Caio Fernando Abreu ...


Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. Guardo as memórias que me trazem riso, as pessoas que tocaram minha alma e que, de alguma forma, me mudaram pra melhor. Guardo também a infância toda tingida de giz. Tinha jeito de arco-íris a minha.
O silencio responde até mesmo aquilo que não foi perguntado.
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.

O que vale a pena possuir, vale a pena esperar.

Um café e um Amor, quentes, por favor! Pra ter calma nos dias frios. Pra dar colo, quando as coisas estiverem por um fio.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.

Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.
Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro...
Existem pessoas que de uma certa forma mágica permanece em nosso coração apesar da distância e também das circunstâncias.
 
Bonito mesmo é esta coisa da vida: um dia quando menos se espera a gente se supera e chega mais perto de ser... Quem na verdade a gente é...


Procura-se alma séria para um relacionamento divertido !



André J. Gomes

“Em um relacionamento sério.” Nada contra. Fico alegre por quem assim esteja. Faço votos de felicidade ao casal e, confesso, tenho até uma certa inveja de quem se encontra e se ajeita a ponto de querer contar ao mundo que vive um caso amoroso e que ele é sério.

Não é despeito, não. Juro. Eu admiro e respeito a seriedade do amor de cada um. Mas acho que quem se ajeita “em um relacionamento sério” anda menos para o calor dos romances que para a frieza dos tratos comerciais, a obrigação dos contratos de compra e venda, a burocracia das operações bancárias e a apatia dos casais ranzinzas, circunspectos, fechados para as brincadeiras de um amor sadio em sua graça e sua leveza. 

É que eu prefiro as terminologias mais afetuosas, sabe? Estar “em um caso sério de amor insano”, “em estado de graça”, “em caminhada pelas nuvens ao lado de fulana ou sicrano”. Quem sabe “em construção do amor na companhia de…”. A mim faz bem imaginar o amor como o pesado ofício da leveza, o trabalho braçal dos amantes, uma obra inacabada que precisa ser reconstruída e reformada para sempre. 

Você há de me explicar o quanto estar “em um relacionamento sério” é tão só e simplesmente um jeito de valorizar aquele ou aquela ao lado de quem se está caminhando. E que, ora bolas, são só palavras! Quem liga para isso? 

Eu ligo. Tenho a impressão de que assim classificado o amor vira outra coisa. Carimbado e despachado ao dia a dia como “um relacionamento sério”, ganha a dimensão limitada e triste de um termo de compromisso. E será mesmo que o amor pode se cobrar e registrar de acordo com as nomenclaturas e tabelas cartoriais? 

Então vem alguém perfeito e me acusa de não ser sério, de arranjar desculpas para fugir das convenções da vida adulta, me julga, incrimina, desclassifica. E eu só lamento que tudo tenha de ser assim, tão superficialmente classificável. 

Será que o amor não é outra coisa, não? Não será um negócio sem forma e categoria que simplesmente é e, assim sendo, acontece e se fortalece em seu tempo a partir de nossas intenções e ações e essas coisas de quem quer o bem do outro tanto quanto o seu próprio? Sem amarras e cercas e advertências, sem pregar uma placa no portão avisando: “Cuidado. Cachorro Bravo!” ou “Afaste-se! Estamos em um relacionamento sério!” 

Vai aqui o meu respeito a quem pensa diferente de mim. Mas, de minha parte, melhor seria estar “em um relacionamento divertido”. Seriamente brincalhão. Daqueles construídos de encontros profundos, em que as almas se encantem e se transbordem sinceramente. Que tragam suas coisas de antes e as dividam com franqueza. Suas dores e perdas, seus escuros pavorosos, seus instantes de grandeza. Que tudo isso se apresente em solidária confraternização de amor. 

E que de cada encontro resulte uma história divertida, diversa, que gire na direção oposta da maioria dos casais sisudos, amarrados um ao outro em sofrida provação. Que o caminho seja leve e cada um ali esteja em franca entrega. Celebrando a vida porque isso é o mínimo que se espera de quem está vivo: viver como quem recebe uma graça, agradece de joelhos e se levanta para dividi-la com o mundo. 

