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Collor e Veja: cenas de amor e ódio





Por Altamiro Borges



Fernando Collor de Mello foi eleito presidente da República em 1989 com o apoio "embasbacado" de Bob Civita. No vídeo acima, o capo da Veja se jacta de ter fabricado a imagem do "caçador de marajás". Ele era encarado pela revista como o único candidato capaz de derrotar o líder operário Luiz Inácio Lula da Silva. Civita explicita que a Veja fez a campanha para o ex-governador de Alagoas e que apoiou, de forma entusiástica, as primeiras medidas neoliberais de Collor de desmonte do estado, da nação e do trabalho.



Pouco meses depois, foram descobertas várias maracutaias no governo federal. Os jovens "cara-pintadas" saíram às ruas exigindo o "Fora Collor". Temendo que a sua queda também fizesse naufragar o projeto neoliberal, a revista Veja teve papel de destaque na campanha pelo impeachment de Collor. Segundo o grosso da mídia, a questão era "ética" e não política. A derrubada de Collor não poderia paralisar o projeto de desmonte neoliberal iniciado por ele. Coube a FHC dar continuidade ao projeto, também com o apoio "embasbacado" da revista Veja!



Nesta semana, Collor de Mello fez um contundente discurso na tribuna do Congresso Nacional propondo a convocação de Bob Civita e de Policarpo Jr, serviçal da Veja, para depor na CPI do Cachoeira. Vale a pena conferir no vídeo abaixo. Tirando o trecho em que faz a defesa do seu mandato, as críticas à revista são irrefutáveis. A vingança de Collor é maligna!




Postado no Blog do Miro em 16/05/2012

23 Anos depois que a revista veja zombou de Cazuza, é ela que parece agonizar em praça pública


Em um texto tão expressivo quanto poético, Luiz Cesar, do blog Brasil que Vai!, lembra a edição da revista Veja que foi às bancas há 23 anos com a foto de uma vítima da Aids que, nos termos da revista, “agonizava em praça pública”: Cazuza.

A reportagem sobre Cazuza e os atuais escândalos envolvendo a revista Veja mostram que 23 anos não bastaram para transformar o perfil da revista, que continua tão oportunista como na ocasião da reportagem. No entanto, os 23 anos e a permanência da arte de Cazuza, viva e transformada, ainda nos dias atuais, mostra que Veja estava errada.

Como diz Luiz Cesar, na ocasião a revista “zombou da doença de Cazuza e abreviou sua morte”. Agiu apenas em nome de seus interesses comerciais e viu na figura de um ídolo da época uma ótima oportunidade para denunciar os excessos de uma “juventude transviada que não hesitava em atentar contra a moral e os bons costumes”.

A aparência, “as declarações já fragilizadas pela demência cerebral que acomete os infetados pela AIDS nos estágios mais avançados da doença”, tudo foi usado pela revista para construir uma imagem “agonizante”, “decadente” de Cazuza, de modo a dizer aos leitores, principalmente jovens, eis a triste consequência da liberdade.

Defender a moral e os bons costumes de personagens como Cazuza  foi a missão a que Veja se impôs naquela reporcagem. Nada mais natural. Quem defende a moral e os bons costumes geralmente representa o que há de mais conservador na sociedade e, se há uma moral realmente válida, aqueles que muito insistem nela escondem as piores imoralidades.

Também é próprio dos pequenos, pintar os realmente grandes de forma pequena e frágil. A crítica, a lucidez, a potência da juventude nunca interessaram a revistas como a Veja. Pra resumir, Cazuza era o que Veja já não era, por isso era preciso talvez destruí-lo também pelo fato de ele tão claramente dizer em suas músicas aquilo que regava, e ainda rega, boa parte da consciência conservadora e autoritária nacional: uma piscina cheia de ratos, ideias que não correspondem aos fatos…

Mas o tempo não para e esse mesmo tempo eternizou as músicas de um ídolo que se consagrou em praça pública e continua a inspirar uma juventude igualmente transgressora que hoje resiste e luta, à sua maneira, com inteligência, contra aqueles que querem uma nação sem povo. Tempo que também fez cair as máscaras de uma revista que precisa abreviar mortes, atropelar sentimentos, inventar fatos e acobertar crimes para suprir a sua falta de ideologia.

