Quero que meus pelos continuem lá !




Emily Gibson

Deve ter acontecido em algum momento na última década, pois a quantidade de tempo, energia, dinheiro e emoção que ambos os sexos gastam em abolir todos os pelos de seus órgãos genitais é astronômica. 

A indústria da depilação genital, incluindo médicos que anunciam seus serviços especiais para aquelas mulheres que procuram o visual “limpa e pelada”, está crescendo. 

Mas por que incomodar os pobres pelos pubianos? Algumas teorias sociológicas sugerem que tem a ver com as tendências culturais geradas por biquínis e tangas, certos atores e atrizes sem pelos, um desejo de voltar à infância ou mesmo uma tentativa equivocada de manter a higiene.

É uma guerra, infelizmente, equivocada. Há muito tempo, os cirurgiões descobriram que raspar uma parte do corpo antes da cirurgia, na verdade, aumentou, em vez de diminuir, as infecções. 

Não importa que instrumentos complexos sejam usados — lâminas de barbear, aparelhos de barbear, pinças, depilação, eletrólise – cabelo, como grama, sempre volta a crescer e vence no final. Nesse meio tempo, a pele sofre os efeitos de um campo de batalha queimado.

A remoção dos pêlos pubianos irrita e inflama os folículos pilosos, deixando aberturas microscópicas. A depilação freqüente é necessária para deixar a superfície lisa, causando irritação da área raspada ou tratada com cera. 

Quando essa irritação se mistura ao ambiente quente e úmido dos órgãos genitais, torna-se um meio de cultura feliz para algumas das piores bactérias patogênicas — streptococcus, staphylococcus aureus etc.

Alguns médicos estão descobrindo que áreas e órgãos genitais púbicos barbeados também são mais vulneráveis ​a infecções de herpes. Portanto, pode haver maior vulnerabilidade à propagação de outras doenças sexualmente transmissíveis.

É hora de declarar o fim da guerra aos pelos pubianos e permitir que eles permaneçam onde devem estar.

Postado no blog DoLadoDeLá em 15/08/2013


Conheça a primeira wikicidade brasileira


O “cc” do nome vem do termo Creative Commons, um tipo de licença de propriedade intelectual criado para compartilhar conteúdos culturais com todos. Assim, todo este projeto pode ser utilizado por qualquer um para também fazer um wikispot de um lugar na sua cidade.
Porto Alegre é a primeira wikicidade brasileira. Na plataforma portoalegre.cc, história, realidade e futuro da capital gaúcha servem de plano de fundo para a interação dos cidadãos.


Wikicidade é um termo que costuma ser definido como um “espaço virtual que encoraja a participação e a colaboração dos cidadãos” e um “ambiente de troca de ideias, sugestões e reivindicações”.

Criada como um projeto da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) em parceria com a Prefeitura, a plataforma utiliza esse conceito para representar e mostrar como funcionam os 82 bairros da cidade.

Imagine uma cidade transposta para um plano digital interativo. Um espaço onde seria possível conhecer a história do local, saber que fatores formam sua realidade atual e discutir que medidas devem ser tomadas para um futuro melhor.

Parece ficção, mas isso existe e atende pelo nome de Portoalegre.cc, a plataforma que transformou a capital gaúcha em uma wikicidade.

No site, é possível navegar pelo mapa, marcar e apontar situações que fazem bem ou mal à cidade, como uma esquina com publicidade exagerada, zonas de alagamento, falta de segurança, um local onde se pode jogar futebol, rotas que apresentam melhor iluminação, entre outros.es conteúdos são ficam disponíveis na página e podem ser publicados em redes sociais. Além disso, o blog do projeto publica textos sobre os fatores mais importantes do relacionamento na cidade online.

O objetivo da wikicidade é reunir compartilhamento de dados e informações sobre serviços públicos e história local em um espaço de cocriação. 

Assim, os usuários/cidadãos podem participar efetivamente e viver a cidade de forma mais ampla, mesmo que de maneira virtual.


Postado no site Pragmatismo Político em 15/08/2013




Fazer mais que o esperado = Sucesso !






Sorrir faz bem !








Menina de 6 anos tratada com maconha caminha pela 1ª vez


menina maconha
( Foto : Daily Mail )

Uma criança britânica que sofria milhares de convulsões toda semana está enfim se recuperando, depois que seus pais iniciaram um controverso tratamento com maconha medicinal

Médicos disseram a Paige e Matt Figi que sua filha, Charlotte, não teria muito tempo de vida depois de ser diagnosticada com uma condição rara de epilepsia.

Depois de anos pesquisando uma forma de curar a doença, eles passaram a alimentá-la com doses controladas de cannabis sativa – parte de um procedimento que ainda não conta com ampla aceitação médica. As informações são do Daily Mail.

Os pais relatam que poucos meses depois de dar início ao tratamento, Charlotte começou a caminhar e falar pela primeira vez, e suas convulsões praticamente pararam. “Tentamos todo o possível, e os doutores continuavam nos dizendo que ela iria morrer. Quando Matt me falou sobre o tratamento, fiquei horrorizada, mas estávamos tão desesperados que decidimos tentar”, informou a mãe da menina.

