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Quem são pai e filho que protagonizaram vídeo comovente de reencontro após o covid-19





Pedro Zambarda

Luiz Filipe, de 5 anos, ganhou uma surpresa na noite do dia 23 de junho de 2020.

“Como você apareceu aqui, pai?”, perguntou o menino.

Ele chorou e, aos prantos, abraçou o pai, o coordenador pedagógico Filipe Augusto, 35, que estava internado há mais de 20 dias se recuperando de uma cirurgia de esofagectomia (retirada cirúrgica do esôfago). No hospital, o pai acabou contaminado pelo novo coronavírus. A emoção de pai e filho logo viralizou na internet. O vídeo foi gravado pela mãe de Luiz Filipe, Gisele Sabino, 38, que preparou a surpresa para o pequeno. Ao ver o pai sentado na cama, o menino perde a fala e fica sem acreditar. “Não vou chorar”, repete Luiz Filipe controlando a emoção. “Viu como ele está melhor, não está mais gordinho”, comenta apontando para Filipe. E basta o primeiro abraço para as lágrimas virem à tona. “Papai voltou!”, reiteram os dois abraçados.

Morador de Itupeva, no interior do estado de São Paulo, o coordenador pedagógico compartilhou o vídeo nas redes sociais na quinta (25). Além da gravação e de uma foto na porta do hospital, ele escreveu um texto no qual relata um pouco do que vivenciou:

“Após 28 dias internado, destes, uns 20 na UTI, finalmente estou em casa. Ainda não estou 100%, mas estar em casa é outra coisa. Primeiramente, fiz uma cirurgia de esofagectomia e estava tudo indo bem graças a Deus, e quando estava para ter alta infelizmente recebi a notícia da covid. Mas graças a Deus estou aqui. Vitória em dose dupla para honra e glória de Jesus. Não tenho palavras para agradecer todo apoio que eu e minha esposa recebemos. Agradeço a equipe médica que me acompanhou, estive em todos os momentos muito bem assistido pelos melhores, tanto na cirurgia como na covid. Além da equipe médica tive as orações de muitas pessoas que fizeram muita diferença nesta batalha que passei. Sei que não são poucas, pois tive a experiência de ter uma visão e ver a quantidade de pessoas que batalharam junto comigo, e isso me sustentou nesses dias internado. Nessa visão pude ver pessoas que nem conheço. Aqui é apenas uma síntese do que passei nesses 28 dias, pois a história é longa. Deixo o meu eterno agradecimento a todos que de alguma forma estiveram comigo. Sintam-se abraçados. Muito obrigado e que Deus abençoe grandemente cada um.”

Filipe deu uma entrevista na manhã deste domingo (28). Para ele, o apoio dos familiares foi determinante em todo o processo. Desde janeiro, ele vinha tratando um câncer de esôfago e estava com a cirurgia marcada para maio. Após o procedimento cirúrgico e perto de receber alta médica, Filipe foi diagnosticado com a covid-19. “Quando você recebe a notícia do vírus, seu mundo cai um pouco. Estava em um momento muito feliz, prestes a ter alta. A partir desse momento, você tem que estar confiando em Deus, com a cabeça boa para entender que existe um propósito naquilo tudo”, relata. Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Filipe não precisou ser entubado e esteve consciente durante todos os dias.

“A covid não é brincadeira. Via nos médicos uma preocupação. O vírus é instável. Para alguns pode ser mais agressivo, para outros não. Eu ainda era pós-cirúrgico”, relembra. O nível de oxigênio no sangue do coordenador pedagógico caiu e ele viveu a ansiedade, a angústia e o medo de ser entubado. “Você vai vivendo um dia de cada vez”.


Para se recuperar, além de todo o cuidado da equipe do hospital, Filipe contou com uma base de oração que o fortaleceu. “Sabia que tinha muitas pessoas, pessoas que nem me conheciam, orando por mim, pela minha família, pela minha esposa”, comenta. Ele também aceitou participar de uma pesquisa que usa o plasma de pacientes recuperados no tratamento de infectados pelo vírus. “Falo que foi uma vitória ao quadrado, porque estou curado da cirurgia e da covid”.

As informações são do Correio Braziliense. Confira o vídeo.










Quem são pai e filho que protagonizaram vídeo comovente de reencontro após o covid-19





Pedro Zambarda

Luiz Filipe, de 5 anos, ganhou uma surpresa na noite do dia 23 de junho de 2020.

“Como você apareceu aqui, pai?”, perguntou o menino.

Ele chorou e, aos prantos, abraçou o pai, o coordenador pedagógico Filipe Augusto, 35, que estava internado há mais de 20 dias se recuperando de uma cirurgia de esofagectomia (retirada cirúrgica do esôfago). No hospital, o pai acabou contaminado pelo novo coronavírus. A emoção de pai e filho logo viralizou na internet. O vídeo foi gravado pela mãe de Luiz Filipe, Gisele Sabino, 38, que preparou a surpresa para o pequeno. Ao ver o pai sentado na cama, o menino perde a fala e fica sem acreditar. “Não vou chorar”, repete Luiz Filipe controlando a emoção. “Viu como ele está melhor, não está mais gordinho”, comenta apontando para Filipe. E basta o primeiro abraço para as lágrimas virem à tona. “Papai voltou!”, reiteram os dois abraçados.

