Abutres são abutres e nada mais




Davis Sena Filho 

Lula teve câncer na laringe. A notícia correu pelo Brasil há alguns meses. Os jornalistas de oposição e os que apenas repercutem a agressividade de seus patrões e de seus leitores contra o político estadista se mobilizaram freneticamente e correram para o Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente mais popular da história do Brasil estava a fazer os exames e procedimentos normais, comuns aos que são vítimas dessa doença, com o propósito de combatê-la e vencê-la.

Contudo, o que realmente me chamou a atenção naqueles dias foram alguns jornalistas pertencentes aos quadros da imprensa de mercado e de seus leitores, que se comportaram como abutres ou corvos, no sentido simbólico de se reportarem sem o mínimo de educação e decência e civilidade quando se trata de atacar àquele que eles consideram o inimigo a ser batido, mesmo quando esse “inimigo” político é vítima de câncer ao tempo que amado por milhões e milhões de brasileiros, ao ponto de sair da Presidência com índices gigantescos de aprovação ao seu Governo, que atingiram o patamar de 87%, a superar os índices de popularidade do mito Nelson Mandela quando o reconhecido político deixou a presidência da África do Sul.

Lamentável e desumano o papel de certos jornalistas e de seus leitores abutres, que continuam a fazer campanhas nas redes sociais da maneira mais sórdida e infame possível, que afrontam a dignidade humana. Lúcia Hipólito, Ricardo Noblat, Arnaldo Jabor, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, dentre muitos outros bate-paus da imprensa burguesa, esmeraram-se em repercutir suas vilanias e a total falta de senso crítico e de respeito à ética jornalística e aos cidadãos, que ficaram e até hoje ficam a escutar comentários desrespeitosos, agressivos e levianos, sem conteúdo informativo e que distorcem a verdade e a realidade dos fatos. É o verdadeiro jornalismo de esgoto, praticado por essa imprensa em um tempo de 11 anos, desde que os governantes trabalhistas (Lula e Dilma) ascenderam ao poder.

Atacam o estadista brasileiro da forma mais desrespeitosa possível. Lula foi o presidente e é certamente o político mais agredido pela imprensa de negócios privados e pelos pequenos mussolinis que infestam as redes sociais. A finalidade desses despropósitos é desqualificar um dos maiores e importantes presidentes que a República já teve juntamente com o grande estadista Getúlio Dornelles Vargas, também vítima de pequenos e grandes abutres ou corvos, como era o corvo-mor da elite brasileira, Carlos Lacerda, ídolo da direita política e empresarial e dos nossos pequenos burgueses carregadores de vassouras à moda Jânio Quadros, racistas e dedicados à causa deles, que é um dia enriquecer e impedir a ascensão social dos milhões de brasileiros que saíram da linha de pobreza no decorrer dos oito anos de Governo Lula. Uma classe média que também foi, e muito, beneficiada pelo governo trabalhista do petista.

Entretanto, é necessário salientar que desta vez o que me chamou e me chama a atenção foi o comportamento dos leitores e ouvintes desses jornalistas, que se comportam como leões-de-chácara dos interesses dos barões da imprensa, do grande empresariado e da oposição partidária (PSDB-DEM-PPS) aos governos Lula e Dilma Rousseff. Por intermédio das redes sociais, realizaram uma campanha de conotação fascista, que pediu, de forma debochada e vil, para o político mais popular da história deste País tratar sua doença no SUS (rede pública de Saúde que o povo dos Estados Unidos não tem, e assunto da pauta política e governamental estadunidense, que causa até hoje transtornos a Obama), que, por sinal, ficou sem os R$ 40 bilhões da CPMF, criação dos tucanos, que, no decorrer do Governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, foram desviados ilegalmente para outros setores da administração pública. O mesmo governo neoliberal que vendeu o patrimônio público do Brasil e depois teve de ir pedir esmolas ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque, incompetente e irresponsável, quebrou o País três vezes.

O jornalismo de meias verdades, manipulado, distorcido e muitas vezes baseado em mentiras, praticado pelos órgãos de comunicação privados e hegemônicos têm similares na sociedade globalizada, individualista e de consumo — a sua alma gêmea: os leitores, ouvintes e telespectadores coxinhas. Pessoas reacionárias, ideologicamente de direita e que ocupam as redes sociais para disseminar intolerância e preconceitos abissais, que diminuem a alma humana perante a vida.

