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Dilma, no SBT : “é claro que Temer e Cunha não falaram sobre futebol”. Assista


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A presidente Dilma Rousseff, disse, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do “SBT Brasil”, hoje, desta que o deputado afastado Eduardo Cunha representa “uma ameaça integral” ao presidente interino, Michel Temer. “Certamente eles não falaram sobre futebol. Com certeza trataram de assuntos que dizem respeito à governabilidade”, afirmou a presidente afastada sobre o encontro entre Temer e Cunha no último domingo.


Dilma afirmou que, se Cunha fosse afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) antes da votação da Câmara sobre a admissibilidade do processo de afastamento – no dia 17 de abril – , a admissibilidade do impeachment ficaria comprometida. “Criaria uma situação muito ruim para o impeachment se ele tivesse sido afastado antes.” E prometeu que recorrerá ao STF caso o processo de afastamento definitivo seja aprovado pelo Senado Federal.


Veja, em dois blocos, a entrevista de Dilma.




Dilma : " Palácio da Alvorada virou prisão dourada "


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A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira 7, durante encontro com historiadores no Palácio da Alvorada, as limitações impostas pelo governo interino de Michel Temer sobre suas viagens.

Segundo ela, " Tenta-se transformar o Alvorada numa prisão dourada. Primeiro cria-se uma barreira, não sabemos quando eles abrem ou fecham ", exemplificou, " e depois limitam meu direito democrático de ir e vir ". 

Temer negou a Dilma estrutura para fazer uma viagem a Campinas, interior de São Paulo. Nesta terça, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente, protocolou um ofício no Planalto informando que Dilma fará viagens com aviões de carreira e que a GSI será responsável pela segurança da presidente (leia mais). 

A presidente mirou suas críticas sobre a criação de "toda sorte de armadilhas" ao longo do processo de impeachment. 

" Por exemplo a notificação para respondermos se se tratava de um golpe ou não, e também nos notificaram para questionar o que era golpe ", citou Dilma, em referência ao STF.

" Esse processo não para agora, não para em 2018 porque se trata do processo de construção da nossa democracia ", afirmou Dilma. 

Para ela, houve pontos "positivos" dentro dessa " conjuntura de negatividades". 

" As pessoas estão participando, as mulheres, os jovens, e acho que há um despertar para a questão do que está em risco ". 

Assista abaixo a fala de Dilma, em vídeo publicado pela página do Cafezinho no Facebook





Postado em Brasil 247 em 07/06/2016



Lula : Globo tirou a Dilma do ar ! Eles querem é entregar o pré-sal !






A presidente afastada Dilma Rousseff foi à Universidade de Brasília (UnB), por volta das 20h desta segunda-feira (30/5), para participar do lançamento do livro A resistência ao golpe de 2016.


A obra reúne, em 450 páginas, textos sobre o processo de impeachment. Na chegada, Dilma foi ovacionada e recebida com gritos de “fora, Temer” e “volta, Dilma”.





Dilma fez um discurso, no qual condenou, mais uma vez, o impeachment sem crime de responsabilidade. 
“Há silêncio constrangedor quando falam da minha saída. Nos áudios, não vejo frases a respeito de créditos suplementares”, disse a presidente afastada.


O livro conta com textos escritos por advogados, professores, políticos, jornalistas, cientistas políticos, líderes de movimentos sociais, e mais. 

Entre os participantes há nomes como Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Leonardo Boff, teólogo e escritor, e o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos.



Dilma e a história no último grau


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Renato Rovai, em seu blog:



A presidenta Dilma Rousseff esteve ontem em Belo Horizonte para participar do V Encontro dos Blogueiros. Foi a primeira vez que ela veio ao evento. Ao mesmo tempo acontecia na cidade um protesto contra o governo interino e ilegítimo de Michel Temer. A manifestação terminou na frente do hotel onde acontece o encontro.

Aproximadamente 20 mil pessoas esperaram Dilma chegar durante uma hora. Um ato organizado sem grandes pretensões e que acabou se tornando um dos maiores da cidade desde a eleição de 2014.

