A pior política é aquela feita com rancor




Marco Antonio Araujo

Só para ficar claro, já que estamos às vésperas de uma acirrada e tensa disputa eleitoral: eu respeito quem tem posições políticas distintas da minha, quem pensa o contrário do que eu penso. Eu preciso de pessoas assim, que me despertem um novo olhar.

Mas não respeito — na verdade, eu desprezo — quem tem como posição política ser contra algo ou alguém. Gente incapaz de afirmar um ponto de vista, mas que vive destruindo a perspectiva do outro, a utopia do outro, a esperança do outro. Gente que mata o outro.

Que você seja contra Lenin, Che Guevara, o PT, tudo bem. Para efeito de raciocínio, o mesmo se aplica a quem não suporta Obama, Aécio, Maluf. OK. Mas, por favor, não faça de sua vida uma campanha interminável contra seus inimigos de pensamento. Não abdique da civilidade mais rudimentar. Não se torne um fascista, um retórico fundamentalista, uma pessoa movida a ódio.

Diga o que você pensa, no que você acredita, me ensine o que o move. Eu vou ouvir. Eu preciso entender do que se trata. Todos precisamos. É assim que funciona o debate, a democracia, a liberdade.

Mas, ao falar de política, não cuspa sobre mim seu rancor, suas frustrações, seus fracassos, seus medos, sua ignorância. Quem faz isso é um assassino político, um psicopata político, um tarado político, um analfabeto político.

Pare de eliminar o outro. Deixe de ser intolerante. Não propague infâmias e calúnias sem checar a procedência. Não desqualifique seu oponente apenas por pensar diferentemente de você e suas supostas verdades.

Diga-me quem são seus exemplos, suas apostas, suas dúvidas, seus candidatos. Você não os tem? Então admita que você está sozinho, com medo, infeliz. Não me faça participar da sua solidão política.


Postado no blog O Provocador em 30/04/2014



Internautas fazem “capa alternativa” da revista Placar


bruno eliza capa placar

Redação Pragmatismo

O goleiro Bruno, condenado pela morte de Eliza Samudio, estampa a capa da edição de abril da revista Placar

A publicação atrai os leitores para a entrevista exclusiva com o ex-jogador de futebol e ainda divulga uma de suas falas: “Me deixem jogar”.

A vitimização de Bruno incomodou alguns internautas, que repudiaram a revista e sugeriram uma capa alternativa.

Na capa proposta, é Eliza quem tem a voz: “Eu queria ter visto meu filho nascer”. 

A imagem foi idealizada por Cynthia Beltrão e feita por Rosiane Pacheco. “Se houvesse dignidade, igualdade e humanidade na Justiça, nenhuma mulher teria sido dada como comida aos cachorros. E a nenhuma mãe seria negado o sagrado direito de enterrar sua filha. A revista Placar, paga não sei com que dinheiro mais imundo, estampa o goleiro Bruno, julgado culpado pela morte de Eliza Samudio, como um coitado, privado de trabalhar. Ele pede direitos que ele negou à Eliza”, declaram elas.

Em um texto publicado no Blogueiras Feministas, Fabiana Moraes expressa sua indignação. “Na verdade, essa capa não é absurda, não deveria ter me causado tanta surpresa. Ela é na verdade a confirmação de uma situação, é uma peça-símbolo do tipo de visibilidade que se concede aos homens e mulheres desse País, no qual uma pesquisa equivocada parece ter diminuído a gravidade do fato de mulheres com saias curtas “estarem pedindo” para serem molestadas sexualmente”.

Outras falas divulgadas pela Placar também reforçam o caráter de vítima do goleiro. “Muita gente acha que, por ter sido jogador de futebol, eu tenho regalias aqui. E não é. Pago um preço alto pela fama” e “Não estou acabado. Mas sobrou muito pouco do meu dinheiro, longe de poder levar uma vida confortável quando sair daqui” são alguns dos comentários de Bruno.



Postado no site Pragmatismo Político em 05/05/2014


A cada dia, recomeçar...




Aurora Reis


Todo dia, quando acordamos, ganhamos de presente um novo dia: tantas horas, um espaço de tempo inteiro para criar a nossa vida, nossa história.

Como cada um aproveita o seu tempo é responsabilidade pessoal, ou seja, é você mesmo quem escolhe o que vai viver, o que fazer e deixar acontecer... 

Mesmo que essas escolhas sejam feitas de forma inconsciente ou quando somos "obrigados" a escolher determinado caminho. Quando não escolhemos, é certo que algo ou alguém escolhe por nós, mesmo que seja a própria vida, que nos traz os desafios necessários para nossa evolução.