Eles formam uma coletividade de uma perversidade que impressiona por sua ausência de sentimentos nobres e humanos, mesmo quando o alvo, no caso o ex-presidente Lula, ter sido vítima de uma enfermidade grave, como o é a realidade do câncer. O líder trabalhista, que não os agrada, tanto no aspecto político, partidário e ideológico quanto no que concerne à sua origem social pobre e nordestina. E é por isto e por causa disto que nem na enfermidade, na doença lhe deram trégua, porque a direita sabe — até mesmo os coxinhas de classe média “apartidários” e “apolíticos” — que Lula, enquanto vivo e com saúde, será o peso que vai pender a balança de todas as eleições para um lado, o lado trabalhista, a parte da laranja que não é a deles. Os conservadores não se conformam.

Todavia, não são apenas essas questões que incomodam os “fãs”, os consumidores (termo que os neoliberais adoram) da Veja, de O Globo, do Estadão, do Correio Braziliense, da Época, da Folha, das Organizações(?) Globo e do Zero Hora. O que incomoda mesmo é ter de ver o Lula ser tratado em um hospital onde os ricos, os brancos, os “bem” nascidos e os famosos são atendidos. O pior de tudo é que a imensa maioria desses pequenos abutres é de classe média, consumidores beneficiados por créditos (empréstimos, CDC, cheque especial, cartões especiais, consignados etc.) oferecidos democraticamente a todos os brasileiros pelos programas de governo dos trabalhistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses fatores de ascensão social para classe média coxinha e mauricinha não são chamados de forma irônica e raivosa de “Bolsa Classe Média” ou “Bolsa Me Dei Bem” ou “Bolsa Desejo e Sonho Realizados”. Por seu turno, o Bolsa Família, que ajuda a desenvolver a economia brasileira, principalmente nas regiões mais pobres, como a Nordeste e Norte é criticado, de forma injusta, preconceituosa e cruel. São essas pessoas que agridem o Lula na internet; as que mais usufruem do acesso ao crédito fácil, porque antes as diferentes classes médias e os pobres não tinham direito a nada, a não ser ver novelas e beber cerveja em um barzinho, porque até passagem de avião era difícil comprar.

Usufruíram tanto dessas facilidades bancárias que hoje têm carros, móveis, produtos eletroeletrônicos e da linha branca. Compraram imóveis, terrenos e viajaram e viajam muito, mas nada reconhecem, porque quando se é escorpião, você não vai deixar de ferroar também aquele que o beneficiou. Afinal, ouvintes e leitores de Jabor e de Hipólito, de Azevedo e Nunes, da Globo e CBN não se preocupam com essas “irrelevâncias” e “pequenos” detalhes, não é? A pequena burguesia não quer saber de democracia política e econômica. Ela faz marchas e protestos contra a corrupção e nunca contra os corruptores (empresários e seus lobistas) e usa as vassouras janistas golpistas como armas. Não é assim?

O pequeno burguês vive mentalmente em seu mundinho de playground, mesmo se ele viaja e conhece o mundo, porque para ele ser cosmopolita é usar roupas de grife, ter seu emprego garantido, estudar preferencialmente em universidade pública e ter ódio da ascensão social de milhões de brasileiros, que passaram também a ter o direito de ocupar os aeroportos e viajar de avião, o que faz com que as pessoas coxinhas de Arnaldo Jabor, Lúcia Hipólito, Boris Casoy e José Nêumanne Pinto, por exemplo, sintam-se enojadas com a presença da “plebe rude” audaciosa, que não retrata a massa “cheirosa” e “limpinha” dos tucanos, tão elogiada no tempo das eleições por Eliane Catanhêde, colunista coxinha da Folha de S. Paulo e que faz aparições rocambolescas na Globo News, canal que tem milhares de “especialistas” de prateleira e que o povo brasileiro não está nem aí para o que eles dizem ou afirmam ou pensam ou deixam de afirmar ou pensar.

São esses mesmos cidadãos de classe média coxinha — “tão evoluídos, inteligentes e superiores” — que frequentam as redes sociais e os espaços dedicados às cartas e mensagens publicadas nos jornais e revistas, com a finalidade de irradiar ou disseminar seus preconceitos e desumanidades, que se transformam, irremediavelmente, em ódio racial e de classe social. E Lula, para essa gente, é a representação simbólica de tudo aquilo que não faz parte do conjunto de valores e princípios que a classe média conservadora aprendeu com os seus pais e avós. 