Veja trecho do texto de Luiz Cesar:

Quando Veja matou Cazuza diante da própria mãe

Por Luiz Cesar

Completaram-se 23 anos desde que Veja zombou de Cazuza e abreviou sua morte. Mal disfarçando o intento comercial por trás do anúncio antecipado da morte de um ídolo popular, a revista foi além e o expôs como um boneco de pano pronto a ser estraçalhado em expiação às transgressões que a juventude ousa com frequência lançar contra os guardiões da ordem e da boa moral.
Entre a reportagem denegritória e a morte passou-se pouco mais de um ano. Tomaram os desabafos de um homem fragilizado pela demência cerebral que acomete os infetados pela AIDS nos estágios mais avançados da doença como confissões pecaminosas de quem haveria de confrontar-se em fim com os próprios erros.
Ao invés de oferecer ao cantor o espelho que refletisse a ordem doente de que Veja era parte com seu apoio a Collor – como depois reclamara em canção outra vítima da AIDS, Renato Russo – estamparam o retrato do castigo, para que por meio da culpa outros não ousassem apontar as piscinas cheias de ratos dos que lucram com o desespero humano.
O ídolo de uma geração que festejava com rock o fim de um tempo de opressão foi apresentado aos fãs como um ser autodestrutivo, viciado desde criança, promíscuo e de talento duvidoso. Um insano que na hora da morte impunha sua esfinge esquálida aos funcionários da gravadora, cantando noite e dia suas últimas canções a eles que temiam sua morte nas dependências do estúdio.
Na vida privada Cazuza foi apresentado por Veja como um corpo que resistia a morrer, carregado que era de um lado para o outro no colo de um empregado abnegado, a um só tempo guarda-costas e enfermeiro, pelo que insinuava uma agonia em completo abandono.
Tampouco da mãe do enfermo Veja teve comiseração. E mostrou-a como uma mulher consumida pelo pesar de sentir-se responsável pela sorte do próprio filho, a quem não soube dar os ensinamentos de que uma criança precisaria ainda antes da adolescência. (Texto completo)

Postado no blog Educação Política em 15/05/2012

A veja quer censurar a internet



Do sítio da CartaCapital:



A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros.


Para quem diz defender com a própria vida a liberdade de expressão, é preocupante. Nas 16 páginas desperdiçadas na edição do fim-de-semana em que tenta se defender, a semanal da editora Abril deixou claro: para ela, a liberdade de expressão não é um valor absoluto. Tem dono – ela e o reduzido grupo de meios de comunicação que se auto-qualificam de “imprensa livre”. Livre de quem? No caso da Veja, certamente eles não tratavam do bicheiro Carlos Cachoeira, espécie de sócio na elaboração de pautas da publicação.

Getúlio Vargas valia-se da expressão “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. A revista, em sua peça de realismo fantástico disfarçada de “reportagem”, a reformula: “aos amigos tudo (inclusive o direito de caluniar, manipular e distorcer), aos inimigos a censura. Ou não é isso, ao desferir um golpe contra as manifestações livres na rede e sugerir uma “governança” na internet, que os editores do semanário propõem? Eles tem urticária só de ouvir falar em um debate sobre a regulação dos meios de comunicação. Mas pimenta nos olhos dos outros…

Na própria peça de defesa, Veja distorce. Não foi a revista que derrubou Fernando Collor de Melo. É uma mistificação que só a ignorância permite perpetuar. A famosa entrevista do irmão do ex-presidente não teria resultado em nada. O que derrubou Collor foi o depoimento do motorista Eriberto França, personagem descoberto pela rival IstoÉ, na ocasião dirigida por Mino Carta.

Em termos de desonestidade intelectual, Veja se superou. Ao misturar aranhas, robôs e comunistas, a semanal de Roberto Civita produziu um conto de terror B. Nem se vivo fosse o falecido cineasta norte-americano Ed Wood, famoso por suas produções mambembes, toparia filmar um roteiro parecido. Além de tudo, a argumentação cheira a mofo, tem o tom dos anos da Guerra Fria. Quem tem medo de comunistas a esta altura? Nem na China.

PS: a lanterna na capa do semanário mostra outra coisa: calou fundo na editora o apelido Skuromatic, a lâmpada que provoca a escuridão ao meio-dia, dado a Roberto Civita por jornalistas da antiga redação de Veja.