Morador de Itupeva, no interior do estado de São Paulo, o coordenador pedagógico compartilhou o vídeo nas redes sociais na quinta (25). Além da gravação e de uma foto na porta do hospital, ele escreveu um texto no qual relata um pouco do que vivenciou:

“Após 28 dias internado, destes, uns 20 na UTI, finalmente estou em casa. Ainda não estou 100%, mas estar em casa é outra coisa. Primeiramente, fiz uma cirurgia de esofagectomia e estava tudo indo bem graças a Deus, e quando estava para ter alta infelizmente recebi a notícia da covid. Mas graças a Deus estou aqui. Vitória em dose dupla para honra e glória de Jesus. Não tenho palavras para agradecer todo apoio que eu e minha esposa recebemos. Agradeço a equipe médica que me acompanhou, estive em todos os momentos muito bem assistido pelos melhores, tanto na cirurgia como na covid. Além da equipe médica tive as orações de muitas pessoas que fizeram muita diferença nesta batalha que passei. Sei que não são poucas, pois tive a experiência de ter uma visão e ver a quantidade de pessoas que batalharam junto comigo, e isso me sustentou nesses dias internado. Nessa visão pude ver pessoas que nem conheço. Aqui é apenas uma síntese do que passei nesses 28 dias, pois a história é longa. Deixo o meu eterno agradecimento a todos que de alguma forma estiveram comigo. Sintam-se abraçados. Muito obrigado e que Deus abençoe grandemente cada um.”

Filipe deu uma entrevista na manhã deste domingo (28). Para ele, o apoio dos familiares foi determinante em todo o processo. Desde janeiro, ele vinha tratando um câncer de esôfago e estava com a cirurgia marcada para maio. Após o procedimento cirúrgico e perto de receber alta médica, Filipe foi diagnosticado com a covid-19. “Quando você recebe a notícia do vírus, seu mundo cai um pouco. Estava em um momento muito feliz, prestes a ter alta. A partir desse momento, você tem que estar confiando em Deus, com a cabeça boa para entender que existe um propósito naquilo tudo”, relata. Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Filipe não precisou ser entubado e esteve consciente durante todos os dias.

“A covid não é brincadeira. Via nos médicos uma preocupação. O vírus é instável. Para alguns pode ser mais agressivo, para outros não. Eu ainda era pós-cirúrgico”, relembra. O nível de oxigênio no sangue do coordenador pedagógico caiu e ele viveu a ansiedade, a angústia e o medo de ser entubado. “Você vai vivendo um dia de cada vez”.


Para se recuperar, além de todo o cuidado da equipe do hospital, Filipe contou com uma base de oração que o fortaleceu. “Sabia que tinha muitas pessoas, pessoas que nem me conheciam, orando por mim, pela minha família, pela minha esposa”, comenta. Ele também aceitou participar de uma pesquisa que usa o plasma de pacientes recuperados no tratamento de infectados pelo vírus. “Falo que foi uma vitória ao quadrado, porque estou curado da cirurgia e da covid”.

As informações são do Correio Braziliense. Confira o vídeo.










Veja o que este garotinho tem a dizer para as mamães e papais


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Curta mostra amor de pai ao cuidar de cabelo crespo da filha



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Redação Hypeness

No início deste mês, a Sony Pictures Animation divulgou seu mais recente curta animado nas redes sociais. O vídeo conta a história de um pai aprendendo a fazer um penteado no cabelo crespo da filha.

As imagens apaixonantes fizeram com que o vídeo rapidamente atingisse 5 milhões de visualizações no Youtube.

Trata-se da história de uma menininha que quer fazer um penteado para um dia especial. Após tentar sem sucesso, um pai inexperiente no assunto decide ajudá-la a adotar o estilo escolhido.

O curta, chamado de “Hair Love“, havia sido originalmente lançado na abertura de “Angry Birds 2” e agora está disponível online para que qualquer pessoa possa ver. A produção foi financiada através de uma campanha no Kickstarter em 2017 e se tornou a campanha de financiamento de uma animação mais bem-sucedida da plataforma, arrecadando quase US$ 300.000 (ou cerca de R$ 1,2 milhão).

O resultado é uma animação sensível e com final surpreendente.

Dá o play para conferir :









Atriz Sandra Bullock faz crítica ao termo ' filho adotivo '


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Sandra Bullock é uma das estrelas mais famosas e queridas de Hollywood. Sandra nasceu em 26 de julho de 1964 em Arlington, Virgínia nos Estados Unidos. Desde pequena já apresentava grande desenvoltura para artes cênicas e após concluir os anos escolares tradicionais, se mudou para Carolina do Norte, onde se formou em teatro pela East Carolina University.

Sandra Bullock iniciou sua fama na década de 1990 em grandes filmes de sucesso, como Demolition Man, Sede, The Net, entre outros.

Foi nos anos 2000, devido a inúmeras atuações de sucesso, que Sandra se firmou de vez como uma grande estrela. Em 2004 foi aclamada pela crítica pela atuação em Crash, sendo assim logo agraciada com os maiores prêmios da indústria cinematográfica que chegariam em breve.

Sandra já foi premiada como melhor atriz no prêmio Saturno, já ganhou Globo de Ouro e, claro, ganhou o maior prêmio do Cinema: o Oscar de Melhor Atriz em 2010 pelo filme The Blind Side.

Tanto sucesso fez com que Sandra fosse a 14º mulher mais rica na indústria do entretenimento, com uma fortuna estimada de mais de 85 milhões de dólares. A atriz possui uma estrela na famosa “calçada da fama”, uma rua repleta de homenagens feita pela Câmara de Comércio de Hollywood com nomes de celebridades que contribuíram para a indústria do entretenimento.

Expressão ' filho adotivo ' recebe forte critica de Sandra Bullock

Sandra Bullock é mãe adotiva de duas crianças, uma de 8 e outra de 6 anos de idade.

Louis foi adotado em 2010 e Laila foi adotada em 2015, frutos de relacionamento de Sandra com o seu namorado Bryan Randall. Porém esta maneira de se referir as mães que adotam, fez com que a famosa atriz desse uma declaração que teve repercussão em todo mundo, e com apoio de atrizes brasileiras. Em uma entrevista Sandra declarou que não se deve referir a essas crianças como “crianças adotadas” ou “filhos adotivos” e sim apenas como “nossos filhos”.

A atriz disse ainda que ninguém chama uma criança de “filho de fertilização” ou ”resultado de uma noite embriagada em um bar”, sendo assim o termo “adotivo” é errado.

