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Dj Alok revela a belíssima experiência que o fez crer na existência divina






Na África, Alok conheceu uma senhora de 90 anos que há 3 dias não comia nada. Cega dos dois olhos. O contato com essa senhora e o desencadear dos acontecimentos fizeram com que ele ponderasse: “não foi Deus que abandonou essas pessoas, nós é que abandonamos”.




Por Conti Outra


O vídeo do DJ Alok já tem mais de 5 milhões de visualizações.

Trata-se de uma fala do artista em que ele relata uma bonita experiência sua em um de seus projetos sociais. Primeiramente ele afirma ter questionado a existência divina, em especial quando visitou a África, participando do projeto “Fraternidade sem Fronteiras”. “Se Deus exite, por que ele abandonou essas pessoas?”, se questionava.

Mas certo dia ele conheceu uma senhora de 90 anos, que há 3 dias não comia nada, cega dos dois olhos. O contato com essa senhora e o desencadear dos acontecimentos fizeram com que ele ponderasse: “não foi Deus que abandonou essas pessoas, nós é que abandonamos”.

O relato é forte e emocionado, capaz de fazer com que venhamos a refletir sobre as nossas vidas, nossas prioridades, nossa essência.

“Eu percebi que o miserável alí era eu. Eu senti uma força muito grande de Deus sobre mim. Eu então percebi que não foi Deus que abandonou eles, fomos nós. É Deus que os mantém fortes”, afirmou Alok.

Confira:





Via: Revista Pazes 



Postado em Conti Outra







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Eu acredito em anjos




Eu acredito em anjos. Anjos humanos. Anjos na Terra. Anjos de carne, osso e um coração imenso.


Marcel Camargo

Eu acredito em anjos. Não me refiro àquelas imagens aladas tocando lira por entre nuvens de algodão, nem a personagens presentes em narrativas sagradas. Acredito em anjos na Terra, anjos encarnados e prontos a nos ajudar, sem ressalvas. São aquelas pessoas que ficam ao nosso lado e nos enxergam sempre, inclusive quando nos sentimos invisíveis.

Em nossa adolescência e em nossa juventude, geralmente possuímos um monte de amizades, que achamos serem para sempre, como se aqueles momentos durassem até nossa velhice. Mas não, a vida se encarrega de colocar cada pessoa em seus destinos, colhendo os frutos daquilo que plantaram, junto aos seus amores e dissabores. Com isso, a gente vai se afastando, aos poucos, outras vezes abruptamente, de quem queria por perto sempre.

Eu só fui perceber o valor da amizade verdadeira depois que amadureci, constituí família, quando se iniciam as perdas que toda jornada traz. Aprendi que amizade não quer dizer presença constante, mas sim estar pronto para vir até nós, nos momentos em que dói a nossa alma. Aprendi que, passe o tempo que for, algumas pessoas jamais saem de dentro de nós, mesmo que elas não se encontrem mais no plano terrestre.

E esses aprendizados me conscientizaram de que pessoas especiais são anjos. Aquela mão que se estende quando estamos no fundo do poço, aquelas palavras consoladoras de quem parece saber do que precisamos, aquele abraço que suaviza o nosso mundo todo, são verdadeiras bênçãos, porque partem de gente iluminada, sincera, gente que consegue entender o outro, que se coloca no lugar da gente. Anjos.

Eu acredito em anjos. Anjos humanos. Anjos na Terra. Anjos de carne, osso e um coração imenso. Eles aparecem quando menos esperamos, ajudando-nos a não perder a esperança no amanhã, a não desistir, porque sempre tem alguém que não desiste de nós. E, apesarem de não terem asas, eles são capazes de nos dar as mãos e nos levar para bem longe dos terrenos escuros e densos em que às vezes nos perdemos. Eles voam com o coração e levam a gente junto. Gratidão.



Postado em Conti Outra



Mãe agradece publicamente a entregador de compras pela forma como tratou o seu filho autista




O autismo é um transtorno bastante complexo, já que não existe uma causa específica – a não ser anomalias na estrutura ou na função do cérebro. Contudo, geralmente apenas é diagnosticado entre os 2 e os 6 anos, pois nos primeiros meses as alterações comportamentais típicas do autismo podem não ser perceptíveis.

Quando em crianças, os doentes portadores deste transtorno tendem a ser tratados de forma diferente. E é por isso mesmo que Lauren Browne, mãe de Tommy, um menino autista de três anos, decidiu publicar um agradecimento especial a um funcionário de um supermercado que foi entregar as suas compras a casa, precisamente por este fazer o contrário.

Ao chegar a casa de Lauren, o funcionário começou a falar para Tommy, mas como este não respondia, Lauren explicou que o pequeno tinha autismo. Contudo, ao contrário das outras pessoas, o homem continuou a tratar o menino como uma criança normal, dando-lhe pequenos itens para ele carregar e no final, pediu-lhe para assinar a entrega e ajudou-o a clicar no botão “concluído”.

