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Ela criou camisinhas, tampões e lubrificantes naturais que não agridem a saúde




Por Redação Hypeness

“Trate sua vagina melhor do que seu rosto”. Esse é o lema da Sustain Natural, uma empresa que oferece absorventes, camisinhas, lenços umedecidos e lubrificantes totalmente naturais, sem testes em animais, químicas que não se intimida em dizer a que veio – como deixa claro Meika Hollender, criadora da empresa:

“Danem-se as grandes empresas que vêm enchendo nossos corpos com químicas e toxinas há tantas décadas”, ela diz.

Sua missão é muito mais ambiciosa do que o sucesso comercial: o desejo de Meika é realmente transformar o futuro, em um mundo em que mulheres possam abertamente falar sobre sua sexualidade, colocando sua saúde sexual em primeiro plano, e utilizando produtos que não façam mal a elas, nem a seus parceiros ou mesmo ao planeta.

A maioria das camisinhas, por exemplo, é fabricada utilizando produtos que podem provocar câncer, como a nitrosamina.

Já os produtos da Sustain Natural são feitos com ingredientes totalmente naturais – seus absorventes são fabricados somente com algodão.

Em três anos de existência a empresa já vende milhões de produtos, mas Meika quer muito mais. Aliada a organizações, ela luta hoje para mudar a lei, nos EUA, e obrigar as empresas de absorventes a ter que listar os componentes e ingredientes de seus produtos.



Meika Hollender, fundadora da Sustain Natural


Acima, os absorventes; abaixo, as camisinhas da Sustain Natural


Uma camisinha, acima, e um lubrificante da marca, abaixo






Sabonete corporal

Hoje simplesmente não é possível saber do que é feito algo tão íntimo e que passa tanto tempo literalmente dentro do corpo da mulher.

Meika conta que já foi agredida, ameaçada e que já perdeu investidores simplesmente por conta da natureza de seus produtos. Mas nada disso parece lhe abalar, pois fica claro que uma revolução no campo da sexualidade feminina é o mínimo que ela procura – a fim de que realmente se transforme a maneira com que as mulheres simplesmente não sabem do que são feitos os produtos que colocam em uma parte tão íntima e importante de seus corpos.




Absorventes e lenços umedecidos



Como diz outro lema da empresa: pense com a sua vagina.



Postado em Hypeness



Stella Senra à juíza Carolina Lebbos : De mulher para mulher / Dia Internacional da Mulher



Stella Senra à juíza Carolina Lebbos: De mulher para mulher





Carta à juíza Carolina Lebbos


por Stella Senra*

Senhora juíza,

Nos últimos tempos temos visto um grande número de juízas, mulheres que, como a senhora, se tornaram conhecidas pelo rigor — ou melhor, pela dureza — de suas sentenças.

Se tomo a decisão de lhe escrever, é também nessa mesma condição: de mulher para mulher.

Essa curta afirmação — de mulher para mulher — parece óbvia, mas não é.

Colocando-me me aquém dos muitos estereótipos que tem definido o termo “mulher”, refiro-me ao sentido animal, o mais cru do termo: à carne, ao sangue, às entranhas que dão origem à vida.

Refiro-me, portanto, a seres capazes de um amor irrestrito.

Também esta expressão “amor irrestrito” exige maior precisão.

Se quiser saber o que pretendo dizer, deixe sua sala de juiza federal (responsável pela custódia do Presidente Lula), dê um pulo ao presídio e vá até a fila da visita aos prisioneiros.

Lá verá quase unicamente mulheres, em filas que dobram esquinas; dentre elas mães, uma maioria de mães, mas também esposas, namoradas, filhas…

Qualquer que seja o crime, lá estarão elas: para além do mal, cuidando; para além do mal, amando.

É nesse plano das entranhas que estou me colocando para me dirigir à senhora.

E o que me motivou foi a pungente fotografia de Ricardo Stuckert que circulou na internet, da família Lula da Silva no velório do menino Arthur, neto do presidente Lula.

Habituados a vermos a representação fotográfica do presidente sufocado pelos abraços de seus admiradores não nos espanta, à primeira vista, esse amontoado de braços e cabeças, num enlace tão estreito que mal conseguimos distinguir, ao centro, a cabeça de Lula.