Dilma chorou quando viu o que a aguardava. E contou isso na sua fala de ontem ao ver que na frente do palco dos blogueiros estava Débora, uma garota de 16 anos, chorando sem parar enquanto aguardava o discurso.

Foi no meio deste turbilhão de emoções que envolve a política brasileira que a presidenta Dilma fez sua primeira fala pública desde que foi afastada da presidência.

Dilma falou muito sobre os avanços do seu governo e também do de Lula, mas o que parece ser o foco desta sua nova fase é a de buscar demonstrar o que será o governo Temer se ela vier, de fato, a sofrer o impeachment.

Na avaliação de Dilma, Temer e os seus caminhos tortos no governo seriam a sua melhor propaganda.

Dilma está absolutamente certa.

Porque o que está acontecendo neste momento no Brasil, no meio de toda essa crise política, é uma grande reflexão. É uma emocionante reflexão.

Boa parte da população brasileira estava querendo saber o que a oposição que gritava ‘Fora Dilma’ tinha para apresentar como solução ao país. E o que está sendo apresentado não vai até a esquina de uma disputa eleitoral. Façamos um teste rápido, pois.

Qual a porcentagem de votos que você acha que teria um candidato que defendesse o seguinte programa no debate eleitoral?

– Fim do Ministério da Cultura.

– Diminuição do SUS e ampliação do atendimento por planos de saúde.

– Aposentadoria no mínimo aos 65 anos para homens e mulheres.

– Reajuste diferenciado do salário mínimo para trabalhadores da ativa
e aposentados.

– Fim do reajuste do salário mínimo com base na inflação e no
crescimento do PIB.

– Interrupção do Minha Casa Minha Vida.

– Redução em até 30% dos recursos para o Bolsa Família.

– Privatização de bancos públicos como o BB e a CEF.

– Privatização da Petrobras.

– Abrir o governo para indicações políticas de Eduardo Cunha.

– Convocação de sete políticos investigados na Lava Jato para assumir
cargos em ministérios.

Quantos votos você acha que este candidato teria?

Em uma semana, Temer foi e voltou ou ficou em vários desses pontos. E não foi eleito para fazer nada disso.

E, nunca, nem ele e nem um outro candidato seria ou será eleito nos próximos tempos com um programa desses.

E, por este motivo, Dilma está certa em forçar o debate sobre o governo provisório e ilegítimo de Temer a partir do que ele tem anunciado e do que ele tem voltado atrás.

E, por este motivo, é muito provável que o governo Temer não se legitime.

Dilma parece ter convicção de que isso vai acontecer.

E, ao mesmo tempo em que luta para reassumir o governo, parece estar disposta a negociar uma outra solução, se necessário for, para defender a democracia.

Ela não diz isso claramente, mas deixa nos detalhes de algumas de suas falas frestas abertas para essa possibilidade.

Por isso, não é exagero dizer que o que está acontecendo no Brasil hoje é história no último grau.

Uma febre transformadora com emoções à flor da pele.

Por incrível que pareça, ouvindo Dilma, vendo a manifestação imensa aqui em BH e participando do encontro de blogueiros, além de todas as outras atividades em que tive nos últimos dias, começo a desconfiar que o Brasil não tem só a perder com tudo o que está acontecendo.

É também nas crises que as máscaras caem, como disse Dilma na conversa reservada que teve com a organização do evento. E é nesses momentos que tudo fica mais claro. E que as pessoas também podem escolher melhor os seus caminhos.

O governo Temer está fazendo o Brasil discutir profundamente os seus rumos.

E as ocupações culturais são apenas o primeiro sinal disso.

E o fato de Dilma parecer ter entendido esse recado das ruas e das emoções que brotam é muito importante. Porque Dilma assumir a resistência ao golpe é fundamental do ponto de vista simbólico para as lutas que virão.


 Em Belo Horizonte  20 de Maio












Este mundo da Injustiça globalizada ( José Saramago )
































Em Minas Gerais : Volta Querida !