Atrizes brasileiras apoiam a declaração de Sandra Bullock

Algumas famosas brasileiras que são mães de crianças adotadas como, Regina Casé e Giovanna Ewbank apoiaram totalmente a declaração da atriz e usaram as redes sociais para apoiarem a colega de profissão.

A apresentadora Glória Maria também mãe adotiva fez uma postagem onde dizia que concorda plenamente com Sandra. Alguns fãs da atriz também se manifestaram e não mediram elogios à declaração da “Miss Simpatia” e afirmaram que a atriz esta coberta de razão e é um exemplo a ser seguido.







Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank são pais de Titi e Bless





Glória Maria é mãe de Maria e Laura






A apresentadora Astrid Fontenele é mãe do Gabriel



Cuidar dos Pais, um texto emocionante por Valter Hugo Mãe




Luiza Fletcher


Chega um momento na vida em que nós nos tornamos “pais” de nossos pais. Quando eles não estão mais em perfeitas condições, é o nosso momento de retribuir todo o amor e cuidado que eles sempre nos ofereceram de todo o coração. 



Muitas vezes, somos responsáveis por reeducá-los, estabelecer limites e os apresentarmos diferentes realidades de vida. Isso pode ser um grande desafio para nós, já que estamos acostumados a ser cuidados, mas não nos sentimos totalmente capazes de cuidar daqueles que nos cuidaram por toda a vida.

Ainda assim, essa pode ser uma das experiências mais enriquecedoras e emocionantes que podemos viver em nossas vidas. Nossos pais são algumas das pessoas mais importantes para nós, e fazer o nosso melhor por eles enquanto ainda estão ao nosso lado é um grande privilégio que precisamos reconhecer.

Abaixo está um texto emocionante de Valter Hugo Mãe, publicado originalmente em Público, sobre a sua rotina cuidando de sua mãe que nos propõe uma grande reflexão: o quanto estamos fazendo por essas pessoas que sempre fizeram tudo por nós? Nosso cuidado é fruto da obrigação ou do prazer, do amor? Leia o texto e inspire-se pelas palavras de Valter.

Cuidar dos pais 

Valter Hugo Mãe

A minha mãe é a minha filha. Preciso dizer-lhe que chega de bolo de chocolate, chega de café ou de andar às pressas. Vai engordar, vai ficar eléctrica, vai começar a doer-lhe a perna esquerda.

Cuido dos seus mimos. Gosto de lhe oferecer uma carteira nova e presto muita atenção aos lenços bonitos que ela deita ao pescoço e lhe dão um ar floral, vivo, uma espécie de elemento líquido que lhe refresca a idade. Escolho apenas cores claras, vivas. Zango-me com as moças das lojas que discursam acerca do adequado para a idade. Recuso essas convenções que enlutam os mais velhos.

A minha mãe, que é a minha filha, fica bem de branco, vermelho, gosto de vê-la de amarelo-torrado, um azul de céu ou verde. Algumas lojas conhecem-me. Mostram-me as novidades. Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar. Aniversários ou Natal, a Primavera ou só um fim de semana fora, servem para que me lembre de trazer-lhe um presente. Pais e filhos são perfeitos para presentes. Eu daria todos os melhores presentes à minha mãe.

Rabujo igual aos que amam. Quando amamos, temos urgência em proteger, por isso somos mais do que sinaleiros, apontando, assobiando, mais do que árbitros, fiscalizando para que tudo seja certo, seguro. E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos. Aos pais e aos filhos tendemos a amar incondicionalmente, mas com medo. Um amigo dizia que entendeu o pânico depois de nascer o seu primeiro filho. Temia pelo azedo do leite, pelas correntes de ar, pelo carreiro das formigas, temia muito que houvesse um órgão interno, discreto, que desfuncionasse e fizesse o seu filho apagar.

Quem ama pensa em todos os perigos e desconta o tempo com martelo pesado. Os que amam sem esta fatura não amam ainda. Passeiam nos afetos. É outra coisa.

Ficar para tio parece obrigar-nos a uma inversão destes papéis a dada altura. Quase ouço as minhas irmãs dizerem: “Não casaste, agora tomas conta da mãe e mais destas coisas.” Se a luz está paga, a água, refilar porque está tudo caro, há uma porta que fecha mal, estiveram uns homens esquisitos à porta, a senhora da mercearia não deu o troco certo, o cão ladra mais do que devia, era preciso irmos à aldeia ver assuntos e as pessoas. Quem não casa deixa de ter irmãos. Só tem patrões. Viramos uma central de atendimento ao público. Porque nos ligam para saber se está tudo bem, que é o mesmo que perguntar acerca da nossa competência e responsabilizar-nos mais ainda. Como se o amor tivesse agentes. Cupidos que, ao invés de flechas, usam telefones. E, depois, espantam-se: ah, eu pensei que isso já tinha passado, pensei que estava arranjado, naquele dia achei que a doutora já anunciara a cura, eu até fiz uma sopa, no mês passado, até fomos de carro ao Porto, jantamos em modo fino e tudo.

Quando passamos a ser pais das nossas mães, tornamo-nos exigentes e cansamo-nos por tudo. Ao contrário de quem é pai de filhas, nós corremos absolutamente contra o tempo, o corpo, os preconceitos, as cores adequadas para a idade. Somos centrais telefônicas aflitas.

Queremos sempre que chegue a Primavera, o Verão, que haja sol e aquecem os dias, para descermos à marginal a ver as pessoas que também se arrastam por cães pequenos. Só gostamos de quem tem cães pequenos. Odiamos bicharocos grotescos tratados como seres delicados. O nosso Crisóstomo, que é lingrinhas, corre sempre perigo com cães musculados que as pessoas insistem em garantir que não fazem mal a uma mosca. Deitam-nos as patas ao peito e atiram-nos ao chão, as filhas que são mães podem cair e partir os ossos da bacia. Porque temos bacias dentro do corpo. Somos todos estranhos. Passeamos estranhos com os cães na marginal e o que nos aproveita mesmo é o sol.