A sua atitude tocou de tal forma Lauren que esta não pode deixar de demonstrar o seu agradecimento publicamente numa mensagem emocionante que partilhou na sua página do Facebook:



“Eu tive as minhas compras entregues esta manhã pela loja de Andover, Hampshire. O senhor que entregou as minhas compras disse “bom dia” e uma vez que ele me tinha aconselhado sobre substituições, começou a conversar com o meu filho de 3 anos que estava atrás de mim na porta. Depois de alguns instantes, o motorista do supermercado disse-lhe: “Não estás pronto para conversar hoje, pequenito?” Eu então interrompi a conversa unilateral para explicar que o meu filho tem autismo. Devido ao seu autismo ele não é verbal, por isso não foi capaz de manter uma conversa que qualquer poderia ter com a maioria dos meninos de 3 anos de idade. A resposta usual para isso seria um aceno de cabeça e talvez um “deus o abençoe”. No entanto, este senhor maravilhoso começou a entregar itens leves para o meu filho que alegremente os levou e seguiu-me para colocá-los ao lado do resto das compras. Assim que tínhamos todas as nossas compras lá dentro, eu assinei as compras e o motorista de entrega ajoelhou-se e pediu ao meu filho para assinar as nossas compras também. Ele ajoelhou-se enquanto o meu filho alegremente desenhou no bloco elétrico, e em seguida, ajudou-o a clicar no botão “terminado”. Eu só queria dar a esse adorável homem algum reconhecimento, em vez de ignorá-lo ou ser desajeitado com a notícia que acabara de receber, ele encontrou uma maneira alternativa de se comunicar com ele e isso realmente significa o mundo para mim. Tenho a certeza de que outros pais com filhos que têm necessidades adicionais vão realmente apreciar isso também. Infelizmente eu não percebi o nome dele, mas o Sr. Delivery Driver, se ver isto, agradecemos muito pela sua gentileza. Com amor de Tommy e da sua mãe.”

Um pequeno gesto que fez toda a diferença não só para esta mãe, como para o pequeno Tommy!


Postado em Sábias Palavras




Fazer o bem






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A melhor resposta para a maldade é uma lição de bondade





Por diferentes motivos, existem pessoas que caminham pela vida pensando que qualquer dano que os outros sofram é uma vantagem para elas, de modo que não hesitam em se alegrar por isso e até mesmo em provocar o mal. Para este tipo de pessoa, a melhor resposta que podemos dar é uma lição de bondade. Este é o jeito mais adequado de agir.

Neste sentido, os conceitos de bem e de mal deram muito o que falar ao longo da história, principalmente porque a alma humana pode se aproximar das duas. Também porque depende muito da cultura, da sociedade e de outras variáveis que podemos adicionar ao debate.

Além de uma contribuição técnica e científica do tema, neste artigo vamos procurar uma reflexão individual. O ponto do qual partir será uma situação real e abstrata na qual uma pessoa age com maldade e nos prejudica. Como respondemos a isso?

Por que a bondade é uma lição

Existem muitos motivos pelos quais a bondade pode ser considerada uma grande lição, ainda que nunca possamos compreender o que levou o outro a nos prejudicar. Essencialmente, adotando a bondade como resposta não isentamos o outro das suas ações, mas libertamos a nós mesmos das emoções negativas. 

Muitas vezes é extremamente complicado perdoar o outro, e isso é compreensível. Contudo, basta lembrar que é possível perdoar sem esquecer ou sem entregar novamente a confiança própria. Assim, o perdão não nos torna ingênuos nem mais vulneráveis, apenas nos liberta de uma carga pesada que mantém a ferida do dano causado.

“A cada nova cobrança, a cada nova crueldade, precisamos fazer oposição com um pequeno suplemento de amor e de bondade conquistado em nós mesmos.”   - Etty Hillesum -

A bondade age como lição porque é gratificante, fomenta a solidariedade, beneficia a autoestima e abre a porta para a dor e o aprendizado. Um ato de bondade olha para o bem alheio e o próprio. A maldade, ao contrário, só olha para si mesma e procura somente repercutir nos seus interesses.

A bondade nasce do coração

Uma das opiniões mais comuns é de que não nascemos nem bons nem maus, mas que cultivamos a bondade ou a maldade à medida que crescemos emocionalmente. Por essa razão podemos dizer que a bondade nasce do coração e se alimenta dele. Se durante nossas vidas queremos progredir sem prejudicar ninguém, como vamos responder com vingança aquele que apenas procura prejudicar?

Uma resposta à altura de uma ação ruim não muda nada, não resolve o dano e apenas alivia momentaneamente. O rancor destrói, transforma e não colhe nenhum fruto positivo em nós mesmos. Não só isso, a outra pessoa continuará vendo você cair na sua mesma velocidade; e, então, não apenas você terá perdido tudo, mas não ganhará nada.

“Mas tinha além disso uma arte maior, uma arte que não se aprende:
a da bondade.”   - Úrsula K. Le Gin -

Assim como afirmou Gandhi, seria bom que fôssemos a mudança que queremos ver no mundo. Desde aquelas situações maiores e mais complicadas, difíceis de superar, até aquelas outras pequenas. Também podemos olhar a ética de Kant que afirmava que a virtude está em “fazer das nossas obras, obras universais”.

Não permita a maldade ao seu redor

Estamos rodeados de ódio, violência e medo, de modo que é necessário educar quanto a valores que contribuam para um bem-estar social e individual, valores que impeçam uma escalada das atitudes censuráveis que nos rodeiam. De fato, quem já passou por isso sabe que não serve mais aquele “olho por olho” porque no fim das contas acabamos todos cegos.

