"As transformações no trabalho doméstico no Brasil"



 The Economist analisa as transformações no trabalho doméstico no Brasil




Em uma edição mais rechonchuda e com cara de especial, às vésperas do Natal, a revista britânica The Economist traz uma comparação entre Brasil e Inglaterra. O detalhe que inquieta o leitor é que é o Brasil do começo do século XXI com a Inglaterra de quando o século XX despontava. O tema é o trabalho doméstico e as relações de classe social.


A perspectiva é interessante, na medida em que a matéria sustenta que o Brasil está, de certa forma, libertando suas domésticas (a grande maioria são mulheres) em uma transformação social em que o pobre não mais se submete ao rico em tudo, porque não precisa mais. Segundo a revista, no início do século passado, os ricos começaram a sentir com desconforto as transformações que ocorriam nas bases da ordem social no Reino Unido.


O Brasil, por outro lado, começa a ver uma transformação no trabalho doméstico no início dos anos 2000, quando, de acordo com a The Economist, se assemelhava à Inglaterra dos anos 1880: desigual, sem oferecer educação para as massas e com longa tradição de trabalho doméstico. Os antes imigrantes nordestinos em São Paulo passam a voltar para seus estados, que experimentam um grande crescimento econômico. As empregadas domésticas exigem mais de suas patroas (e ainda impera a perspectiva de que quem cuida das coisas da casa é a mulher) e pedem demissão com muito mais facilidade. Elas têm vida social (não vivem mais apenas para o trabalho e nem moram na casa da patroa) e, nela, frequentemente mentem a respeito de sua atividade, devido ao precoceito que sofrem.


Reino Unido tem tantos empregados domésticos quanto na era vitoriana


Mas se o Reino Unido teve sua grande transformação um século antes do Brasil, ele não continuou evoluindo durante todos os 100 anos que a seguiram e continua um dos países mais desiguais entre os considerados desenvolvidos. Embora muito tenha mudado desde a Inglaterra vitoriana, do fim do século XIX, ainda é um país de classes sociais bastante definidas, com uma elite (aristocracia) dominante, oposta a um grande número de trabalhadores (muitos desempregados) pobres. A diferença entre classes grita quando a revista mostra o exemplo da escola de mordomos, para a qual muitos aristocratas mandam seus funcionários. Em 2011.


A média mais baixa de gasto com trabalho doméstico foi registrado em 1978, mas quadruplicou desde então. De uma forma diferente, mas ainda refletindo a grande desigualdade entre as classes, ainda que muitos tenham alguma qualificação (como para ser babá) e ganhem relativamente mais. Hoje os ricos pagam para que seus cães sejam levados para passear ou para limpar o forno. O resultado é que estimativas do órgão responsável pelos dados estatísticas no país estima que hoje haja o mesmo número de trabalhadores domésticos que na Inglaterra vitoriana.


No Reino Unido não existe a menor possibilidade de um trabalhador chegar ao poder. Ele nem sequer teria a chance de concorrer, porque só participar de um partido político já é uma atividade extremamente elitizada, o que traz como consequência um Parlamento majoritariamente composto por membros da classe A (não que o brasileiro não o seja, mas na terra da rainha a coisa é ainda pior).


Isso um século depois de as bases da ordem social inglesa terem sido alteradas, como diz a revista. Meu primeiro pensamento foi de que isso poderia ser um sinal de que temos que ter cuidado com o que está sendo feito no Brasil, um medo do que pode acontecer, não daqui a 100 anos, mas talvez nas próximas décadas, já que as transformações tendem a ter consequências cada vez mais imediatas.


Mas aí parei um pouco para pensar e comecei a questionar a publicação. Muito da análise tem sentido. De fato, o Brasil está sentindo uma mudança gigante em sua estrutura social, milhões de pessoas estão subindo de classe e passando a consumir, as perspectivas de trabalho estão também se transformando e, com isso, as relações sociais. Mas o contexto é diferente, e a forma como a mudança está sendo possibilitada, também.


Enquanto no Reino Unido, 100 anos depois de as mudanças no trabalho doméstico começarem a ser sentidas, ainda é impossível um trabalhador chegar a ser primeiro-ministro, no Brasil, elas aconteceram justamente porque já tivemos um trabalhador como presidente.