247 - Cerca de 40 mil pessoas aguardavam pela presidente Dilma Rousseff, em Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (20). Ela está na capital mineira para participar do Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais. Antes de entrar para o evento, a presidente foi ovacionada pela população. A multidão gritou palavras de ordem como "Volta, Dilma", "Volta, querida" e "Dilma, guerreira da pátria brasileira". 


Em rápido discurso, a presidente agradeceu o apoio. " Nós iremos resistir. Eu agradeço a vocês essa manifestação de carinho, força e luta. Pode ter certeza que nós vamos resistir. Eu agradeço a imensa energia dessa recepção, a força e luta. Quero dizer a vocês: obrigado queridos, muito obrigado ".



Confira a recepção e o discurso de Dilma no vídeo abaixo:










20/05/2016 



Temer sitiou o Alvorada e limitou acesso à Presidente Dilma




No facebook do deputado Paulo Pimenta (PT-RS):


Senador Jorge Viana denuncia: Acesso a Presidenta Dilma, no Palácio do Alvorada, está sendo controlado por forte esquema militar. Ninguém pode visitá-la, sem autorização prévia dos golpistas que mantém a Presidenta Eleita nessa situação inaceitável. Não podemos permitir isso !!

“ TEMER SITIOU O ALVORADA E LIMITOU ACESSO A DILMA ”



:


O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou nesta quinta (19) a barreira colocada perto do Palácio do Jaburu, onde mora Michel Temer, que é próximo do Palácio da Alvorada, onde mora a presidente Dilma Rousseff.  

Com isso, quem precisa ir visitar a presidente é parado e precisa de autorização do Jaburu para passar.

"Faço um apelo ao presidente do Supremo, ministro Lewandowski: questione as autoridades instaladas provisoriamente no Palácio do Planalto se isso é legal. 

Faço um apelo às autoridades: que garantam o ir e vir conforme estabelece a Constituição", disse, segundo o petista, Dilma está sitiada.

Fui fazer uma visita à presidente Dilma, eu estava com o presidente do Congresso Nacional e tivemos que nos identificar, esperar um bom tempo para que telefonemas fossem dados, para que ligações fossem feitas para ver se nós podíamos passar para fazer uma simples visita.

Isso significa que a Presidente eleita está sitiada? Que País é este? Que Governo provisório é esse? 

Essa é a plena democracia? Isso é o funcionamento pleno das instituições?", questionou. 




Vídeos de alguns Senadores que lutaram pela Democracia na madrugada de 12 de Maio e imagens do povo apoiando a Presidente Dilma em sua saída após o Golpe de Estado





Povo em frente ao Palácio do Planalto, apoiando a Presidenta Dilma em sua saída após o Golpe de Estado, às 11 horas da manhã de 12/05/2016 



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Foto: Lula Marques/Agência PT


















O triunfo dos cafajestes





Laurez Cerqueira

Brasília brilha sob o sol e o céu de maio, talvez o mais azul dos céus do Brasil. Tão azul que pode ser riscado com giz.

Esparramada no cerrado pintado de arbustos cobertos por flores brancas, rosas e lilases, neste outono, a cidade avança na "marcha para o Oeste", ainda atraindo gente, integrando e levando desenvolvimento para todos os cantos do Brasil, como sonhado pelos idealizadores.

Historicamente tão jovem, a cidade guarda na memória momentos dramáticos: tentativas de golpe no governo Juscelino Kubitschek; o golpe de 1964, com tanques nas avenidas, e 21 anos de ditadura militar; o impeachment do ex-presidente Fernando Collor; e agora a trama do primeiro golpe de Estado do Brasil, sem armas, forjado nos gabinetes das próprias instituições da República, seguindo o modelo aplicado na Guatemala e no Paraguai, tendo o Judiciário e os órgãos auxiliares, Ministério Público e Polícia Federal, como ponta de lança.

No Palácio do Planalto, a Presidente Dilma, a primeira mulher eleita e reeleita democraticamente, resiste bravamente ao golpe comandado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em parceria com o vice-presidente Michel Temer, apoiado por uma horda de parlamentares do mais baixo nível da história da República (agora nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros).

