O julgamento do mensalão em Palomas



Palomas está vivendo um grande alvoroço. Na linguagem local, o lugar anda “alvorotado”. Tudo por causa do julgamento do mensalão palomense, também conhecido por bolsalão de garupa. Palomas, a exemplo da Coreia, é dividida em duas partes, a República Popular de Palomas, ao norte, e o Principado de Palomas, ao sul. Mas, no momento, Palomas encontra-se unificada.
O julgamento do bolsalão tem produzido cenas incríveis. Por exemplo, dois juízes dormindo, enrolados nas suas capas pretas, durante os pronunciamentos dos advogados de defesa. Um deles, entre um ronco e outro, teria exclamado:
– Que falta que me fez um bom pelego!
O Procurador-Geral da República, conhecido por Pachola e Garganta, teve cinco horas para a acusação. Detonou o mundo. Disse que o bolsalão foi a maior sacanagem já montada em Palomas para meter a mão na guaiaca do contribuinte e forrar o poncho de políticos larápios. Garantiu que não foi apenas caixa dois, mas formação de quadrilha. Em bom palomês, afirmou:
– Essa turma formou uma mazorca. Tenho provas robustas contra todos, especialmente contra o mandante, o chefe da mazorca, o intelectual, o mentor, aquele que organizou a sacanagem, o pai de tudo e de todos, o Zé.
Diante da curiosidade dos juízes, todos ainda acordados, o procurador foi preciso:
– É claro que o Zé não deixou rastros, pois esse tipo de coisas se faz entre quatro paredes.
Candoca, sempre sagaz, tirou loga a sua conclusão:
– Ah, é então é como fazer filho!
– Que tem filho com isso, Candoca? – exasperou-se Guma.
– Ora, se fez entre quatro paredes.
– Nem sempre.
– Como assim?
– Tu, por exemplo, foste feito atrás do galpão.
Há duas correntes em Palomas: os que querem condenar com provas e os que querem condenar mesmo sem provas. João da Égua é antigovernista de dar coice em estrela. Não perde ocasião para tirotear o estrelismo, que sempre chama de corrupto:
– Nunca vi tanto ladrão junto. Nem em jogo de truco no bolicho do Adão.
– Então, João, você quer que sejam punidos por corrupção.
– E pelo resto também.
– Que resto?
– O mala-família, essa pouca-vergonha de dar dinheiro para vagabundo, as cotas, essa safazeda de dar vaga em universidade para preguiçoso, dinheiro na cueca, cabide de empregos, comissão da verdade, revanchismo, comunismo e todas essas políticas que só se servem para comprar eleitor e formar uma mangueira eleitoral do tamanho de uma invernada grande.
Mangueira é curral em Palomas.
Chico da Vaca é governista de quatro costados. Para ele o julgamento é puramente ideológico.
– Estão querendo nos condenar pelas nossas qualidades, não por nossos defeitos.
– É qualidade roubar? – enfurece-se João da Égua.
– Não foi roubo, Chico, foi caixa dois.
– Não é ilegal?
– Ilegalzinho no mas. Só isso. Vocês não fizeram o mesmo?
– Mas vocês não eram diferentes, não viviam metendo o dedo nas fuças dos outros, bancando as virgens?
– Então é isso, vingança?
– Vingança, não. Julgamento técnico.
– Técnico? Por que não julgaram primeiro o bolsalão das minas, o pai de todos?
– Pai de todo, não, o fura-bolo.
É um debate de alto nível. Marcolina, do alto dos seus 102 anos, pondera:
– É o roto falando do descosido.
Guma, o oráculo de Palomas, que se prevê o previsível, já apresentou o seu veredicto:
– A corte vai condenar ou absolver. Não dá outra. O Zé não escapa.
– Vai ser condenado? – exulta João.
– Ou absolvido.
– Mas como?
– Esse julgamento será um exemplo.
– Um bom exemplo?
– Ou mau.
– Bueno, tchê, explica isso melhor. Depende de quê?
– Do sono dos ministros.

Postado no blog Juremir Machado da Silva em 07/08/2012
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Ministros do Supremo envergonham o Brasil





Mostrar o elefante






Há várias maneiras de esconder um elefante. Uma delas é apresentando suas partes em separado. Em um dia, aparece a pata. No dia seguinte, você mostra a tromba. Passa um tempo e vem a cauda. No fim, não se mostra o elefante, mas uma sequência de partes desconectadas.

Desde o início, o mensalão foi apresentado pela grande maioria dos veículos da imprensa nacional dessa maneira. Vários se deleitaram em mostrá-lo como um caso de corrupção que deixaria evidente a maneira com que o PT, até então paladino da ética, havia assegurado maioria parlamentar na base da compra de votos e da corrupção. No entanto o mensalão era muito mais do que isso.

Na verdade, ele mostrava como a democracia brasileira só funcionava com uma grande parte de seus processos ocultados pelas sombras. O jogo ilícito de financiamento de campanha e de uso das benesses do Estado deixava evidente como nossa democracia caminhava para ser uma plutocracia, independentemente dos partidos no poder.

Como a Folha mostrou em uma entrevista antológica, o então presidente do maior partido da oposição, o senador Eduardo Azeredo, havia sido um dos idealizadores desse esquema, que, como ele mesmo afirmou, não foi usado apenas para sua campanha estadual, mas para arrecadar fundos para a campanha presidencial de seu partido.