Na Inglaterra do início do século XX, a razão principal da mudança era muito mais a emancipação da mulher, que via abrirem-se as portas para um novo mercado de trabalho, do que por uma ascensão social, como é o caso do Brasil de 2011 (embora a situação prove que ainda existe um grande preconceito de gênero nas relações de trabalho no Brasil em prejuízo das mulheres).


O que deve mudar daqui para a frente


O futuro do Brasil, de acordo com a The Economist, são mudanças nos hábitos do dia-a-dia. Mais comidas congeladas nas mesas das famílias (uma boa cozinheira pode custar 4 mil reais por mês), escolas particulares quase todas de turno integral, roupas que não precisam ser passadas começam a ser mais procuradas, baby-sitters para uma ou outra noite mais especial ocupam o lugar de babás permanentes, homens vão assumir mais tarefas domésticas. Muitas mansões paulistas não têm certas comodidades domésticas, como máquina de lavar louça ou água quente na cozinha, porque têm empregados de tempo integral, o que deve mudar.


O que a revista não diz é que mudanças todos vão sentir, mas de formas diferentes. Em vez de começar a cozinhar e passar roupa, a madame compra a comida pronta e a roupa que não amassa, porque ela não se submete ao trabalho doméstico, que ainda é considerado inferior e continua gerando preconceito contra quem o faz. A classe média alta vai comer mais comida pronta e gastar o dinheiro jantando fora de vez em quando, com seus filhos estudando em escolas particulares que oferecem todo o amparo que precisam. Mas a classe média baixa continua dependendo da escola pública e contando as moedas. O cenário é bem diferente de quando essa mesma pessoa não tinha sequer moedas para contar e seus filhos trabalhavam em vez de estudar, mas o Brasil só vai ser igual de verdade quando todos puderem jantar em bons restaurantes e a educação for pública e de qualidade para os filhos de todas as famílias.


Por Cristina P. Rodrigues

Postado no Blog Somos Andando em 19/12/2011

Por um Natal sem neve na TV


Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:


A televisão no Brasil não dita apenas hábitos, costumes e valores, mas também o ritmo de vida da maioria da população. Nos dias úteis com seus horários para “donas de casa”, crianças e adultos e nos fins de semana com uma programação diferenciada, supostamente mais adaptada ao lazer. A TV organiza também as comemorações das efemérides ao longo do ano, das quais o ponto alto é o Natal. Com muita antecedência saltam da tela canções da época e muita propaganda, criando clima para o “espírito natalino”.

As crianças são o alvo principal. Se já são bombardeadas com apelos de compra o ano todo, no Natal a pressão cresce. Apresentadoras joviais e alegres conquistam a confiança dos pequenos telespectadores com seus dotes artísticos para, em seguida, atraí-los para as compras, no mais das vezes, desnecessárias. Da classe média para cima é comum ver crianças com brinquedos pouco ou nada usados, comprados apenas como resposta aos apelos publicitários.

Mas a TV não está só na casa de quem pode comprar. Hoje ela é um bem universalizado no Brasil, advindo daí a sensação de exclusão sofrida por crianças cujas famílias estão impossibilitadas de satisfazer seus desejos. Esse desconforto resulta da crença de que o consumo é um valor em si, substituto da cidadania. Só é cidadão quem consome. 

“O que singulariza a grande corporação da mídia é que ela realiza limpidamente a metamorfose da mercadoria em ideologia, do mercado em democracia, do consumismo em cidadania”, diz o professor Octávio Ianni em “Príncipe eletrônico”, artigo que se tornou referência para a discussão do papel político da comunicação nas sociedade modernas.

No Natal, a metamorfose atinge seu auge e segue até a virada do ano. As mercadorias ganham vida na TV e estão à disposição para satisfazer todos os desejos, o mercado oferece democraticamente a todos os mesmos produtos e, ao consumi-los, exerceríamos nossos direitos de cidadãos. São falácias muito bem embaladas em luz, cores e sons sedutores. As regras do jogo são essas. Quem mantém as TVs comerciais são os anunciantes. Apesar disso, as emissoras poderiam ter um pouco mais de criatividade. Não há Natal na TV brasileira sem a milésima reprise do filme Esqueceram de Mim, com neve em quase todas as cenas, ou sem o indefectível “especial”, sempre com o mesmo cantor.