Eu quero tudo isso, sim. Mas também quero rir, sabe? Rir dos meus tropeços e minhas topadas, da minha desgraça, das minhas alegrias breves e minhas mesquinharias, da minha cara feia no espelho. Quero rir e gritar sem culpa “EU TE AMO, VOCÊ AÍ!” Quem sabe isso me acorde e me melhore. 

Meu amor há de ser tão simples e bonito quanto o pão feito em casa. Divertido como os animais domésticos que brincam de morder um ao outro. Despretensioso como quem sonha com as viagens espaciais e com um mundo em paz, em que os estúpidos desistam de seu galope rumo à burrice completa, em que nas escolas as crianças aprendam a ver beleza nas operações básicas de somar, subtrair, multiplicar, dividir e respeitar a si mesmas e ao outro, em que os eloquentes aceitem que “liberdade de expressão” também vale para aqueles que expressam opiniões contrárias às suas. 

E que tudo isso seja muito divertido. Sempre. 

Será preciso coragem. E coragem é atributo das almas sérias, envolvidas por seus propósitos, tomadas de bravura para tocar a vida em frente a despeito de seus medos e imperfeições, plenas de ânimo para aceitar seus defeitos e corrigi-los como se pode. Afinal, amar e respeitar compreendem um estado de coisas que ficam para muito além de estar “em um relacionamento sério”. 

Faço fé que por aí há de caminhar uma alma grave à espera da minha risada. Ansiando pela leveza das nossas conversas e a graça do nosso jeito de lidar com as coisas importantes. Juntos, vamos construir uma casa antiga no meio de uma avenida de prédios comerciais modernos e alimentar hábitos simples. Comprar pão de manhã, plantar hortelã e manjericão em vasinhos de barro, cultivar delicadeza em feitios gentis. Seremos nós e os nossos filhos, nossos sonhos e o nosso desvario de ternura. Eu faço fé. 

Em nossa estranheza sagrada de amantes honestos, daremos de brincar com a comida, sonhar com o impossível, acordar enquanto o mundo dorme e sair pela cidade à procura de um chafariz onde entraremos de roupa e tudo. 

E quando uma alma desavisada e triste nos questionar indignada, o dedo em riste, “vocês estão loucos, vadios imbecis? Tomando banho no chafariz?”, responderemos em coro sem prender o riso:

“Não, senhora. Nós estamos em um relacionamento divertido!”


Postado no site Revista Bula







Pets fofos que só faltam falar ...
























Meu cartaz diria assim : Sim, eu sou a humanidade !



Washington Araújo

Os franceses tiveram no último dia 7 de janeiro o seu 11 de setembro.

Mas são dois episódios muito distintos:

O 11/9/2001 atingiu duas torres-símbolos do sistema financeiro norte-americano, aniquilando 3.278 vidas humanas.

O 7/1/2015 atingiu a redação de um jornal parisiense, o Charlie Hebdo, conhecido por sua irreverência e paixão pela polêmica fácil e quase sempre de mau gosto.

O 11/9 foi em si o auge da espetacularização do terrorismo seguido por comoção mundial que respaldou e buscou legitimar ações armadas contra o terror no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria.

O 7/1 teve em seu auge imediata comoção mundial seguida por breve caçada dos assassinos, sua morte menos de 48 horas do atentado e uma breve expansão do atentado atingindo supermercado judaico e elevando o número de mortes a 17.

O 11/9 matou pessoas aleatoriamente, tanto poderiam ser pessoas comuns fazendo compras em um dos metas shoppings centers de New York quanto milhares de pessoas circulando em sua mais movimentada estação de metrô.

O 7/1 matou pessoas escolhidas a dedo - todas relacionadas com a atividade jornalística, todas envolvidas com a publicação de charges e desenhos ofensivos ao fundador da religião islâmica, o profeta Muhammad, sendo muitas dessas charges claramente obscenas e para além de qualquer respeito à ideia que devemos ter concernentes à crença religiosa.