A minha mãe adora sol. Melhora de tudo. Com os seus lenços como coisas líquidas e cristalinas ao pescoço, ela fica lindíssima! E isso compensa. Recompensa. 

Comemos ao sol. Somos, sem grande segredo, seres que comem ao sol. Por isso, entre as angústias, sorrimos.


Postado em O Segredo



A mãe desnecessária



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A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. 

Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso. 

Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.

A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres.

Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.


Nota da página: Embora esse texto apareça na internet com diversas autorias, a autoria mais provável é da jornalista Márcia Neder.



Postado em Conti Outra



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5 frases para nunca dizer a pais de crianças deficientes


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Mesmo que a intenção seja a melhor possível, algumas frases ditas com muita frequência para pais de crianças com deficiência magoam e até ofendem. A seguir, confira 5 exemplos que devem ser evitados e as respectivas dicas de como agir adequadamente:

1. “ Pais especiais recebem filhos especiais ”

Pode parecer um elogio, mas traz uma mensagem dúbia. O fato de ter um filho com deficiência não faz de ninguém uma pessoa melhor ou pior. A maneira com que os pais lidam com a situação, sim, podem transformá-los e levá-los a enxergar as coisas de outra forma. Por trás desse clichê, há a ideia de que esses pais “mereceram” uma criança com deficiência e, por isso, devem suportar todas as implicações que isso traz sem reclamar. O bordão minimiza o sofrimento e a luta dessas pessoas.

Quer dar uma palavra de apoio? Que tal substituir por “Vocês são os melhores pais que essa criança poderia ter”?

2. “ Você deve cuidar bem de si para cuidar melhor de seu filho ”

A frase é destinada especialmente às mães (reflexo de machismo). Embora haja uma parcela de verdade, soa ofensiva. Afinal, ninguém sabe o quão atribulada é a rotina dos pais. Além de muitas vezes exigirem cuidados diferenciados em casa, as crianças costumam frequentar fisioterapia, consultas médicas, fonoaudiólogo etc. Quem não gostaria de passar algumas horas se cuidando em vez de coordenar horas de terapia e outras coisas da família?

Se a intenção é ajudar a pessoa que está precisando de um tempo para si, não critique. Ofereça algumas horas do seu próprio tempo para cuidar da criança enquanto a mãe vai sair com amigos ou o pai quer cortar os cabelos (ou apenas quando eles querem tirar uma soneca). Essa colaboração será mais do que bem-vinda.

3. “ O que houve com o seu filho? ”

É um pecado mortal desejar saber o que se passa com a criança? Não. Só que, em algumas circunstâncias, os pais não têm todas as respostas. Há casos em que os diagnósticos demoram anos para terem uma conclusão. E, em português claro, esse tipo de informação não é da conta de ninguém. Aliás, é um direito dos pais proteger a privacidade do filho e que devem falar sobre o assunto apenas se tiverem razões apropriadas para isso.

Se você está perguntando por querer demonstrar seu interesse, o melhor, sempre, é mostrar que está à disposição para ouvir. Seus amigos têm um filho com uma deficiência e estão cheios de problemas? Deixe que desabafem, sem fazer perguntas.

4. “ Como você consegue? Deve ser muito difícil…”

Criar filhos não é fácil. Mas, a partir do momento em que alguém escolhe ser mãe ou pai, procura dar o seu melhor, independentemente de o filho nascer ou não com uma deficiência. Comparar uma criança a um fardo é de um tremendo mau gosto, insensibilidade e um engano: crianças sempre dão alegrias aos seus pais. E cada um se vira com o que tem e como pode, e isso não é da conta de ninguém.

Mais uma vez, vale a dica: se você está realmente preocupado com a rotina sobrecarregada dos pais de uma criança (qualquer uma, aliás), ofereça ajuda. Se os pais estão sem tempo de ir ao banco pagar uma conta, faça isso. Comprar mantimentos no mercado, tomar conta das crianças, levar o carro no mecânico… Qualquer coisa útil.

5. “ Só nos é dado aquilo com que conseguimos lidar ”

Isso supõe que a pessoa tem de enfrentar ou aprender a encarar a situação. A questão é: e se ela não puder lidar com isso? Ou, pior, e se essa frase for dita justamente no momento em que os pais desejam compartilhar suas angústias e pedir ajuda? Dizer algo assim pode fazer com que eles sintam que não podem discutir seus sentimentos e preocupações, porque eles “supostamente” devem saber lidar bem com as circunstâncias.

Quando a sua intenção é mostrar admiração por uma pessoa que cuida bem do filho ou filha, troque a frase acima por “Eu admiro seu esforço e dedicação”. É mais gentil.


Fonte: Juliana Endres, especialista em turismo/hotelaria, mãe de Isadora, 3 anos, que tem Síndrome de Williams; Leticia Gomes Gonçalves, psicóloga, doula, consultora em disciplina positiva, escritora no blog Conversa entre Marias e tia do Levy, 7 anos, que tem paralisia cerebral; Marley Galvão, jornalista, escritora no blog Mundo da Bela, mãe de Isabela, 6 anos, que tem paralisia cerebral; Monica Pessanha, psicopedagoga e psicanalista infantil e de adolescentes, de São Paulo (SP), e Sueli Adestro, coordenadora da equipe da área pedagógica do serviço de reforço escolar Tutores BR (UOL).