Nem o jornalismo escapa, com colagens em forma de clipes usadas à exaustão mais para reviver sustos já sofridos pelo telespectador do que para informar. Em determinado ano, que pode ser qualquer um, o apresentador famoso abria a resenha na principal rede de TV exclamando: “Um ano de arrepiar em todo o planeta. Incêndios, terremotos, furacões”. E dá-lhe imagens espetaculares, que de notícia pouco têm.

Podia ser diferente? Claro que sim. Poderíamos ter na TV um Natal mais brasileiro e um final de ano criativo (com a publicidade mais controlada). Realizadores não faltam, o que falta são oportunidades para mostrar seus trabalhos. Mais de 200 deles apresentaram pilotos de programas no Festival Internacional de Televisão, realizado em novembro no Rio. Não haveria ali gente capaz de tirar a televisão da rotina desta época?

Criatividade também não falta na produção audiovisual brasileira. Precisamos é de ousadia para mostrá-la ao público oferecendo bens culturais capazes de enriquecê-lo espiritualmente. Ou como dizia um diretor da BBC, a melhor TV do mundo: “Temos a obrigação de despertar o público para ideias e gostos culturais menos familiares, ampliando mentes e horizontes, e talvez desafiando suposições existentes acerca da vida, da moralidade e da sociedade. A televisão pode, também, elevar a qualidade de vida do telespectador, em vez de meramente puxá-lo para o rotineiro”.

Belo desafio, não? Feliz Natal.



Postado por Miro no Blog do Miro em 20/12/2011 









O mundo tem salvação. É só deixar com as mulheres


Muitas vezes é melhor ler as fotos do que o texto.
Penso, por exemplo, na foto divulgada pela AFP do encerramento da Conferência do Clima da ONU (COP-17), em Durban, África do Sul.
Três mulheres, provavelmente do primeiro escalão da Conferência, aplaudem a presidente, Maite Nkoana-Mashabane, ministra do Exterior da África do Sul. Parecem satisfeitas com o desfecho. A presidente responde com expressão discreta de dever cumprido.

mulheres O mundo tem salvação. É só deixar com as mulheres

Fadada ao fracasso, a COP-17 prorrogou o protocolo de Kyoto, viabilizou o Fundo Verde Climático e abriu caminho para um grande acordo global, agora com o surpreendente apoio dos Estados Unidos e da China.
Rabugentamente antiecológicos, os dois gigantes da poluição aceitaram finalmente a ideia de cortar as emissões de gás carbônico na atmosfera.
Eu gosto da foto da AFP não só pelo triunfo de hoje mas pelo simbolismo que ela carrega para o futuro.
Se a gente deixar as grandes questões mundiais com as mulheres é bem provável que a civilização avance. Porque, com os homens, o que a gente vê são agressividade, arrogância e incompetência.
Que novas Maite Nkoana-Mashabane apareçam, pelo bem da humanidade.

Obs.:   Postado no Blog de Nirlando Beirão no R7.com em 13/12/2011


Pedaços de Mim      ( Martha Medeiros )


Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Os banqueiros são os ditadores do Ocidente