O 11/9 motivou imediata resposta midiática do então presidente George Bush deixando claro que o governo que representava distinguia claramente o ataque terrorista feito por extremistas muçulmanos de todo o conjunto de milhões de muçulmanos, ou seja, o inimigo não era o Islã, mas sim uma pequena porção de seguidores radicais, mas na sequência os fatos soterraram as alegadas boas intenções: teve início a guerra no Iraque em busca de armas químicas em poder do regime de Saddam Hussein com saldo de milhares de vítimas fatais e muçulmanos passaram a ser discriminados com muito maior rigor, não apenas nos Estados Unidos, mas também por toda a Europa.

O 7/1 também motivou enfática declaração do presidente francês François Hollande no sentido de separar os dois autores do atentado ao Charlie Hebdo mortos da inteira comunidade islâmica do país.

No campo das ideias reina o bom senso: que país ou que governo seria capaz de incriminar como autores dos dois atentados - 11/9 e 7/1 - nada menos que 1 bilhão e 900 milhões de adeptos da religião do Islã?

Resta saber o que irá prevalecer no campo das ações: aumentará a já imensa islamofobia que assola a Europa e que tem na França um de seus maiores bastiões?

A islamofobia não é o iceberg inteiro, mas apenas uma de suas pontas. Não é o ódio aos muçulmanos que está engolfando a Europa.

É o horror, o desprezo e a repulsa a todos os que não são naturais do velho continente, milhões de imigrantes e refugiados, desempregados e subempregados que vieram à Europa fugindo de perseguições políticas, étnicas, religiosas e econômicas, largos contingentes populacionais que migraram de países árabes, asiáticos, africanos e latino-americanos.

É a velha xenofobia, doença antiga que enferma colonizadores e nações com aspirações imperialistas, e que lhes garantem a crença na falácia que são povos superiores, membros de uma espécie de gênero humano Classe A.

O que o mundo vive neste momento é mais um vigoroso testemunho que não existem integrantes de uma 'humanidade especial' - estamos todos nós, e isso significa a inteira população planetária que abarca mais que 7 bilhões de seres humanos, em uma mesma travessia - a travessia de um mundo debilitado e em estágio terminal, carcomido pela gangrena que reúne a uma só vez os males letais do racismo, nacionalismo e materialismo para o mundo possível com que as pessoas de boa vontade ao longo dos milênios sempre sonharam e esperaram viver, um outro mundo onde ideias como paz mundial e fraternidade humana ultrapassam os limites flexíveis da retórica vã e vazia e fincam raízes profundas no imaginário de uma só e mesma espécie - a espécie humana.

Sim, digamos em alto e bom som, com aquele rosto crispado de sincera indignação:
"Toda forma de terror é abominável, execrável, inaceitável sob qualquer ponto de vista e, por isso mesmo, precisa ser combatido! Todos os povos têm o direito de viver em um ambiente onde se respeitem as liberdades individuais e se possa buscar a felicidade com o sentimento real de segurança!"
Sim, digamos também em alto e bom som, e com o mesmo semblante ainda transtornado pelas cores da mais legítima indignação: 
"Nenhuma liberdade é absoluta! Não se pode amparar na marquise das liberdades humanas essa forma bastarda que entende o desrespeito abusivamente repetido as crenças religiosas de outrem como sendo o direito à liberdade de expressão! Nenhuma liberdade que se preze pode ousar incitar o racismo, a xenofobia, pois quando assim se manifesta estamos apenas a poucos passos do estágio de barbárie!"
Eu jamais poderia me imaginar portando um cartaz com os dizeres "Eu sou Charlie - Je suis Charlie!".

Porque em minha mais tenra imaginação não consigo me ver desrespeitando não apenas o Islã, como também não me vejo como agressor contumaz do Cristianismo, Judaísmo, Budismo, pessoas de origem africana, ciganos, minorias étnicas, migrantes e refugiados em geral.

E se tivesse que marchar com um cartaz nas mãos, teria que ser algo que refletisse o meu mundo interior, que abarca a imensa diversidade humana, com seus credos, suas cores e etnias, seus pensamentos, suas visões de mundo.