Charlotte, hoje com seis anos, teve as primeiras convulsões aos três meses de idade. Dentro de uma semana, ela começou a ter crises diversas vezes por dia. Ela foi diagnosticada com síndrome de Dravet – ou epilepsia mioclônica severa da infância - uma forma rara de epilepsia que começa nos primeiros meses de vida.

Crianças com essa condição costumam se desenvolver normalmente enquanto bebês, porém seu crescimento começa a estagnar por volta dos dois anos de vida. Pacientes com essa condição registram maior incidência de morte súbita inesperada em epilepsia.

Ainda não há cura para essa síndrome, e as opções de tratamento são limitadas, mas envolvem principalmente o uso de antiepilépticos para combater as convulsões.

O tratamento com maconha medicinal envolve o aproveitamento do óleo extraído da folha da cannabis, que é então diluído até atingir uma dose precisa. 

Esse procedimento não é totalmente aprovado, porém recebe apoio de algumas entidades – especialmente das famílias de pacientes com epilepsia, esclerose múltipla e mal de Parkinson.

Postado no site Pragmatismo Político em 14/08/2013


Não há propósitos éticos que salvem as novelas da mediocridade




Por que ‘especialistas’ insistem em se sentir ofendidos com um produto de nível tão baixo?

Guy Franco 


A novela não tem função social alguma além de delimitar o horário de mandar o seu filho dormir. 

O conteúdo pode incluir os temas mais atuais e pertinentes, mas seu alcance intelectual nunca ultrapassará a capacidade mental de uma morsa.

O máximo que se pode esperar de uma novela nova é que não seja tão ruim quanto a anterior. A melhor delas é, no máximo, tão boa quanto um seriado medíocre. 

O objetivo é que seja tão simples que qualquer cérebro desprovido dos processos mentais mais básicos consiga compreendê-la.

Peguemos ‘Amor à Vida’. Lá encontramos uma boa amostragem de assuntos edificantes – a inseminação artificial, a adoção de criança por casal gay, a filha autista, a jovem com câncer, o pai de família desempregado. São temas pertinentes, sem dúvida, mas isso não faz da novela melhor ou pior do que uma propaganda de plano de saúde. De que adianta injetar algum propósito ético se o material continua ruim?

A ideia de que a novela tem uma função social fez surgir uma classe de ‘especialistas’ cuja principal atividade é se sentir ofendido com o que vê na televisão. 

Esses especialistas não estão lá muito preocupados com a qualidade da obra; preferem se limitar a interpretar a posição do autor, questionar se o conteúdo é pertinente ou apontar para a fala de um personagem que poderia ofender alguém.

Manifestações como essas, cheias de boas intenções, não me convencem de que a sociedade está mais engajada, como me avisaram, mas de algo mais assustador: a vontade que o povo tem de ver suas opiniões enfiadas na cabeça dos outros através da boca de um personagem de novela.

A tropa moralista marcha, com tochas e foices, contra o que acabou de sair da boca de um personagem de ficção. A dificuldade de separar ficção da realidade é sinal de um problema psicológico sério.

Mês passado, a Acrimesp (Associação de Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) mandou uma carta aberta à Globo reclamando da personagem de Carol Castro em ‘Amor à Vida’ – que teria orientado um cliente a mentir. Na mesma época, enfermeiros organizaram um abaixo-assinado porque se sentiram ofendidos pela maneira com a qual os profissionais estavam sendo mostrados na novela. Sem contar que até as ex-chacretes mandaram uma dessas cartas para a Globo.

Difícil é saber se enfermeiros, advogados e ex-chacretes estão sendo denegridos pela novela, como afirmam, ou por eles mesmos quando mandam uma carta aberta contra a conduta de um personagem de ficção.

E o que choveu de reclamações nos primeiros episódios de ‘Amor à Vida’, quando o personagem de Antônio Fagundes se recusou a fazer um aborto de uma paciente! O pior é que poucas semanas depois, quem se revoltou foi um grupo de cristãs; mas desta vez em repúdio a ‘Saramandaia’, que teria dado uma mensagem clara de apoio ao aborto. Em menos de um mês a Globo foi acusada de abortista e ultraconservadora.

A novela é um produto audiovisual democrático; é ruim para todo mundo e dá espaço para todo mundo se sentir ofendido.

O autor não escreve uma obra, mas presta um serviço ou um desserviço dependendo se a sua opinião bate com a dele. Novela no Brasil não passa disso, de uma prestadora de serviços. Uma instituição pela qual se espera resolver os problemas do país.

A maneira mais coerente para mostrar que um programa de televisão desagrada é mudar de canal. Mas os especialistas continuam assistindo. Insistem em se sentir ofendidos. Sentem prazer nisso.

Em lugar nenhum está escrito que somos obrigados a assistir à televisão. São mais de 60 anos de novela. Será que já não deu tempo de entender como elas funcionam? Por que ainda querem se surpreender positivamente? Por que devotar tanto tempo se indignando com algo que não é do seu real interesse? 

A opção de mudar de canal, segundo consta, ainda é permitida.

Numa época em que nunca houve tanta opção de entretenimento, é fácil entender por que cada vez menos pessoas assistem novela — e difícil entender porque tanta gente se sente ofendida por ela.


Postado nos blog Com Texto Livre e no Blog do Saraiva em 14/08/2013