Não podemos permitir a maldade ao nosso redor, assim como também não podemos castigar com ela. A bondade pratica com o exemplo e não dá lugar a todos esses sentimentos que, em última instância, envenenam. A sua forma de nos canalizar é diferente: guarda na memória os acontecimentos e acaba com os sentimentos negativos.

Diante de um gesto ruim, responda com uma boa ação. E, se doeu tanto a ponto de não saber qual é o caminho, tire um tempo suficiente para curar. Não para esquecer, mas para direcionar seus movimentos com racionalidade e não do ponto de vista da ira ou da cólera. Em último caso e se não houver remédio, se você não puder fazer um trabalho pedagógico, afaste-se sem revidar pois essa não é sua assinatura.

“O mundo não está ameaçado pelas pessoas ruins, mas sim por aqueles que permitem a maldade.”   - Albert Einstein -






Cristiano Ronaldo : celebridade do futebol com mente, coração e espírito elevados



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Agentes da paz ( Israel e Palestina )





Anabela Pucynski


Moro em Israel há 34 anos. Longos quando penso nas inúmeras vezes em que fui perguntada porque abandonei o Brasil, e o que motivou minha vida para cá. Tenho respostas que foram mudando, ao correr dos anos. No cerne da questão, a única certeza é de queria uma mudança em minha vida.

Fui atraída por Israel, porque gostaria de rever o pais que houvera conhecido, somente por dois meses. Apesar de ter uma formação judia, não tenho apego a nenhuma religião, sou fundamentalmente contra a luta por ocupação de terras, e nem justifico o sacrifício de inocentes.

Costumo dizer que sou uma pessoa privilegiada. Gosto do pluralismo, das diferenças que, a meu ver, se completam. De que meu primeiro grande amigo, em Israel, tenha sido um palestino. De que tenha tido como companheiras de classe duas árabes cristãs, com as quais dividi experiencias e incertezas profissionais. De que eu, inicie, em pouco tempo, um trabalho com uma ONG que agrega jovens israelenses e palestinos. De que meu mais novo aluno seja árabe e compartilhe comigo sentimentos de rejeição por parte de seus colegas.

Meu privilégio vem do fato de que colho os frutos certos pelo caminho. Em que sei que um diálogo franco ,e sem rótulos, me ajuda a colocar uma pequena pedra na construção de um mundo que não divida, mas que seja apenas parte de uma casa que abrigue a todos. O lugar do ódio é para aqueles que se outorgam desafiar a grandeza da vida, no seu presente.

A mim cabe celebrar o fortuna das diferenças, no belo em que consiste o aprender de não se estar só. A paz só virá dos que se concentrem em ações positivas, sejam na crítica ou no pragmatismo a seus feitos. Um brinde aos muitos que permeiam a mesma vontade e decisão. Aos agentes da paz, sem nome, que construirão o futuro.

De Israel, Shabbat Shalom. Sejamos corajosos em nossa escolha para o bom, não importando as vozes retaliadoras que se interponham pelo caminho.


Anabela Pucynski   ANABELA PUCYNSKI

Blogueira e escreve sobre cultura, temas sociais e política brasileira e israelense




Postado em Brasil247 em 02/02/2018














Uma juíza e quando a escolha é o Bem !



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Juíza perdoa dívida de R$ 48 mil de pai que largou tudo para cuidar de filho




Redação Hypeness

Enquanto milhares de homens abandonam seus filhos deixando toda responsabilidade por conta das mães, em Curitiba, Adolfo Guidi é um verdadeiro exemplo de pai. Tanto que, percebendo isso, uma juíza decidiu até mesmo ajudá-lo em um momento de dificuldade.

Adolfo é pai de Vitor e, em 2001, quando descobriu que o rapaz possui uma doença rara chamada Gangliosidose Gm1, largou o trabalho para cuidar do rapaz em tempo integral. A condição de seu filho é caracterizada pela falta de uma enzima fundamental para a reposição de células cerebrais.




Formado em engenharia mecânica, Adolfo começou a acumular dívidas na Caixa Econômica Federal, onde possuía um imóvel financiado – o valor das prestações de sua casa era de cerca de R$ 500.

Para ele, a vida de seu filho era prioridade e assim que conseguiu controlar a situação, começou a procurar emprego, mas não conseguiu voltar ao mercado de trabalho. Então decidiu a trabalhar por conta própria abrindo uma oficina improvisada no mesmo imóvel onde vive desde 1996.






Sensibilizada com a atitude do pai que fez o que pôde para salvar o filho, a juíza Anne Karina Stipp Amador da Costa, titular da Vara do Sistema Financeiro de Habitação de Curitiba, perdoou a dívida que foi paga com os valores das penas pecuniárias da Vara Criminal de Curitiba (valores pagos por pessoas condenadas na Justiça). O valor da quitação da dívida foi de R$ 48, 5 mil.







“ É um caso excepcional. Sentimos que ele não teria outra alternativa para quitar a dívida. Ele abriu mão da carreira profissional para cuidar do filho. Como ele também trabalha com a oficina mecânica, se perdesse o imóvel, além da moradia, perderia também sua fonte de renda.”

Anne Karina afirmou que a conclusão do caso abre precedentes para que outros processos que envolvam peculiaridades parecidas também tenham o mesmo desfecho.