Postado no Blog do Miro em 14/05/2012

A " óia " (veja) deveria ser encerrada !


Record expõe relações Veja-Cachoeira: segredo de Poli-chinelo em horário nobre

publicada segunda-feira, 07/05/2012 às 00:24 e atualizada segunda-feira, 07/05/2012 às 01:46
Quem vai rir por último?
por Rodrigo Vianna

Bob Civita ficou mais parecido com Rupert Murdoch – o barão da mídia investigado por ações criminosas na Inglaterra.
Bob e Abril foram pra tela da TV, em horário nobre: 15 minutos devastadores de reportagem – bem editada, didática, com texto sóbrio e ótimos entrevistados. E isso tudo não se passou num canal de notícias, a cabo. Não. Foi na TV aberta, num domingo à noite. As relações entre ”Veja”  e a quadrilha de Carlinhos Cachoeira foram expostas de maneira inédita para milhões de brasileiros.
Quem navega pelos blogs e as redes sociais talvez já conhecesse boa parte das informações apresentadas na boa reportagem de Afonso Mônaco, no Domingo Espetacular da Record.Mas o público da TV aberta é outro. Esse foi o grande mérito da matéria. Falou para gente que ainda não sabia detalhes dos fatos.
Além disso, serviu para “furar o cerco”. Há, claramente, um pacto entre a chamada “grande imprensa”. Ninguém avança nas investigações sobre “Veja”/Cachoeira. Nesse domingo mesmo, de forma tímida, a ombudsman da “Folha” cobrou do jornal mais informações. Pelo que se sabe,os chamados “barões da imprensa” fizeram um pacto e teriam mandado recados ao governo: não aceitarão a convocação de nenhum deles à CPI.
É um pacto contra a verdade. Contra o jornalismo. Essa gente me faz lembrar aquela velha figura do sujeito que,  diante da enchente que ameaça romper uma represa, acha que pode conter o desastre colocando um dedo na rachadura da barragem. Não adianta, minha gente! As águas vão rolar. Já rolaram, aliás…
 ”Veja”, “Globo”, “Folha” são sócios na campanha iniciada lá atrás, em 2005, quando decidiram partir pra cima do governo Lula. Quem não se lembra? Semanas seguidas, a “Veja” dava uma capa bombástica contra o governo e, no sábado à noite, lá vinha o “Jornal Nacional” pra “repercutir” a reportagem. Em geral, o JN promovia uma “leitura” televisiva de “Veja”. Na época, na Globo, até brincávamos: Ali Kamel tinha descoberto uma nova linguagem de telejornalismo – recheava a tela com páginas da revista, e colocava um repórter para ler o conteúdo. Era televisão por escrito.
Mais que isso. Em 2006, perto do primeiro turno das eleições, lembro-me perfeitamente da semana em que a “Istoé” trouxe uma entrevista do empresário Vedoim, com sérias denúncias que respingavam nos tucanos. Foi na mesma semana em que os “aloprados” acabaram presos com dinheiro quando se preparavam pra comprar um dossiê contra tucanos (supostamente, o conteúdo do tal dossiê era semelhante ao da reportagem da “Istoé”). A Globo, naquela semana, criou uma força-tarefa para detonar os aloprados. Jornalisticamente, estava certo. Era assunto relevante. Mas e o outro lado? Foi o que eu e alguns colegas perguntamos ao chefe da Globo em São Paulo. “Não vamos repercurtir a capa da Istoé, do mesmo jeito que fazemos toda semana com a Veja?”, indaguei do chefe. Ele deu um sorriso maroto, e concluiu: “a Istoé é uma revista sob suspeita”.
Lembro de ter perguntado a ele: “quem decide que a Veja é séria, e a Istoé  é suspeita?”. Ele respondeu com outro sorriso.  Hoje, a “Veja” é uma revista sob suspeita. E isso, de certa, forma respinga pro lado da Globo. A grande fonte do JN de Kamel, durante anos, bebia nas águas de Cachoeira. 
A Suzana Singer – ombudsman, jornalista correta que eu conheço há muitos anos – pode continuar cobrando que a “Folha” exponha os podres da “Veja”. A direção do jornal já tomou sua decisão de blindar a “Veja”. Decisão inútil, aliás. Porque a relação entre a revista de Bob Civita e a quadrilha de Cachoeira tornou-se um segredo de Poli-chinelo.
 Nas redes sociais, a “Veja” segue apanhando. No twitter, pela terceira semana seguida, a revista foi parar nos TTs (espécie de ranking que aponta assuntos mais comentados): #VejaBandida, #Vejapodrenoar, #VejavaipraCPI.
 A revista tenta se defender nas redes sociais, de forma patética. É batalha perdida.
O que pode fazer a Abril? Conversava sobre isso com outro blogueiro sujo nesse domingo à noite. A conclusão: o melhor que a editora pode tentar, a essa altura, é agir em silêncio, pressionando nos bastidores, para evitar a convocação de Bob Civita.
Pode até conseguir – dada a tibieza de algumas lideranças no campo governista. Mas será impossível evitar que a “Veja” vire tema da CPI. 
“Poli” e “PJ” (nos grampos, era assim que a turma do Cachoeira tratava Policarpo Junior, o diretor da “Veja” em Brasília). “Pensei que ele fosse me dar um beijo na boca”, disse um dos cachoeirentos num momento de maior descontração, citando o amigo Poli…
Cachoeira virou um editor, a escolher as seções da revista onde gostaria de ver publicadas as notinhas e matérias que lhe interessavam.
Tá tudo nos grampos, escancarado. 
Isso não é relação de jornalismo com fonte – como bem explicou o professor Laurindo Leal Filho, na reportagem da Record.
A “Veja” que arrume outra desculpa. Ou que entregue a cabeça de Poli pra salvar a de Bob Civita.