Novamente volto a citar o jornalista Joseph Pulitzer (1847/1911): “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”. 

Postado no blog A Justiceira de Esquerda em 10/08/2013


É o bicho ! Camisetas com estampas de animais










Como Usar: Camisetas com Estampas de Animais

Como Usar: Camisetas com Estampas de Animais

Como Usar: Camisetas com Estampas de Animais

Como Usar: Camisetas com Estampas de Animais


Faça por que você pode !




Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você gostaria.

Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.

Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela a falta de gente à sua volta.

Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.

Você pode deixar como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.

Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.

Você pode amaldiçoar sua sorte ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a vida lhe oferece.

Você pode mentir para si mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações ou encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.

Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.

Você pode viver o presente que a Vida lhe dá ou ficar preso a um passado que já acabou - e, portanto não há mais nada a fazer -, ou a um futuro que ainda não veio - e que, portanto não lhe permite fazer nada.

Você pode ficar numa boa, desfrutando o máximo das coisas que você é e possui ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.

Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por consequência, melhorando tudo que está à sua volta ou esperar que o mundo melhore para que então você possa melhorar.

Você pode continuar escravo da preguiça ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.

Você pode aprender o que ainda não sabe ou fingir que já sabe tudo e não precisar aprender mais nada.

Você pode ser feliz com a vida como ela é ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.

A escolha é sua e o importante é que você sempre tem escolha.

Pondere bastante ao se decidir, pois é você que vai carregar - sozinho e sempre - o peso das escolhas que fizer... 

Sigmar Sabin
Professor e Aprendiz da vida


Novos estudos sobre a maconha que os conservadores escondem de você




Cynara Menezes

Quando se trata de maconha, tudo que a mídia e os políticos conservadores mostram são estudos científicos contrários a seu uso.

O uso terapêutico da cannabis, então, é totalmente ignorado no Brasil, enquanto em outros países, como os EUA, já teve eficácia comprovada e foi liberado.

Mas você sabia que existem vários estudos recentes positivos sobre a maconha? 

É todo um mundo de informações novas, científicas, que simplesmente não chega ao cidadão para que ele possa se informar corretamente – além de deixar milhares de pessoas enfermas sem a possibilidade de acesso a terapias mais eficazes fora dos remédios convencionais, que rendem fortunas aos grandes laboratórios. Não será, aliás, por isso mesmo?

Por Paul Armentano, do AlterNet (os links para os estudos estão destacados no texto):

Usuários frequentes de cannabis não têm maior chance de adquirir câncer do que fumantes ocasionais de maconha ou não-fumantes

De acordo com dados apresentados em abril durante o encontro anual da Academia Americana para a Pesquisa do Câncer, quem fuma maconha regularmente não possui maiores chances de ter câncer do que quem fuma de vez em quando ou não fuma.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram mais de 5 mil pessoas em todo o mundo entre 1999 e 2012 e confirmam: “Nossos resultados não mostram uma associação significativa entre intensidade, duração e consumo cumulativo de maconha e o risco de câncer”.

Outros estudos já haviam falhado em associar a cannabis ao câncer de cabeça e pescoço ou ao câncer do aparelho digestivo superior. No entanto, o DEA (organismo que controla as drogas nos EUA) continua a dizer que “fumar maconha aumenta o risco de câncer da cabeça, pescoço, pulmões e aparelho respiratório”.

Uso frequente de cannabis é associado à redução dos fatores de risco para o diabetes tipo 2

A maconha terá algum dia um papel importante em evitar a crescente epidemia de diabetes tipo 2?

Novos estudos indicam que é possível. De acordo com dados publicados este mês pelo American Journal of Medicine, pessoas que consomem cannabis regularmente possuem indicadores favoráveis relacionados ao controle do diabetes comparados a usuários ocasionais ou não usuários. 

Pesquisadores do Beth Israel Deaconess Medical Centre, em Boston, perguntaram a 5 mil adultos diabéticos se eles fumavam ou haviam fumado maconha alguma vez. Os que usavam regularmente tiveram níveis de insulina 16% mais baixos em jejum e resistência menor à insulina comparados aos que nunca tinham usado. Já os não usuários possuíam maior gordura abdominal e menor nível de colesterol “bom” (HDL) – ambos são fatores de risco para o diabetes tipo 2.

Benefícios similares foram reportados em usuários eventuais, apesar de serem menos importantes, “sugerindo que o impacto do uso da maconha sobre a insulina e a resistência à insulina existe durante períodos de uso recente”.

