Sorrir faz bem !








Menina de 6 anos tratada com maconha caminha pela 1ª vez


menina maconha
( Foto : Daily Mail )

Uma criança britânica que sofria milhares de convulsões toda semana está enfim se recuperando, depois que seus pais iniciaram um controverso tratamento com maconha medicinal

Médicos disseram a Paige e Matt Figi que sua filha, Charlotte, não teria muito tempo de vida depois de ser diagnosticada com uma condição rara de epilepsia.

Depois de anos pesquisando uma forma de curar a doença, eles passaram a alimentá-la com doses controladas de cannabis sativa – parte de um procedimento que ainda não conta com ampla aceitação médica. As informações são do Daily Mail.

Os pais relatam que poucos meses depois de dar início ao tratamento, Charlotte começou a caminhar e falar pela primeira vez, e suas convulsões praticamente pararam. “Tentamos todo o possível, e os doutores continuavam nos dizendo que ela iria morrer. Quando Matt me falou sobre o tratamento, fiquei horrorizada, mas estávamos tão desesperados que decidimos tentar”, informou a mãe da menina.

Charlotte, hoje com seis anos, teve as primeiras convulsões aos três meses de idade. Dentro de uma semana, ela começou a ter crises diversas vezes por dia. Ela foi diagnosticada com síndrome de Dravet – ou epilepsia mioclônica severa da infância - uma forma rara de epilepsia que começa nos primeiros meses de vida.

Crianças com essa condição costumam se desenvolver normalmente enquanto bebês, porém seu crescimento começa a estagnar por volta dos dois anos de vida. Pacientes com essa condição registram maior incidência de morte súbita inesperada em epilepsia.

Ainda não há cura para essa síndrome, e as opções de tratamento são limitadas, mas envolvem principalmente o uso de antiepilépticos para combater as convulsões.

O tratamento com maconha medicinal envolve o aproveitamento do óleo extraído da folha da cannabis, que é então diluído até atingir uma dose precisa. 

Esse procedimento não é totalmente aprovado, porém recebe apoio de algumas entidades – especialmente das famílias de pacientes com epilepsia, esclerose múltipla e mal de Parkinson.

Postado no site Pragmatismo Político em 14/08/2013


Não há propósitos éticos que salvem as novelas da mediocridade




Por que ‘especialistas’ insistem em se sentir ofendidos com um produto de nível tão baixo?

Guy Franco 


A novela não tem função social alguma além de delimitar o horário de mandar o seu filho dormir. 

O conteúdo pode incluir os temas mais atuais e pertinentes, mas seu alcance intelectual nunca ultrapassará a capacidade mental de uma morsa.

O máximo que se pode esperar de uma novela nova é que não seja tão ruim quanto a anterior. A melhor delas é, no máximo, tão boa quanto um seriado medíocre. 

O objetivo é que seja tão simples que qualquer cérebro desprovido dos processos mentais mais básicos consiga compreendê-la.

Peguemos ‘Amor à Vida’. Lá encontramos uma boa amostragem de assuntos edificantes – a inseminação artificial, a adoção de criança por casal gay, a filha autista, a jovem com câncer, o pai de família desempregado. São temas pertinentes, sem dúvida, mas isso não faz da novela melhor ou pior do que uma propaganda de plano de saúde. De que adianta injetar algum propósito ético se o material continua ruim?

A ideia de que a novela tem uma função social fez surgir uma classe de ‘especialistas’ cuja principal atividade é se sentir ofendido com o que vê na televisão. 

Esses especialistas não estão lá muito preocupados com a qualidade da obra; preferem se limitar a interpretar a posição do autor, questionar se o conteúdo é pertinente ou apontar para a fala de um personagem que poderia ofender alguém.

Manifestações como essas, cheias de boas intenções, não me convencem de que a sociedade está mais engajada, como me avisaram, mas de algo mais assustador: a vontade que o povo tem de ver suas opiniões enfiadas na cabeça dos outros através da boca de um personagem de novela.

A tropa moralista marcha, com tochas e foices, contra o que acabou de sair da boca de um personagem de ficção. A dificuldade de separar ficção da realidade é sinal de um problema psicológico sério.

