Pálido de espanto




José Inácio Werneck

Há algum tempo conversei com um amigo, que me disse ser ateu. Não acredita em Deus e ponto final.

- E você? Você acredita em Deus? - perguntou-me, com um ar de quem suspeitava que eu fosse um papa-missas.

Quisera eu que minha resposta pudesse ser simples. Não creio no Deus que conhecemos apenas de ler a Bíblia, no Deus que disse “faça-se a luz”, que criou Adão e de sua costela tirou Eva.

Surpreendo-me mesmo que, nos dias atuais, possa haver fundamentalistas, de qualquer religião, que confiam cegamente no que foi escrito ou transmitido por tradição oral, por homens que um dia supuseram que ouviram ou viram um Deus que lhes falava de dentro de uma moita em chamas ou lhes entregava mandamentos no topo de uma montanha.

Tais convicções infelizmente tem trazido imensa miséria à humanidade, dividida por ódios inconciliáveis em nome de um Deus que supostamente seria a fonte de toda a bondade e sabedoria.

Mas acho simples demais acreditar que existe apenas o mundo natural, aquele que vemos diante de nossos olhos. Pois afinal - e aqui parafraseio uma passagem do apóstolo Paulo na Epístola aos Coríntios - vemos indistintamente, diante de uma vasteza que nossa visão não alcança.

O que vemos do Universo é apenas uma ínfima parcela. Mas dia a dia aprendemos mais coisas, descortinamos mais coisas. Um dia talvez cheguemos à compreensão total.

O homem percebe o Universo através de quatro dimensões - a altura, a largura, a profundidade e o tempo - mas as teorias científicas nos falam de outras dimensões que não distinguimos, embora existam.

Sabemos que o Universo surgiu há 13,75 bilhões de anos, a partir de um ponto inacreditavelmente pequeno que os astrônomos chamam uma “singularidade”, mas não sabemos o que havia no momento do Big Bang, nem o que havia antes do Big Bang.

A imensidão que nos rodeia está repleta de fascinantes fenômenos, de buracos negros, pontos dos quais nem a luz pode escapar, que conteriam “buracos de traça”, passagens que nos transportariam a pontos diferentes dentro de nosso Universo ou de um universo a outro. Um universo ou universos que poderiam existir paralelamente ao nosso, embora não os vejamos.

Os “buracos de traça” ligam dois pontos no “tempo-espaço”, o que significa que em princípio podem permitir tanto a viagem através do espaço quanto através do tempo.

Uma das teses mais exóticas, deduzível da Teoria da Relatividade, de Einstein, é que nosso Universo seria o interior de um buraco negro existente dentro de um outro Universo.

Além do que vemos e percebemos, há um amplo terreno para a imaginação.

Talvez ninguém tenha dito melhor do que Shakespeare, no século XVII: “Há mais coisas no Céu e na Terra, Horácio, do que sonha a vossa filosofia”.

Só em nosso galáxia, a Via Láctea, haveria pelo menos 17 bilhões de planetas parecidos com a Terra. Estamos falando em uma Galáxia dentro das infindáveis galáxias que existem, dentro de um Universo cujos limites não conhecemos e que pode estar no meio de muitos outros.

É candura extrema acreditar nos textos religiosos ao pé da letra, mas é muita falta de curiosidade afirmar que existe apenas a matéria que vemos e sentimos diante de nós.

Não sou papa-missas, mas, como o poeta que ouvia estrelas, sou pálido de espanto.



Sobre o autor deste artigoJosé Inácio Werneck - BristolÉ jornalista e escritor com passagem em órgãos de comunicação no Brasil, Inglaterra e Estados Unidos. Publicou "Com Esperança no Coração: Os imigrantes brasileiros nos Estados Unidos", estudo sociológico, e "Sabor de Mar", novela. É intérprete judicial do Estado de Connecticut. Trabalha na ESPN e na Gazeta Esportiva.





Postado no blog Direto da Redação em 10/01/2013


Inteligência animal !




Short verão 2013






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Fotos divertidas




Ser mãe é padecer no paraíso... Assim vocês acabam comigo...





Qual é Floquinho? Porque só você está de pé? Afinal temos que priorizar o conforto na hora do lanche!



Você tem toda razão: o canarinho da vizinha é uma tentação!






Agora podemos atravessar: Não vejo carro algum!





Calma aí galera... tem pra todo mundo!



Arranja um prá você porque este já é meu!




“Hasta la vista, Baby” 



Postado no blog Vivendo a Vida Bem Feliz




Moon River - Lua no Rio


Andy Williams


Helmut Lotti


Cena do Filme Bonequinha de Luxo - Musica Moon River 



Letra em inglês


Moon River (Lua no Rio) - Katie Melua - Traduzido

Venezuela rechaça patifaria de Jabor




Por Altamiro Borges

No Jornal da Globo de ontem à noite, o "calunista" Arnaldo Jabor voltou a destilar seu ódio teatral contra o governo da Venezuela. 

Acusou Hugo Chávez de ser um "Mussolini tropical" e disse que com a sua morte se instalará de vez uma "ditadura radical" no país vizinho. 

De forma irresponsável e criminosa, ele garantiu que "a milícia bolivariana tem 50 mil soldados prontos para a guerra" e outros "60 mil expedicionários cubanos armados" para derrotar a oposição. 

Num total desrespeito ao povo venezuelano e à democracia, disse ainda que Chávez se sustenta graças à "ignorância popular" e à "distribuição de porções de esmola".

Num linguagem típica dos serviçais da CIA, o "calunista" da famiglia Marinho não poupou os governos da América Latina que manifestaram sua solidariedade ao presidente Hugo Chávez e defenderam a estabilidade democrática na Venezuela. 

Sobre o Brasil, Jabor novamente atacou o assessor Marco Aurélio Garcia, que "recebe ordens de Cuba".

As mentiras difundidas numa concessão pública da televisão mereceriam uma rápida resposta do poder concedente. Mas, no Brasil, Jabor e outros tralhas esbravejam suas patifarias sem qualquer responsabilidade. 

A única manifestação contra as bravatas de Jabor coube à corajosa embaixada da Venezuela no Brasil. Reproduzo a íntegra da sua nota divulgada hoje: 


***** 

Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.

Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. 

Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. 

Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento.

Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação.

É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.

Postado no Blog do Miro em 11/01/2013


Arte urbana criativa por Eduardo Relero





O artista espanhol Eduardo Relero cria artes realmente incríveis nas paredes, todas as ruas que passa ele deixa com mais vida e mais criatividade. Suas artes urbanas são o que chamamos de Street Art 3D, aquela com perspectiva que a partir de um ponto de visão faz a arte ficar muito realista.

Confira: 

Arte 3D de rua por Eduardo Relero (1)


Arte 3D de rua por Eduardo Relero (3)

Arte 3D de rua por Eduardo Relero (5)

Arte 3D de rua por Eduardo Relero (6)

Arte 3D de rua por Eduardo Relero (13)









eduardo-relero (7)