Princípio e fim da elite brasileira : pilhar e expatriar



Lula Miranda

O princípio do poder imperial, na época do colonialismo, podia ser resumido a essas duas ações: saquear e expatriar. O "direito" ditado pelo chamado poder de guerra e seus consequentes "espólios" é bastante conhecido. 

Você deve saber que a maior parte das obras de arte expostas nos grandes museus da Europa é oriunda de pilhagens e "expropriações" nas guerras. Deve saber também que países desenvolvidos e "civilizados" da Europa, como Holanda, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Portugal fizeram sua acumulação primitiva de capital escravizando povos, extraindo riqueza das "suas" colônias e remetendo para a metrópole. Isso a gente aprende nas aulas de história.

Sociólogos e antropólogos variados já escreveram diversos ensaios e tratados onde analisam e documentam que, depois que as antigas colônias conseguiram sua suposta e só aparente independência, as elites governantes, que ficam e assumem o manietado poder local, curiosamente, ainda mantinham entranhados em seus hábitos e costumes o princípio da subordinação, mas, principalmente, o da pilhagem e da expropriação aprendidos com os colonizadores europeus.

Esse, segundo os estudos e análises desses diversos intelectuais, seria, grosso modo, uma espécie de "determinismo econômico-cultural", de "fatalismo": a grande mazela ou cacoete atávico que acomete nossas elites.

Algo que também poderia ser denominada de "síndrome do Dilúvio" ou "síndrome da arca de Noé. Ou ainda, num linguajar mais popular de nossas áridas paragens, o velho determinismo do ditado "farinha pouca, meu pirão primeiro".

Parece-me nítido que não havia, e, creio, ainda não há, da parte de porção significativa de nossas elites, uma preocupação em construir uma nação lastreada nos mais básicos princípios civilizatórios e comprometida com o bem-estar de seu povo.

Parecem, no fundo, por mais incrível que isso possa soar, movidos pelo mesmo impulso bestial que move populações mais pobres quando diante de uma carga tombada em um acidente na estrada, por exemplo: "quero é garantir o meu e dos meus. O resto não importa".

O "detalhe" é que, em verdade, o aludido "resto" é o que de fato importa.

Resolvi escrever esse artigo depois que li, em matéria publicada no blog Diário do Centro do Mundo, que a governadora Roseana Sarney teria depositado a soma de 150 milhões de dólares (cerca de R$360 milhões em valores de hoje) nas ilhas Cayman (ou Caimã), segundo informações vazadas pelo Wikileaks lá atrás, em 2009.

Se verídica essa informação, o crime dessa governante se agiganta e se torna ainda mais grave do que já é em si. Pois, sabemos todos, o Maranhão é um dos estados brasileiros que vive afundado na mais aviltante pobreza.

Pilhagem e expatriação

Um ministro do Supremo recentemente comprou um apartamento em Miami. É um direito dele, ninguém questiona isso. Mas a mimese aqui é semelhante a da síndrome dos crioulos colonizados, os brancos nascidos na América, mas descendentes de europeus. 

Veja bem: um cidadão negro, de origem humilde, sobe na vida por seus próprios esforços, méritos e talentos, mas "ao fim e ao cabo" assume a mesma postura da elite branca, brega e rastaquera: assegura a sua "arca de Noé" no "paraíso" de Miami. Afinal, amanhã ou depois poderá advir o grande Dilúvio e é preciso preservar a própria espécie. Não é mesmo?

Essas notícias não trazem em si nenhuma novidade. Paulo Maluf foi acusado de possuir centenas de milhões de dólares em contas em outro paraíso fiscal – o que ele nega peremptoriamente. Inúmeros outros governantes já foram acusados de possuir semelhante "poupança" – já que o velho, bom e honesto "porquinho" tornou-se brincadeira de criança.

Recentemente, foram descobertas somas milionárias escondidas na Suíça. Depósitos que teriam sido feitos a título de propina em nome de operadores ligados a políticos do PSDB e do PPS. Certamente há, nos chamados "paraísos fiscais", também depósitos feitos por operadores do PT, do PMDB, do PSB, do PTB etc. Mas, como se sabe, é tudo "mentira": "intrigas da oposição"; tudo parte integrante do nosso "folclore político".

