Mostrando postagens com marcador discurso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador discurso. Mostrar todas as postagens

Ao receber prêmio, Joaquin Phoenix discursa em favor daqueles que foram excluídos da premiação


Resultado de imagem para Joaquin Phoenix"


Joaquin Phoenix foi mais uma vez premiado por sua impactante atuação como o personagem título do filme Coringa. Desta vez, ele levou o prêmio Bafta. Nada mais previsível, se considerarmos o fato de que o ator tem sido o grande destaque da atual temporada de premiações. A surpresa, entretanto, ficou à cargo do discurso do ator ao receber o prêmio. Em vez de fazer os tradicionais agradecimentos, o ator preferiu falar sobre aqueles que foram “esquecidos” pela premiação.

Nesta edição da premiação, nenhuma mulher foi indicada ao prêmio de melhor diretor, mesmo que Greta Gerwig tenha recebido as melhores críticas pelo seu mais novo filme, Adoráveis Mulheres. Além disso, todos os atores indicados nas quatro categorias de interpretação eram brancos.

“Sinto-me muito honrado e privilegiado por estar aqui esta noite”, começou o ator. “Os Bafta sempre me apoiaram em minha carreira, e estou profundamente agradecido. Mas também devo dizer que me sinto em conflito, porque muitos dos meus colegas atores que também merecem [o prêmio] não têm o mesmo privilégio. Acho que lançamos uma mensagem muito clara às pessoas negras: que vocês não são bem-vindos aqui. Essa é a mensagem que estamos enviando às pessoas que tanto contribuíram para o nosso meio e a nossa indústria, fazendo coisas das quais nos beneficiamos.”

“Acredito que ninguém está pedindo caridade nem um tratamento preferencial”, prosseguiu Phoenix, “embora seja isso o que nos damos a nós mesmos todo ano. Essa não é uma condenação totalmente justa, porque me envergonha dizer que sou parte do problema.


Incrível e corajoso discurso da professora paraninfa para uma turma formanda da Universidade Federal de Goiás



Professora janta fascistas em formatura em Goiás (vídeo)


Em discurso como paraninfa da turma de Pedagogia da UFG, a professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro saudou Paulo Freire e listou características do governo de Jair Bolsonaro. "Homofóbico, machista, racista, misógino, que odeia pobre", disse ela. Assista

247 - "Prepare o seu coração para as coisas que eu vou contar. Paulo Freire, Paulo Freire, Paulo Freire", assim iniciou seu discurso severamente politizado a professora Miriam Bianca Amaral Ribeiro durante a colação de grau da turma de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Em vídeo que circula pela internet, a professora começa sua fala saudando Paulo Freire e ressaltando sua importância para a educação pública e de qualidade. "Se alguém acha que não se pode falar em Paulo Freire em uma colação de grau, saiba que a universidade pública e gratuita só existe porque pessoas como Paulo Freire não abrem mão do direito de todos em acessar o conhecimento produzido pela sociedade".

Miriam Amaral Ribeiro afirma durante o discurso que o governo de Jair Bolsonaro é racista, homofóbico, nazista, entre outras características. "O fascismo está em curso em um governo que se diz que índio não é gente, que ter filha é um vacilo e que a pobreza é que desmata para comer. Um governo homofóbico, machista, racista, misógino, que odeia pobre, um governo que elogio o nazismo, que matou 8 milhões de pessoas".

Ela criticou também a tentativa de Bolsonaro e equipe em transformar, segundo ela mesma, a "pátria amada" em "pátria armada". "Leve para o seu trabalho a luta incansável contra qualquer tipo de preconceito, porque a desigualdade não é natural e, se foi construída por humanos, também pode ser destruída por nós. Não desista de enfrentar a violência, porque 'pátria amada' não é pátria armada". 












Discurso de resistência de aluna de Direito viraliza nas redes






A estudante de Direito da PUC-SP Michele Maria Batista Alves emocionou ao fazer um discurso de resistência às conquistas sociais da classe mais pobres do Brasil; "Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais", disse ela no discurso que viralizou.




