A atualíssima Carta-Testamento que Getúlio Vargas escreveu na noite anterior à sua morte, pois os interesses e a mídia continuam iguais !




Hoje faz 60 anos que o Presidente Getúlio Vargas se suicidou. Foi em 24 de Agosto de 1954.

Sua Carta-Testamento:

“À sanha dos meus inimigos deixo o legado da minha morte. Levo o pesar de não ter feito pelos humildes tudo o que desejava.

Mais uma vez, as forças que os interesses contra o povo coordenaram novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam-me; não me dão o direito de defesa. 

Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. 

Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômico-financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei um regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. 

A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se às dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalhador. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se me desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional da potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, e mal começa essa a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.

Assumi o governo dentro da espiral inflacionária, que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até quinhentos por cento ao ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma agressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo para defender o povo que agora se queda desamparado.

Nada mais posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. 

Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta, por vós e por vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. 

Meu sacrifício vos manterá unidos e meu sangue será a vossa bandeira de luta. Cada gota do meu sangue será uma chama imortal à vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. 

Ao ódio respondo com o meu perdão. Aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo, não será mais escravo de ninguém. 

Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram o meu ânimo. 

Vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.


Outra via da Carta-Testamento mal batida, mas com assinatura, foi encontrada com um manuscrito:

“Deixo à sanha dos meus inimigos o legado da minha morte.

Levo o pesar de não haver podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia.

A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos, numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.

Acrescente-se a fraqueza de amigos que não me defenderam nas posições que ocupavam, a felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês e a insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país, contra minha pessoa.

Se a simples renúncia ao posto a que fui elevado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranqüilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para com mais fúria perseguirem-me e humilharem-me. Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas. Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não de crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.

Agradeço aos que de perto ou de longe trouxeram-me o conforto de sua amizade.

A resposta do povo virá mais tarde”.



Janio conta como Getúlio foi morto pela mídia



Ao relembrar o suicídio de Getúlio Vargas, que completa 60 anos neste domingo, o jornalista Janio de Freitas destaca o papel dos meios de comunicação na tragédia; "monolíticos, a imprensa, a incipiente TV e o rádio, mais do que se aliarem à irracionalidade, foram seus porta-vozes sem considerar as previsíveis consequências para o Estado de Direito"

247 - Repórter que cobriu a morte de Getúlio Vargas há exatos 60 anos, o jornalista Janio de Freitas relembra, neste domingo, o papel dos meios de comunicação na tragédia que culminou com o suicídio do político que fundou as bases do trabalhismo no Brasil.

"Getúlio ficou indefeso, objeto de um ódio coletivo que se propagava sem limites: monolíticos, a imprensa, a incipiente TV e o rádio, mais do que se aliarem à irracionalidade, foram seus porta-vozes sem considerar as previsíveis consequências para o Estado de Direito", rememora (leia aqui). 

Acusado de envolvimento, ainda que indireto, no polêmico atentado da rua Toneleros contra Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro, Getúlio foi cassado sem trégua pelos meios de comunicação.

No entanto, após o suicídio de Getúlio, os veículos de imprensa, artífices do golpe foram também golpeados pela população ensandecida.

A "Tribuna da Imprensa" de Lacerda foi empastelada. A redação de 'O Globo' foi atacada, carros do jornal foram destruídos, o 'Jornal do Commercio' teve sua oficina invadida, vários dos 17 jornais foram alvos da massa", diz Janio de Freitas.

A atuação da imprensa como força política no Brasil vem de longe.


Postado no site Brasil 247 em 24/08/2014


Quando sinto que já sei






Sinopse Oficial: O documentário “Quando sinto que já sei” registra práticas educacionais inovadoras que estão ocorrendo pelo Brasil.

A obra reúne depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais de diversas áreas sobre a necessidade de mudanças no tradicional modelo de escola.

Projeto independente, o filme partiu de questionamentos em relação à escola convencional, da percepção de que valores importantes da formação humana estavam sendo deixados fora da sala de aula.

Durante dois anos, os realizadores visitaram iniciativas em oito cidades brasileiras – projetos que estão criando novas abordagens e caminhos para uma educação mais próxima da participação cidadã, da autonomia e da afetividade.

A etapa final do projeto foi financiada com a colaboração de 487 apoiadores pela plataforma de financiamento coletivo Catarse.


Brasil, 2014, 78 min. - Direção: Antonio Sagrado, Raul Perez, Andreson Lima


O renascimento do parto





Sinopse oficial : O filme “O Renascimento do Parto” retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado hoje pela ciência. 