Postado em Pragmatismo Político em 15/09/2017



Não basta ser pai, tem de participar ! Veja 10 dicas para aumentar a interação com seus filhos



Paternidade não é atividade de lazer. Por muito tempo, a figura paterna se manteve distante da rotina dos filhos, e as funções ficavam restritas à mãe. Transformações sociais e culturais e novos arranjos familiares têm forçado uma mudança nessa realidade. Muitos homens já descobriram que é preciso uma divisão igualitária no papel dos progenitores. Já existem muitos pais buscando dividir as responsabilidades do
lar, levando filho para a escola, dando banho, brincando e ajudando nas
tarefas escolares. Como se trata de um comportamento ainda recente, os homens ainda estão em busca de um modelo ideal de pai a ser seguido. Pensando
nisso, Lilian Zolet, psicóloga
especialista em terapia cognitivo-comportamental e autora do recém-lançado
livro ‘Síndrome do Imperador – Entendendo a mente das crianças mandonas e
autoritárias’, elaborou 10 dicas para o pai aumentar sua interação com o filho
e ser mais presente. Aproveite o Dia dos Pais e já comece já a colocar essas
atitudes em prática! 




Paternidade não é atividade de lazer. Por muito tempo, a figura paterna se manteve distante da rotina dos filhos, e as funções ficavam restritas à mãe. Transformações sociais e culturais e novos arranjos familiares têm forçado uma mudança nessa realidade. Muitos homens já descobriram que é preciso uma divisão igualitária no papel dos progenitores. 


Já existem muitos pais buscando dividir as responsabilidades do lar, levando filho para a escola, dando banho, brincando e ajudando nas tarefas escolares. Como se trata de um comportamento ainda recente, os homens ainda estão em busca de um modelo ideal de pai a ser seguido. 



Pensando nisso, Lilian Zolet, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental e autora do recém-lançado livro Síndrome do Imperador – Entendendo a mente das crianças mandonas e autoritárias, elaborou 10 dicas para o pai aumentar sua interação com o filho e ser mais presente. Aproveite o Dia dos Pais e já comece já a colocar essas atitudes em prática !







Segundo a terapeuta, os homens vivem um dilema. Não querem ser muito rígidos e distantes, e criarem filhos inseguros e com dificuldades emocionais, mas também não pretendem ser super protetores, e permitirem que a criança se torne um verdadeiro “imperador doméstico”, com comportamentos mandões e autoritários, que não seguem as regras. Veja, a seguir, as propostas da especialista.



1) Participe da rotina do seu filho. Mostre o quanto ele é importante para você. Sempre que possível faça as refeições em família. Converse e fale sobre os seus sentimentos, conte histórias, auxilie nas atividades escolares, ofereça orientações para a criança.



2) Colabore nas decisões que envolvem seu filho: escola, médico etc.



3) Seja firme diante das birras. Ensine ao seu filho o jeito certo de pedir e fazer. Administre as suas emoções e jamais aja com raiva.



4) Escute atentamente o seu filho. Observe o que ele sente e o que fala.



5) Converse com o seu filho. Sempre mantenha um diálogo aberto e não um interrogatório.



6) Observe as habilidades e reforce o esforço da criança.



7) Seja carinhoso. Jamais use palavras que diminuam a estima do seu filho.



8) Brinque. Tenha momentos de diversão com seu filho. O mais importante é a qualidade do tempo dedicado a criança.



9) Dedique-se e permita-se a aprender com seu filho.



10) Seja um exemplo positivo para seu filho. Diante da separação conjugal, por exemplo, mantenha-se participativo na rotina do filho. Jamais fale mal do cônjuge ou brigue na frente da criança. Lembre-se que a separação é do vínculo entre o casal e jamais dos papéis de mãe e pai.







Filhos: o notável cuidado homossexual


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Nos EUA, pesquisa revela : família-margarina não é única.
Casais homoafetivos dedicam mais tempo para os filhos que a média. Tendência tem a ver com opção ativa pela paternidade.


Marcio Caparica, no LadoBi

Já está ficando repetitivo, mas o batalhão pró-família-de-margarina é ainda mais monocórdio com seus temores sobre “o que será das criancinhas”, então a gente não perde a oportunidade de bater na mesma tecla para desancá-los. 

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de População da Universidade do Texas descobriu que famílias formadas por casais homoafetivos dedicam muito mais tempo a seus filhos que casais heterossexuais, segundo o jornal britânico The Independent.

O estudo analisou informações fornecidas pelo Censo norte-americano a respeito de mais de 40 mil casais. Pares de duas mães passavam em média 100 minutos por dia com seus filhos, e pares de dois pais pouco menos que isso. Em comparação, os pais em casais heterossexuais dedicam em média apenas 50 minutos por dia com seus filhos.

Contabilizadas nessas análises estão horas gastas em atividades que envolvem as crianças: ler para elas, brincar com elas, ajudar na lição de casa, dar banho, levar ao médico. Atividades passivas como assistir televisão ou fazer faxina com o filho por perto não entraram na conta.

Kate Prickett, autora desse trabalho, declarou: “Nossas descobertas corroboram com a ideia de que casais homoafetivos investem tanto tempo quanto – ou até mais – em seus filhos que casais heterossexuais.”

Esse estudo não se preocupa em esclarecer as razões para esse fenômeno, mas Prickett tem algumas especulações a fazer: 

“Em primeiro lugar, é possível que isso se deve em grande parte à seleção das pessoas. Ou seja, pela maneira como forma-se essas famílias, seja porque o casal se formou quando um dos parceiros já tem um filho, seja por meio de inseminação artificial, barriga de aluguel, ou adoção, todas essas opções realizam-se quando há um desejo muito grande de se ter filhos. Além disso, criar os filhos continua a ser um processo sexista. Homens que formam casais com mulheres ainda tendem a serem os responsáveis pelo ganha-pão, enquanto suas parceiras encarregam-se da maioria das responsabilidades domésticas.”

Jane Czyzselksa, editora da revista Diva, voltada para mulheres homossexuais e bissexuais, considera algumas outras razões:

“Pais homoafetivos tendem a investir mais tempo planejando como terão seus filhos – nada acontece ‘por acidente’, afinal de contas. O medo da discriminação na escola vinda de pais e professores heterossexuais também deve fazer que alguns desses casais se esforcem ainda mais.”