Eduardo Cunha tem demonstrado que ele é o mais poderoso entre os conspiradores. Além de ter a maior fatia do Congresso a seus pés, como ficou claro na votação do pedido de impeachment da Presidenta Dilma, Eduardo Cunha demonstra também ter ascensão sobre o Vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Um mistério ronda a figura de Eduardo Cunha, réu no STF, respondendo a vários inquéritos. Não se sabe exatamente a extensão dos tentáculos dele tanto nos paraísos fiscais quanto na teia de políticos e magistrados.

As contas na Suíça são o mais importante que se conseguiu descobrir. Mas existem outros paraísos fiscais como as ilhas Cayman, países da América Central, da África e da Ásia, que também operam com dinheiro clandestino, proveniente de corrupção e do narcotráfico.

Há quanto tempo Eduardo Cunha opera para o PMDB de Michel Temer, de Moreira Franco, de Eliseu Padilha, de Romero Jucá, e de tantos outros, que nón los puedo contar?

Há suspeitas de que ele, como um homem extremamente competente no ramo da corrupção, deve ter gravações de todos os negócios do submundo da roubalheira, das tratativas de ações políticas e judiciais, e que isso provavelmente tenha se transformado numa arma muito poderosa para chantagem e submissão dos seus asseclas aos seus desígnios.

Talvez por isso, Eduardo Cunha reina no Brasil sem que ninguém o detenha, o destitua da presidência da Câmara e o prenda. Ele, a mulher e a filha, com todas as provas apuradas, flanam sob contemplação de magistrados, da Polícia Federal, do Ministério Público e do STF e deve rir da cara de todos eles.

Eduardo Cunha debocha das autoridades, desobedece ordem judicial do ministro Marco Aurélio Melo, do STF, não instala comissão para investigar o vice Michel Temer, que se encontra sob a mesma acusação de ter assinado decretos das tais "pedaladas fiscais". Mas magistrados mandam prender inocentes, sem provas, perseguem e humilham pessoas, como, por exemplo, o ex-presidente Lula e sua família.

Temer deve tremer diante de Eduardo Cunha. No auge da explosão do esquema da Petrobras, Temer era presidente do PMDB, função que exerceu anos a fio.

Ele é citado em quatro delações premiadas, mas não se fala mais nisso. Os fatos indicam que Eduardo Cunha sabe de detalhes da vida de Temer e das ramificações do financiamento de campanhas eleitorais do PMDB. Praticamente toda a cúpula do partido está sendo investigada.

Recentemente Eduardo Cunha desafiou as instituições da República quando disse que permanecerá no cargo de presidente da Câmara até 2017. Ele está seguro disso, conseguiu maioria no Conselho de Ética da Câmara e não permite aprovar o pedido de cassação do seu mandato.

Ele tem votos no Plenário da Câmara, suficientes para mandar arquivar qualquer processo de cassação de seu mandato.

Se for afastado da Presidência da Câmara, pelo Supremo Tribunal Federal, ele tem votos na bancada para se eleger líder do PMDB e de lá comandará a Câmara do mesmo jeito. Ele tem a bancada que votou na admissão do processo de impeachment da Presidente Dilma na mão.

Se cada voto para aprovar o projeto que possibilitou a reeleição de Fernando Henrique Cardoso custou R$ 200 mil, como foi denunciado pelo ex-deputado Ronivon Santiago ao jornal Folha de São Paulo, à época, é possível imaginar que, caso tenha havido compra de votos para aprovar a instauração de processo de impeachment da Presidenta Dilma, o preço de cada voto pode ter atingido valor recorde.

O fato é que Eduardo Cunha se apresenta como o mais bem acabado político do Congresso para fazer o serviço sujo do grande capital. É provável, que não existe no Brasil alguém mais credenciado e capaz do que ele para operar os negócios de interesses da elite brasileira e das grandes corporações internacionais.

O mundo dos grandes negócios precisa dele. Ele é peça estratégica para as ações do grande capital e tem poder para isso.

