoa (PB), foi procurada por um grupo de mulheres que moram no bairro do Cabo Branco, área em que se encontra o metro quadrado mais caro da Paraíba. Elas pediram que a vereadora impedisse ou restringisse a presença de pessoas com deficiência na orla da capital paraibana. Helena é incentivadora do projeto Acesso Cidadão, da prefeitura do município, que leva as pessoas com deficiência ao banho de mar e a esportes aquáticos todos os sábados no trecho em frente à Fundação Casa de José Américo.

Sobre o pedido das senhoras, Helena Holanda declarou: “Reclamaram do som, mas nós só ficamos lá até o meio-dia e também vieram reclamar, em tom de intimação, a mudar o projeto de lugar porque estava incomodando e retirando a beleza natural porque ali moram muitas pessoas ilustres, muitas pessoas de renome e que a praia teria que ter uma história diferenciada. Eu não respondi à altura porque são pessoas idosas e eu devo receber as demandas e executar se puder e achar necessário. Essa eu jamais executarei. Pelo contrário, o projeto vai permanecer lá e será ampliado”.

A vereadora ainda acrescentou que, diante de sua recusa em restringir o projeto Acesso Cidadão, as moradoras sugeriram que ela cercasse a área utilizada pelos usuários: “Fizeram um pedido repetitivo para cercar o local do projeto, que fosse isolada e colocassem um portão”.

Para quem não conhece, o projeto Acesso cidadão objetiva fazer com que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham a oportunidade de aproveitar o fim de semana para tomar um banho de mar. As atividades tiveram início em dezembro de 2012.

O projeto, que também prevê o acesso a jogos esportivos, lazer e cultura, é resultado de uma parceria da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Planejamento (Seplan), com a Fundação Casa José Américo; a ONG Assessoria e Consultoria para Inclusão Social; e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad).






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Empatia

Priscilla Alcantara



Acredita em mim

Quando digo que provavelmente

Não irá viver sem chorar


Acredita em mim

Quando digo que, mesmo se o choro durar

A vida não vai parar


Gravei uma conversa

Em que uma voz disse uma coisa

Que procuro sempre lembrar


Veja o Sol

Mesmo com nuvens, escolheu aparecer

Então você

Mesmo sofrendo, tem que escolher crescer


Do mesmo lugar que você, eu vim

Como você, ao pó eu voltarei

Você é igual a mim

Então faça por mim

O que faria a você, ê, ê, ê, ê

O que faria a você, ê, ê, ê, ê


Acredita em mim

Quando digo que provavelmente

Não irá viver sem chorar


Acredita em mim

Quando digo que, mesmo se o choro durar

A vida não vai parar


Gravei uma conversa

Em que uma voz disse uma coisa

Que procuro sempre lembrar


Veja o Sol

Mesmo com nuvens, escolheu aparecer

Então você

Mesmo sofrendo, tem que escolher crescer


Do mesmo lugar que você, eu vim

Como você, ao pó eu voltarei

Você é igual a mim

Então faça por mim

O que faria a você (ê, ê, ê, ê)

(O que faria a você, ê, ê, ê, ê)