Acordar é como nascer a cada dia. Uma oportunidade única de recomeçar, transformar, mudar, recriar, reciclar, evoluir. Dar o primeiro passo em direção à mudança almejada talvez seja o mais difícil. Mas depois que nos direcionamos para a trilha certa - guiados por nosso coração - tudo fica mais fácil, colorido e até divertido, por que não?

As mudanças podem ser suaves, frescas como a brisa ou o sol matinal. Não precisam ser como o sol do meio-dia ou uma tempestade, um furacão! Elas podem ser sutis, e o caminho da sutileza é belo, simples e humilde - um passo de cada vez...

Recomeçar requer tato e sensibilidade, consigo mesmo, sem muitas exigências, cobranças, autocrítica ou mania de perfeição. Tudo isso é coisa do ego, que sempre quer transformar num drama algo que é singelo.

Essa mudança gradual pode ser feliz, alegre e divertida, como já foi dito. Mas, como? Apenas sorrindo para a vida, não se levando tão a sério e deixando o medo ir embora.

Medo de errar, de viver, de sofrer, de dar tudo errado.

O medo é o oposto do amor e a principal causa de sofrimento e dor. O medo é a escuridão que se disfarça de luz, mas não engana por seu sentimento causar estranheza e sensação de desconforto. 

Quando não estamos nos sentindo bem em determinado lugar, papel ou com alguma pessoa é sinal de que algo não está tão bem como se deveria estar. Quando o coração sente uma repulsa, um desejo de não estar mais ali é hora de ouvi-lo e prestar atenção à sua silenciosa voz.

Ouvir o coração é um meio de seguir a vida de forma simples, alegre e sem medo. Recomeçar com o guia certo, sem precisar de nenhuma muleta externa. 

Esse tempo já passou!


Postado no site Somos Todos Um


O valioso tempo dos maduros




Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!


Mario de Andrade



Um pouco de música em dois ótimos clipes !






Pharrell Williams em Happy do filme de animação Meu Malvado Favorito 2




Katy Perry em Roar.





Almofadas 2014 : descontração ou sofisticação











Reprodução





































decoração de sala com papel de parede2







Viver de modo leve



Elisabeth Cavalcante

Nenhuma experiência humana prescinde de momentos desafiadores, visto que eles são o ingrediente fundamental do processo de maturação do Ser. Para muitos, de fato, ela é um fardo pesado de problemas e dificuldades. 

A diferença entre estes e os que recebem uma carga menor reside, acima de tudo, nas questões cármicas que o espírito "escolheu" vivenciar. Isto não significa aceitar resignadamente as condições da vida, ao contrário, a lapidação do espírito se dá pela ação, por uma atitude motivada pelo desejo de superar as circunstâncias ruins, pois é assim que se desenvolve o poder interior.

Mas para isto não é necessário encarar a existência com rigidez, inflexibilidade e um permanente estado interior de guerra. Ao contrário, quanto mais relaxada, leve e confiante for a postura adotada diante dos problemas, maiores serão as chances de que eles se solucionem rapidamente.

Este é um aprendizado difícil, visto que somos condicionados desde cedo a encarar a vida como uma batalha, sem qualquer possibilidade de trégua. Porém, se formos capazes de transmutar essa postura, acabaremos descobrindo que é possível encarar muitas situações com menos sofrimento.

Os problemas continuarão existindo, mas a nossa atitude diante deles é que fará a diferença essencial. Uma das chaves para isto é, naturalmente, não ficar remoendo o que já não pode ser mudado.

Ao invés disso, é preciso definir objetivamente o que é possível fazer, no presente, para reverter a situação. A coragem e a determinação são essenciais neste processo.

E, finalmente, é muito útil aceitar de modo tranqüilo que, nem todas as circunstâncias dependem unicamente da nossa vontade para serem transformadas. 

Mas a vida sempre faz a sua parte e atua para nos ajudar a alcançar o equilíbrio, quando desenvolvemos uma disposição firme e sincera de mudar, crescer, evoluir.

"Não brigue com a sua sombra quando ela surgir, apenas observe. Estando identificado com ela, você pode experimentar episódios de pânico. Tenha calma e respire profundamente. Procure se lembrar de que o pânico acontece somente porque você está resistindo a se entregar ao fluxo da vida. Você está insistindo em manter uma coisa que já perdeu o prazo de validade. Você está segurando um ponto de vista e vivendo um drama que já acabou. Ao estudar esse sintoma mais profundamente, você verá que por trás dele está a obstinação. O pânico é você tentando segurar algo que já foi". Sri Prem Baba


Postado no site Somos Todos Um