Publicado na Nova Escola - Diante de um auditório lotado no Citibank Hall, gigantesca casa de shows da capital paulista, uma aluna de uma das graduações mais tradicionais do país toma o microfone para um discurso duro. “Gostaria de falar sobre resistência. De uma em específico, a que uma parcela dos formandos enfrentaram durante sua trajetória acadêmica”.

Ela falava em nome dos alunos bolsistas do curso de direito da PUC-SP, em que as mensalidades são de 3.130 reais. “Somos moradores de periferia, pretos, descendentes de nordestinos e estudantes de escola pública”, enumerou. Descrevendo uma experiência de solidão e preconceito, a oradora apontava as dificuldades do convívio com alunos e professores de uma outra classe social:

“Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais.”

Migrante e filha da escola pública

A fala, aplaudida de pé, viralizou em áudio e vídeo nas redes sociais. NOVA ESCOLA conversou com exclusividade com a autora do discurso. Seu nome é Michele Maria Batista Alves, de 23 anos. Natural de Macaúbas, cidade de 50 mil habitantes no centro-sul baiano, ela é uma dos milhares de estudantes de classe popular que chegaram à faculdade a partir da criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2004. É também um exemplo das dificuldades dessa trajetória.

Filha de mãe solteira, criada com a ajuda do avô, Michele veio para São Paulo aos 12 anos, para tratar de uma depressão. Sua família se estabeleceu numa casa alugada em Itapevi, cidade da Grande São Paulo onde mora até hoje, e de onde leva duas horas para ir e voltar ao centro da capital. A intenção inicial era regressar à Bahia, mas dois anos depois a descoberta de um tumor no pescoço adiou indefinidamente os planos. “Hoje estou curadíssima, mas por causa da doença fomos ficando. Minha mãe trabalhava de doméstica e eu comecei a ajudar no Ensino Médio como monitora numa escola infantil”, conta.

Sua história na Educação Básica foi toda em escola pública. “Estudei numa escola estadual perto de casa. Tive professores bons, mas a estrutura dificultava. Faltava água sempre, não tinha como ir ao banheiro, as classes eram lotadas e havia brigas. Eu sentia o quanto era difícil lecionar ali”, lembra ela, que diz nunca ter tido uma aula de Química – a professora só existia no papel, mas nunca apareceu. “Por tudo isso, acho muito difícil um aluno de escola pública entrar direto na faculdade.”

“Percebi que era pobre”

Ela própria teve de fazer cursinho. Duas vezes, a primeira delas num comunitário. “Foi uma experiência fundamental”, conta. “Tive vários professores de origem popular que me mostraram a diferença entre classes. Era a primeira vez que eu me reconhecia como pobre.”

A segunda foi no ingresso na PUC-SP. “Não tinha ninguém do meu círculo social. Não tinha recepção para bolsistas”, diz. No primeiro dia, uma menina contava animadamente sobre a viagem de férias à Europa. No terceiro, uma professora fez um comentário sobre métodos de estudos que deveriam ser evitados porque até a filha da empregada dela estudava assim. O impacto virou trecho do discurso:

“Naquele dia, soube que a faculdade não era para mim. Liguei para a minha mãe, que é doméstica, e disse que queria desistir. Ela me fez enxergar o quanto precisava resistir àquela situação e mostrar o quanto eu era capaz de obter aquele diploma”.

Espelho da realidade

Professores da PUC confirmam a situação narrada por Michele. “Ouvi de alguns bolsistas que a maior dificuldade não era preencher as lacunas de formação, mas conviver com a discriminação por parte de colegas”, diz Leonardo Sakamoto, professor do curso de jornalismo. “Se a PUC tivesse mais estudantes como eles, faria mais diferença do que faz hoje. Alguns dos meus melhores alunos foram bolsistas.”

“Os alunos beneficiários de bolsas são os mais dedicados, pois vêem no diploma da PUC a única chance de fugir de um destino cruel, previamente estabelecido”, confirma Adalton Diniz, professor do curso de Ciências Econômicas, que compara sua própria trajetória com o cenário atual. “Nasci no Jardim São Luiz, na periferia de São Paulo, fui operário metalúrgico e filho de uma dona de casa e um trabalhador que apenas completou o ensino primário. Estudei na PUC nos anos 1980 e não me recordo de ter enfrentado, de modo significativo, resistência, preconceito e hostilidade. Creio que a sociedade brasileira era mais generosa na época.”