Meu cartaz diria, então, estas palavras: "Sim, eu sou a humanidade!"

Provavelmente estaria em franca minoria na marcha de mais de 1 milhão de pessoas que em sua grande maioria portavam o equivocado "Je suis Charlie!" nas ruas de Paris na tarde deste domingo, 11 de janeiro.

Mas, pensando bem, quem disse que uma ideia errada conduzida nos braços de milhões de pessoas a tornaria menos errada?


Postado no site Brasil 247 em 12/01/2015


Menina de 9 anos canta Ave Maria ... Emociona !


Menina Holandesa canta Ave Maria de forma fantástica


Amira Willighagen de 9 anos arrasa cantando Ave Maria !

No Got Talent holandês.





Menino de 10 anos canta My Way ... Emociona !




Alex Pirvu é cego, e tem uma voz de ouro ! 

Confira ele cantando My Way !

O Reality se chama Next Star, é um reality canadense.





Atitudes de vida para ser saudável





Adriana Helena


O quê significa ter uma vida saudável? Você sabe? A todo momento somos bombardeados com conselhos do estilo não fumar, comer de forma balanceada e equilibrada, bem como a prática regular de exercícios físicos. Mas apenas isto não basta para ser saudável e feliz. 

Inclusive aderir a esse modo de vida é desanimador para muitos que teimam em lutar contra as convenções estabelecidas e continuam desabalados na rotina estressante da atual vida agitada e sempre alegando falta de tempo ou uma interminável série de desculpas, postergando assim, o projeto de obtenção de uma vida melhor.

Entretanto, antes de se jogar por completo em um novo projeto de vida, existem atitudes simples apontadas pelos médicos que podem tornar a vida mais saudável, sem a necessidade da prática acelerada de exercícios físicos. Para o endocrinologista Albermar Harrigan, há uma tríade básica para se obter a saúde e o bem estar:



Então, nada melhor do que aderir a um projeto de mudança neste momento. Pequenas mudanças podem ser feitas, de forma que a alteração dos costumes diários aconteça de maneira gradativa. 

As medidas iniciais podem incluir a adição de frutas e cereais em sua alimentação, ou um copo de água extra. Nada de mudanças drásticas no início. O radicalismo pode ser fatal, além de desanimador, fulminando o seu plano de viver com maior qualidade. 

Pois então? Está se sentindo preparado para aderir a este projeto? Vamos listar as atitudes básicas e simples que transformarão a sua vida:


  1 - Evitar todo e qualquer tipo de vício 

Abandonar de uma vez por todas vez o cigarro, ingerir pouco álcool, evitar excesso de trabalho ou ficar, por exemplo, 18 horas em frente ao computador, na internet ou jogando. Tudo que é em demasia faz muito mal e deverá ser evitado ao máximo.


   2 - Evitar o stress

O stress aumenta a pressão arterial. A preocupação com o trabalho e a vida pessoal levam ao aumento da incidência de doenças cardiovasculares e à perda de memória. 


    3 - Praticar atividade física 

Os exercícios físicos, aqueles que evitamos como se fosse uma peste , são primordiais. Mas calma. Não é preciso fazer mil abdominais diários, correr quinhentos quilômetros e levantar peso todos os dias da semana. 


Esteja centrado em sua realidade de iniciante, sabendo que quanto mais pratica, mais saudável estará. Exemplos para um início gradual são as atividades moderadas, como a realização de uma tarefa doméstica, como a jardinagem, ou uma simples e curta caminhada. 

Saiba que apenas 40 minutos de atividade aeróbica, três vezes por semana, já aumentam s sensação de bem-estar e melhoram a imunidade e a memória. Pacientes com câncer de mama e de intestino que fazem exercícios e não ganham peso têm chance de cura quatro vezes maior do que aqueles que não mudam o estilo de vida.