Postado no blog O Escrevinhador

Serra deu R$ 34 milhões à Editora Abril





Do portal R7:

Um levantamento feito junto ao Diário Oficial do Estado de São Paulo mostra que o ex-governador José Serra, quando ocupava o cargo, pagou cerca de R$ 34 milhões ao longo de um ano ao Grupo Abril, responsável pela publicação da revista Veja. 

A pesquisa feita pelo jornalista Altamiro Borges em 2010, no jornal Correio do Brasil, revela que o dinheiro era transferido do governo paulista para o grupo por causa da assinaturas de revistas.

Parte do dinheiro foi destinado para a compra de cerca de 25% da tiragem da Nova Escola e injetou alguns milhões nos cofres de Roberto Civita, o empresário que controla a Editora Abril. 

Além disso, na época, o tucano também apresentou proposta curricular que obrigava a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições do Guia do Estudante, outra publicação do grupo. 


Postado no Blog do Miro em 29/04/2012

"Deputado Protógenes Queiroz lutador incansável por um Brasil sem corrupção"


Protógenes: "Já até me aposentaram."




Postado no Blog DoLadoDeLá em 18/04/2012

Capas da veja satirizadas pela blogosfera !































A mídia, a direita mafiosa e os bancos




Por Altamiro Borges



Dois episódios explosivos e recentes confirmam a velha tese do intelectual italiano Antonio Gramsci de que a imprensa se tornou o principal partido do capital e da direita no capitalismo. No escândalo que desmascarou Demóstenes Torres, não há mais dúvida de que setores da mídia se articularam com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira para interferir nos rumos políticos do país. Já no episódio da redução dos juros do BB e CEF, ficou explícita a postura da mídia em defesa dos interesses dos banqueiros.


Com a instalação da CPI do Cachoeira, a ligação da revista Veja com o crime organizado poderá ser escancarada. Até agora, apesar das desculpas, a publicação direitista não conseguiu explicar os mais de 200 telefonemas entre Cachoeira e o seu editor, Policarpo Jr. O deputado Fernando Ferro (PT-PE) já anunciou que convocará o dono da revista, Roberto Civita, para depor na CPI. Caso isto ocorra, ele terá que explicar quais os interesses ligavam a revista ao mafioso e o que foi armado pelo “editor informal” da Veja. 



Outros dois veículos. Quais?



Mas não é apenas o Grupo Abril que está na berlinda. A própria colunista da Folha, Mônica Bergamo, dá uma informação hoje (14) que deve apavorar os barões da mídia. “Além de um jornalista da revista ‘Veja’, profissionais de pelo menos outros dois veículos de imprensa aparecem nos grampos da Operação Monte Carlo. Ou conversam com os arapongas ligados a Carlinhos Cachoeira ou são citados por eles. Os agentes eram fontes de informação de diversos jornalistas de Brasília”.