Michele Alves seguiu em frente, mas não sem dificuldades. Passou os seis primeiros meses sem falar com ninguém. “Também por minha conta, porque antes eu era mais radical, mais intolerante. Acho que a gente tem de ser radical, mas não radical cego. Isso eu só aprendi depois, ao perceber como as pessoas me enxergavam e como eu poderia me aproximar delas. Aos poucos, fui criando métodos para dialogar com quem era diferente de mim. Ficar sem falar é muito ruim.”

Choro, apreensão – e aplausos

O episódio do discurso nasceu dessa espécie de diálogo radical. Com colegas, Michele fundou um grupo para discutir a situação dos bolsistas na PUC. A formatura se tornou uma pauta importante, porque o custo da colação de grau e do baile – na casa dos 6 mil reais – era proibitivo. Uma negociação com a comissão do evento garantiu quatro ingressos para cada bolsista e o direito do grupo a ter um orador.

Michele foi a escolhida. “Fiz o texto numa única noite. Chorei muito. É um relato carregado de histórias não só minhas, mas de todos os bolsistas, que eu revivia conforme ia escrevendo. Ensaiei 12 vezes e só na última consegui ler sem chorar”, conta. 

Chegou o 15 de fevereiro, data da colação, e Michele aguardava sua vez de subir ao palco. O orador oficial fez um discurso leve, contando ‘causos’ do curso e arrancando risadas da plateia. Michele gelou. “Pensei: ‘e agora, como vai ser? Vou vir com um tapa na cara, agressivo, não sei como vão reagir’”. De cima do palco, tentou procurar a família – cunhado, uma amiga do Chile, três colegas de trabalho e a mãe, aniversariante da noite. Não viu ninguém. Leu tudo de um fôlego só.

Ao terminar, ainda meio atordoada, correu de volta para seu assento. “Achei estranho meus colegas se levantando. Depois entendi. Estavam me aplaudindo”, diz ela, contente também com a repercussão de sua fala nas redes sociais. “É uma vitória saber que minha reflexão está chegando a lugares que antes não debatiam esse assunto. Quem sabe cause algum impacto na vida dos bolsistas que virão depois de mim.”


Postado em Brasil247 em 20/02/2018



Ouça , você irá se emocionar !







Lula : estou vivo ! E vou voltar !



b1.jpg



O Conversa Afiada, que transmitiu ao longo de todo o dia as manifestações em Curitiba, reproduz as principais declarações do Presidente Lula em discurso feito no centro da capital paranaense, na noite desta quarta-feira, 10/05:

- nenhuma manifestação é tão gratificante quanto essa, por saber que vocês confiam em alguém que está sendo massacrado!

- haverá um momento em que a História irá mostrar que nunca antes no Brasil alguém foi tão perseguido como estou sendo!

- se um dia eu tiver cometido um erro, eu não quero ser julgado apenas pela Justiça. Quero antes ser julgado pelo povo brasileiro!

- hoje eu achei que os meus acusadores fossem mostrar algum documento. Depois de dois anos de massacre, esperava que fosse ter algum documento mostrando que eu comprei um apartamento. Nada! Perguntaram se eu conheço Vaccari, Léo Pinheiro etc.

- não quero ser julgado por interpretações. Quero ser julgado por provas!

- Virei em quantas audiências forem necessárias! Porque se tem um brasileiro que está em busca da verdade, sou eu!

- se um dia eu tiver que mentir pra vocês, eu prefiro que um ônibus me atropele em qualquer rua deste País (diz, às lagrimas)

- estou vivo! E estou me preparando para voltar a ser candidato à Presidência!

- se a elite não tem competência para consertar este País, o metalúrgico vai provar que é possível consertar este País (...) Eu respeito a Justiça! A única coisa que peço em troca é que eles me respeitem!