Mês passado, a Acrimesp (Associação de Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) mandou uma carta aberta à Globo reclamando da personagem de Carol Castro em ‘Amor à Vida’ – que teria orientado um cliente a mentir. Na mesma época, enfermeiros organizaram um abaixo-assinado porque se sentiram ofendidos pela maneira com a qual os profissionais estavam sendo mostrados na novela. Sem contar que até as ex-chacretes mandaram uma dessas cartas para a Globo.

Difícil é saber se enfermeiros, advogados e ex-chacretes estão sendo denegridos pela novela, como afirmam, ou por eles mesmos quando mandam uma carta aberta contra a conduta de um personagem de ficção.

E o que choveu de reclamações nos primeiros episódios de ‘Amor à Vida’, quando o personagem de Antônio Fagundes se recusou a fazer um aborto de uma paciente! O pior é que poucas semanas depois, quem se revoltou foi um grupo de cristãs; mas desta vez em repúdio a ‘Saramandaia’, que teria dado uma mensagem clara de apoio ao aborto. Em menos de um mês a Globo foi acusada de abortista e ultraconservadora.

A novela é um produto audiovisual democrático; é ruim para todo mundo e dá espaço para todo mundo se sentir ofendido.

O autor não escreve uma obra, mas presta um serviço ou um desserviço dependendo se a sua opinião bate com a dele. Novela no Brasil não passa disso, de uma prestadora de serviços. Uma instituição pela qual se espera resolver os problemas do país.

A maneira mais coerente para mostrar que um programa de televisão desagrada é mudar de canal. Mas os especialistas continuam assistindo. Insistem em se sentir ofendidos. Sentem prazer nisso.

Em lugar nenhum está escrito que somos obrigados a assistir à televisão. São mais de 60 anos de novela. Será que já não deu tempo de entender como elas funcionam? Por que ainda querem se surpreender positivamente? Por que devotar tanto tempo se indignando com algo que não é do seu real interesse? 

A opção de mudar de canal, segundo consta, ainda é permitida.

Numa época em que nunca houve tanta opção de entretenimento, é fácil entender por que cada vez menos pessoas assistem novela — e difícil entender porque tanta gente se sente ofendida por ela.


Postado nos blog Com Texto Livre e no Blog do Saraiva em 14/08/2013

Cuidado com o que você coloca no Facebook







Dilma, o menino e a mulinha





Cynara Menezes

Não sei se vocês conhecem uma fábula de Esopo que se chama “O velho, o menino e a mulinha” – também aparece com o nome de “O velho, o garoto e o burro” em algumas versões. Eu li com este título, quando era criança, na coleção de Monteiro Lobato, volume “Fábulas”. E nunca esqueci.

Para quem não conhece, trata-se da história de um homem que vai vender uma mula no mercado e sai puxando o animal pelo cabresto, ao lado do filho, quando se depara com um viajante:

– Esta é boa! O animal vazio e o pobre velho a pé!

Para “tapar a boca do mundo”, o velho sobe na mula e manda o menino puxar os dois, até que passam por uma turma de lavadeiras:

– Que graça! O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé…

Para “tapar a boca do mundo”, sobem ambos na mula. Um carteiro que o trio cruza pelo caminho dispara:

–Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez… Assim, meu velho, quem chega à cidade não é mais a mulinha, é a sombra da mulinha…

O velho apeia e, para “tapar a boca do mundo”, sai puxando o animal com o menino em cima.

–Bom dia, príncipe!, diz um sujeito.

–Por que príncipe?, pergunta o menino.

–Ora, porque só príncipes andam assim, de lacaio à rédea!

Mais uma vez, o velho, decidido a “tapar a boca do mundo”, cede à opinião alheia e ele e o filho passam a carregar o bicho às costas. “Talvez isto contente o mundo”, ele diz. Um grupo de rapazes dá gargalhadas ao ver a cena:

–Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro…

–Sou eu! replicou o velho. Venho há uma hora fazendo o que não quero, mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente…

Lembro dessa história toda vez que vejo notícias relacionadas à presidenta Dilma Rousseff.

Parece impossível a Dilma agradar à imprensa. Se seu governo não toma nenhuma iniciativa, “está paralisado”. Se anuncia algum programa novo, “está visando 2014″. Se investe mais em educação do que em obras, “é má gestora”. Se investe mais em obras, “é negligente com a educação”. Se acata alguma decisão contrária do Congresso, “não tem pulso”. Se veta, “é autoritária”. Se Dilma não comenta a renúncia de Bento 16, é “pouco caso com o catolicismo”. Se vai ao Vaticano prestigiar o primeiro papa latino-americano, “é campanha”.