Quando conhecemos os princípios – ou a falta destes – das nossas elites e dos nossos governantes mais conservadores e reacionários, fica fácil entender porque existe a indigência, a pobreza, a violência, os latifúndios improdutivos ou o flagelo causado pela seca. Podemos aprender alguns "fins" ou os "porquês".

1º: pelo qual motivo os presidiários são tantos e amontoados como se fossem dejetos humanos em diminutos e superlotados catres.

2º: por que surgiram os comandos e o crime organizado que hoje dominam os presídios e favelas, oprimem o cidadão de bem e submetem o próprio Estado.

3º: por que os pobres não recebem um atendimento minimamente digno nos hospitais e postos de saúde.

4º: por que a educação pública é tão ruim.

5º: por que os ônibus e metrôs são tão poucos e superlotados.

6º: por que o déficit habitacional é tão grande (faltam cerca de 7 a 8 milhões de moradias para abrigar a população mais carente); por que os aluguéis são tão caros.

7º: por que os melhores empregos são para os filhos dos brancos.

Todo esse elenco de iniquidades é fruto de séculos de dominação por uma elite inescrupulosa e egoísta.

É fruto da pilhagem, expropriação e expatriação das riquezas da nação. Mas essa sua natureza, inescrupulosa e egoísta, carrega em si o germe da sua própria destruição. Ou seja, os seus princípios espúrios determinarão a sua própria ruína, o seu próprio fim.

O único caminho possível, para muito além do velho proselitismo político e das mentiras e hipocrisia seculares, é procurarmos trilhar uma política cada vez mais progressista e humanista, unindo os melhores talentos da sociedade com esse fim: o da construção de uma sociedade mais justa, e por isso menos desigual.

Assim deve prosseguir caminhando firmemente o Brasil.

Assim caminham os principais países da América Latina – e até mesmo os EUA.

Assim deve caminhar a Humanidade.


Lula Miranda é p
oeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média.


Postado no site Brasil 247 em 10/01/2014



Os 50 melhores filmes da esquerda





Esta lista, inevitavelmente incompleta e truncada de injustiças, resgata da História do Cinema as melhores e mais belas encarnações dos ideais da (e não de) esquerda




António Santos, do Diário Liberdade



Cinema e socialismo foram colegas de escola no princípio do século XX. Às vezes juntos, cresceram, apaixonaram-se, magoaram-se, desiludiram-se e continuaram a aprender. 



Após uma primeira experiência com 35 títulos, aqui fica o um catálogo a 50, alargado pelas críticas e sugestões de largas dezenas de leitores.



Esta lista, inevitavelmente incompleta e truncada de injustiças, resgata da História do Cinema as melhores e mais belas encarnações dos ideais da (e não de) esquerda. .



10º Reds


País: Estados Unidos da América

Ano: 1981

Realizador: Warren Beatty

Esta mega-produção de Hollywood entra no décimo lugar da lista pela porta grande da sétima arte. Não sei o que neste filme é mais apaixonante: as inspiradoras actuações de Jack Nicholson, Diane Keaton, Maureen Stapleton e, sobretudo Warren Beatty no papel de John Reed (o jornalista americano que no calor da Revolução de Outubro escreveu Os Dez Dias que Abalaram o Mundo)? Ou o brilhante guião que nos transporta aos loucos anos 20, às eternas discussões e contradições da esquerda e ao mais relevante acontecimento histórico do século XX? Ou as adoráveis entrevistas a uns improváveis e brilhantes velhinhos americanos?



9º Às Segundas ao Sol (Los Lunes al Sol)

País: Espanha

Ano: 2002

Realizador: Fernando León de Aranoa

Um monumento à classe operária como ela é e não como nós gostaríamos que ela fosse. A história dos operários navais de Vigo, na Galiza, a quem o capitalismo roubou o trabalho, a vida e a esperança mas nunca a dignidade. Um filme que só não fará chorar os ricos e os corações empedernidos que nos fala das pequenas misérias e prazeres do povo trabalhador: a operária de peixaria que não se consegue libertar do fedor; o imigrante de leste que conta aos amigos que na URSS era cosmonauta; o desempregado de meia-idade que se recusa a aceitar que ninguém lhe dá trabalho por ser velho demais; o antigo operário que lutou, fez greves e manifestações, que perdeu e voltaria a fazer tudo outra vez; o cínico que traiu a sua classe por uns trocos. O retrato perfeito de quem sobrevive num eterno domingo.