Tor Docherty, executivo-chefe da organização New Family Social, que promove a adoção por casais LGBT, complementa: 

“Para todos os pais adotivos, dedicar tempo à criança é fundamental para se desenvolver os laços familiares. Pessoas LGBT são forçadas a desenvolver a própria autoconfiança e autoestima, o que as torna adequadas para ajudar uma criança que precisa encontrar seu lugar no mundo.”

Essa pesquisa vai de encontro com outra, realizada pela PriceWaterHouseCoopers em conjunto com a Families and Work Institute e divulgada em junho, que constatou que casais homossexuais comunicam-se melhor e compartilham as tarefas domésticas de forma mais igualitária que os casais heterossexuais.

Parece que a família tradicional tem bastante a aprender com os homoafetivos.

Postado no Outras Mídias em 28/10/2015


Antes que eles cresçam !









Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.


É que as crianças crescem de uma maneira independente, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.

Crescem sem pedir licença à vida.

Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com uma alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.

Um dia sentam-se perto de você, no terraço, e dizem uma frase com tal maneira que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquele pequeno ser e que você não percebeu?

Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com enfeites e o primeiro uniforme do maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você agora está ali, na porta da boate, esperando que ela não apenas cresça, mas que apareça...

Ali, estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam radiantes, sorrindo, de cabelos longos e soltos.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão os nossos filhos com uniforme da sua geração.

Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas que pareciam intermináveis.

E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com os acertos e erros.

Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam.

Chega um período em que os pais vão ficando um pouco mais órfãos dos filhos.

Não mais os pegaremos nas portas das boates e das festas.

Não temos mais os uniformes do colégio e aqueles famosos ataques da adolescência passarão a fazer falta... Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.

Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles, ao anoitecer, para ouvirmos a sua alma respirando. Deveríamos ter acolhido com mais carinho quando corriam à nossa cama, durante a madrugada...

Conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos, hoje fazem falta.

Não os levamos suficiente ao Playcenter, ao shopping; não lhes demos suficientes hambúrgueres e refrigerantes, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.

Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.

No princípio, iam à casa de praia entre embrulhos, biscoitos, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amigos de infância.

Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes, as cantorias sem fim e a insistente pergunta: “Pai, ainda falta muito?”

Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.

Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudade daquelas verdadeiras "pestes".

Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.

E que a conquistem do modo mais completo possível.

O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.

O neto é a hora do carinho ocioso não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.

Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.

Esperar... Esperar... Vamos ficando verdadeiros craques nisso.

Olhamos para a porta de nossas casas e lembramos quando eles chegavam da escola esbaforidos, com o uniforme todo sujo e sempre morrendo de fome.

Hoje, eles entram carregando a chave do carro, trazendo junto tudo o que passaram durante a semana e que agora vão dividir com os seus pais.

É... Chego à conclusão de que eu não tenho mais como segurar aquela criança no meu colo... Tê-la nos meus braços como se fizesse parte do meu corpo, hoje é apenas um sonho...

Suas asas já estão muito grandes e a vontade deles de voar é ainda maior.

Por isso, é sempre necessário fazer alguma coisa, antes que eles cresçam. 


Affonso Romano de SantAnna






Mães, escolham o amor para crescer




Isha

As mães de hoje se veem confrontadas com um desafio múltiplo, cada vez mais complexo. Sua profissão, os filhos, a família e o mais importante: o aumento das inseguranças, os medos que se sentem magnificados, as incertezas, as perdas, as crises etc.. Tudo isso afeta todos os âmbitos e relações, especialmente consigo mesma, cuja expressão se dá em sua autoestima, nos estados anímicos ou na saúde emocional.

Tendemos a classificar a boa ou a má mãe, mas somente existe este ser humano com função maternal entre outras, que está fazendo o melhor que pode a cada momento. 

Eu creio no coração puro das pessoas com uma boa intenção, muitas vezes apenas manifestam exteriormente suas limitações e seu controle porque estão com medo. Então, o que eu sugiro a todas as mulheres, sejam mães ou não, é focar-se em si mesmas, em aprender a se amarem incondicionalmente, pois assim, poderão amar a todos: filhos, companheiro, familiares, amigos, sem se sentirem exigidas, nem exaustas, descobrindo essa fonte inesgotável de bem-estar, saúde, paz, alegria e amor. 

Essa fonte está dentro de si mesma e isto é o que ensino; através da prática do sistema Isha, começamos a eliminar as pegadas do medo e a expandir o amor por dentro.

As mães se esforçam por dar, dar, dar a todos e elas ficam por último. Ao longo da história, temos recebido os comentários que se uma mãe se ocupa de si mesma é egoísta, mas realmente, honestamente, é assim? Como podemos esperar ter o necessário para dar a outros, se não temos para dar a nós mesmas?

Todas sabemos internamente o que significa isto; eu sempre dava a todos ao meu redor, cuidava de todos e terminava esgotada e com um ressentimento silencioso que crescia até que transbordava. Entendem do que eu estou falando, não é verdade?

O poder de mudar e tomar as decisões de acordo com o que necessitamos a cada momento está dentro de cada um de nós, não se perde nada em experimentar novas respostas, escolher de maneira diferente.

As opções que temos são normalmente duas: escolher a partir do medo ou do amor. E como sempre digo: "somos o que escolhemos, escolham o amor".

Falando de forma prática, para que as mães se sintam melhores em sua relação consigo mesmas e com os demais, seguramente terão que abraçar as mudanças. Se estão sempre criticando-se ou aos outros, começar a apreciar-se e ao ambiente, cada detalhe; se estão queixando-se, começar a agradecer pela coisa mais insignificante e pequena.

Você terá tudo a seu favor, se você se propuser a mudar, crescer, aprender a fluir em cada momento com o que a vida lhe traz. Não se pode controlar a vida, então, nossa opção é crescer, expandir nossa consciência, aprender a nos amar incondicionalmente e melhorar nossa qualidade de vida interna e externa.