Mas logo percebemos, recuada ao fundo do quadro, uma pequena figura solitária que chora; e de imediato ficamos sabendo que o motivo de tal enlace não é a alegria do encontro.

É uma grande dor, a mais profunda, a dor da perda, aquela que faz de todos os corpos um só corpo, um sólido bloco de dor.

Esta foto me fez pensar na senhora, que concedeu 1:30 hs ao presidente para estar com sua família na despedida do netinho.

E como tal medida temporal não foi extraída da letra da lei, posso me perguntar que aritmética lhe teria servido para chegar a esse número.

Que contabilidade lhe teria inspirado?

Seria a senhora conhecedora de alguma “medida” para o sofrimento humano?

De um número capaz de definir o rugir da dor de uma família?

A dor é selvagem. Não escolhe, não poupa. É devastadora.

Pode acontecer a todos e a qualquer um de nós. Por ela sofremos. Mas sofremos também quando ela atinge o outro.

Seja ao nosso lado, seja distante de nós — mas próximo pela mesma condição de seres humanos.

O sentido de humanidade infelizmente não é distribuído de forma equitativa pra todos; mas não é tampouco passível de ser medido, não é objeto de nenhuma matemática, de nenhuma contabilidade.

Por isto não pode ter sido ele que lhe ajudou a estabelecer tão precisamente a “cota” do presidente Lula.

Aqui se trata de amor irrestrito, (que, portanto, também não pode ser medido), de carne, de sangue, de entranhas — coisas concretas e também incomensuráveis que se objetivam, no entanto, de modo palpável no mundo das mulheres.

Mesmo dentre os animais, as fêmeas que dão a vida cuidam e defendem seus filhotes até a conquista de sua autonomia.

É o que me deixa perplexa, com uma pergunta que não sei responder: de que matéria serão feitas suas entranhas, juíza Lebbos?

Stella Senra

*Foi professora da PUC-SP. Mantém o site stellasenra.com.br.



Postado em Viomundo em 08/03/2019



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Minha homenagem às mulheres como Stella Senra, Marisa Letícia, Marielle Franco, Malala Yousafzai,  Gleisi Hoffmann, às vitimas de feminicídio, à minha mãe e minha irmã, às primas, às amigas maravilhosas e às leitoras deste blog, enfim a todas que unem sabedoria com coração e ternura em suas batalhas diárias.


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Estudo confirma que as mulheres dirigem melhor do que os homens




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Apenas 24% dos acidentes de carro são causados ​​por mulheres, enquanto
 os homens são protagonistas de 76%.



Por Conti Outra

Se você é uma mulher provavelmente já teve que dirigir com um homem assustado dentro do carro, dando-lhe instruções ridículas como parar em um sinal vermelho ou não parar tão abruptamente.

Certamente, além disso, você deve ter ouvido mais de uma vez um homem julgar uma mulher por suas “poucas habilidades” de dirigir. Escutamos isso tão frequentemente, que até chegamos a acreditar que o cérebro masculino desenvolveu mais a proporção de espaços e é por isso que eles são mais habilidosos ao volante.

Mas um recente estudo realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança no Trânsito da Argentina determinou que essa informação é absolutamente falsa. E, por incrível que pareça, revelou o contrário: as mulheres lidam melhor no volante do que os homens.

Apenas 24% dos acidentes de carro são causados ​​por mulheres, enquanto os homens são protagonistas de 76%.

Foi determinado que, em geral, os homens têm melhores técnicas; coordenam melhor os braços e pernas. No entanto, também foi descoberto que as mulheres levam 20% mais tempo para aprender manobras. Ou seja, as mulheres são mais cautelosas.

“Somos mais empáticas e pensamos em tudo o que nos rodeia nas ruas: pedestres, ciclistas, motocicletas, transporte público. Isso nos faz respeitar mais as regras de trânsito”, explicou Lulu Dietrich, fundadora e diretora da Mujeres al Volant para o site Excelsior.

Isso coincide com os resultados obtidos pelo estudo em relação ao excesso de velocidade. Apenas 10% das mulheres ultrapassam o limite de velocidade permitido em cada zona, enquanto 40% dos homens aceleram mais do que deveriam. Em qualquer caso, as mulheres lidam melhor porque respeitam as regras.