Tal situação apresenta sérias consequências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras. 

Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.

Brasil, 2013, 91 min. - Produção: Erica de Paula e Eduardo Chauvet



Dicas de Chef !




Posicione uma colher de pau sobre a panela para evitar que a fervura derrame pelo fogão

Quem já cozinhou arroz pelo menos uma vez na vida, sabe o que é isso.



 Coloque o limão no microondas por 20 segundos, em potência baixa, para extrair o máximo de suco (serve para outras frutas cítricas também, com a laranja)




Remova o talo da alface americana batendo-o fortemente sobre uma tábua



 Remova a casca do alho facilmente levando os dentes ao microondas por 10 segundos



 Ou se preferir, coloque-os dentro de duas tigelas ou bowls e sacuda por alguns segundos



 Uma forma fácil de retirar o excesso de gordura de sopas ou cozidos é colocando pedras de gelo, uma vez prontos 

A gordura emergirá na superfície tornando mais fácil a sua retirada.

Outra forma de fazer isso, é deixar o preparado descansando na geladeira, caso você não tenha pressa em servi-lo.



 Seque carnes e frutos do mar com uma toalha de papel antes de colocá-los na frigideira

Essa dica é muito boa, pois alimentos muito úmidos externamente, ao entrarem em contato com a frigideira quente ou grill, levantam vapor e pior, podem fazer com que o óleo espirre em você. 

Se você já teve problemas assim antes, essa é uma das soluções.

Fora que o alimento seco externamente favorece a selagem e a formação daquela crosta deliciosa dos grelhados.



 Esprema o suco do limão de forma elegante, simples e sem o risco de cair sementes ou gomos; pode até ser levado à mesa

Amacie o limão rolando-o sobre uma superfície (use a dica 2, se preciso) e então, com a ajuda de uma faca, faça furos em sua base.

 Então é só espremê-lo e o suco sairá pelos orifícios. Pode ser levado à mesa e até guardado na geladeira para uso posterior.



Menino de 6 anos em Gaza : " quer ser como nós, alguém que sobrevive "




De Gaza nunca chegam boas notícias. Nunca. Ora é o número de mortos que engorda sem parar, ora é o cessar-fogo humanitário anunciado que cai em saco roto. Quando os números ganham rosto aí toca-nos de outra forma. É o caso desta história…

Johan-Matthias Sommarström, um jornalista sueco, estava a caminho do seu hotel, depois de mais um longo dia a relatar o conflito na Faixa de Gaza, quando um menino palestiniano o abordou. 

“Sou jornalista, estou a reportar o que está a acontecer aqui; isto é o meu colete à prova de bala”, disse o rapaz, que não teria mais do que seis anos e estava vestido de azul — o colete de que falava era um saco de plástico preto. O radialista sueco não resistiu e decidiu oferecer-lhe por momentos o seu capacete.

Ver imagem no Twitter

“Por momentos ele mostrou-se orgulhoso. Os seus amigos estavam a rir-se e a dançar à sua volta. Ele ficou um pouco envergonhado e depois tirei a fotografia”, disse Sommarström, em declarações que se podem ler no site da rádio onde trabalha. 

A imagem seria colocada no seu Twitter, com a mensagem “Rapaz em Gaza a fingir que é jornalista com o seu colete à prova de balas feito em casa, tinha de lhe emprestar o meu capacete”. O tweet do sueco teve mais de 6700 partilhas e quase 3500 pessoas gostaram.

“Trabalhar na guerra significa que vês coisas que não queres ver. Crianças mortas irreconhecíveis, pais desesperados, tristeza sem fim, casas destruídas”, explicou. E continuou: “Para mim a fotografia é um poderoso exemplo da força das crianças para sobreviver. Ele via jornalistas no vaivém para o hotel, ele viu que sobrevivemos. Penso que ele quer ser como nós, alguém que sobrevive.”

Sommarström voltou a falar com o menino. Chama-se Yazan Hillis e tem seis anos.

Segundo o sueco, é feliz porque a sua família sobreviveu ao ataque a Shejaiya, mas admitiu não saber se a sua casa ainda estará de pé. A casa do tio, por exemplo, foi destruída por um míssil de um F-16. “Ontem e no dia anterior eu vi rockets a atingir o porto. (…) Quando estou na cama não consigo dormir, o som dos rockets mantêm-me acordado a noite toda”, disse Yazan.


Postado no site Observador em 01/08/2014