As novas descobertas confirmam os estudos de 2012 de uma equipe de pesquisadores da UCLA, publicados no British Medical Journal, segundo o qual adultos com histórico de uso de maconha são menos afetados pelo diabetes do tipo 2 e possuem um menor risco de contrair  a doença do que aqueles que nunca fumaram, mesmo após os pesquisadores ajustarem as variáveis sociais (etnia, nível de atividade física etc.).

Conclui o estudo: “(Esta) análise de adultos entre 20-59 anos… mostrou que os participantes que usaram maconha foram menos afetados pela DM (Diabetes Mellitus) e por problemas associados à DM do que não usuários”.

O diabetes é a terceira causa de morte nos EUA após doenças do coração e câncer (no Brasil, o diabetes mata mais do que a Aids e os acidentes de trânsito).

Fumar maconha reduz dramaticamente os sintomas da doença de Crohn

Fumar maconha duas vezes ao dia reduz significativamente os sintomas da doença de Crohn, uma doença crônica inflamatória intestinal que atinge cerca de meio milhão de americanos (atualmente está se investigando o número de portadores no Brasil). É o que diz o primeiro estudo já feito relacionando o uso de cannabis à doença, publicado online este mês na revista científica Clinical Gastroenterology and Hepatology.

Pesquisadores do Departamento de Gastroenterologia e Hepatologia do Meir Medical Center, em Israel, asseguraram a eficácia de fumar cannabis versus placebo em 21 pacientes com a doença de Crohn que não respondiam ao tratamento convencional. Onze participantes fumaram baseados contendo 23% de THC e 0,5% de canabidiol – um canabinóide não-psicotrópico conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias – duas vezes ao dia durante oito semanas. Os outros dez fumaram cigarros contendo placebo.

Os pesquisadores dizem que “os estudos mostraram que o tratamento de 8 semanas com a cannabis contendo THC enriquecido foi associada a um significativo decréscimo de 100 pontos no CDAI (Índice de Atividade da Doença de Crohn)”. Cinco dos 11 pacientes no grupo estudado reportaram remissão da doença (definida como uma redução no escore CDAI do paciente em mais de 150 pontos). Participantes que fumaram maconha reportaram diminuição da dor, aumento do apetite e melhor sono comparado aos demais. “Nenhum efeito colateral significativo” associado ao uso da cannabis foi reportado.

Os resultados clínicos dão razão a décadas de relatos pessoais de pacientes de Crohn sobre usar cannabis para aplacar os sintomas da doença.

Maconha sintética detém infecção por HIV em células brancas

A administração de THC vem sendo associada à queda na mortalidade e à desaceleração da progressão da doença em macacos com o vírus da imunodeficiência símia, uma espécie primata do HIV. 

Canabinóides poderiam ter efeito similar em humanos? As descobertas de um estudo recente indicam que a resposta pode ser “sim” e que a substância parece ter ação no combate à doença.

Na edição de maio do Journal of Leukocyte Biology, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Temple, na Filadélfia, informaram que a administração de canabinóides sintéticos limitam a infecção por HIV em macrófagos (células brancas do sangue que ajudam na imunidade do corpo). 

Pesquisadores asseguraram o impacto de três tipos de maconha sintética disponíveis no mercado (componentes não-orgânicos que agem sobre o cérebro da mesma forma que a planta) em células macrófagas infectadas pelo HIV. 

Depois, os pesquisadores colheram amostras das células periodicamente para medir a atividade da enzima chamada transcriptase, que é essencial para a replicação do HIV. No sétimo dia, a equipe descobriu que os três compostos tiveram sucesso em atenuar a replicação do HIV.

“Os resultados sugerem que o CB2 (receptor canabinóide) poderia ser potencialmente utilizado, em associação com drogas retrovirais existentes, abrindo a porta para a geração de novas terapias para o HIV/Aids”, resumiram os pesquisadores em um comunicado à imprensa da Temple. “Os dados também confirmam a ideia de que o sistema imunológico humano poderia ser fortalecido para combater o HIV”. (Em português meio cifrado aqui.)

Canabinóides oferecem um tratamento eficaz na terapia para o TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático)

O estresse pós-traumático atinge cerca de 8 milhões de norte-americanos anualmente (com tantas guerras, pudera) e tratamentos eficazes para a síndrome são ainda raros ou desconhecidos. Mas uma pesquisa publicada em maio pela revista Molecular Psychiatry indica que os canabinóides possuem potencial para tratar o transtorno com sucesso.