Para se manter seguro ao volante, siga estas 7 dicas:

1. Não utilize telefones celulares.

2. Use sempre o cinto de segurança e, se transportar passageiros, imponha-o como padrão.

3. Se você tem filhos ou transporta crianças pequenas, certifique-se de que elas estejam devidamente amarradas em suas cadeiras.

4. Sempre respeite o limite de velocidade.

5. Sempre dê seta antes de virar, pelo menos 5 metros antes.

6. Sempre mantenha sua apólice de seguro de carro atualizada.

7. Dê passagem e respeite os pedestres, sempre !



Postado em Conti Outra em 05/01/2019



Abuso doméstico contra homens existe !



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As mulheres de 40 e sua nova identidade social



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Por Conti Outra


As mulheres de 40 estão arrasando quando se fala em independência e originalidade, para defini-las a empreendedora de tecnologia Gina Pell criou o termo “perennial”, que já pegou e vem sendo discutido por vários veículos e comunicação de credibilidade mundial como a revista Fast Company e os jornais The Telegraph e El País.

Para ela, perennial é uma pessoa que assume um estilo de vida que não foca na idade cronológica, mas sim, consegue balancear gostos e visitar costumes de diversas idades, criando assim uma identidade social própria.

Não é à toa que a maioria das mulheres, em várias pesquisas realizadas, declaram estar em sua melhor fase quando chegam aos 40. Elas se sentem mais confiantes, mais bonitas, mais maduras.

Para provar que elas estão com a força total separamos algumas características que as definem:

# Maturidade: Essa tal maturidade vem acompanhada com uma confiança inabalável e um autoconhecimento invejável. Tanto que a palavra “perennial” vem do termo “perene”. Elas se sentem leves, sabem escolher o que é melhor para elas, bancam a própria vida e são mesmo donas de si.

# Elas não envelheceram: Como elas possuem um pensamento livre e não se deixam intimidar, estão sempre atuais e bem-dispostas, fato que a colocam em uma difícil definição de idade cronológica, já que suas peles estão jovens e estão sempre atuais quanto ao modelo de roupa que escolhem.

# Autonomia: Elas buscam autonomia e não acreditam mais na antiga forma de construir uma carreira sólida, através de um emprego formal. Preferem o ideal do trabalho do que a rotina maçante e vão atrás daquilo que acreditam.

# Mudam os conceitos: Como elas não se enquadram na idade que chegaram, acreditam e sentem que são muito jovens, e realmente são, por isso, não se deixam intimidar pela imposição de regras sociais e de conduta, muito menos pela imposição da mídia e da moda.

E você, também se enquadra na geração perennial?



Postado em Conti Outra 





Giovanna Antonelli


Lavinia Vlasak


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Como as crianças reagem à diferença salarial entre homens e mulheres – veja esse vídeo



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Débora Schach



Iniciativa do sindicato norueguês Finansforbundet, esse experimento mostra a reação de crianças à diferença de pagamento entre homens e mulheres. 

Depois de realizar a mesma tarefa juntos, um menino e uma menina recebem sua recompensa – mas, para surpresa de ambos, o pagamento da menina é consideravelmente menor do que o do menino.

Para elas, o fato de uma menina ganhar menos apenas pelo fato de ser menina não faz o menor sentido.

“Pagamento desigual é inaceitável aos olhos das crianças. Por que deveríamos aceitar como adultos?” – questiona o vídeo. 

A criação é da agência Morgernstern com produção da Willynikkers. Saiu no AdFreak.







Postado em Blue Bus em 14/03/2018



Dia Internacional da Mulher 8 de Março de 2018



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Recomendo os 2 filmes abaixo :

1. Norma Rae mostra a luta das mulheres por melhorias e mais direitos no Trabalho.





2. As Sufragistas  mostra a luta das mulheres pelo Direito ao Voto.

















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Looks para Natal 2017 e Réveillon para Elas e Eles



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Esse short super diferente é apaixonante, e super a cara do réveillon, não quer dizer que não der para outras ocasiões pois é super despojado!  Escrito por:Anita Perez


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Os "gêmeos de Cristiano Ronaldo" e a coisificação da mulher

 




O texto a seguir é uma justa e fortíssima denúncia das barrigas de aluguel, que começa na coisificação da mulher em máquina de fazer crianças e acaba na violação dos mais elementares direitos da criança. Normalmente, fala-se deste contrato de compra e venda “como um modo de ter filhos e não como uma maneira de os perder”, quando na realidade é isso o que acontece.

por Kajsa Ekis Ekman*

Quando Cristiano Ronaldo confirmou na sua conta do Instagram que tinha sido pai de dois gêmeos recebeu mais de 8 milhões de curtidas, 290.300 artigos foram publicados mundialmente sobre o assunto, 71.000 deles com a frase ‘muito feliz’. Houve, no entanto, uma coisa que não apareceu em parte alguma: o nome da mãe.