8º Tempos Modernos (Modern Times)

País: Estados Unidos da América

Ano: 1936

Realizador: Charlie Chaplin

A arte de Charlie Chaplin é agarrar um argumento sem nada de especial e num conjunto de cenas cómicas do mais simples que há e criar uma das obras primas do cinema: uma peça de arte de valor cinematográfico, artístico e histórico transcendente, que ressoa através do tempo e chega aos nossos dias com a mesma autoridade. O protagonista é um trabalhador que apenas quer levar uma vida honesta e ganhar para o pão, mas por alguma razão, tudo lhe corre mal. Essa razão chama-se capitalismo.



7º Horizontes de Glória (Paths of Glory)

País: Estados Unidos da América

Ano: 1957

Realizador: Stanley Kubrick

Horizontes de Glória é talvez a obra cinematográfica que melhor personifica os ideias anti-belicistas da esquerda. A película leva-nos às trincheiras fratricidas da I Guerra Mundial, onde seres humanos são jogados contra a lógica no campo de batalha pelos burocratas da morte. Quando um batalhão se recusa a avançar para uma morte certa, quatro soldados são escolhidos para ser fuzilados como bodes-expiatórios, pondo em marcha um debate marcante sobre o nacionalismo burguês, a autoridade e o valor da vida.



6º O Ódio (La Haine)

País: França

Ano: 1995

Realizador: Mathieu Kassovitz

O Ódio é um murro no estômago. Nesta Paris já não mora Amélie Poulain. Nesta França não há gente bonita a sonhar acordada entre os cafés dos anos sessenta, os jardins renascentistas e os apartamentos Haussmann. O Ódio é uma viagem com os excluídos da sociedade francesa, os que cheiram mal e não gostavam da escola. Não paternaliza nem idealiza, limita-se a seguir e a escutar os embaixadores da racaille, que cometem pequenos crimes, enfrentam os neonazis e o desprezo da sociedade, mantêm alguns dos diálogos mais autênticos do cinema francês e, contra todas as expectativas, sonham.



5º Harlan County, USA

País: Estados Unidos da América

Ano: 1976

Realizador: Barbara Kopple

Como cantam os mineiros no filme, “Dizem que em Harlan County / por lá não há neutrais. / Ou és um sindicalista / ou um arruaceiro para o J. H. Blair. / De que lado estás, rapaz? / De que lado estás?” Este documentário está para os anos setenta como Outubro de Eisenstein está para os anos 20: é um autentico manual de organização de greves e um indescritível testemunho da coragem dos mineiros americanos. Os protagonistas desta luta, especialmente as mulheres, são tão genuínos que reduzem as personagens de qualquer obra de ficção a meras caricaturas. Nunca ouvi falar de quem terminasse o filme com os olhos secos.



4º O Sal da Terra (The Salt of the Earth)

País: Estados Unidos da América

Ano: 1954

Realizador: Herbert J. Biberman

“Como posso começar a minha história que não tem começo? O meu nome é Esperanza, Esperanza Quintero. Sou a mulher de um mineiro. Esta é a nossa casa. A casa não é nossa. Mas as flores… as flores são nossas. Esta é a minha aldeia. Quando eu era uma criança, chamava-se São Marcos. Os “anglos” mudaram o nome para Zinc Town. Zinc Town, Novo México. As nossas raízes neste lugar são profundas. Mais profundas que os pinheiros, mais profundas que a mina”. Assim começa O Sal da Terra, que esteve banido nos Estados Unidos até aos anos 60. Todos os envolvidos na sua produção foram adicionados à infame lista negra do cinema norte-americano; a protagonista foi deportada para o México e o argumentista passou mais de um ano na prisão. Porquê? Porque este filme é perigoso por ser simultaneamente tão belo e tão corajoso. A luta dos mineiros norte-americanos vista de uma perspectiva de classe em que as mulheres e os imigrantes são líderes e iguais.