Assim, a vida se torna um descobrimento, uma aventura a ser vivida, ao deixar-se surpreender e estar presente a cada momento com o que se é.

A mãe é uma mulher respondendo em diferentes oportunidades, a necessidades várias; se ela se foca em crescer, expandir sua consciência, em ser mais amor e viver esta liberdade, confiança, alegria e paz que essa expansão de sua consciência traz, sua expressão, em áreas distintas terá essa cor, esse aroma; compartilhará em cada momento, sendo mais, seu ser brilhando em sua excelência. 

Desta forma, criará uma maravilhosa vida, sendo mulher, um ser humano cada vez mais pleno. 

E sua prioridade interna deve ser estar em contato consigo mesma, seu sentir, sua expressão, compartilhando sempre sua verdade, sendo transparente e não transigindo com o custo do autoabandono, mas dizendo exatamente o que sente, em cada momento; e assim criará também isto fora e se sentirá bem consigo mesma e com seu ambiente.

Também como mãe, estará dando um exemplo de ser para seus filhos, de impecabilidade, de verdade, de sensibilidade, de ética e valores que são sua ação, de honestidade, da força que traz a vulnerabilidade, de amor, de alegria e, sobretudo, de paz consigo mesma, que inspirará a quem a rodeia. 

A mãe, sendo um ser humano consciente, momento a momento, focada em seu coração, expandindo sua consciência, escolhendo o amor, sendo sensível, natural e sem máscara de forte, vai ter uma presença de autoridade que inspire. 

Não necessita apresentar uma imagem para isso, vai ser uma energia que se irradia de forma natural, que não tem medo e nem inspira medo, mas que se respeita e é respeitada de forma natural; a autoridade que irradia o amor, que se entrega a tudo e respeita. 

O mais importante é que esteja conectada consigo mesma e que se desfaça da fantasia, que não seja para que os outros lhe deem, que não seja para ter algo para se agarrar (o filho), mas que tenha tanto amor em si que sobra para poder compartilhar. Senão, transforma-se nestas situações esgotantes, pois havia imaturidade emocional. 

A mulher tem que poder e saber nutrir esta menina que está dentro e quando tenha que nutrir o filho no externo, será a partir do amor e fluirá sem dúvida.

Tudo que tenho compartilhado com as mães, é válido para os pais, com o acréscimo de que terá que aprender a fluir com o dia a dia da transformação física e emocional da mãe, momento em que terá uma grande oportunidade para compartilhar com ela a abundância de seu amor.

E se neste momento o pai sente que não pode, é uma grande oportunidade para crescer neste aspecto, descobrir-se, ser mais e amadurecer, não mais menino, mas homem sensível, vulnerável, proativo e todas as suas qualidades de ser.

E neste processo de transformar-se em mãe e em pai, de abrigar o crescimento deste novo ser chegando, sua sensibilidade e sua transformação inevitavelmente vão inspirando todos a seu redor a fluir e mudar também. 

Tem-se transmitido, através dos anos, superstições e medos à mãe, que vão passando de geração a geração, perpetuando medos que talvez não sejam realidade de forma alguma. 

Hoje em dia, a tecnologia tão avançada, dá um apoio muito grande à futura mamãe e sua família e membros ao redor podem então atualizar-se e crescer, transformando a experiência da gravidez e a chegada do novo ser em uma grande celebração individual e coletiva. 

Um novo ser chegou vibrando amor incondicional, a liberdade absoluta e livre do medo, para nos dar o presente da plenitude, para os adultos recordarem aquilo que nosso coração sabe e criar desde uma experiência adulta, um mundo em paz, em celebração e amor, respeitando essa inocência verdadeira.



Isha 
Mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.isha.com.



Postado no site Somos Todos Um



O cara mais legal do mundo




Nena Medeiros

Oi! Eu me chamo Alvinho. Tenho quase oito anos, mas o que eu vou contar pra vocês aconteceu há muito tempo, quando eu ainda era bem criancinha. Eu só tinha seis anos.

Foi assim:

Eu morava com a minha mãe e com o meu pai e era muito feliz. A gente não era rico, eu não tinha tudo o que queria, como outros meninos que eu conhecia, mas eu amava minha família. Minha mãe era perfeita: doce e carinhosa e, até quando se zangava comigo, ela nunca gritava. Ela me fazia sentar no colo dela e me explicava bem explicadinho o que eu tinha feito de errado. Ela falava de um jeitinho tão especial, que eu me sentia era culpado por estar levando bronca.

Já o papai... Ah! O papai era o cara mais legal do mundo! Ele conhecia todas as brincadeiras, todas as histórias do universo inteiro!

Ele e mamãe viviam se beijando. Eu fingia que tinha ciúmes, mas eu gostava era de ver os dois namorando. Muitos de meus colegas moravam só com a mãe, outros só com o pai e tinha até uma menina que morava com os avós. Eu, não. Eu morava com o papai e a mamãe e nunca que eu queria mudar isso. Aliás, queria sim! Queria muito ter um irmãozinho.

Mas, aí, aconteceu. Eu desci do ônibus da escola numa manhã e ouvi os gritos. Fiquei com tanto medo! Eu não entendia o que estava acontecendo. Só vi que eles estavam brigando e era pra valer! Quando eu entrei, eles tentaram disfarçar. Até parece! Eu era criança, mas não era bobo! Ainda mentiram pra mim que estava tudo bem, mas eu vi que a mamãe tinha chorado e o papai parecia muito triste.

- Que foi? - perguntei
- Nada, querido! - mamãe me abraçou.

Daí, o papai falou, com a voz bem séria: “É melhor dizer a verdade.”

Ela me puxou para o sofá, me fez sentar no colo dela. Achei até que eu ia levar bronca. Acho que teria sido bem melhor do que ouvir o que ela me disse.

- A verdade, Alvinho, é que seu pai está indo embora.