Quem é? Como foi a sua gravidez e como se sentiu depois do parto? Quantas vezes no dia pensa nos seus filhos que nunca mais verá? Ronaldo nem a menciona, e a única coisa que se sabe dela é que é norte-americana e recebeu 200.000 euros pelos bebês.

No debate sobre a sub-rogação isto é típico. Nos meios de comunicação fala-se de sub-rogação como um modo de ter filhos e não como uma maneira de os perder, apesar de ser isso que separa a sub-rogação de toda a outra forma de reprodução.

E os seus desejos (frequentemente chamados de ‘necessidades’) são abundantes. As mães continuam anônimas, como se fossem trabalhadoras de uma fábrica de bebês. Por vezes, tão anônimas que nem os filhos chegam a saber quem são. Como o filho anterior de Ronaldo. A sua irmã confessa numa entrevista que lhe ocultaram as origens: “nós dissemos a ele que a sua mãe está em viagem. Agora ele não pergunta mais. Uma vez dissemos que ela estava no céu“.

Ninguém parece levantar a voz para o óbvio: isto é um flagrante delito contra os direitos das mulheres e das crianças. Segundo o artigo 7º da Convenção sobre os Direitos da Criança, cada criança tem direito aos seus pais. A maternidade sub-rogada, seja ela paga ou altruísta, viola este direito fundamental.

Na sub-rogação os filhos perdem a mãe e as mães perdem os filhos. Não é acrescentar, é tirar, e como isto é uma indústria (ninguém se pode enganar pelos românticos poemas de mulheres generosas que o fazem gratuitamente – a sub-rogação grátis não chega a 2% dos casos), as razões são econômicas.

Falemos claramente: a sub-rogação é uma venda de bebês. Os ricos compram e os pobres vendem. Não há nada de progressista nem pós-moderno nesta prática: é a mesma velha exploração da mulher e dos pobres.

Ando desde 2006 a estudar o que prefiro chamar de ‘barrigas de aluguel’. Vi crescer esta indústria e os escândalos são cada vez mais frequentes. Como um bilionário japonês que chegou a ter 16 crianças de diferentes clínicas tailandesas – quis chegar aos 100. O que é que um solteiro vai fazer com 100 bebês? Ninguém sabe.

Ou o caso de um casal espanhol que ficou tão triste quando viu que os seus gêmeos não eram dos dois sexos que não quiseram pagar a conta do hospital. A mãe sub-rogada em questão, Kelly Martínez, contou: “tinham pago um extra para ter um menino e uma menina e estavam verdadeiramente desgostosos“. Estressaram-na tanto que ela desenvolveu uma pré-eclâmpsia que pode ser fatal. Não consigo deixar de pensar que este casal agia mais como clientes decepcionados que como pais.

Quando as máfias asiáticas descobriram a lucrativa indústria em 2010, começaram a usar a mesma estratégia que tinham para a prostituição: raptar meninas jovens, isolá-las e usar os seus corpos. Quantos casais europeus tiveram filhos nessas clínicas do Camboja ou da Tailândia que na realidade não passavam de cárceres?

Estes escândalos não são uma exceção que desaparecerá com a regulação. São antes sintomas de uma indústria que converte a mulher em fábrica, as crianças em mercadoria e a gravidez num serviço. São sintomas de um capitalismo sem fronteiras – nem geográficas nem éticas. Vende-se mesmo a própria vida, e a campanha publicitária diz-nos tratar-se de amor e de liberdade.

Assim, externaliza-se para os países asiáticos não só a produção, mas também a reprodução. Agora, qualquer pessoa da classe média europeia pode ter um filho sem passar pelo aborrecimento da gravidez ou de o parir: basta transferir o seu material genético para uma mexicana, ou ucraniana que fique grávida em vez dela. Ela arrisca, ela engorda, ela vomita, ela sente contrações, ela que vai parir e ficar com as marcas da gravidez. Faz tudo o que faz uma mãe – mas nem sequer obtém esse título.