Federações de Indústrias (Fiesp e outras), Federação dos Bancos (Febraban), corretoras de bolsas de valores, especuladores financeiros daqui e das nações centrais devem estar prontos para os negócios.

Num eventual governo de Michel Temer, Eduardo Cunha, na Câmara, pode transformá-lo numa espécie de despachante de luxo do Palácio do Planalto, um office boy, talvez, tamanha a rede de negócios que esse senhor deve operar.

Eduardo Cunha poderá comandar a pauta de votações não só da Câmara, mas do Congresso como um todo. Ele deu demonstração de ascendência sobre Renan Calheiros ao ir ao Senado dizer, em tom de ordem, para acelerar o afastamento da Presidenta Dilma. Suspendeu a pauta de votações da Câmara e disse que realizará sessões deliberativas somente após a aprovação do impeatchment e ponto. Ele tem pressa. E o presidente do Senado, Renan Calheiros, está cumprindo o que disse Eduardo Cunha.

As Medidas Provisórias e os Projetos de Lei anunciados por Michel Temer, que já estão sendo preparados, devem tratar das privatizações do Pré-Sal, dos bancos públicos (Banco do Brasil, CEF, BNDES), empresas do setor elétrico, serviços de saúde pública e educação, e outros e outras áreas, a terceirização, subtração de direitos dos trabalhadores (reforma da CLT), reforma da previdência, serão votados a toque de caixa. Será rápido e comandado por Eduardo Cunha. Afinal, ele é o rei do Congresso, o gerente do golpe.

O Brasil não está sendo vítima apenas de um golpe de Estado institucional, mas de um assalto ao patrimônio público e aos direitos conquistados pela sociedade, comandado por um bandido de alta periculosidade, que fez o Brasil refém dele.

Num eventual governo Temer, o Brasil será retirado do grupo do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e recolocado na malha de negócios dos Estados Unidos e da Europa, num processo de ressubordinação às nações centrais, coloniais.

A Alca (Área de Livre Comércio das Américas), projeto do governo Bush, barrada no governo Lula, deve voltar a ser rearticulada com a retirada do Brasil do MERCOSUL. Isso já foi anunciado por Aécio Neves, na campanha eleitoral, em 2014, e reafirmada recentemente por José Serra.

O Brasil tem mais da metade do PIB da América Latina. Sem o Brasil não há Alca. O Brasil poderá se transformar num mercado consumidor dos produtos dos Estados Unidos, ter sua indústria liquidada, com perdas estruturais de empregos.

Com o agravamento da crise internacional, as nações centrais estão estabelecendo políticas internacionais predatórias para buscar nas nações periféricas compensações de suas perdas econômicas, como sempre acontece com a vinculação empresarial desde a colonização.

Ao longo da história, todas as vezes que o Brasil experimentou projetos desenvolvimentistas com inclusão social, associados a políticas externas autônomas, de projeção da soberania, os governos foram solapados e até derrubados por forças políticas que atuam no país na defesa de interesses externos.

Foi assim com Vargas, quando ele colocou como prioridade de seu governo o fomento à industrialização, à infraestrutura de desenvolvimento e a afirmação de direitos dos mais desfavorecidos; com Juscelino Kubitschek, com seu plano de metas, 50 anos em 5; com João Goulart e as reformas de base; e com Lula e Dilma, com o projeto de desenvolvimento sustentável, tendo o Estado como indutor do crescimento, da redução das desigualdades regional e social, e inclusão dos deserdados no acesso aos serviços públicos e na afirmação de direitos.

Desta vez o golpe não quis saber dos militares, não há mais "Guerra Fria", não existe mais a ameaça comunista, mas negócios a fazer. Para os negociantes golpistas, militares são coisa velha, atrapalhariam os grandes negócios tendo em vista o fato de serem, em geral, nacionalistas.

O modelo de golpe de Estado institucional faz escola. É cirúrgico, eficaz, fácil de articular. Basta contar com um roteiro, trama e personagens que leve, ao final, às pessoas e instituições escolhidas para serem aniquiladas politicamente, moralmente, e com setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, para dar a forma de legalidade ao golpe.