E ainda tem mais benefícios, veja: 

Reduz o risco de AVC e diabetes
Melhora as articulações
Aumenta e melhora a amplitude dos movimentos físicos 
Ajuda a manter a flexibilidade, independente da idade 
Mantém a massa óssea, prevenindo a osteoporose e fraturas 
Melhora o humor e reduz os sintomas de ansiedade e depressão 
Melhora a autoestima 
Melhora a memória em idosos 
Reduz o stress 


   4 - Manter boa alimentação

Já começa a sofrer com um possível adeus àquela massa maravilhosa que desfruta pelo menos uma vez na semana? Não é para tanto! Existem maneiras simples de adicionar mais comida saudável, sem cortes bruscos na sua dieta diária.

Coma mais frutas. Adicione-as ao cereal, ou às saladas (não importa onde elas estejam, desde que marquem presença).

Deixe o seu lanche rápido mais vegetariano. Acrescente tomate extra no sanduíche. Faça uma reserva de vegetais congelados, já cortados e prontos para lanches rápidos.

Extermine o molho da salada. Mentalize que este vilão é muito rico em calorias. Vai ajudar a deixá-lo de lado.

Opte por alimentos com baixo teor de gordura, ou sem gordura, como o leite, que em vez de gordo, pode ser desnatado.


   5 - Dormir 8 horas por dia

É preciso espreguiçar, relaxar antes de dormir, como um preparatório para o sono. O ideal é dormir cerca de 8 horas por dia, pois a estabilidade das funções cerebrais depende do sono. Ele recompõe as células e melhora o aproveitamento das energias.


   6 - Fugir da poluição

Morar ou trabalhar perto de indústrias e avenidas com muito movimento de veículos, com alto índice de poluição, aumenta os riscos de câncer e doenças respiratórias.


   7 - Tomar vacinas

Uma das mais importantes formas de prevenção é o uso de vacinas. Só o fato de tomar as vacinas ofertadas pelo governo já previne inúmeras doenças, como hepatite, meningite, tuberculose e gripe.


   8 - Ter boa higiene bucal

É preciso manter os dentes saudáveis e bem cuidados. Dentes em péssimo estado de conservação, sem o uso de fio dental, unindo cigarro e bebida, podem proliferar bactérias, que causam infecções. É importante verificar se as próteses e aparelhos ortodônticos estão bem ajustados, pois podem causar machucados e até câncer.


   9 - Consumir menos sal 

A alimentação deve ser com pouco sal e gordura para não levar à hipertensão arterial. Muita gordura também vai aumentar o colesterol e entupir as artérias, colaborando para doenças cardiovasculares. Portanto mantenha-se longe do sal, seu coração agradece. 


   10 - Fazer exames médicos regulares

Fazer check-up regularmente também é importante para prevenir doenças. Ações simples, como fazer mamografia e o exame contra o câncer de próstata a partir dos 40 anos ajudam a detectar tumores.


   11- Lavar as mãos

É importante ter hábitos bons de higiene, como lavar bem as mãos sempre antes de se alimentar. Isso porque assim é possível evitar germes que podem causar infecções.


  12 - Não abusar de remédios

O uso de medicamentos sem a prescrição médica pode piorar o quadro do paciente ou esconder a real causa do problema, além da possibilidade de causar efeitos colaterais.


  13 - Ferver, cozinhar ou descascar

Tudo que se come deve ser fervido, cozido ou descascado, pois há milhares de micro-organismos presentes em diferentes alimentos. Com a fervura, as bactérias e demais micro-organismos são extirpados dos alimentos.



   14 - Beber muita água


Beba pelo menos trés copos de água pela manhã e três pela tarde. Isso diminui a vontade de comer doces e ainda ajuda no funcionamento do organismo, deixando o corpo bem hidratado.



   15 - Evitar alimentos industrializados


O ideal é consumir alimentos frescos e feitos em casa e evitar os industrializados. A intenção é reduzir o consumo de alimentos com muitos conservantes, gordura trans, substâncias artificiais e sódio em excesso que fazem muito mal à saúde.