O caso só ganhou repercussão nacional recentemente depois que o vídeo de uma reportagem sobre o caso foi compartilhado no Facebook, mas ocorreu em 2010.



O motorista que “salvou” 15 estudantes do ENEM no país da empatia perdida





Nathalí Macedo

No país que mais parece um circo dos horrores, reza a lenda, ainda acontecem coisas boas, e ainda há pessoas capazes de bons atos, embora seja de fato a cada dia mais difícil de acreditar. 

Geraldo Casalli, um motorista de ônibus de São Carlos – SP, levava no ônibus, em um dia ordinário de expediente, quinze estudantes atrasados para o ENEM – que virariam meme, no máximo, e teriam que tentar de novo no ano que vem, enfrentando a sensação de desperdício de tempo, muito mais horrorosa quando se é jovem (e, consequentemente, imediatista). 

Ele poderia seguir o trajeto – e as regras da empresa para a qual trabalha, e a essência coletiva do tipo de transporte que conduz – mas optou, humanamente, por mudar o trajeto e evitar que os estudantes se atrasassem. 

Regras são feitas para seres humanos, de modo que, num sofismo barato, o ato de Geraldo não foi heroico, tampouco anti-heróico, foi humano.

Gosto de pensar que há dois tipos de motoristas de ônibus: aqueles que são muito mal humorados – não respondem ao seu “bom dia” – e aqueles que são gente finíssima, gente que finge que acredita em quem diz que foi assaltado porque não tem dinheiro para a passagem, gente que para fora do ponto para que mulheres saltem em ruas menos desertas, gente que pega a sensibilidade debaixo do travesseiro e leva pro trabalho. 

Geraldo, é claro, está no segundo grupo. 

Diz que pensou nas filhas quando mudou o trajeto – esse sentimento, esse lindo sentimento que alguns chamam de empatia – pode se manifestar em qualquer um, em qualquer lugar e em qualquer trajeto, gosto de crer. 

Lembrei de uma coisa de ouvi de um filósofo que nunca terminou o segundo grau, o meu pai: “A gente não tem medo de nada, até ter filhos. Depois que você tem filhos, você treme só de pensar que alguma coisa pode acontecer com eles.”

Penso que talvez Geraldo tivesse visto a imagem das filhas nos estudantes que ajudou, e penso no quão bonito o amor paterno pode ser, quando floresce. Talvez tenha tremido só de pensar que suas filhas sofreriam a angústia de terem se preparado o ano inteiro para um exame que não aconteceria por uma questão de minutos, e talvez tenha sido levado por esse sentimento sublime a arriscar o próprio emprego para ajudar quinze desconhecidos. 

Ou talvez seja só um motorista de ônibus gente finíssima. 

A essa altura, qualquer das opções é desejável. 



Postado em Diário do Centro do Mundo em 08/11/2017



Como pode ter gente fazendo maldade e vivendo tão bem ?



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Acho que eu não sou desse mundo !




Ainda acredito no ser humano, no poder do amor, em sentimentos sinceros, em acolhimento verdadeiro, em guarida afetiva. Não posso crer que gente do bem é espécie em extinção. Acho que eu não sou daqui.


Marcel Camargo

O mundo anda doente, as pessoas estão cada vez mais estressadas e sem tempo para ninguém, as postagens virtuais destilam preconceito e agressividade, quanto amargor. Não sobra tempo mais para a gentileza, para a conversa, para os encontros; o trabalho nos rouba todo o tempo, tempo de vida, de lazer, de amor. Encontro-me perdido em meio a tudo isso, muitas vezes deslocado da maré que varre feito turbilhão os resquícios de humanidade que deveriam ser prioridade na vida de qualquer pessoa.

Eu ainda acredito no ser humano, na natureza humanamente gregária do homem, que nos torna necessitados de convivência, de companheirismo, de toque e de trocas. Recuso-me a crer numa sociedade majoritariamente preconceituosa e excludente, disposta a obter vantagens e bens materiais, mesmo que às custas da infelicidade alheia.

Acredito no poder do amor, na força do bem, na capacidade de a verdade sobrepor-se a toda e qualquer mentira, a toda e qualquer infelicidade solitária. O bem tem que vencer o mal, em todos os setores dessa vida – ou isso ou se perdem os objetivos de vida baseados na ética e no respeito ao outro. Recuso-me a pisar alguém para me sobressair, a mentir para conseguir o que quero, a odiar simplesmente porque sou contrariado.

Creio em sentimentos sinceros, em acolhimento verdadeiro, em guarida afetiva. Ainda existe quem ama sem medo, quem se entrega sem censura, quem acolhe o diferente, o dissonante, o que anda na contramão de todos. Não posso conceber a ideia de que todo mundo age com segundas intenções, que ninguém seja capaz de se doar sem querer nada em troca, que a aceitação de todas as raças, credos e gêneros seja uma utopia, um sonho impossível.

Costumo confiar nas pessoas, nas palavras, nas atitudes que vejo, sem ficar com o pé atrás, sem hesitar, desconfiando de que aquilo possa se tratar de encenação premeditada, de riso forçado, de ardil encoberto. Não posso crer que gente do bem é espécie em extinção, que curtida no Face valha mais do que um aperto de mão caloroso, que se julguem as pessoas pelas aparências, pela procedência, por tudo menos pela essência que as define.