Pesquisadores da New York School of Medicine informaram que pessoas diagnosticadas com TEPT possuem elevadas quantidades de receptores endógenos de canabinóides em regiões do cérebro associadas ao medo e à ansiedade. Além disso, os cientistas disseram que estas pessoas sofrem de uma produção reduzida de anandamida, um canabinóide endógeno neurotransmissor, resultando em um sistema endocanabinóide desequilibrado. (O sistema receptor de canabinóide endógeno é um sistema regulatório presente em organismos vivos com o propósito de promover homeostase ou estabilidade).

Os autores especularam que aumentar a produção de canabinóides no corpo poderia restaurar a química natural do cérebro e seu equilíbrio psicológico. 

Eles afirmam: “Nossas descobertas indicam (…) existir evidências de que canabinóides oriundos de plantas como a maconha podem causar benefícios em indivíduos com TEPT, ajudando a acabar com os pesadelos e outros sintomas.”

Infelizmente, em 2011, o governo norte-americano impediu que os pesquisadores da Universidade do Arizona, em Phoenix, conduzissem um teste clínico para avaliar o uso da cannabis em 50 pacientes com TEPT.

Postado no blog Socialista Morena em 01/06/2013


Nota

Não sou a favor do cigarro de fumo legalizado e tenho um sonho de ver, um dia,  todas as lavouras de fumo sendo substituídas por plantações para alimentar o mundo que passa fome.  

Sou contra o uso normal e natural do cigarro de maconha e de todas as drogas naturais ou sintéticas que viciam, causam dependência e doenças.

Mas sou, totalmente, a favor do uso da maconha como planta medicinal  para fabricação de medicamentos ou na forma de cigarro com seu uso controlado e  prescrição médica, para casos específicos, como já é feito em muitos países.

 Acho que um bom uso do cigarro de maconha seria, por exemplo, nos casos de pacientes terminais conscientes que estão em casa e, para os quais, a Medicina não tem mais nada a oferecer.

Rosa Maria ( Editora deste Blog )



Não são só os políticos que precisam de aulas de ética



Cynara Menezes

Em viagem de férias pelo Nordeste, vi este cartaz em tudo quanto é biboca de beira de estrada em Pernambuco e Alagoas. 

Me senti profundamente indignada, não só porque é o milionésimo anúncio de cerveja que usa a mulher como chamariz para vender álcool. 

Trata-se de uma propaganda imoral pelas seguintes razões:

1. O trocadilho utilizado a título de “humor” vulgariza a primeira vez sexual de alguém, ao associá-la ao consumo de álcool. Transar pela primeira vez é um acontecimento inesquecível, único, e me parece triste e repulsivo que seja utilizado para vender cerveja.

2. Se você não pensar em sexo, só em cerveja, o anúncio continua a ser imoral por escancarar o apelo da indústria de bebidas para que o jovem se inicie no álcool cada vez mais cedo. Só isso já seria o suficiente para proibir o anúncio, mas infelizmente, em nosso país, a publicidade de bebidas é permitida em todas as mídias.

3. Subliminarmente, é um anúncio degradante da condição feminina, porque dá a entender que a atriz está se oferecendo para transar com o consumidor em troca de cerveja.

Mas o que mais me intriga é o fato de uma mulher famosa e influente ter aceitado participar de algo tão abusivo quando, há menos de dois meses, celebridades se juntavam às pessoas nas ruas para pedir ética na política.

Eu pergunto à bela atriz Aline Moraes, que protagoniza o anúncio: querida, você acha mesmo ético ajudar a atrair jovens para a bebida? Você sabia que causa enorme preocupação no Brasil, hoje, o fato de os adolescentes beberem cada vez mais cedo? Não é antiético receber dinheiro para incentivar isso? Ou só políticos precisam ter ética?

A cada hora vejo, na TV, jornais, revistas e na internet, celebridades brasileiras, ao mesmo tempo que se engajam em campanhas contra os políticos, sem vergonha alguma de aceitar dinheiro para propagandear produtos questionáveis como instituições financeiras, construtoras, produtos de limpeza, remédios ou empresas de telefonia. 

É o caso do “bom moço” Luciano Huck, garoto-propaganda de uma infinidade de produtos e pai de três filhos, que não acha antiético anunciar suplementos vitamínicos cuja necessidade a ciência questiona, nem fazer propaganda de uma empresa de celular, a Tim, quando ao que tudo indica é usuário de outra, a Vivo (leia aqui). 