Dilma é o velhinho da fábula. O menino é seu governo. A mídia são os que cruzam com ela pelo caminho. A mulinha somos nós. 

Como brasileira, não quero que Dilma me carregue às costas nem que me puxe pelo cabresto. Espero que a presidenta governe, simplesmente. Que não mude seus planos, como fez o velhinho, tentando agradar a todos. Que não se preocupe em “tapar a boca do mundo” e siga sua consciência. 

E que a moral da história seja: é preciso fazer o melhor possível sempre, porque as críticas virão do mesmo jeito.

Postado no blog Socialista Morena em 18/03/2013



O filme da vida



Washington Araújo

Quantos filmes você já assistiu? Quantos filmes ainda assistirá?

Esta vida terrena é marcada por chegadas e partidas. Ninguém escolheu o dia em que chegou a este mundo, e não é possível saber o dia em que seremos chamados a deixar tudo o mais para trás e partir, a embarcar na Grande Partida.

Algumas tradições religiosas ensinam que, no momento da morte, a alma recém-liberta da matéria recorda cada instante da vida terrena que acabou de deixar para trás. “Eis o filme da tua vida…”

Cada ato praticado, grande ou aparentemente insignificante, as boas ações e as constrangedoras, as realizadas à luz do dia ou na calada da noite, são mostrados sem nenhum embelezamento.

Frente a frente com o nosso registro, a mostrar tanto as virtudes, quanto as falhas. A nossa consciência a nos julgar
se soubemos fazer bom uso das nossas horas.

Muitas tradições definem o próximo mundo como “O Mundo da Verdade“, porque lá reconheceremos claramente o valor das ações que praticamos…

O “filme da vida” não tem pré-estréia, e uma vez concluído não haverá mesa de edição, não admitindo cortes, nem adições.

Existe uma tradição judaica que vai mais além, e menciona um segundo filme, um filme que mostra como a vida da pessoa poderia ter sido se as escolhas certas tivessem sido feitas, as oportunidades, aproveitadas, o potencial, utilizado.

Este segundo filme – a dor do potencial desperdiçado - seria mais difícil de suportar…

Todas as boas ações por praticar, os frutos e as flores que jamais brotaram porque falhamos em aproveitar as oportunidades, agora irremediavelmente e definitivamente perdidas.

Veremos refletidos no Espelho da Justiça todos os episódios da nossa vida…

A cada novo dia, a cada momento, fazemos escolhas e nos deparamos com oportunidades.

Somos nós roteiristas, diretores e atores do filme que está sendo rodado, filme este que, mais dia menos dia, seremos chamados a assistir.

A nós, e a mais ninguém, compete decidir as ações que praticamos, e o rumo que damos à nossa vida. Podemos:

- ser solidários, ou ser indiferentes;

- ser generosos, ou ser mesquinhos;

- purificar o nosso coração, ou corrompê-lo…

A cada escolha, filmamos uma cena do filme das nossas vidas…

Cultive o hábito de dedicar parte do teu tempo para refletir sobre o propósito da existência.

A vida não é só trabalho e descanso. Não viemos a este mundo a passeio.

Esta vida terrena representa o estágio probatório da Eternidade.

Vivemos num tempo em que se faz necessário o sacrifício, o serviço desapegado em prol do próximo necessitado.

Ou assumimos a nossa parcela de bondade e de compaixão, de esforços em prol de um mundo mais justo, igualitário e fraterno, ou iremos todos afundar – nós, a nossa sociedade, a humanidade…

Devemos manter amplo o nosso campo de visão e atuação, num mundo onde tantos se contentam em fechar-se em si, cuidando unicamente dos seus pequenos interesses pessoais.

Nós, os abençoados pelo destino – que temos garantidas as nossas três refeições ao dia, que tivemos acesso à educação, e que desfrutamos de tempo e condições para acessar a internet - somos minoria, uma parcela diminuta da sociedade.

A maior parte da humanidade apenas sobrevive, amparando a fragilidade da vida um dia após o outro…

São tantos os que em silêncio esperam por um punhado de compaixão, por uma mão cheia de justiça…

Postado no blog Cidadão do Mundo em 12/08/2013

 

Ótima ideia para evitar o desperdício !