A narrativa fica por conta da mídia plutocrata, das redes sociais, que se encarregam da narrativa e da mobilização de gente para encher as ruas, e assim construir a sustentação da opinião pública.

Para finalizar, sem um Congresso corrupto não haverá golpe institucional. O arremate final do tecido da "legalidade" é dado pelo Congresso, como foi feito no dia 17 de abril, quando foi aprovada abertura de processo de impeachment da Presidenta Dilma.

Depois daquele dia, o comportamento do Judiciário, da mídia e do Congresso passaram a ser o assunto mais discutido nas grandes redes de notícia do mundo, como algo bizarro, picaresco, de uma República da vala das nas nações mais atrasadas do mundo.

O roteiro do golpe, tendo a tal da "teoria do domínio do fato", como a mais importante e poderosa arma para derrubar o governo, está sendo tratada nos fóruns e pela imprensa internacional com jabuticaba, utilizada no Brasil para aniquilar pessoas e instituições, previamente escolhidas, por magistrados, procuradores e policiais, com base em orientação política ideológica. O golpe virou chacota mundo afora.

O jurista alemão, Claus Roxin, que esteve no Brasil discutindo o assunto em algumas universidades, condenou a utilização de sua teoria pelo judiciário brasileiro, por ter condenado, sem provas, pessoas inocentes.

A seletividade política dos órgãos judiciais é explícita. Uma das mais emblemáticas foi o engavetamento pelo Ministério Público, nas gestões dos procuradores Roberto Gurgel e Rodrigo Janot, das denúncias contra o senador Aécio Neves, candidato derrotado nas eleições e um dos principais articuladores do golpe.

A famosa Lista de Furnas e outras denúncias, dormiam nas gavetas dos procuradores. Agora não há mais como proteger o senador. Está confirmado com documentos, em poder do Ministério Público, que dona Inês Maria Neves Faria, mãe de Aécio Neves, é a principal beneficiária da Fundação Bogart & Taylor, no Banco LGT, em Liechtenstein, paraíso fiscal na Europa. Por que a mãe de Aécio Neves mantém uma fundação com contas num paiseco europeu?

Essa denúncia compromete definitivamente o homem que sempre teve e tem microfones e câmeras ao inteiro dispor, das maiores redes de mídia do país, para fazer acusações vis, levianas, criminosas, de corrupção, contra muitas pessoas inocentes.

Aécio Neves tenta nomear o ministro da Justiça do eventual governo Temer. Mas um ministro que seja capaz de desarticular a Operação Lava Jato e outras investigações que poderão avançar no sentido dele e de seus correligionários. Com o Ministério da Justiça ele controla a Polícia Federal. Essa estratégia é de interesse de Eduardo Cunha e outros investigados.

Brasília continua linda, com seus gramados e arvores de verde viçoso, de jardins floridos, debaixo de uma imensa abóbada celestial azul durante o dia, e, à noite, coberta de estrelas de infinita beleza, mas testemunhando uma das maiores injustiça da história do Brasil: a condenação, sem crime, da Presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente com 54 milhões de votos.

Dilma é uma mulher honesta, digna e honrada, uma revolucionária cuja biografia figurará na galeria de nossa história ao lado de outras mulheres também lutadoras pela liberdade, justiça e democracia, como Clara Camarão, Anita Garibaldi, Hipólita Jacinta Teixeira de Mello, Maria Quitéria de Jesus, Maria da Glória Sacramento, Nísia Floresta Augusta, Maria Firmina dos Reis, Chiquinha Gonzaga, Maria Amélia de Queiroz, Leolinda Daltro, Maria Lacerda de Moura, e muitas outras mulheres brasileiras que foram e vão à luta.


Laurez Cerqueira  Laurez Cerqueira - Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real


Postado no Brasil247 em 03/05/2016









SETE
Destino : Graves retrocessos para o Brasil

 
Golpe é coisa do Capeta então as consequências serão nefastas ...



1º de Maio no Anhangabaú em São Paulo : Vai ter luta !