Pode-se estar contra as barrigas de aluguel de muitas perspetivas. Para mim, ser feminista significa que não posso fechar os olhos aos profundos traços patriarcais desta indústria, onde a maternidade é uma coisa descartável, enquanto se sacraliza a paternidade.

As barrigas de aluguel põem em prática frases de Apolo em Oresteia: “não é a mãe quem engendra o que chama o seu filho; não é ela, mas a ama de leite do gérmen recente…“. A maternidade sub-rogada explora a mãe e depois nega-a. Quem fala de sub-rogação como expressão de autonomia nunca viu os contratos onde, precisamente, se anula essa autonomia. Quem decide sobre hormônios, tratamentos, abortos, amniocenteses e o direito de ter ou não ter sexo? Desde que se assine o contrato, os compradores. Não é a mulher.

Além disso, concluo que as barrigas de aluguel constituem o cúmulo do que Georg Lukács chamava a reificação – a coisificação do ser humano. Aqui, trabalhar não se sente como se se vendesse – a mãe sub-rogada vende-se literalmente. Ela não é o apêndice da máquina, ela é a máquina. Ela não vende o fruto do seu trabalho, vende a sua própria carne. A maternidade sub-rogada provoca um curto-circuito imediato na teoria da alienação. É como se todos os outros exemplos da alienação fossem uma metáfora e fosse esta a verdadeira origem da palavra.

Mas talvez baste ser humanista, basta aderir aos conceitos fundamentais dos direitos humanos. Quem é um ser não deve ser comprado nem vendido; especialmente os bebês.

Basta aplicar à prática da sub-rogação as leis que já temos – coisa que, curiosamente, não se fez até agora. A maioria dos países proíbem a venda de pessoas, no entanto, os filósofos fizeram um bom trabalho ao convencer-nos que as barrigas de aluguel são outra coisa.

Mas nos últimos anos cada vez mais países optaram por proibir a prática. A Índia, Tailândia, Camboja e México legislaram contra esta indústria, e o último país a preparar uma proibição é o meu, a Suécia, onde uma sondagem oficial estabelece que a maternidade sub-rogada constitui um risco demasiado alto para as mulheres e as crianças para valer a pena.

Recordamos também que o Parlamento Europeu “condena a prática da sub-rogação, porque socava a dignidade humana da mulher, dado que o seu corpo e as suas funções reprodutivas são usados como mercadoria“.

Espero que a Espanha siga o mesmo caminho. A luta contra as barrigas de aluguel será a próxima grande batalha feminista: se não a ganharmos, o que nos espera é o verdadeiro Conto da Aia [1].


Nota:

[1] Refere-se a um livro com este título da escritora canadense Margareth Atwood, sobre a situação da mulher na sociedade.


*Kajsa Ekis Ekman é escritora e jornalista sueca.


Texto originalmente publicado em:




Postado em Pragmatismo Político em 19/09/2017



Somos um país machista ! Quando a mulher não aceita o machismo ela é chamada, entre outras coisas, de mal educada, mal humorada ou nervosa.



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10 mulheres maravilhosas que todo mundo precisa conhecer hoje





Tuka Pereira



Nem todas as pessoas que realizam trabalhos incríveis e que deveriam ser reconhecidas por eles recebem Oscar, Pulitzer, Emmy, Nobel ou são capas de revistas e destaque em jornais.

Por conta disso, fizemos uma lista de 10 mulheres maravilhosas que desenvolvem trabalhos diversos que vão desde combate ao racismo, machismo tortura e assédio, a incentivo à leitura, empoderamento na terceira idade, representatividade, maternidade e outros assuntos imprescindíveis ao mundo. Se você ainda não as conhece, já passou da hora faz tempo.