É ético mentir para vender um produto? Ou mentir só é condenável quando se trata de políticos?

O que dizer então da cantora Ivete Sangalo, que aceitou cachê de 650 mil reais do governo do Ceará para se apresentar na inauguração de um hospital que na verdade ainda se encontra em obras

Aliás, convenhamos que fazer show em inauguração de hospital, em si, já é uma aberração. 

“Mas a culpa é de quem a contratou.” Desculpa, não só. Se você é uma artista multimilionária que gosta de apontar o dedo para os malfeitos dos políticos, poderia muito bem passar uma peneira nos eventos para os quais é contratada. 

Ou será que, como os políticos que critica, está interessada mesmo é na grana?

Quando se trata de ética, não dá para ter dois pesos e duas medidas. A ética é uma só, na política e fora dela. 

Só vou deixar de fazer muxoxo para o engajamento de artistas em protestos contra a classe política no dia em que eu vir algum deles encampando, por exemplo, a defesa do projeto de lei que circula na Câmara dos Deputados restringindo a propaganda de bebidas no país.

A mesma que rende ao mercado publicitário mais de um bilhão de reais por ano, parte deles embolsado pelas celebridades que protagonizam as campanhas.

Ou quando vir famosos dizendo que se recusam a participar do anúncio de alguns produtos.

Até lá, para mim, eles serão tão demagogos quanto os políticos que acusam.

Em tempo: não adianta acionar o Conar contra a publicidade imoral da Devassa. O órgão “auto-regulatório” já absolveu a campanha, denunciada por consumidores pela “associação da cerveja à iniciação sexual” e por estimular jovens a “assumir um comportamento de risco”.


Postado no Blog do Saraiva e no blog Socialista Morena em 08/08/2013


Café é um alimento funcional e nutracêutico que melhora a satisfação, o humor e o aprendizado


café


O café é um alimento funcional e nutracêutico. Essa máxima já é aceita pela comunidade médico-científica por estar relacionado à prevenção de doenças físicas, mentais e degenerativas e à manutenção da saúde.

Pesquisas comprovam que o café vai muito além da cafeína, contendo também diversos nutrientes: minerais – como cálcio, potássio, zinco, ferro, magnésio -, aminoácidos, proteínas, lipídeos e ainda elementos antioxidantes, entre eles os ácidos clorogênicos.

O médico neurologista Jorge Moll Neto, presidente do Instituto D’Or Pesquisa e Ensino, desenvolve pesquisa desde 2009 sobre os efeitos do café no cérebro. A etapa inicial da pesquisa, intitulada “Correlatos neurais da experiência olfativa e gustativa do café”, contou com a participação de 30 voluntários e tem o apoio do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. 

O objetivo é entender os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Moll constatou que o aroma do café tem um efeito poderoso sobre as regiões do cérebro que regulam a sensação de prazer, atenção e motivação.

Segundo o neurologista, o que motivou a pesquisa foi compreender os mecanismos que levam as pessoas a tomar e apreciar o café, a bebida mais consumida no mundo depois da água, sendo o Brasil o segundo maior consumidor depois dos EUA. 

“O café é riquíssimo em compostos químicos, muitos com efeitos biológicos ainda desconhecidos. Muitas dos benefícios atribuídos ao café – por exemplo, o efeito de estímulo intelectual e social – ainda não são compreendidos, e é por esse motivo que a Neurociência e a Medicina precisam estudá-lo”, afirma.

Pesquisa – De acordo com Moll, os voluntários são submetidos a um “exame” de ressonância magnética. À máquina que realiza o exame, está acoplado um aparelho especialmente desenvolvido para apresentar os aromas: o olfatômetro, o qual através da abertura e fechamento de válvulas permite que diversos aromas de café sejam apresentados ao voluntário.

“Por meio de vários finos tubos que chegam próximos ao nariz dos voluntários, apresentamos diversos aromas de café de forma precisamente controlada. Verificamos que o aroma do café age em vários circuitos cerebrais.

A primeira região que detectamos foi a da percepção olfativa ‘genérica’, chamada córtex olfativo, onde o cheiro é percebido”, explica. Moll salienta que qualquer tipo de cheiro ativa essa região. “O que chama atenção, no caso do café, é a potência com que o aroma da bebida evoca ativação em outras regiões do cérebro, envolvidas na experiência de recompensa ou prazer, assim como em mecanismos da atenção seletiva”.