Isto explica porque os impérios midiáticos estão tão preocupados com os desdobramentos da CPI. Num primeiro momento, eles tentaram abafar o caso, criando uma blindagem em torno do demo Demóstenes Torres e do governador tucano Marconi Perillo. As capas da Veja das três últimas semanas foram patéticas. Agora, a velha mídia resolveu ligar o ventilador no esgoto, procurando vender a imagem de que todos os partidos estariam envolvidos com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. O desespero é grande!

Porta-voz dos banqueiros

Já o caso da redução dos juros no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a postura da mídia rentista foi emblemática. Se no episódio Demóstenes/Cachoeira ela tentou negar seus vínculos com o crime organizado, neste debate estratégico sobre os rumos da economia a mídia não escondeu sua ligação umbilical com os poderosos banqueiros. Além dos motivos econômicos – principais anunciantes da imprensa –, existem os motivos políticos, ideológicos, da defesa do rentismo e da negação do papel do Estado.

A mídia assumiu abertamente o papel de porta-voz do capital financeiro. Ela espalhou notícias terroristas sobre os riscos da queda dos juros e criticou asperamente o governo Dilma Rousseff por sua postura mais ativa e indutora na economia. O ministro Guido Mantega virou o principal alvo da artilharia midiática. Os vínculos da mídia com os ambiciosos banqueiros, detestados pela sociedade, deveriam ser mais amplificados. Eles revelam qual é o verdadeiro caráter da ditadura midiática!

Postado no Blog Contraponto PIG em 14/04/2012

Veja e a cortina de fumaça da mídia



Depois de sete capas ignorando o escândalo de um senador da república usar o senado para ser o homem das falcatruas de um ‘empresário de jogos ilegais’ e que usou da imprensa como bem quis contra seus desafetos políticos, Veja passa o seguinte recibo:





O nível de cara de peroba da Veja é sempre surpreendente
Postado no Blog Maria Fro em 14/004/2012

Jornalismo investigativo ou cumplicidade?






Jornalismo investigativo e cumplicidade com práticas criminosas podem estar sendo confundidos. Vale lembrar a afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”.


Algo de muito errado está acontecendo com a grande mídia no Brasil.

Enquanto empresários da mídia impressa ou concessionários do serviço público de radiodifusão – e seus porta-vozes – reafirmam, com certa arrogância, seu insubstituível papel de fiscalizadores da coisa (res) pública, o país toma conhecimento, através do trabalho da Polícia Federal, de evidências do envolvimento direto da própria mídia com os crimes que ela está a divulgar.

E mais: a solidariedade corporativa se manifesta de forma explícita. Por parte de empresas de mídia, quando se recusam a colocar setores de seu negócio entre os suspeitos da prática de crimes, violando assim o direito à informação do cidadão e o seu dever (dela, mídia) de informar. Por parte de jornalistas, que alegam estarem sujeitos a eventuais relacionamentos “de boa fé” com “fontes” criminosas no exercício profissional do chamado jornalismo investigativo.

Será que – na nossa história política recente – o recurso retórico ao papel de fiscalizadora da coisa (res) pública não estaria servindo de blindagem (para usar um termo de agrado da grande mídia) à indisfarçável partidarização da grande mídia e também, mais do que isso, de disfarce para criimes praticados em nome do jornalismo investigativo?

Imprensa partidária

Historiadores da imprensa periódica nos países onde ela primeiro floresceu, sobretudo Inglaterra, França e Estados Unidos, concordam que ela – ou o de mais parecido com aquilo que hoje entendemos como tal – nasceu vinculada à política e aos partidos políticos. Numa segunda fase, transformou-se em empresa comercial, financiada por anunciantes e leitores. 

No Brasil, as circunstâncias históricas, certamente nos diferenciam dos países citados, mas não há distinção em relação às origens políticas e partidárias da imprensa nativa.

Foi Antonio Gramsci, referindo-se à imprensa italiana do início do século 20, quem primeiro chamou a atenção para o fato de que os jornais se transformaram nos verdadeiros partidos políticos. Muitos anos depois, entre nós, Octavio Ianni chamou a mídia de “o Príncipe eletrônico”.