Foi uma choradeira só. Eu gritava que não, eles diziam que não tinha mais jeito, que era melhor assim. Eu lembro que eu só ficava repetindo que, se era culpa minha, eu ia melhorar, eu ia ser um bom menino. Eles juraram que não, que eu não tinha culpa de nada. Mas, vai acreditar nisso, numa hora dessas!

Papai prometeu nunca me abandonar. Mas, aí, arrumou as malas e saiu.

Este foi o dia mais difícil da minha vida! Nunca chorei tanto. Nem quando eu prendi o dedo na porta do carro e tive que dar pontos. Nem mesmo quando o meu peixinho morreu.

À noite, eu não conseguia dormir, então, fui pra a cama da mamãe.

Ela também estava acordada, e nós ficamos conversando. Mas, ela não me contou a verdade.

No outro dia, meu pai me buscou na escola, brincou comigo, contou histórias, depois me deixou em casa. Ele também não quis me contar a verdade. Nem nos outros dias. Minha mãe continuava cuidando de mim. Eu sentia falta do sorriso dela e de ver os dois juntos, mas, aos poucos fui me acostumando e a vida nem mudou tanto assim. Ela continuava sendo perfeita e ele, quando vinha me ver, continuava sendo o cara mais legal do mundo.

Pelo menos, até àquele dia, quando tudo mudou.

Era aniversário da minha mãe e meu vô me levou no shopping pra comprar um presente. Foi quando eu vi. Papai estava lá, com uma moça e ele olhava pra ela do mesmo jeito que antes olhava para a mamãe. Os dois andavam de mãos dadas e então, se beijaram. Larguei a mão do vovô e corri até eles. Eu xingava e batia nela e também tentei bater nele, mas ele me segurou e, logo meu vô me segurou também e me levou dali.

Eu não podia acreditar que meu pai tinha trocado a minha mãe por aquela mulher feia e burra e chata! Bem que a Suzaninha me falou e eu não quis acreditar! Ela me disse que com o pai dela tinha sido a mesma coisa, mas o meu pai, não! Ele não ia fazer isso com a gente.

Depois disso, eu não queria mais falar com ele. Ele bem que tentou. Até a mamãe quis me convencer que ele ainda era o mesmo e que ele continuava me amando muito. Eu não queria saber! Era ele aparecer na porta da escola e eu me escondia na sala da diretora. Lá em casa, e eu corria pra casa do Cesinha. Ele trazia presentes, eu jogava fora.
Olha! Isso durou um tempão.

Aí, um dia, quem apareceu na porta do meu colégio, foi a tal moça que eu vi com ele. Era muita cara de pau mesmo! Eu já ia correr para dentro da escola de novo, quando vi minha mãe, também. As duas estavam juntas e a moça chorava.

Mamãe se aproximou:

- Alvinho, seu pai...
- Não quero saber! - eu gritei zangado, mais pra moça saber que eu tava zangado do que por não querer saber. Na verdade, eu queria muito saber. E estava morrendo de medo. Afinal, minha mãe não estaria ali se não tivesse um bom motivo.

- Filho! Presta atenção! - a mamãe falou, bem séria. - Esta aqui é a Mariella. Ela veio levar você para ver seu pai.

- Não quero!
- Ele sofreu um acidente, Alvinho! - a tal Mariella falou.

Um acidente!? Meu pai!? Mas, como? Eu me perguntava, sem falar nada, porque minha voz não saia. A tal Mariella me deu a mão. Olhei para minha mãe e ela fez um sinal com a cabeça, como se me mandasse seguir a moça. Eu fui, mas não lhe dei a mão. Só saí andando junto.

Meu pai estava no hospital, todo enfaixado, a voz bem fraquinha...

Ele me pediu perdão, explicou que essas coisas acontecem mesmo com gente grande, que ele não queria magoar a mamãe nem a mim, mas quando ele conheceu a Mariella ele se apaixonou e ela também.

- O resto da história você já sabe, Alvinho. - ele disse e então, começou a tossir, sem parar. Os aparelhos do quarto fizeram um barulhão e logo tinha um monte de médicos e expulsaram a gente de lá.

- Já chamei sua mãe. Ela vem buscar você. - a moça disse.

- Ele vai morrer? - eu perguntei a ela. Só pensava no meu peixinho. Não queria que meu pai morresse.
- Eu não sei! - ela respondeu, chorando.

Eu chorei também. Ela me abraçou e foi assim que a mamãe encontrou a gente, quando chegou. Acho que ela não gostou muito de me ver abraçado com a moça, então, eu corri pro colo dela.

Ficamos ali ainda um tempo. Depois, o médico veio falar com a gente e disse que ele estava bem, mas que precisava dormir um pouco.

Meu pai saiu do hospital no meu aniversário e fez questão de vir na minha festinha. Ele ainda estava com uma faixa no peito e a voz era bem baixinha, meio rouca. Ele contou sobre o acidente e contou também outras histórias e acabou que todo mundo queria ouvir as histórias dele.

Naquele dia, ele voltou a ser o cara mais legal do mundo. Eu ainda quis que ele e a mamãe voltassem a ficar juntos, mas não deu certo. Ele casou com a tia Mariella, que afinal, não é tão feia, burra e chata assim e a mamãe voltou a sorrir. Acho que é por causa do tio Joaquim, que ela conheceu um pouco depois. Ele é muito divertido, de vez em quando a gente joga bola e ele me deixa ganhar. Ela diz que eles são só amigos, mas agora, que eu já sou um rapazinho eu bem sei que eles estão é namorando.

De toda essa história, eu aprendi que crescer é muito complicado, que as coisas nem sempre saem do jeitinho que a gente espera, mas que depois vão se ajeitando. O amor, como bem disse o vovô, é mesmo a cura para todo mal.

Minha mãe ainda é perfeita, meu pai continua sendo o cara mais legal do mundo e eu amo minhas duas famílias. Ah! E quer saber? A tia Mariella está com um barrigão... Logo, logo vou conhecer o meu irmãozinho!

Postado no blog Vou-de-Blog