3º A Batalha de Argel (La battaglia di Algeri)

País: Argélia e Itália

Ano: 1966

Realizador: Gillo Pontecorvo

A Batalha de Argel, banido em dezenas de países e censurado em quase todos. A magnum opus de Pontecorvo não se comociona com o falso humanismo burguês nem cede à vertigem infanto-militarista do esquerdismo. Num corte de direcção geniais e com actores tão hábeis que muitos espectadores acreditaram tratar-se de um documentário, mergulhamos numa das mais sangrentas revoluções da História e somos forçados a colocarmo-nos de um dos lados desta brutal barricada, opção que os oprimidos nunca tiveram. Nenhuma outra narrativa cinematográfica descreve de forma tão vívida e detalhada a revolta dos povos colonizados e as questões que A Batalha de Argel coloca são tão válidas para a Argélia dos anos 50 como para o Afeganistão dos nossos dias.



2º O Couraçado de Potemkin (Броненосец «Потёмкин»)

País: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

Ano: 1925

Realizador: Sergei M. Eisenstein

Aos 88 anos, este filme mudo ainda não perdeu o pio. Pelo contrário, O Couraçado de Potemkin é uma lufada de frescura e ousadia no sapal por onde hoje paira o cinema comercial. A obra-prima de Eisenstein, não é nem mais nem menos que a obra fundadora do cinema moderno, tão bela como inspiradora, tão transgressora formal e esteticamente como revolucionária politicamente. Eisenstein domina a celuloide como Miguel Ângelo domina a pedra ou Matisse domina a cor e consegue levar-nos a cada emoção, a cada surpresa, a cada momento de indignação e solidariedade com tanta subtileza que só nos apercebemos do caminho percorrido chegados ao fim da jornada. Esta é a história verídica dos marinheiros que se recusaram a comer carne podre, porque eram gente. Esta é a história da luta de vida ou morte que se seguiu pela dignidade dos trabalhadores de Odessa, porque também eram gente. Esta é a história do massacre policial que se seguiu e das vozes que não puderam estrangular, porque, como dizia Adriano Correia de Oliveira, ninguém pode vencer um povo que resiste.



1º 1900 (Novecento)

País: Itália, França e Alemanha Ocidental

Ano: 1976

Realizador: Bernardo Bertolucci

1900 é inigualável. Os campos da Emília-Romanha são a tela para a metáfora acabada do que foi o século XX, onde dois rapazes e duas classes sociais crescem e aprendem, separados por interesses inconciliáveis. Cada fotografia deste filme é um quadro repleto de beleza; todas as actuações, de Gérard Depardieu a Robert de Niro, são brilhantes; a música, de Ennio Morricone, é sublime. 1900 fala sobre a génese do fascismo, a vida dos que trabalham e a luta pelo socialismo na linguagem comum de toda a humanidade: o amor, o ódio, a compaixão e a solidariedade.



Veja o restante da lista em ordem decrescente:

50º Capitalismo, uma História de Amor (Capitalism, a Love Story)

País: Estados Unidos da América

Ano: 2009

Realizador: Michael Moore

Esta história de amor é o retrato da crise do capitalismo a partir do seu próprio berço. De Michael Moore, também poderíamos incluir Sicko ou Bowling for Columbine, mas Capitalismo corresponde ao zénite da evolução ideológica do realizador norte-americano, não acabasse o filme ao som da Internacional. Mas sobretudo, o documentário perfaz a lista pelos relatos dramáticos dos trabalhadores que pagam na pele o preço do amor dos EUA pelo capitalismo.

Comercial faz "tempo parar" antes de acidente e alerta sobre direção perigosa




Comercial faz pensar duas vezes antes de correr na estrada. Vídeo mostra o tempo "parando" antes de um acidente de trânsito


A nova campanha da Agência de Transportes da Nova Zelândia conseguiu mais de 200 mil views em apenas um dia no Youtube. O vídeo que, segundo o Business Insider dá “arrepios” em quem assiste, mostra o tempo “parando” antes de um acidente.