Apesar disso, a imprensa que passa a se autodenominar de “independente” é aquela que é financiada, sobretudo, pelos anunciantes e, ao longo do tempo, reivindica sua legitimação no princípio liberal do “mercado livre de ideias”, externo e/ou interno à própria imprensa.

No Brasil dos nossos dias, até mesmo os empresários da grande mídia admitem seu caráter partidário como, aliás, já afirmou publicamente a presidente da ANJ.

Jornalismo investigativo

O chamado “jornalismo investigativo” acabou levando a grande mídia a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar, condenar e, eventualmente, perdoar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos.

Ademais, o assumido papel de oposição partidária parece estar levando setores da grande mídia a não diferenciar “jornalismo investigativo” – e/ou relação com “fontes” – e o exercício de uma prática profissional que escorrega perigosamente para o crime, sem qualquer limite ético e/ou legal.

Jornalismo investigativo e cumplicidade com práticas criminosas podem estar sendo confundidos. Vale, portanto, lembrar a afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”.

Parece que, lamentavelmente, atingimos a esse perigoso e assustador limite no Brasil.

Venício Lima
Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações – História, poder e direitos, Editora Paulus, 2011.

Postado no Blog do Saraiva em 13/04/2012

Dupla Policarpo e Cachoeira: - É nóis na fita!




Blog do Mello mostra um vazamento que recebemos via e-mail, que "supostamente" (também como gosta de escrever a mídia corporativa) seria a letra de uma música da insuspeita dupla pra lá de suspeita Policarpo & Cachoeira.


Não me enviaram a música gravada, mas me garantem que é semelhante àquela Marvada Pinga

Seria mais um "suposto" (de novo) crime da dupla, dessa vez de plágio? Com a palavra o Ecad e a ministra Ana de Holanda (serve qualquer dos dois, porque é a mesma coisa)...

À letra, com as indicações, conforme recebi:


Refrão:

- Diga, Policarpo
- Fala, Cachoeira
O que vamos publicar nessa sexta-feira (Bis)

Cachoeira:
Teve o Waldomiro e o mensalão
Teve os aloprado e muitos milhão
Mas se elegeram e reelegeram
e agora a Dilma me pôs na prisão (aaaiiiii)

Policarpo:
Pois é, Cachoeira, a coisa tá preta
Descobriram toda as nossa mutreta
Você tá em cana e lá na revista
O que mais se escuta é que é "merda à vista!"... (aaaaiiiii_)

Os 2:
Temos que encontrar seja lá o que seja
Pra salvar nós dois e salvar a Veja
Ponho a mãe na zona, vou até o inferno
Tudo isso eu faço pra fuder o governo... (aaaiiii)

Refrão: ...