Acho que não sou daqui, acho que nasci no tempo e no lugar errados, pelo tanto de decepções que se amontoam em meu caminhar, em relação a quem, principalmente, recebeu o meu melhor. Ainda assim, mesmo sob olhares de censura, palavras de desânimo, tombos e dores, persistamos no propósito de alcançar a felicidade da forma mais limpa e ética que pudermos, pois o que é nosso então se resguardará, para que desfrutemos do bom e do melhor junto aos poucos verdadeiros que se juntaram a nós. Assim seja.



Postado em Conti Outra



A casa de uma família afetada pela guerra civil na Síria



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No meio do showroom, a casa de uma família afetada pela guerra civil na Síria


Débora Schach

Como fazer com que aqueles que vivem no conforto do Ocidente sintam na pele como é morar em uma zona afetada pela guerra? 

A IKEA teve uma ideia – em sua principal loja da Noruega, reproduziu, em 25 m², a casa de uma família síria que vive nas redondezas de Damasco. 

As paredes sem reboco, os escassos e pobres itens de mobília em seu interior, tudo foi reproduzido nos mínimos detalhes para transportar os noruegueses a uma realidade bem distante da sua. 

Nas tradicionais etiquetas afixadas aos produtos, ao invés do preço, a história de uma típica família síria e suas aflições, incluindo a falta de comida, de remédios e de água potável. 

O mesmo espaço também serviu para divulgar informações sobre como fazer doações em dinheiro para ajudar essas famílias. A campanha, criação da agência POL, foi um esforço em conjunto com a Cruz Vermelha.

A instalação ficou na loja entre os dias 17 e 31 de outubro, foi vista por mais de 40 mil pessoas por semana e ajudou a arrecadar 22 milhões de euros. Via AdFreak.






Postado em Blue Bus em 11/11/2016



Por que algumas pessoas são mais altruístas que outras, o que podemos aprender com elas?






Tales Luciano Duarte

Abigail Marsh quase perdeu a vida em um acidente de carro. Ela estava evitando um cão no meio da rua, e de repente encontrou sua própria vida em perigo.

Mas um completo estranho parou, saiu de seu carro, ajudou-a com segurança, e depois saiu, e nem sequer lhe disse seu nome.

Por que ele fez isso?

Aquela era a pergunta que Marsh continuou se perguntando, e que mudou o curso de sua vida.

Ela então começou a pesquisar sobre capacidade humana de ajudar dos outros desinteressadamente; De onde vem? Como se desenvolve?

Marsh se perguntava por que as pessoas faziam coisas desinteressadas. Ela logo percebeu que muito pouco trabalho tinha sido desenvolvido sobre o tema.

Altruísmo é um comportamento voluntário, que beneficia apenas o outro. E Marsh queria saber o que fazia algumas pessoas mais altruístas que outras:

“As ações do homem que me resgatou atendem à definição mais rigorosa de altruísmo, que é um comportamento voluntário e motivado pelo desejo de ajudar outro.

Portanto, é um ato altruísta destinado a beneficiar apenas o outro. O que poderia explicar uma ação como essa?

Uma resposta é a compaixão, obviamente, que é um motor chave do altruísmo.

Mas então a questão é, por que algumas pessoas parecem ter mais compaixão do que outros?

E a resposta pode ser que os cérebros de pessoas altamente altruístas são diferentes em termos fundamentais.”




Para realmente descobrir, ela fez o oposto do que se poderia esperar. Ela começou na extremidade oposta analisando psicopatas.

Pessoas com esta doença tem uma total falta do desejo de ajudar outras pessoas. Muitas vezes são pessoas frias, indiferentes e antissociais.

A parte do cérebro que é a mais importante para reconhecer expressões temíveis é chamada de amígdala.

Há casos muito raros de pessoas que não têm amígdalas completas, e eles são profundamente prejudicados no reconhecimento de expressões temerosas.

Enquanto adultos saudáveis e crianças mostram geralmente grandes picos na atividade amígdala quando eles olham para expressões temerosas, amígdalas dos psicopatas são sub-reativas a estas expressões.

Às vezes eles não reagem, o que pode ser por isso que eles têm dificuldade em ter compaixão. Finalmente, ela concluiu que as amígdalas dos psicopatas são menores do que a média em cerca de 18 ou 20 por cento.

Ela diz que seu principal interesse não é sobre por que as pessoas não se importam com os outros, mas por que se importam.

“Então a verdadeira questão é: o altruísmo extraordinário, que é o oposto da psicopatia em termos de compaixão e do desejo de ajudar outras pessoas, emerge de um cérebro que também é o oposto da psicopatia?”, pergunta ela.

Os altruístas extraordinários fizeram coisas como dar um rim saudável a um completo desconhecido. Mas por que?

“Os cérebros desses altruístas extraordinários têm certas características especiais“, diz ela.

“Eles são melhores em reconhecer o medo de outras pessoas. Eles são literalmente melhores em detectar quando alguém está em perigo.

Isso pode ser em parte porque sua amígdala é mais reativa a essas expressões. E lembre-se, esta é a mesma parte do cérebro que foi sub-reativa em pessoas psicopatas.”

E finalmente, suas amígdalas são maiores do que a média também, aproximadamente oito por cento, conclui ela.




O que é intrigante é que, quando as pessoas foram perguntadas por que eles deram seu rim a um completo estranho, eles não sabiam como responder.