O neurocientista compara o café, por exemplo, com o vinho ou com os perfumes. Segundo ele, o café é mais rico no perfil de aromas do que qualquer uma dessas substâncias. “O café tem mais de 200 componentes que são liberados no ar (“voláteis”) e muitos desses podem ser percebidos pelo olfato”, completa.

Futuro – A pesquisa pretende ainda descobrir se existem compostos químicos no café com efeitos mais seletivos, ou seja, se certos compostos estão associados a experiências subjetivas mais específicas e a regiões diferentes do cérebro. “O objetivo agora é a construção de um novo olfatômetro, permitindo apresentação de maior número de amostras com maior intensidade e precisão temporal. Certos cafés com diferentes concentrações de substâncias podem ter efeitos diferentes em relação à atividade cerebral”, assegura Moll.

Doenças físicas – De acordo com estudos norte-americanos, o consumo de café pode diminuir as chances de acidentes cardiovasculares (infartos) e cerebrais (“derrame” ou AVC), de diabetes e hipertensão, além de diminuir incidência da osteoporose e de crises de asma, nesse caso devido ao efeito brancodilatador da cafeína. A bebida melhora ainda a capacidade de atenção, memória e aprendizado.

“É claro que cada indivíduo é único e reage de uma forma. Os horários mais recomendados para se tomar café são no café da manhã, depois do almoço e à tarde. Algumas pessoas não devem consumir café ao fim da tarde ou à noite, pois poderão ter insônia devido à cafeína. Em média, o consumo recomendado, de acordo com estudos epidemiológicos sobre os benefícios do café, é de três a seis xícaras ao dia”, esclarece.

Doenças mentais e degenerativas – O café também é conhecido por seus potentes antagonistas opióides, os quinídeos, formados na torra do café a partir dos ácidos clorogênicos. São pouco conhecidos outros efeitos no organismo humano dos quinídeos, que também possuem uma ação inibidora da recaptação da adenosina, atuando como citoprotetor (ou seja, protegendo a célula de efeitos oxidantes).

Por isso, os ácidos clorogênicos e os quinídeos formados na torra adequada do café podem até ser mais importantes que a cafeína na bebida e de grande ajuda na prevenção e controle de distúrbios como a depressão, o alcoolismo e o uso de drogas. 

Estudos também comprovaram que o consumo de café pode prevenir doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, potencialmente devido ao seu efeito antioxidante. 

Texto de Flávia Bessa e Gabriela Coelho , da Embrapa.

Postado no site Câmara Cultura em 03/05/2013


Risco à saúde: alisador "brasileiro" causa polêmica mundial





Fiz um pacto com a felicidade !




Você sabe como se aprende a amar ? É demasiadamente simples: apenas amando!
 Por isso estou aqui em conluio com a felicidade, mais uma vez! 

De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi :
Eu hoje vou ser Feliz !
Vou lembrar de agradecer ao sol pelo seu calor e luminosidade, sentirei que estou vivendo, respirando.


Posso desfrutar de todos os recursos da natureza
gratuitamente. Não preciso comprar o canto dos
pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar.


Lembrarei de sentir a beleza das árvores,
das flores. Vou sorrir mais,
sempre que puder. Vou cultivar mais amizades
e neutralizar as inimizades.


Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros.
Vou aprimorar os meus.
Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades !


Reservarei minutos de silêncio,
para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças.


Vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais, vou viver todos os minutos proveitosamente.


Não vou sofrer por antecipação
prevendo futuros incertos,
nem com atraso, lembrando de coisas
sobre as quais não tenho mais ação.


Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter, mas em como posso ser feliz com o que possuo.
E o maior bem que possuo é a própria vida.


Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção,
vou dedicá-las a alguém. Vou fazer alguma coisa
para alguém,sem esperar nada em troca,
apenas pelo prazer de ver alguém sorrir…


Vou lembrar que existe alguém que me quer bem, vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram para que saibam que serão sempre uma doce lembrança, até que venhamos a nos encontrar outra vez.


Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,
especialmente quando sentir que a tristeza e o
desânimo querem se aproximar.


E quando a noite chegar,
vou olhar o céu, para as estrelas e para o luar
e agradecer a Deus,
porque hoje eu fui feliz !


Dê as mãos para a Felicidade você também! 
Tenha uma semana maravilhosa!