Cometi o mais imperdoável dos crimes


 por Theófilo Silva*

Shakespeare nos diz em Tímon de Atenas, que “Nenhum homem vai para o túmulo sem levar no corpo a marca de um pontapé dado por um amigo”. Se os amigos nos dão pontapés, o que não podem fazer outras pessoas? Já levei tantos pontapés na vida que perdi a conta. Portanto, quando fui impedido de emitir minha opinião, como vinha fazendo semanalmente, há cinco anos no Site do Jornal O Globo, Blog do Moreno, não me assustei, encarei como mais um chute, desses que a vida nos dá de vez em quando.
Afinal de contas a verdade é dura, incomoda e dói! Cometi o mais imperdoável dos crimes no Brasil: mexi com uma corporação. Jornalista não critica jornalista, como disse o dono do Blog – citei o nome de um jornalista e sua revista (Policarpo Júnior e Veja), que estão na boca de todo mundo. O corporativismo é a maior praga do país. Aqui, mesmo o maior dos criminosos, se pertencer a alguma categoria, é protegido por uma guarda pretoriana, impossível de ser furada. Quando um deles é pego, a primeira declaração que a corporação dá é: “É preciso cortar na própria carne!”. E não cortam. Que carne, que corpo?
Não sou jornalista profissional. Escrevo, apenas. O jornalismo é uma escada para a literatura. Jornalistas podem se tornar grandes escritores, a história está cheia deles. Estão aí, Jonathan Swift, Mário Vargas Llosa e Gabriel Garcia Marquez para provar. Mas poetas, romancistas, ensaístas, embora não saibam montar pautas, matérias e entrevistas, sabem opinar.
É preciso denunciar o grande circo em que se tornaram as relações entre políticos e a imprensa. Um jogo danoso para a sociedade, do tipo “eu te protejo, tu me proteges e juntos nos protegemos todos, assim nos locupletamos”. Um jogo em que a informação é eivada de mentiras! Não faço parte desse jogo, nem sou franco atirador. Busco a verdade, o fato, “verum facto”, e com ela uso a imaginação para torná-la mais interessante aos olhos dos leitores. Para isso, conto com a ajuda do meu mestre William Shakespeare que, como um farol, ilumina o que escrevo para a alegria dos leitores.
Muitos lutam para pegar “os nacos jogados pelo chão”; luto para fazer algo legítimo! Algo que torne a vida, tão cheia de mentiras e embustes, algo digno de ser vivido. Sigo o lema do Dr. Johnson – o maior dos ensaístas em língua inglesa – “A mente só repousa na solidez da verdade”. Que é um princípio cristão. Já que Cristo disse: “E direis a verdade e a verdade vos libertará”. Sob este princípio somos todos cristãos.
A filosofia discute o que é a verdade, a literatura acredita nela. Nietzsche, em seus aforismos, afirma que “Nós precisamos de arte para que a realidade não nos esmague”. É a arte que suaviza essa vida “cheia de som e fúria” e armadilhas de que falava Shakespeare.
Quanto ás corporações, os grandes impérios da mídia, que manipulam e escondem os fatos, que não dizem a verdade, a tecnologia está se encarregando de dobrá-los. Os jornalistas de talento estão abandonando-os – algumas publicações são exceções – cansados de serem humilhados, e de cumprir uma pauta que os faz vomitar, impedidos que estão de mostrar os fatos, eles estão criando seu próprio espaço, os Blogs. O que não impede que muitos blogueiros não passem de pistoleiros pagos – falei deles no meu artigo Refúgio de Canalhas. Mas tem muita gente séria nesse negócio.
Minha resposta à censura é continuar no mesmo tom, e lançar o meu livro Shakespeare Indignado, uma coletânea de artigos que escrevi nos últimos cinco anos, em que fiz o que Cervantes recomendou: “Acertei contas relativas a ofensas e insultos, corrigi injustiças, puni arrogância, derrotei gigantes e pisoteie monstros”.
Quem pensa assim está comigo e com a verdade! E vamos em frente!
*Theófilo Silva é autor do livro A Paixão Segundo Shakespeare

Postado no Blog Viomundo em 09/04/2012


Reportagens com denúncias somem das capas da Revista Veja após prisão de quadrilha na Operação Monte Carlo da PF



Veja abaixo as últimas capas da Revista Veja, publicado pelo site Amigos do Presidente Lula. Desde a prisão do bicheiro conhecido como Carlinhos Cachoeira, na operação Monte Carlo, deflagrada pela PF (Polícia Federal), as matérias de denúncia sumiram.


A revista está sendo acusada de se aproveitar de um esquema criminoso para publicar falsas reportagens investigativas. As informações não seriam fruto de reportagens investigativas, mas dossiês preparados pela quadrilha presa.