Eles não se consideravam únicos ou especiais, mas normais, como todos os outros. Eles simplesmente fizeram isso, porque é quem eles são.

Ainda mais intrigante é que as pessoas que os doadores estavam dando seus rins não estavam em um círculo fechado de amigos ou parentescos. Eram seres humanos totalmente distantes deles. E isso é muito extraordinário:

Talvez melhor descrição para esta surpreendente falta de egocentrismo seja a humildade, que é a qualidade que nas palavras de Santo Agostinho faz homens como anjos. E por que isto?

É porque, se não há centro dentro do seu círculo, não pode haver anéis internos ou anéis externos, ninguém que seja mais ou menos digno de seu cuidado e compaixão.

E talvez isso que realmente distingue altruístas extraordinários da pessoa média.

“Eu também acho que esta é uma visão do mundo que é atingível por muitos e talvez até mesmo a maioria das pessoas.

E acho isso porque, a nível social, expansões de altruísmo e compaixão já estão acontecendo em todos os lugares “, explica ela.

Marsh acredita que todos nós temos a capacidade de nos levarmos para fora do centro do círculo e estender o círculo de compaixão para fora, de modo que podemos ser compassivos com pessoas totalmente desconhecidas. 


Postado em Yogui.co







Mudar o mundo pode ser rápido, divertido e sem por a mão no bolso



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A frase do título é de Edgard Gouveia Junior, arquiteto e urbanista pós-graduado em jogos cooperativos, ele dedica sua trajetória a mobilizar crianças, jovens e adultos com jogos virtuais, gincanas e ações coletivas que desembocam em pequenas revoluções comunitárias.

Criador do Instituto Elos e do jogo Oásis, Edgard acredita que mudar o mundo pode ser rápido, divertido e sem por a mão no bolso.





O Instituto Elos promove hoje diversas frentes para engajar comunidades através de jogos, desenvolvimento local, expansão de propósito, formação e sensibilização, entre outras frentes que com ajuda de todos muda a vida de comunidades ao redor do mundo. Entre suas ações eles tem o Jogo Oasis e Guerreiros sem Armas. 


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O QUE É O JOGO OASIS? 

O Jogo Oasis é uma ferramenta de apoio à mobilização cidadã para a realização de sonhos coletivos.

Composto por jogadores e comunidade, o jogo considera uma definição ampla de comunidade que envolve diversos atores, como moradores, ONGs, governo local, lideranças e empresas.

Concebido para ser de uso livre e praticado de forma totalmente cooperativa, para que todos, juntos, realizem algo em comum, o Oasis propõe regras que permitem a vitória de todos, sem exceção.





O QUE É O GSA (Guerreiros sem Armas)? 

O GSA é um curso internacional que reúne pessoas de diferentes países que buscam transformação e querem ser parte dela.

Aqui você vai aprender na interação com uma comunidade real, onde o saber compartilhado de todos é a base para se construir sonhos coletivos.

E a Filosofia Elos se apresenta como linha guia para transformar pessoas e relações em qualquer contexto social.



“No coração de muitos homens e mulheres que vivem nesta Era se encontra um sonho que pode ser traduzido em uma frase: Eu quero mudar o mundo!“.

Talvez só alguém muito são seria louco o suficiente para sonhar que a melhor maneira de mudar o mundo poderia ser através de um Jogo!

E foi justamente esse sonho que fez Edgard reacender a chama no coração de milhões de pessoas no Brasil e no mundo para mostrar que ele não é o único que acredita que podemos mudar o mundo brincando!





Perigo : A nossa taxa de humanidade está baixa !




Allan Felipe Freitas



Certa tarde estava eu caminhando por uma rua próxima a minha residência, quando “sem querer querendo” ouvi o pedaço de uma conversa de duas senhoras. Uma senhora de meia idade dizia para a outra:

- O meu marido está internado, por que a taxa de “HUMANIDADE” dele está baixa. Os médicos disseram que ele não pode receber alta, por causa disso... Entendeu? É por causa da taxa de“HUMANIDADE”.

Imediatamente eu comecei a rir. Todavia, eu não estava tirando sarro daquela senhora. Não estava desdenhando de sua situação e muito menos achando graça na sua condição, pois muito provavelmente, ela não teve acesso à educação formal de qualidade, o que deve ter contribuído para que ela fale assim. Saliento que muito compadeci do seu sofrimento. Só quem já teve um ente querido internado sabe como é difícil.

Deixando de lado os detalhes, permita-me explicar o motivo do meu riso. Ri porque tive uminsight. Pensei no seguinte: Assim como a taxa de imunidade é importante para a nossa saúde física, a taxa de humanidade é importante para a nossa condição existencial de seres humanos, de pessoas (indivíduo e sociedade).

Em linhas gerais, a taxa de imunidade diz respeito à capacidade de defesa do sistema imunológico. Esse sistema age em defesa do corpo, combatendo ataques de bactérias, vírus e infecções contra o organismo.

Quando a taxa de imunidade está baixa, o organismo fica mais suscetível a doenças. Nesse sentido, dependendo da doença e do tratamento dado ao enfermo, a pessoa pode vir a recuperar a sua saúde, como pode também, em casos mais graves, vir a óbito.