1. Täo Porchon-Lynch


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Aos 98 anos de idade, a professora de ioga serve de inspiração para qualquer pessoa que ouse abrir a boca para dizer que é velho demais para fazer qualquer coisa. Nascida na Índia, mas vivendo nos EUA desde muito jovem, Täo prática a modalidade há 90 anos. E olha… ela poderia reclamar se quisesse, pois possui três próteses de quadril. Mesmo assim usa saltos e ainda dirige. Confira seu Instagram: @taoporchonlynch






2. Jesz Ipólito


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Jéssica Ipólito é militante do movimento negro e adepta do feminismo interseccional – que reconhece as diferenças entre as mulheres e respeita todas as lutas: de gênero, de raça e de classe social. Ela é autora do blog Gorda e Sapatão onde discute temas importantes como quebra de estereótipos, diversidade, entre outros assuntos imensamente relevantes. Confira seu Instagram: @jeszzipolito



3. Luiza Junqueira


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Luiza Junqueira é uma das principais vozes de combate à gordofobia na internet. Dona do canal “Tá, querida!“, que hoje conta com cerca de 100 mil assinantes no YouTube, ela aborda de maneira bem humorada temas como roupas justas, estrias, amor próprio, receitas e fala basicamente sobre o que bem entender. Confira seu Instagram: @luizajunquerida





4. Ana Paula Xongani

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Ao lado de sua mãe Cris, uma costureira de mão cheia, Ana Paula criou a Xongani, marca especializada na venda de brincos, colares, turbantes e outras peças inspiradas nas cores, estampas e cultura africanas. Cada item é desenhado para exaltar a beleza da mulher negra e são produzidos com materiais importados do Moçambique e de outros países africanos.


Ana também possui um canal no YouTube onde discute sobre empoderamento da mulher negra, autoestima, dá dicas de beleza e, obviamente, moda. Confira seu Instagram: @anapaulaxongani





5. Larissa Luz


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Dona de uma voz poderosa, a baiana de Salvador ficou conhecida quando esteve à frente do bloco afro Ara Ketu. Ao decidir partir para carreira solo, pôde explorar novas vertentes para sua música e passou a abordar temas importantes em seu repertório. Hoje, usa suas próprias experiências para cantar contra o racismo, o patriarcalismo e o assédio, incentivar a representatividade e exigir respeito. Confira seu Instagram: @larissaluzeluz




6. Dona Onete


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Ionete da Silveira Gama foi professora de história e se aposentou na profissão dando aulas nas escolas do Pará. Começou a cantar carimbó (que sempre foi sua paixão) como passatempo, mas sua carreira foi tomando ‘vida própria’. Hoje, aos 77 anos, dona Onete, como ficou conhecida, se transformou num dos maiores talentos da música popular brasileira. Ela é reconhecida no Brasil e no exterior e é a prova viva de que não há idade limite para praticamente nada nesta vida. Confira seu Instagram: @ionetegama






7. Nátaly Neri


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Nátaly Neri tem apenas 23 anos e, através de seu canal no Youtube, Afros e Afins, discute de maneira simples e direta assuntos que vão desde beleza a empoderamento. Com mais de 190 mil inscritos, ela utiliza a plataforma sobretudo para conscientizar sobre questões raciais importantes que não podem mais ser ignoradas. Confira seu Instagram: @natalyneri




8. Tatiana Feltrin

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Em um mundo onde youtubers discutem sobre assuntos tão diversos, Tatiana escolheu um segmento que pode ser considerado bastante inusitado para ser debatido nesta plataforma: a literatura. No canal Tiny Little Things ela possui mais de 230 mil assinantes que esperam ansiosamente pelas resenhas que faz de clássicos a best sellers e até quadrinhos. Conteúdo inteligente, criativo e imperdível. Confira seu Instagram: @tatianafeltrin




9. Maria Clara de Sena


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Negra, pobre e mulher transexual, ela passou por muitas dificuldades e chegou a recorrer à prostituição para sobreviver. Hoje, por meio de seu trabalho no projeto Fortalecer para Superar Preconceitos, da ONG de direitos humanos Grupo de Trabalhos em Prevenção (GTP), ela ajuda mulheres trans detentas. Ela ainda é funcionária do Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura, órgão pernambucano que segue recomendações da ONU. Confira seu Instagram: @mariaclaradesena.





10. Helen Ramos


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No canal Hel Mother, Helen fala sobre maternidade sem papas na língua. De maneira descontraída e bem-humorada ela ajuda outras mães discutindo situações que ainda são consideradas tabus – como criar filhos sem a presença de um homem – e desromantiza a maternidade debatendo também o lado ruim de ser mãe. Confira seu Instagram: @helmother




Postado em Hypeness