   16 - Controlar o peso

É importante sempre se manter no peso ideal, pois o sobrepeso aumenta o risco de hipertensão arterial, podendo levar a doenças cardiovasculares a até mesmo favorecer o câncer. 


   17 - Ser organizado

No trabalho, procure sempre que possível fazer uma limpeza nas gavetas, organizar o escritório e sua mesa. 


   Em casa , se tudo estiver limpinho, você vai se sentir melhor e ainda evitar problemas como alergias respiratórias. É preciso fazer a mesma organização e manter o ambiente sempre limpo em qualquer circunstância ou ocasião.


   18 - Respirar fundo 

A respiração pausada ajuda a relaxar a musculatura. Quando se respira fundo, melhora-se a circulação cerebral, oxigenando o cérebro, sem contar que traz uma paz de espírito muito grande. 



  19 - Manter o bom humor

A felicidade interfere diretamente no tratamento de doenças, até mesmo do câncer. É importante manter um posicionamento otimista frente ao tratamento, pois isso melhora a qualidade de vida do paciente. A depressão, por outro lado, faz cair a imunidade.



   20 - Ter fé

Estudos mostram que 60% das doenças tem melhora significativa com orações e reza, pois a fé estimula o cortisol e a endorfina, que aumentam a imunidade.


   21 - Ter amor próprio

Busque o autoconhecimento e procure ter amor próprio. Sinta que a cada respiração você envolve cada célula do organismo, cada tecido, cada articulação e imagine o equilíbrio de suas funções corporais.



   22 - Dançar

Atividades como teatro, dança e música mexem com áreas diferentes do cérebro, deixando-o sempre ativo, o que ajuda a evitar a perda de memória e outras doenças.


   23 - Praticar a leitura

A leitura também é ótimo remédio para o cérebro e a memória. Também vale praticar xadrez, palavras cruzadas e cursos diferentes, para aprender coisas novas.


   24 - Ter um hobby

É preciso ter um hobby, tempo para o lazer com atividades prazerosas como pintura, artes ou qualquer forma de entretenimento, pois isso reduz o stress e também aumenta a autoestima. O lazer desintoxica o cérebro. 


   25 - Ser voluntário

Ser um voluntário em qualquer tipo de atividade faz bem também para quem doa seu tempo. Essa atitude faz a pessoa se sentir útil, o que melhora sua autoestima e estimula cuidados com a saúde.


   26 - Conhecer a história familiar

É necessário conhecer a história da família, pois, ao saber dos problemas genéticos, é possível buscar mais cedo a prevenção.


   27 - Cuidar da vida sexual

A relação sexual melhora a capacidade física e mental, pois libera endorfina, hormônio que dá sensação de prazer, e ainda tem efeito analgésico, aumentando a resistência das pessoas à dor. Por isso é preciso tratar problemas que possam afetar a vida sexual do casal.


   28 - Andar descalço na areia

Há estudiosos que afirmam que andar descalço na areia auxilia o organismo a descarregar a eletricidade estática acumulada no corpo, como se fosse um modo de liberação de energia negativa. Sem contar que é uma excelente forma de massagear os pés e ter contato com a natureza na sua maneira mais rica. Se puder fazer isso, não espere muito, faça o mais rápido que puder e depois continue a praticar com regularidade.

Assim, depois destas dicas, você poderá analisar tudo o que faz bem à sua saúde e, para animar o cumprimento do objetivo de permanecer saudável, esteja focado principalmente nos benefícios que serão adquiridos com o desenvolvimento de tarefas simples, mas que vão te garantir uma vida muito mais feliz!





Postado no blog Vivendo a Vida Bem Feliz


Aos que são Charlie Hebdo



Alguma vez posso ter sido como Charlie Hebdo.

No afã de ser divertido posso ter magoado alguém.

No afã de provocar o riso, posso ter reafirmado preconceitos.

E como o riso podia se perder,

eu posso ter sido cruel com alguém para que outros rissem.

Mas aprendi que isso de nada valia.

Que o riso provocado pela desgraça,

pelo preconceito,

pela discriminação e pelo ódio,

não era o riso que ilumina as faces,

mas o esgar de ansiedade

das multidões que participam

de apedrejamentos, linchamentos e execuções.