Sem Cachoeira, sem denúncia

Postado no Blog Educação Política em 08/04/2012





Todos os caminhos levam a uma gigantesca operação-abafa



É compreensível que gente como Reinaldo Azevedo e Ricardo Noblat esteja tentando vender a teoria de que as provas dos crimes do senador Demóstenes Torres não podem ser usadas porque, devido ao cargo que ocupa, só poderia ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal ou sob sua autorização.
Chega ao blog informação de que Demóstenes estaria fazendo ameaças à mídia, aos seus pares do DEM e até a pelo menos um membro do STF no sentido de que, caso seja estraçalhado, levará muitos ex-amigos consigo para o cadafalso.
O senador bandido está disposto a tudo para não perder o mandato simplesmente porque, sem imunidade parlamentar, dificilmente deixará de ir fazer companhia ao seu amigão Carlinhos Cachoeira lá no PF Hilton.
Demóstenes estaria ameaçando revelar que veículos como a Veja saberiam de suas atividades criminosas e que nada revelavam porque ele os municiava com informações contra o PT, entre outros favores que lhes prestaria na “Câmara Alta”.
Enquanto isso, DEM, PSDB, editora Abril e Globo estariam propondo acionar sua bancada no STF para trocar a decapitação política de Demóstenes pelo adiamento do julgamento do mensalão, que deveria ocorrer em maio. Até porque, após o STF se pronunciar pela impunidade de Demóstenes, não teria como julgar o mensalão.
Aliás, no que depender do STF, Demóstenes pode ficar tranqüilo. O fato de que até há pouco havia a decisão de julgar o mensalão ainda neste semestre revela que a Suprema Corte de Justiça do país se deixa intimidar pela mídia. Julgar um caso como esse em ano eleitoral, é uma aberração.
Não se pode esquecer, também, que a decapitação e a previsível verborragia posterior de Demóstenes intimidam ao menos um membro do Supremo, Gilmar Mendes, acusado de, em conluio com o demo, ter criado a farsa do grampo sem áudio. Imagine, leitor, se, caído em desgraça e preso, Demóstenes conta que ele e o juiz forjaram aquilo.
O que pode melar tudo são as escutas não reveladas, que já se sabe que mal começaram a ser vazadas. Segundo este blog vem apurando, ao menos a Veja está enrolada até o pescoço. E haveria muito mais não só contra a Veja, mas contra todos os que se envolveram no consórcio político-midiático que imperou na década passada.
Ainda assim, já estão sendo estabelecidas as bases para um acordão. O julgamento do mensalão em ano eleitoral seria uma tragédia para o PT e o aprofundamento das investigações sobre o envolvimento da Veja com Demóstenes e Cachoeira atingiria do Supremo ao resto da mídia tucana.
Acabaremos todos com caras de palhaços, pois. Impotentes diante do apodrecimento da República, assim como no caso da Privataria Tucana. Eles acabarão se entendendo por instinto de sobrevivência. Enquanto um lado tiver munição pesada contra o outro, nada mudará. E só nos restará espernear.

Postado no Blog da Cidadania em 02/04/2012

Caso Veja-Cachoeira desperta desafio para a liberdade de imprensa no Brasil




JORNALISTA LUÍS NASSIF ESCREVE ARTIGO EM SEU BLOG, REPRODUZIDO POR 247, NO QUAL DISCUTE PAPEL DA REVISTA DA EDITORA ABRIL NA ELEGIA A SENADOR DEMÓSTENES TORRES COMO BASTIÃO MORAL E CARLINHOS CACHOEIRA COMO FONTE LIMPA


247 – O jornalista Luis Nassif postou na tarde de hoje, em seu blog, o texto abaixo:
O maior desafio da imprensa
Enviado por luisnassif, dom, 01/04/2012 - 13:56
Nos próximos meses, a liberdade de imprensa no Brasil enfrentará um dos maiores desafios da sua história: demonstrar capacidade de se abstrair do corporativismo e proceder a uma análise corajosa e isenta sobre fatos que começarão a jorrar nos próximos dias.
Trata-se da ligação da revista Veja com o crime organizado. Mais especificamente com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e seu oficial maior, senador Demóstenes Torres.
Cachoeira elegeu Demóstenes. A revista transformou-o em um político influente, graças à apologia que fazia dele. Juntos, as três pontas produziam escândalos, em um esquema articulado.
Cachoeira armava escândalos, muitos dos quais contra adversários criminosos. A revista repercutia. Graças a essa repercussão, os adversários eram alijados dos esquemas, permitindo a Cachoeira tomar conta do pedaço.
Grande parte dos escândalos eram avalizados por Demóstenes Torres - como o caso Francisco Escórcio, figura folclórica do Senado, acusado pela revista de tentar espionar Demóstenes e o governador goiano Marconi Perillo. A denúncia foi fundamental para o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros. Depois, comprovou-se que tinha sido fruto de uma mentira orquestrada entre Demóstenes e a revista (http://migre.me/8tWID). Jamais saiu o desmentido.
Até que a Polícia Federal entrasse na parada, todos ganharam.
Postado no Blog A Justiceira da Esquerda em 01/04/2012
Obs: Da esquerda para a direita, as fotos acima são de Rupert Murdoch empresário norte-americano, dono da Fox, jornais etc., envolvido com crime organizado e corrupção, Luis Nassif e Roberto Civita, dono do Grupo Abril e da veja.