O filme exibe dois motoristas prestes a se chocarem num cruzamento. Pouco antes do acidente, o tempo “para” e os dois saem de seus carros para falarem sobre o acidente que irá acontecer.

“Por favor, meu filho está no banco de trás”, diz o motorista que está no cruzamento. “Estou indo muito rápido. Sinto muito”, lamenta o outro rapaz.

O objetivo é conscientizar os motoristas para os perigos da velocidade excessiva nas estradas.

Assista ao vídeo com legendas em Português:





Postado no site Pragmatismo Político em 08/01/2014

A armadilha do PET




Norbert Suchanek



Foi na última semana, quando uma amiga me enviou uma foto de seu quintal de permacultura, e com orgulho ela escreveu: “Olha estou reciclando garrafas de PET, utilizando no viveiro para as minhas plantinhas.” A minha amiga se acha ecologicamente correta e consciente, mas sem querer ela entrou na armadilha da grande indústria do plástico e do petróleo.

Por anos, incontáveis de workshop de reciclagem ensinaram aos brasileiros, criancinhas, adultos, idosos, donas de casa, comunidades carentes e povos indígenas, a maravilha de “reciclar” garrafas PET. As garrafas de PET usadas passam então a servirem para várias coisas.

Vasos para plantas, brinquedos, bijuterias, árvores de Natal, móveis ou qualquer coisa inimaginável. Paralelo a isso, foi criado um mercado de roupas com malha PET, identificada como ecologicamente correta. Camisas caríssimas porque salvam o Planeta, diz a propaganda.

Uma mentira que só virou verdade nesta sociedade do século 21, porque foram repetidas milhares vezes. A realidade é essa: O uso de uma garrafa PET velha no seu quintal ou em forma de roupa, ou como um “telhado verde”, não é reciclagem e nem preserva o meio ambiente. Reciclagem é quando uma garrafa PET velha vira uma garrafa PET nova, como é feito com as garrafas de vidro. Só assim o uso da matéria prima, o petróleo, e o gasto de energia estarão reduzidos. Mas o que acontece com a PET, na realidade, é o contrário disso. A garrafa PET na prática mundial não vira uma nova garrafa PET. A garrafa velha vira um outro produto, um processo que internacionalmente recebeu o nome “Downcycling”.

Ao contrário do vidro, a PET não pode ser reutilizada na linha de produção original e o seu processo de reciclagem de verdade é ainda caro e complicado. Por isso a indústria de embalagens prefere utilizar matéria prima para seus produtos e inventou a propaganda da PET-Recicling.

Novos mercados para o lixo de PET foram criados que de fato estão estimulando a produção de novas garrafas PET à base da matéria prima petróleo. Por exemplo, o novo mercado de Eco-Camisas, Eco-Bolsas ou Eco-mochilas de PET, precisa de produção de novas garrafas de PET à base da matéria prima. E isto é um ato contra a sustentabilidade, contra o meu ambiente e contra a nossa própria saúde.

Pior: ao contrário das fadas da propaganda da indústria química, a produção de PET nem é fácil ou limpa. Além do uso de petróleo, também várias substâncias tóxicas são necessárias ou são criadas durante o processo. Por exemplo, a indústria está usando trióxido de antimônio no processo de fazer PET. Mas antimônio é um metal pesado venenoso e pode criar câncer. “A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o trióxido de antimônio no Grupo 2B – possivelmente carcinogênico para o ser humano.”

A substância orgânica Bisfenol-A (BPA) é um outro grande vilão na produção de garrafas de plástico e de outras embalagens. Esta substância de fórmula (CH3)2C(C6H4OH)2 é um estrogênio sintético e pode causar câncer e infertilidade. Já foi provado há anos que oBisfenol-A pode contaminar os líquidos dentro das garrafas de PET ou de outros plásticos.

Quem compra garrafas de PET e as usam no seu quintal como um viveiro ou quem cria um sofá de PET ou bijuterias, também está responsável pela continuidade do uso do petróleo, pela mineração de antimônio e seus efeitos danificadores e pela contaminação do meio ambiente com substâncias tóxicas e cancerígenas.