Não quero buscar esse riso

e não quero estar nessas multidões...

E continuarei lutando para que isso não aconteça.

Para que o preconceito, o ódio, a intolerância e a discriminação

não seja vista como o direito inalienável do humor.

Não há humor quando o riso é fruto da exposição ou desgraça alheia.

Portanto, eu espero,

que ao lutar contra a intolerância

e condenar os assassinatos brutais,

você não se transforme em um deles.

Porque existe terroristas de armas e terroristas de palavras,

e todo terror é condenável.


Ronald Pinto 


Postado em seu Facebook em 10/01/2015

A imagem que ilustra o texto foi inserida por mim
Rosa Maria (editora deste Blog)


Eu não sou Charlie


Not in my name

Lelê Teles: JE NE SUIS PAS CHARLIE

Maria Frô
“Não consigo entender o terrorismo que ceifou a vida de jornalistas da revista francesa Charlie Hebdo. Não consigo entender o racismo e desrespeito religioso da revista francesa Charlie Hebdo. Não consigo” Marcus Guellwaar Adún Gonçalves
Criticamos o humor ofensivo do CQC, Zorra Total, Praça é Nossa, Casseta & Planeta e outros quando seu alvo são grupos oprimidos e quando o preconceito explícito, travestido de humor, é justificado como liberdade de expressão. 

Por que não podemos criticar caricaturas racistas, homofóbicas, sexistas produzidas pela esquerda? A crítica a isso obviamente não é licença para qualquer justifica ao ato brutal do atentado fundamentalista contra 12 vidas ceifadas na redação do periódico francês. 

O humor ofensivo das páginas de Charlie Hebdo, por vezes, ultrapassou a islamofobia e chegou à caricatura racista.









Na charge, no traseiro de Dieudonné tem uma Quenelle* (tradicional prato francês, que lembra uma salsicha branca) introduzida. 

Charb aproveita-se dos termos homônimos para construir a piada com conotação homofóbica e a meu ver com um toque racista, pois ao retratar o comediante com a bunda para cima e com uma Quenelle exagerada que ao mesmo tempo parece brotar de seu traseiro, o chargista transforma o rolinho num rabo, contribuindo para animalizar a personagem retratada.

O "humor" cada vez mais ácido de Dieudonné atacando o sionismo e resvalando no anti-semitismo já sofreu várias sanções na França, o humor da Charlie Hebdo atacando o islamismo não sofreu sanções do Estado francês. 
O comediante Dieudonné M’bala M’bala é o criador do gesto Quenelle (o braço direito reto apontado para o chão), que os franceses de origem judia afirmam ser anti-semita e apelidaram de “saudação nazista reversa e os apoiadores de Dieudonné afirmam ser apenas um gesto vulgar de oposição a instituições francesas.




Aqui a "homenagem" do periódico a Michael Jackson quando de sua morte. 

É preconceito respondido com preconceito. Mas as autoridades francesas usam dois pesos e duas medidas em relação aos atores produtores dos preconceitos e as vítimas deles. Sonho com um dia que ao menos a esquerda consiga fazer algo diferente. 

Conheça a campanha de muçulmanos espalhados pelo mundo, esta sim, a meus olhos fazem todo o sentido: NOT IN MY NAME, que ilustra a capa deste post. 

Fiquem com o texto de Lelê Teles. 

*Agradeço a Natalie Kosloff que me esclareceu sobre o objeto não identificado (Quenelle) na charge de Charb sobre Dieudonné M’bala M’bala. 


Je ne suis pas Charlie


Lelê Teles

É lamentável que quatro excelentes cartunistas tenham sido mortos de forma brutal. Lamento também a morte das outras oito pessoas, duas delas policiais, um deles muçulmano. 



Lamento também que uma importante publicação de esquerda, histórica, tenha se prestado a um exercício vulgar de ofender, obsessivamente, líderes religiosos; porque, na verdade, só conseguem com isso ofender as pessoas que professam essas religiões. 

