Os indignados de Porto Alegre








Juremir Machado da Silva

Tinha um personagem de tevê com este bordão: “Perguntar não ofende!” Será? É a primeira pergunta.

E se tivéssemos mais de aplaudir do que criticar esses jovens que tomaram as ruas de Porto Alegre em protesto contra o aumento das passagens de ônibus? 

E se eles estiveram quebrando o clichê de que a juventude é despolitizada? E se eles tinham razão?

E se o argumento de que eram manipulados por partidos extremistas for equivalente aos usados pela direita quando outros jovens se manifestavam contra a repressão durante o período ditatorial?

E se esses jovem são, como os da Espanha, da Grécia e dos Estados Unidos, os indignados de Porto Alegre? E aí?

E se a violência explícita que praticaram, sempre condenável, sem entrar no mérito de quem começou, foi a consequência perversa de outra violência pouca condenada, mas talvez mais grave, a violência implícita de um aumento nas passagens que não convenceu ninguém, pareceu abusivo e contrariou indicação do Ministério Público de Contas de que a tarifa deveria baixar? 

E se tudo isso foi a demonstração cabal de que os jovens não aguentam mais decisões de gabinete que parecem atender mais os interesses de empresas do que as necessidades do povo?

E se o aumento da passagem de ônibus devesse voltar a ser decidido pela Câmara de Vereadores?

E se as empresas de ônibus mostrassem quanto lucram por ano, mas não em porcentagem? Um milhão? Dois milhões? Dez milhões? 

E se esses jovens, empurrados pela adrenalina da psicologia das massas, caíram na armadilha da violência justamente para se deslegitimarem? 

E se eles aprenderem rápido a evitar qualquer provocação qual poderá ser a reação de quem possa desejar que uma decisão tomada seja engolida, assimilada e esquecida? 

E se, por ter o Tribunal de Contas do Estado considerado inadequada a metodologia do cálculo que vinha sendo usada, as empresas fossem obrigadas a devolver o que ganharam inadequadamente? Ou a inadequação não é retroativa?

E se esses jovem representam a coragem e a politização que os adultos “sensatos” não têm mais? E se esses jovens são nossos últimos heróis?

E se esses jovens estiveram clamando por transparência com perguntas cruelmente juvenis contra um pragmatismo senil: por que as empresas precisavam mesmo desse aumento? O que o justificava? A justificativa era convincente? 

E se esses jovens estiveram defendendo de peito aberto o interesse também dos mais velhos, as isenções para os idosos que já deram sangue e suor no trabalho e vivem com magras aposentadorias? 

Não teria sido esse aumento uma astúcia para derrubar o que as empresas gananciosas mais detestam e enxovalham: pessoas, jovens ou velhas, podendo andar de ônibus sem pagar ou pagando menos? 

E se tudo isso tiver sido uma estratégia para transformar os isentos em vilões das pobres empresas de ônibus da capital gaúcha?

E se, no outono, estivermos vivendo a primavera de Porto Alegre? A liminar da Justiça que restabeleceu a tarifa de R$ 2.85 dá muitas respostas.

Os indignados podem comemorar.


Postado no blog Juremir Machado da Silva em 05/04/2013
Imagens inseridas por mim


Wilson Paim - Ainda existe um lugar





Wilson Paim - Entardecer






Wilson Paim - Reencontro






FHC viaja pelo mundo, bancado por bancos e empresas, para falar mal do Brasil






Música faz bem !










Oração a si mesmo...





Quando tudo parece ter perdido o sentido, quando todas as razões, já não tem mais razão.

Quando a fé sofrer um abalo, você tem que se agarrar à única centelha que te une a DEUS.

Ela está dentro de você mesmo.

Ore...
Medite...
Mentalize...
Imagine...

Esta oração a si mesmo é aquela que você faz ao seu DEUS interior.

"Não deixe que eu desista, quando ainda não concluir minha missão.

Não permita que eu pare, sem chegar ao meu objetivo.

Não me faça voltar, se o que eu preciso é seguir adiante, até onde eu determinei quando comecei a caminhar.

Me incentive a continuar sonhando e acreditando que realizar estes sonhos, é possível.

Mostre-me sempre uma nova possibilidade, quando eu me deparar com o impossível.

Me faça acreditar em mim mesmo, até quando eu já deixei de acreditar.

Me suporte, mesmo nos momentos que eu mesmo não suporto mais o peso do desânimo.

Não desista de mim, quando todos já desistiram e voltaram para casa."

E no final, quanto a vitória acontecer, mesmo que para o mundo pareça apenas uma “questão de sorte”.
Celebre, vibre, grite emocionado:

VALEU A PENA! EU CONSEGUI.

Mesmo que apenas eu me encontre só, com você na plateia.

Reforce a cada manhã a crença, que você pode conseguir e irá conseguir.

Se ainda insistir, uma tristeza em sua alma...

Sorria por desobediência.

Desobedeça essa tristeza que quer roubar-lhe o sorriso.

Pense nisso.


Sigmar Sabin

Postado no blog Só Palavras