Texto recebido por e-mail com adaptações.
Imagens do Google imagens

Por Adriana Helena


Postado no blog Vivendo a Vida Bem Feliz em 05/08/2013


O que querem as mulheres? Pistas de um pletismógrafo



Binha Vidal

Daniel Bergner em seu livro ‘What do women want? – Adventures in the science of female desire‘ relata várias pesquisas sobre a libido feminina. Achei muito interessante a abordagem do autor, que não se limitou a ler e escrever sobre artigos científicos como costumam fazer escritores de livros de divulgação científica para o público em geral.

Neste livro, ele relata conversas que teve com pesquisadores em visitas aos seus laboratórios e demonstra uma relação de amizade e afinidade com eles. Uma destas cientistas é Meredith Chivers, com quem o autor tem uma relação muito próxima. Além das conversas informais, Bergner utiliza seis artigos científicos da pesquisadora, de 2004 a 2012. Achei seus estudos reveladores e são eles que serão abordados neste texto.

Capa do livro ‘What women want? Adventures in the science of female desire’ de Daniel Bergner. Sem previsão de lançamento no Brasil.

Paralelamente às visitas aos laboratórios, Bergner entrevistou muitas mulheres. Seus relatos sinceros sobre sexualidade permeiam todo o livro. Cabe ressaltar que tanto o autor quanto a pesquisadora usaram as categorias “mulher” e “homem” como universais, não fazendo recortes específicos relativos à cisgeneridade/transgeneridade ou raça, por exemplo, apenas usando o recorte de orientação sexual. Também é interessante apontar o fato de que as pesquisas foram realizadas em cidades dos Estados Unidos e Canadá, o que não deixa de ser um recorte econômico e cultural.

Pletismógrafo. Esse é o nome — bem esquisito por sinal — de um instrumento que serve para medir alterações no volume de um órgão (ou até mesmo do corpo inteiro) resultantes de flutuações na quantidade de sangue (ou ar) que este contém.

Existe um tipo específico para medir o afluxo de sangue para o órgão sexual feminino: é o fotopletismógrafo vaginal. Nada mais é que um tubo acrílico, das dimensões de um absorvente interno, que emite luz e capta — por meio de um sensor conectado a um computador — a luz que foi refletida pela parede vaginal. A medida do fluxo sanguíneo é uma medida indireta da excitação sexual, pois é o aporte de sangue que causa a transudação, ou seja, a saída de líquido através das paredes do canal vaginal. A ideia é: quanto mais sangue, maior a lubrificação.

O objetivo de Chivers era buscar o que há de mais primitivo no desejo feminino, sempre tentando ver para além da cultura, das convenções sociais, das listas de pecados, de tudo que é aprendido. Ela queria desvendar um leque fundamental de “verdades” sexuais inerentes, aquilo que “está no coração da sexualidade feminina”. Considero o objetivo da pesquisadora bem ousado. Não é possível livrar-se de tudo o que nos cerca, dessa cultura em que nascemos e por meio da qual nos tornamos quem somos e chegar a uma “verdade” sobre a libido feminina. Porém, Chivers sabia das limitações e dificuldades de seu estudo. No entanto, havia uma luz no fim do túnel – quase literalmente.

Com a luz emitida pelo pletismógrafo seria possível observar diretamente o que excita as mulheres, o que faz com que o fluxo de sangue aumente na vagina, o que faz com que fique “molhada”. O pletismógrafo eliminaria a interferência das regiões repressoras do cérebro, descobriria o que excita as mulheres em um nível primitivo. Apesar das limitações a que toda pesquisa científica está sujeita, os resultados obtidos foram, a meu ver, extremamente interessantes.

Cada mulher que participou do estudo assistiu a uma sequência de vídeos pornográficos usando o pletismógrafo: um homem e uma mulher transando no mato, um homem nu andando na praia com o pênis sem ereção, duas mulheres transando em uma banheira, dois homens fazendo sexo oral, dois homens fazendo sexo anal, uma mulher se masturbando, um homem se masturbando, uma mulher nua se exercitando, um homem fazendo sexo oral em uma mulher, duas mulheres transando usando uma cinta com prótese peniana e, finalmente um vídeo de sexo entre dois bonobos, uma espécie de primata. Após cada clipe pornô de noventa segundos eram mostrados vídeos neutros, de paisagens, até que a leitura do pletismógrafo retornasse a níveis basais.