Robert Fisk: jornalismo compactua com elite financeira—por quê? Primavera árabe, Occupy e indignados se assemelham pela luta contra as ditaduras
Por Robert FiskThe Independent | Tradução: Vila Vudu
Escrevendo da região que produz a maior quantidade de clichês por palmo quadrado em todo o mundo – o Oriente Médio –, talvez eu devesse fazer uma pausa e respirar fundo antes de dizer que jamais li tal quantidade de lixo, de tão completo e absoluto lixo, como o que tenho lido ultimamente, sobre a crise financeira mundial.
Mas… que seja! Nada de meias palavras. A impressão que tenho é que a cobertura jornalística do colapso do capitalismo bateu novo recorde (negativo), tão baixo, tão baixo, que nem o Oriente Médio algum dia superará a acanalhada subserviência que se viu, em todos os jornais, às instituições e aos ‘especialistas’ de Harvard, os mesmos que ajudaram a consumar todo o crime e a calamidade.
Comecemos pela Primavera Árabe – expressão publicitária, grotesca, distorcida, que nada diz sobre o grande despertar árabe/muçulmano que está sacudindo o Oriente Médio – e os escandalosos, obscenos paralelos com os protestos sociais que acontecem nas capitais ocidentais. Fomos inundados por matérias sobre os pobres e oprimidos do Ocidente que “colheram uma folha” do livro da “Primavera Árabe”; sobre manifestantes, nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Espanha e Grécia que foram “inspirados” pelas manifestações gigantes que derrubaram regimes no Egito, Tunísia e – só em parte – na Líbia. Tudo isso é loucura.Nonsense.
A verdadeira comparação, desnecessário dizer, ficou esquecida pelos jornalistas ocidentais, todos ocupadíssimos em não falar de rebeliões populares contra ditaduras, tanto quanto ocupadíssimos em ignorar todos os protestos contra os governos ocidentais “democráticos”, desesperados para separar as coisas, dedicados a sugerir que o Ocidente estaria apenas colhendo um último alento dos estertores das revoltas no mundo árabe. A verdade é outra.
O que levou os árabes, às dezenas de milhares e depois aos milhões, às ruas das capitais do Oriente Médio foi uma demanda por dignidade: a recusa em aceitar os ditadores e famílias e claques de ditadores que, de fato, viviam como se fossem donos de seus respectivos países. Os Mubaraks e os Ben Alis e os reis e emires do Golfo (e da Jordânia), todos acreditavam que tinham direitos de propriedade sobre tudo e todos. O Egito pertencia à Mubarak Inc.; a Tunísia, a Tunisia à Ben Ali Inc. (e à família Traboulsi) etc. Os mártires árabes, das lutas contra as ditaduras, morreram para provar que seus países pertencem a eles, ao povo.
E aí está a real semelhança que aproxima as revoluções árabes e ocidentais. Os movimentos de protesto que se veem nas capitais ocidentais são movimento contra o Big Business – causa perfeitamente justificada – e contra “governos”.
O que os manifestantes ocidentais afinal entenderam, embora talvez um pouco tarde demais, é que, por décadas, viveram o engano de uma democracia fraudulenta: votavam, como tinham de fazer, em partidos políticos. Mas os partidos, imediatamente depois, entregavam o mandato democrático que recebiam do povo, do poder do povo, aos banqueiros e aos corretores de ‘derivativos’ e às agências ‘de risco’ – todos esses apoiados na fraude que são os ‘especialistas’ saídos das principais universidades e think-tanks dos EUA, que mantêm viva a ficção de que viveríamos uma ‘crise de globalização’, e não o que realmente vivemos: uma falcatrua, uma fraude massiva, um assalto, um golpe contra os eleitores.
Os bancos e as agências de risco tornaram-se os ditadores do Ocidente. Exatamente como os Mubaraks e Ben Alis, os bancos acreditaram – e disso continuam convencidos – que seriam proprietários de seus países.
As eleições no Ocidente – que deram poder aos bancos e às agências de risco, mediante a colusão de governos eleitos – tornaram-se tão falsas quanto as urnas que os árabes, ano após ano, eram obrigados a visitar, décadas a fio, para ‘eleger’ os proprietários deles mesmos, de sua riqueza, de seu futuro.
Goldman Sachs e o Real Banco da Escócia converteram-se nos Mubaraks e Ben Alis dos EUA e da Grã-Bretanha, cada um e todos esses dedicados a afanar a riqueza dos cidadãos, garantindo ‘bônus’ e ‘prêmios’ aos seus próprios gerentes pervertidos. Isso se fez no Ocidente, em escala infinitamente mais escandalosa do que os ditadores árabes algum dia sonharam que fosse exequível.
Não precisei – embora tenha ajudado – de Inside Job, de Charles Ferguson, essa semana, na BBC2, para aprender que as agências de risco e os bancos nos EUA são intercambiáveis: o pessoal que lá trabalha muda-se sem sobressalto, dos bancos para as agências, das agências para os bancos… e todos, imediatamente, para dentro do governo dos EUA. Os rapazes ‘do risco’ (a maioria, rapazes, claro) que atribuíram grau AAA aos empréstimos e derivativos podres nos EUA estão hoje – graças ao poder vicioso que exercem sobre os mercados – matando de fome e medo os povos da Europa, ameaçando-os de ‘rebaixar’ os créditos europeus, depois de se terem associados a outros criminosos do lado de cá do Atlântico, associação que já se construía desde antes do crash financeiro nos EUA.
Acredito que dizer menos ajuda a vencer discussões, mas, perdoem-me: Quem são esses seres, cujas agências de risco metem mais medo nos franceses hoje que Rommel [1] em 1940?
Por que os meus colegas jornalistas em Wall Street nada me dizem? Como é possível que a BBC e a CNN e – ah, santo deus, também a Al Jazeera – tratem essas comunidades criminosas como inquestionáveis instituições de poder? Por que nada investigam – Inside Job já abriu o caminho! – desses escandalosos corretores duplos?
Fazem-me lembrar o modo igualmente acanalhado como tantos jornalistas norte-americanos cobrem o Oriente Médio, delirantemente evitando qualquer crítica direta a Israel, imbecilizados por um exército de lobistas pró-Likud, dedicados a explicar aos leitores e telespectadores por que devem confiar no “processo de paz” norte-americano para o conflito Israelo-Palestino, porque os ‘mocinhos’ são os ‘moderados’ e todos os demais são os ‘bandidos terroristas’.
Os árabes, pelo menos, já desmascararam todo esse nonsense. Mas quando os manifestantes contra Wall Street fazem o mesmo, imediatamente passam a ser “anarquistas”, os “terroristas” sociais das ruas dos EUA que se atrevem a exigir que os Bernankes e Geithners sejam julgados pelo mesmo tipo de tribunal que julga Hosni Mubarak. Nós, no Ocidente, com nossos governos eleitos, criamos nossos ditadores. Mas, diferente dos árabes, ainda mantemos intocáveis os nossos ditadores – intocáveis.
O chefe da República da Irlanda (em gaélico irlandês Taoiseach), Enda Kenny, solenemente informou ao povo essa semana que seu governo não é responsável pela crise em que se debatem todos os irlandeses. Todos já sabiam, é claro. O que ele não contou ao povo é quem, então, seria o responsável. Já não seria mais que hora de ele e seus colegas primeiros-ministros da União Europeia contar o que sabem? E quanto aos nossos jornalistas e repórteres?
Notas
[1] Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de Novembro de 1891 – Herrlingen, 14 de Outubro de 1944), conhecido popularmente como A Raposa do Deserto, foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Foi um dos maioresresponsáveis pela conquista da França pelo exército nazista em 1940.