Do mesmo modo acontece com a questão da humanidade. A taxa de humanidade mede o quão humanos somos. Quanto menor a taxa de humanidade maior o grau da barbárie. Infelizmente corremos o risco de zerar a taxa de humanidade, e assim, perdermos de vez a nossa capacidade de sermos humanos.

Notícias como a do ataque a uma boate gay em Orlando, que deixou 50 mortos dias atrás, indicam que no geral, a nossa taxa humanidade está baixíssima.

Considerando o nosso contexto atual, alguns pontos me chamam muita atenção. Não é de hoje que podemos constatar que as coisas estão valendo mais do que as pessoas, e, que para muitos, os fins justificam os meios. Logo, chego à conclusão, que tudo isso aponta para a nossa doença ética. De fato corremos o sério risco de perder a nossa humanidade.

Parece-me que estamos vivendo uma baita crise de humanidade, uma espécie de epidemia que atinge todas as classes e todos os credos, uma doença contagiosa que nos faz agir como animais irracionais ou como robôs programados para destilar ódio e intolerância.

Os sintomas dessa peste que assola o nosso tempo são o discurso de ódio, a intolerância religiosa, o racismo, a homofobia, o preconceito contra a mulher, a indiferença e a falta de empatia e de solidariedade.

Não há como ficar indiferente ao tomarmos ciência de um atentado como o mencionado acima. Como é triste ver que algumas pessoas (seres humanos como aqueles que perderam suas vidas naquele ataque bárbaro) estão fazendo piada com o ocorrido. Algumas ousam justificar a morte dos 50 pelo fato de serem homossexuais.

Onde vamos parar?

Fica o alerta.

Tenha cuidado! A nossa (gênero humano em larga escala) taxa de humanidade está em baixa.

Precisamos nos tratar.

A despeito de tudo, eu quero manter viva e acesa em meu coração a chama da esperança. Esperança que me faz anelar (não só para mim, mas para todos) por um futuro melhor, um mundo mais justo e um ethos (espaço de convivência) que comporte a todos, sem distinção.

Faço minhas as palavras de Lulu Santos:

“Eu vejo a vida melhor no futuro...
Eu vejo a vida mais clara e farta.
Repleta de toda satisfação...
Eu quero crer no amor numa boa, que isso valha pra qualquer pessoa...
Eu vejo um novo começo de era.
De gente fina, elegante e sincera
com habilidade pra dizer mais sim do que não...”

(retalhos da canção Tempos Modernos)

Deixo aqui um apelo:

Humanidade, humanize-se já!

Eu fico por aqui.


Postado em Conti Outra em 11/08/2016



Nota

Li o texto acima e concordei demais com o autor. E por uma estranha coincidência, após alguns dias, encontrei o texto abaixo, que me fez acreditar que nem tudo está perdido.  

Pode ser que a Humanidade tenha " jeito " afinal !



Casal idoso chorava tanto que vizinhos pediram socorro, polícia aparece e cozinha massa



Débora Schach

Essa é mais uma daquelas histórias necessárias para restaurar a fé na humanidade. Vem da Itália, mais especificamente do bairro Appio, em Roma. 

No dia 02 de agosto, tristes pelas notícias que tinham acabado de ver na TV, e acometidos por uma profunda solidão, Jole, de 89 anos, e Michele, de 94, choraram e soluçaram tanto que seus vizinhos estranharam e chamaram a polícia.

“Não havia crime. Jole e Michele não tinham sido vítimas de um golpe, como geralmente acontece com os idosos, e nenhum ladrão havia arrombado sua casa. Dessa vez, a tarefa é mais difícil. Há duas almas solitárias para confortar”, disse a polícia de Roma em post no Facebook, descrevendo a cena que os policiais encontraram quando chegaram à casa dos idosos.

Sensibilizados pela situação dos velhinhos, os policiais chamaram uma ambulância para que os 2 recebessem atendimento médico. Enquanto isso, percebendo que talvez também estivessem mal alimentados, pediram licença para ter acesso à sua cozinha. “Eles improvisaram um jantar acolhedor. Um prato de massa com manteiga e queijo. Nada especial. Mas com um ingrediente especial: toda a sua humanidade”, conta o post na rede social. 

Segundo o Quartz, desde o episódio, a polícia italiana tem mantido contato com o casal para checar sua situação. A história despertou a solidariedade dos italianos e muitos já se ofereceram para ajudar.








Postado em Blue Bus em 10/08/2016






O mundo precisa de exemplos, não de opiniões


O mundo precisa de exemplos, não de opiniões


Raquel Brito

Existem momentos em que dói viver neste mundo, em que os interesses pessoais, os benefícios financeiros, a maldade e o egoísmo parecem ganhar sempre a batalha. Nestas situações, precisamos de bons exemplos.

Geralmente a decepção e o desconsolo que isso nos gera nos fazem acreditar que as pessoas boas sumiram e que as poucas que existem não conseguirão fazer nada que seja realmente significativo.

No entanto, as pessoas boas são as que mantêm o mundo em equilíbrio, completando o quebra-cabeças com sua sinceridade, sua honestidade, seus bons exemplos e boas ações. Todas aquelas pessoas merecedoras por alguma razão do adjetivo “boas” representam aquilo que gostamos de ter como exemplo. As demais, simplesmente, nos parecem insuportáveis.