Não por acaso, o operador chave do esquema, o publicitário Marcos Valério, já tinha várias contas de publicidade no governo FHC. Ninguém acredita que foi graças à sua competência profissional.

Ou seja, a partir do mensalão, ficou claro como o Brasil era um país no qual a característica fundamental dos escândalos de corrupção é envolver todos os grandes partidos.

Mas, em vez de essa situação nos mobilizar para exigir mudanças estruturais na política brasileira (como financiamento público de campanha, reformas que permitissem ao partido vencedor constituir mais facilmente maiorias no Congresso, proibição de contratos do Estado com agências de publicidade etc.), ela serve atualmente apenas para simpatizantes de um partido jogar nas costas do outro a conta do "maior caso de corrupção do pais".

No entanto essa conta deve ser paga por mais gente do que os réus arrolados no caso do mensalão. O STF teria feito um serviço ao Brasil se colocasse os acusados do PT e do PSDB na mesma barra do tribunal. Que fossem todos juntos!

Desta forma, o povo brasileiro poderia ver o elefante inteiro. Com o elefante, o verdadeiro problema apareceria e a indignação com a corrupção, enfim, teria alguma utilidade concreta.


Moda Primavera Verão 2012-2013








saia longa e rasteira na moda verao 2013 look perferito


vestido verao 2013-sarja






Olimpíadas 2012: ruas de Londres
















Olimpíadas 2012: Natação









Tiago Pereira


César Cielo

A mídia da lavagem cerebral


Sorria! Você está sendo manipulado!

Qual é o papel da mídia? Você já parou pra pensar bem nessa pergunta? Já parou pra perguntar no papel que ela tem, perante à sociedade? Sim, poucos já pararam e pensaram nisso, mas o que ocorre, é que a grande maioria gasta boa parte de sua vida, sendo manipulada por ela, sem ao menos perceber. Acabamos por ver uma mídia, que na verdade, tem a função de manipular as massas. Sim, a mídia tem simplesmente a função de servir aos interesses dos poderosos, manipulando os valores sociais e ditando as regras de comportamento.

Dizem que ela tem a função de formar e informar, mas ela também deforma as pessoas, principalmente deforma, dando formações duvidosas e informações irrelevantes e dando muito mais ênfase a isso. As massas pouco podem questionar, pouco podem prosseguir, pois são incapazes de pensar racionalmente, ou seja, pensar fora da caixa. A mídia é sagaz e sabe disso, sabe que o povo tem medo da liberdade, pois a verdadeira liberdade exige responsabilidade. Então, para conquistar e cair na graça do povão, eles oferecem uma liberdade sem responsabilidades, sem riscos, onde os valores são manipulados, e o povo aplaude isso.

Há quem diga que a função da mídia também seja de entreter, mas é aí que mora o perigo. É através do mesmo entretenimento que as regras de comportamento são ditadas, que as modas são lançadas, mostrando claramente de que a massa popular, não passa de ovelhas, seguindo cegamente o seu pastor. O povo é continuamente manipulado, mas o mesmo povo aplaudirá por isso. O povo é roubado e é explorado o tempo todo, mas a mídia fará com que o povo nem lembre disso. A mídia mostra que entretenimento é mais importante que saúde e educação.

Isso nos mostra claramente o grande poder e o caráter manipulativo da mídia, que em muitos países, especialmente o Brasil, é usado como instrumento de fazer com que o povo seja completamente submisso aos poderosos. Vemos a própria população inerte e incerta, como ovelhas, e a mídia agindo como pastor, o que na verdade, são maus pastores mercenários, que gostam de obter vantagens em tudo, sobre todos. A mídia se mostra intocável, perante a tudo isso, pois para o mesmo povo, a mesma mídia é tida como a grande parte da população, como a senhora da verdade, dona de uma verdade incontestável, o que na verdade, não é.

E assim vai caminhando a humanidade, que ao invés de evoluir, para formar uma nação de cidadãos livres, na verdade, a mídia foi capaz de transformar o país em um curral de ovelhas, prestes a serem abatidas no futuro. Pelo menos aqui no Brasil podemos questionar o sistema, mas e em países que nem se pode criticar o sistema? A mídia tendenciosa não serve ao povo, mas à burguesia. Se dizem que a mídia te coloca nas altura e depois te coloca no abismo, isso é verdade. A mídia é capaz de derrubar governos, eleger outros, colocar empresas à falência e ainda influenciar em decisões importantes para a sociedade. Isso sem falar que a mesma mídia influencia até mesmo na educação, fazendo com que o governo burguês molde a pauta de ensino nas escolas.

Então é possível sermos livres desse grande mal? Sim. Basta ter uma população bem educada e instruída, pois o povo consciente, é o grande temor dos poderosos e dos corruptos, que fazem o tempo todo, a queda de braço, somente para poderem manter os seus privilégios. E eles dependem da mídia, para isso, assim como a própria mídia depende deles. Vemos grandes talentos sendo desperdiçados, em nome da mídia capitalista da lavagem cerebral, que dita as regras do comportamento e molda a sociedade. Para nos livrar desses tentáculos e construir uma nação, é preciso investir bem na educação e instrução e fortalecer a democracia. E como se sabe, o governo, a mídia e a burguesia, irão fazer de tudo para que isso seja feito. A prova disso, é a falta de consideração dos governantes brasileiros, pela educação. Precisamos ser livres, como águias, não submissos, como ovelhas.

Postado no blog Baú do Valentim em 29/07/2012

Eles mandam no Brasil ! Até quando ?  
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