Obs.:   Postado no Blog Sul21 em 16/12/2011

Torta Fria de Salpicão




Ingredientes

1 peito de frango 
! cenoura 
1/2 pimentão verde
2 tomates sem pele
2 cebolas 
1 pacote batata palha
1 pote de maionese
4 dentes de alho
Salsa
Cebolinha verde
2 colheres de extrato de tomate
1  caixinha de caldo de galinha
Pão de forma ou pão de torta fria

Preparo

Corte uma das cebolas em rodelas e o alho, coloque água e sal e cozinhe o peito de frango. Retire do caldo para esfriar e desfiar. Reserve o caldo.

Rale a cenoura, pique o tomate, o pimentão, algumas cebolinhas verdes e a outra cebola.

Cozinhe o tomate com meia xícara de água e um pouco de azeite. Deixe cozinhar até desmanchar o tomate colocando mais água se necessário. Reserve.

Doure a cebola com o pimentão, a cebolinha verde e o caldo de galinha em caixinha.

Colocar o refogado de tomate, acrescente um pouco do caldo no qual foi cozido o frango e o extrato de tomate deixando refogar por uns 5 minutos.

Coloque o frango desfiado, deixe secar um pouco o refogado. Verifique se necessita colocar um pouco mais de sal. Retire do fogo.

Misture ao refogado de frango já frio, a cenoura, salsa, cebolinha verde, pimenta do reino, um pouco de maionese e misture. Fica ótima colocando, também, pepino em conserva, ervilha, azeitona, uva passa, palmito.

Montar a torta intercalando uma camada de pão e outra de salpicão e acabe com a camada de pão.

Molhar cada camada de pão com um pouquinho de leite misturado com o caldo no qual foi cozido o frango. Cuidar para não molhar demais.
Passar um pouquinho de maionese em cada camada de pão antes do recheio.  

Cubra com maionese e decore com batata palha.
Opcional: Misture a maionese com requeijão para cobrir a torta.  
O ideal é comer no dia seguinte


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