Dilma com o povo aumenta Bolsa em 9%



Deputada portuguesa acusa o golpe




“As palavras de ordem gritadas pelos manifestantes em Lisboa são entre outras Golpe nunca mais e Fascismo não passará. A manifestação foi convocada através das redes sociais, especialmente o Facebook, e por telemóvel. Há entre os manifestantes muitos estudantes brasileiros”, afirmou o jornal Expresso. 



Deputada portuguesa Joana Rodrigues Mortágua acusa o golpe em curso no Brasil, defende a Presidente Dilma no Parlamento Português e recebe amplo apoio dos parlamentares.









O espanto com o impeachment brasileiro na tela da CNN


mídia internacional Glen Greenwald impeachment golpe dilma corrupção



Na CNN, jornalistas falam sobre a crise política no Brasil e o impeachment de Dilma Rousseff. A mídia estrangeira vem realizando uma ampla cobertura do caso e os correspondentes internacionais não escondem seu assombro. 


O jornalista Glenn Greenwald falou à CNN sobre a crise política brasileira e a tentativa (até agora bem sucedida) de políticos corruptos derrubarem uma presidente honesta e democraticamente eleita. 

A mídia estrangeira vem realizando uma ampla cobertura do caso e os correspondentes internacionais não escondem seu assombro. “É a coisa mais surreal que eu vi em meu tempo como jornalista em qualquer outro lugar, cobrindo política em vários países”, disse Greenwald.


Sobre Bolsonaro e sua ilustre homenagem




O coronel Brilhante Ustra não foi somente o "terror da Dilma". Ex-comandante do DOI-CODI em SP fez desaparecer pelo menos 47 pessoas no seu porão. 

Torturados foram muito mais. 

Não foi só a Presidenta que teve o maxilar quebrado a socos, levou choques e foi colocada no pau de arara...

Maria Amélia Teles também contou sua história: 

Presa aos 26 anos no DOI-Codi (centro de repressão do Exército) de São Paulo, Maria Amélia Teles relembra o dia em que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra pegou nas mãos de seus dois filhos – Edson Teles, à época com 5 anos, e Janaina, com 4 – e os levou até a sala onde ela estava sendo torturada, nua, suja de sangue, vômito e urina, na cadeira do dragão. 


Na mesma sala estava o marido e pai das crianças, César Teles, recém-saído do estado de coma decorrente de torturas no pau-de-arara.

“Minha filha perguntava: ‘mãe, por que você ficou azul e o pai verde?” Meu marido entrou em estado de coma e quando saiu estava esverdeado. E eu estava toda roxa, cheia de hematomas e ela viu aquela cor roxa como azul. 

Meu filho até hoje lembra do momento em que eu falava ‘Edson’ e ele olhava para mim e não sabia que eu era a mãe dele. Estava desfigurada”, recorda Amelinha, como é conhecida. 

Mas os filhos de Maria Amélia não foram as únicas crianças a serem presas, fichadas e torturadas pela ditadura militar, consultem o livro “Infância Roubada – Crianças Atingidas pela Ditadura Militar no Brasil”, publicado pela Comissão da Verdade. 

O coronel Ustra foi o único militar brasileiro a ser declarado “torturador” pela Justiça. Ele foi relacionado a pelo menos 60 (SESSENTA) casos de mortes pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos. Denunciado, inclusive, pela atriz Bete Mendes. Nunca foi condenado.


Postado no Facebbook



























Em seu voto a favor do impeachment no último domingo, Jair Bolsonaro homenageou o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, responsável por torturar centenas de mulheres na época da ditadura. 

O torturador chegava a introduzir insetos e roedores nas genitálias das vítimas.



Deputado Federal Bolsonaro       Amelinha Teles           Torturador Coronel Ustra




Bolsonaro no domingo dia 17 de Abril na Câmara dos Deputados



Abaixo estão algumas das várias vítimas de Carlos Alberto Brilhante Ustra, diretor do DOI-CODI. 

Foi um dos torturadores de Dilma Rousseff, e foi homenageado por Bolsonaro em seu discurso na votação do Impeachment. 

 ( imagem forte )