O mundo não precisa de garrafas, camisas ou viveiros de PET. Vidro é o melhor material para guardar qualquer bebida, inclusive a água. As garrafas de vidro podem ser reutilizadas centenas de vezes. E o material de vidro pode ser reciclado sem fim. O próprio vidro é a melhor matéria prima para fazer vidro.

Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e Ecologia, é colaborador internacional do EcoDebate. EcoDebate,07/01/2014.



Saias : três estilos !



Saia Peplum









Saia Fit and Flare









Saia Godê

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Blusas com saia godê

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Por que eu odeio o PT?



Hugo Lapa

Muitas pessoas perguntam por que eu tenho tanto ódio do PT. Odeio mesmo, muito, essa corja do PT.

Eis os motivos pelos quais eu odeio o PT:

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o desemprego atingiu o menor taxa histórica, ficando em 4,6%. Quando o PT entrou no poder, o desemprego era de 13%. Em dez anos houve um aumento de 65% do emprego no Brasil, segundo o IBGE. Trata-se de uma das menores taxas de desemprego do mundo. Odeio pobre tendo emprego.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o salário mínimo atingiu seu maior poder de compra desde 1979. O salário mínimo que antes valia 70 dólares, hoje em dia vale mais de 300 dólares. O poder de compra do salário mínimo aumenta a cada ano. É um absurdo essa gentalha ter mais dinheiro. Eu gosto da Dona Florinda.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles construíram 18 novas universidades federais, como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) em Mossoró (RN), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Cruz das Almas (BA) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Petrolina (PE), todas essas no nordeste. Isso implica em pobres terem mais acesso ao ensino superior gratuito de qualidade. Um absurdo!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Prouni que já ofereceu 1,2 milhão de bolsas para estudantes pobres em universidades privadas, sendo 69% dessas bolsas são integrais e os alunos não pagam nada para cursar o ensino superior. Agora eu tenho que ficar dividindo a minha faculdade privada com esse pessoal de baixa renda. Imagine que o filho da minha ex-empregada estuda comigo lá. Vê se pode isso!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram 214 escolas técnicas, enquanto em toda a história do Brasil foram criadas 140 escolas técnicas. Bom mesmo era no governo anterior que não criou nenhuma escola técnica e ainda foi votada uma lei que impedia o surgimento de novas escolas técnicas. E esses petistas malditos ainda triplicaram os investimentos em educação nesses dez anos, e tiveram a ousadia de aprovar 75% do fundo social do pré-sal para a educação. Tem que trucidar esses petistas!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles baixaram a conta de luz de todos os brasileiros, em 18% para residências e em até 32% para indústrias. Graças a esse absurdo, hoje o Brasil possui a quarta menor tarifa de energia elétrica do mundo. Ai que ódio!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram uma maldição chamada Bolsa Família. Esse programa atende quase 15 milhões de famílias e hoje são mais de 50 milhões de pessoas beneficiadas com a transferência de valores entre R$70,00 e R$300,00 mensais. Esse programa diminuiu a mortalidade infantil, ampliou a alimentação do povo e ajudou a colocar os filhos dos pobres na escola. Fiquei ainda mais bravo em saber que 75% dos beneficiários do programa trabalham e que cada 1 real transferido ao Bolsa Família acrescenta R$1,78 à economia do país, segundo pesquisa. Além disso, mais de 1,7 milhão de pessoas (12% do total) já deixaram o benefício voluntariamente por terem uma melhora em sua renda e desejarem que outras famílias tenham direito ao programa. Eita povinho chato esse brasileiro! E para completar, o Bolsa Família reduziu a miséria em 28% só em 2012. Que ódio desse PT!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Programa Mais Médicos, que já trouxe mais de 6 mil médicos estrangeiros para atenderem a população pobre do Brasil que antes não tinha acesso a atendimento médico. Até abril de 2014 serão 13 mil médicos estrangeiros no Brasil, o que dará um cobertura médica a 46 milhões de pessoas pobres que moram nos rincões mais distantes do país. Agora a Dilma fala que pode trazer ainda mais médicos além dos 13 mil que estão chegando. E esse desgraçado desse PT ainda aumenta a verba da saúde de R$33 bilhões para R$100 bilhões, além de dobrar o número de vagas para médicos em universidades públicas. Estão certos os médicos brasileiros! Esse negócio de sair do conforto das grandes cidades para ir aos lugares pobres do país é coisa de médico cubano!