Alá tá lá, na dele. 

Charlie Hebdo, demonstrava uma certa obsessão pelo islã, as charges, o profeta de quatro, insinuando que ia comer um camelo… eram vulgares e sem propósito. 

Até aí, morreu neves. 

Mas o que de fato se pretendia com isso? 

Hebdo sabia quem e o quê queria provocar com sua obstinada insistência. 

Como bem disse o Therry Meyssan, “o Charlie Hebdo s’était spécialisé dans des provocations anti-musulmanes et la plupart des musulmans de France en ont été directement ou indirectement victimes”. [Tradução livre: Charlie Hebdo havia se especializado em provocação anti-muçulmana e a maioria dos muçulmanos na França teria sido direta ou indiretamente vítimas.”] 

Hebdo estava a testar se os fundamentalistas eram de araque? 

O fundamentalismo islâmico, esse covarde e extremamente radical, é sempre bom lembrar, é um produto do imperialismo ocidental. Os Estados Unidos alimentaram sujeitos lunáticos, inescrupulosos e sedentos por poder para combater o grande satã, o comunismo. 

Bin Laden nasceu daí, e disso todo mundo sabe. 

Enquanto cresciam as milícias sanguinárias, protegidas por uma falsa camada religiosa, espancando estudantes, fuzilando professores laicos, colocando as mulheres “na linha”, o Ocidente aplaudia. 

É lá, é com eles, é o efeito colateral. Melhor que termos os comunistas sentados sobre as maiores reservas de petróleo e gás do mundo. 

É bom frisar que os fundamentalistas, recuso-me a chamá-los de islâmicos, não fabricam armas e que as nações “santinhas” estão a encher as burras com todo esse terror. 

Lembram das terríveis imagens de Gaddaffi, assassinado brutalmente por sicários ensandecidos? Limparam a área pra turma da toca ninja. 


Hebdo, desculpem-me a franqueza, mas era um inocente útil. Seu jornal, que tinha os maiores chargistas do mundo, estava perdendo leitores, porque sua leitura obstinada, fundamentalista, estava cansativa. 


Ir contra o profeta Maomé era pedir briga, não com os muçulmanos, mas com os fanáticos. 


Dizer que o crime em França atenta contra a liberdade de expressão é de um lugar comum risível. 

O fundamento dos fundamentalistas é cercear a liberdade de expressão. E eles são contra a liberdade de expressão de todos aqueles que não pensam como eles, sobretudo muçulmanos. 

Descobriram isso agora quando morreram não-muçulmanos? 

Agora as trapalhadas, obsessivas, do jornal satírico fará com que a Europa se volte contra os muçulmanos, que a rigor nada têm a ver com esses sicários. 

Para os muçulmanos, as charges Charlie Hebdo são apenas ofensas reprováveis e desrespeito, como o foi Je Vous Salue Marie para os cristãos. 

Mas Hebdo sabia que provocava a ira dos sicários e parecia gostar disso. Para os islamofóbicos aquilo era um prato cheio, mais cedo ou mais tarde, embora os muçulmanos convivessem com Hebdo, os fanáticos iriam agir, e o mundo faria crer que agiam em defesa de todos os muçulmanos. O que é uma fraude. 

Os Estados Unidos invadiram o Iraque e destruíram o Afeganistão embasado numa premissa dessas. 

Doze franceses mortos? Sério que é isso que comove o mundo agora? Os extremistas matam pessoas a todo momento, matam sobretudo muçulmanos. 

Mataram a sangue frio o policial muçulmano que pediu para não morrer. Repito, esses caras matam muçulmanos às pencas, o mundo não se compadece. 

Essa histeria comovida, somos todos Charlie, me lembra o 11 de setembro. Não vi essa tristeza toda quando eles entraram no Mali abrindo fogo. Quando o Estado Islâmico executou, covardemente, dezenas de pessoas no Iraque, ninguém disse Somos Todos Iraquianos. Que recorte é esse? 

Allahu Akbar!


Postado no Portal Fórum / Maria Frô em 09/01/2015