O mundo que nos faz sofrer, nosso mundo

Há imagens que doem, que nos fazem mal e que inquietam nossa alma. Ainda que sejamos capazes de fechar os olhos, a dor alheia sempre nos atormentará. Há casos em que a injustiça nos esbofeteia como uma explosão de vergonha.

Infelizmente, muitas coisas que hoje nos fazem sofrer, amanhã vamos esquecer. Que sirva como exemplo perfeito a foto que ilustra essas palavras, a foto da desgraça, da vergonha e do sofrimento.



“Quem sou eu para lhe dizer que não venha. Eu também arriscaria tudo.Cruzaria mares, fronteiras e países. E o que fosse preciso.
Já sei que não vou dissuadi-lo. E tampouco pretendo fazer isso. Mas que você saiba que, deste lado, o futuro é um bem de consumo. E os custos são cobrados em vidas humanas.
Aqui, fazemos ver que você importa para nós apenas quando nos incomoda. Quando você cobre a praia e o sol. Quando sua imagem nos golpeia e fica gravada em nossa alma para sempre.
Sim, já sei que é vergonhoso. E peço-lhe perdão. É o que estou fazendo, mas é tudo o que faço.
Mas quem sou eu para lhe dizer que não venha. Se a única coisa que temos feito por você é fazê-lo ver que não existe. Se a única coisa que sabemos de você é um número, quando você já não existe mais”.  -Risto Mejide-

Não somos bons em lembrar coisas importantes

Graças à internet, abrimos os olhos e sabemos que os fios que nos movem são muito mais cruéis do que podemos tolerar. Provavelmente, essas mesmas palavras e imagens doem e incomodam, mas a desgraça na internet se torna viral tão rápido quanto é esquecida.

Quando algo nos toca e nos atinge, todos opinamos: no entanto, depois, se colocarmos na balança nossas ações e nossas intenções, as últimas saem ganhando. Temos medo dessas ideias que estão ceifando vidas e temos verdadeiro pavor que os interesses que movem o mundo sejam maiores que nossa união.

Nossas emoções buscam ter um impacto num mundo que nos dá medo. Ainda assim, mesmo que as palavras sejam levadas pelo vento, não há furacão que leve os sentimentos. Podem se atenuar, mas sempre permanecerão conosco, impedindo nossa indiferença.

É preciso agir e mostrar exemplos, não opiniões

A angústia pela maldade ainda é grande em nós e, como consequência, temos conseguido tolerar a impotência. Mas não estamos programados para ficar sentados em nosso sofá dia após dia.

Talvez tenhamos ficado presos numa espiral que nos faz criar sentimentos vazios. No entanto, eu ainda creio no ser humano, ainda confio que somos capazes de acreditar, de sentir e de agir de acordo.

Temos uma grande habilidade para nos justificar através das palavras. Para dar nossa opinião, costumamos encher de sentido uma frase, mas logo em seguida, o medo ganha a batalha sobre a ação.

Diante das injustiças, não podemos nos proteger em quatro frases que mascarem nossa frustração. Temos que completar nossas opiniões e não fechar os olhos, temos que nos perdoar e começar a agir.

Com nossa falta de ação, estamos tendo nossa consciência manchada de sangue, a injustiça brilha tanto que consegue nos cegar.

Não permitamos que isso seja apenas passageiro; podemos combater quem cria a desgraça. Se atuamos, podemos exibir exemplos ao invés de opiniões.

O mundo é uma casa para todos os que a habitam. O fato de que ele já estava aqui quando nascemos e de que o sol continuará nascendo quando morrermos não quer dizer que não sejamos responsáveis pelo que acontece.

Crianças morrendo de fome. Famílias de refugiados destroçadas. Mulheres violadas. Soldados assassinados. Pessoas com seus mesmos cromossomos escravizadas, costurando sua roupa. Animais torturados. Natureza devastada. Governos, ricos e máfias brincando com você, criando necessidades, encobrindo interesses e saindo impunes.

Tudo isso é muito mais que uma opinião. Por tudo isso, o mundo precisa dos seus exemplos, da sua ação, da sua luta. O mundo precisa de pessoas como você e eu para inspirar profundamente, mudar de direção e, enfim, respirar.






Nota


Algumas ações que podemos colocar em prática:

  • Participar de grupos de voluntários que executam diversas atividades junto aos refugiados, aos moradores de rua e outras pessoas, crianças e idosos em situação de necessidade ou vulnerabilidade.
  • Doar alimentos, roupas, remédios, material escolar, entre tantas outras coisas.
  • Apadrinhar refugiados, idosos e crianças.
  • Adotar crianças e adolescentes.
  • Dar emprego.
  • Praticar, por algumas horas, a sua profissão para ajudar os mais necessitados, por exemplo, ensinar qualquer coisa, atendimento médico, atendimento de enfermagem, corte de cabelo, etc.
  • Escolher entidade filantrópica séria para contribuir com ajuda financeira mensal.
  • Procurar eleger vereadores, deputados, senadores e governantes, sinceramente, comprometidos com causas nobres visando o bem comum e a melhoria do mundo.
Ajudo, na medida do possível, mensalmente, uma Entidade de crianças deficientes, o Lar Santo Antônio dos Excepcionais http://www.larsantoantonio.com.br, em Porto Alegre.

Então você pode encontrar a sua maneira de não apenas ter opinião, mas dar um exemplo de empatia e boas ações, sendo mais um elo na Corrente do Bem.