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles diminuíram a pobreza do Brasil. Somente no governo Lula a pobreza diminuiu em 50,6% de junho de 2003 a dezembro de 2010, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Agora o pobre aumentou seu poder de compra, pode andar de carro e de avião, e eu tenho que ficar dividindo o assento do meu voo com o zé povinho farofeiro.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo a desigualdade caiu ao menor nível de toda a história documentada, segundo o IPEA. O índice de Gini, que mede a desigualdade, foi de 0,527, o menor desde 1960. Por isso que tem tanto pobre passando a consumir mais e com uma vida melhor, que saco! Mal dá para andar no shopping em paz!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Luz para Todos. Um programa nacional que investiu pesado em estruturas elétricas para populações de baixa renda, levando eletricidade para mais de 15 milhões de pessoas. Hoje em dia quase não existem mais brasileiros sem acesso à energia. Esse programa ajudou as populações que moram nos locais mais distantes e pobres do país a usar a energia elétrica para eletrodomésticos, para aumentar a produção do seu trabalho e outras utilidades. E o que me interessa se pobre lá longe tem luz? O lampião não funcionava direitinho?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que ampliou a oferta de cursos profissionalizantes no país para pessoas pobres. Até hoje o Pronatec está levando cursos profissionalizantes gratuitos a cerca de 700 mil pessoas de baixa renda, e são estimadas 1 milhão de vagas preenchidas em cursos até dezembro de 2014. É de deixar qualquer burguês com raiva!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Minha Casa, Minha Vida, um programa social que já contratou mais de 3 milhões de casas para pessoas de baixa renda poderem morar. Dessas 3 milhões, mais de 1,4 milhão de moradias já foram entregues para os pobres. Não satisfeito, o PT criou o Minha Casa Melhor, que permite os pobres beneficiários do Minha Casa Minha Vida comprarem móveis e eletrodomésticos para sua nova casa com um cartão dado pelo governo, com juros mínimos e prazos longos. Não é uma sacanagem isso?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O PAC já investiu o montante de R$665 bilhões em obras de infraestrutura no Brasil, fazendo do Brasil um dos países que mais possuem obras em andamento do mundo. O PAC gerou um grande número de empregos no país, e esse foi um dos fatores da diminuição do desemprego. O volume de investimentos do PAC também provocou efeitos positivos na economia, ajudando no crescimento e desenvolvimento do país, além de permitir a construção de obras importantíssimas em várias áreas diferentes. Não é de se ranger os dentes?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram controlar a inflação mais do que o governo anterior. A inflação média nos 8 anos de governo FHC foi de 9,1%, enquanto a inflação média dos 8 anos de governo Lula foram de 5,7%. A Dilma ainda completou esse quadro com a desoneração total dos produtos da cesta básica. Não quero nem falar mais disso!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram acumular um montante de US$378 bilhões de reservas internacionais. No governo anterior o Brasil tinha apenas US$37,8 bilhões de reservas, o que tornava o país mais vulnerável a crises internacionais. Ou seja, em dez anos o PT aumentou em dez vezes as reservas internacionais do Brasil. Isso melhora a visão de investidores externos e aumenta a confiança no país. Eu preferia quando o FMI ditava nossa política econômica!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o projeto Farmácia Popular, em 2004, que vende mais de 100 medicamentos a preço de custo para populações de baixa renda. Existem quase 600 unidades de Farmácias Populares no Brasil onde os medicamentos são vendidos a até 10% do valor do medicamento nas farmácias normais. Por exemplo, se um medicamento custa R$100,00 ele pode ser vendido a até R$10,00 numa farmácia popular. Medicamentos mais baratos para os pobres me deixa bem irritado! 




Sorrir faz bem !